Overcome escrita por Downpour


Capítulo 16
Capítulo 15 - Sentimental


Notas iniciais do capítulo

Annyeong~
Como vocês estão? Espero que estejam todos bem sz
Me desculpem por eu ter demorado um pouquinho a mais, eu realmente estou tentando estudar pra minha prova de matemática essa semana :')
A minha rotina vai voltar a ficar corrida essa semana, então eu realmente não sei se vou conseguir ficar postando duas ou três vezes a semana como eu fiz na semana passada. Eu garanto dar o meu melhor para ser frequente, mass quando a semana de provas chegar eu vou ter que acabar sumindo amores :/
Outra coisa, eu comecei a escrever uma fanfic com o Chanyeol, vou estipular uma quantidade de capítulos para escrever e quando eles estiverem prontos eu posto a fanfic para vocês :)
Boa leitura!



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Bangtan Boys - Park Jimin

Overcome

Capítulo 15 - Sentimental



“Este sentimento que vem em mim
Todas as noites, sem falhar
Por alguma razão não gosto dele
Então eu tento te ligar de novo
Apenas no caso de você se sentir da mesma forma que eu”



Acordei com a luz entrando pelas janelas do meu quarto, era um sábado comum em que eu iria passar a minha tarde estudando com Jimin e teria de entrevistar as pessoas sobre a história local da cidade. Não me pareciam ideias muito tentadoras, mas depois da cena da madrugada, qualquer coisa que tirasse a imagem doentia de Elisabeth da minha cabeça era bem vinda. Tomei todos os meus comprimidos, embora eu soubesse que não precisava deles, eu não era esquizofrênica e sabia muito bem disso. Fiquei por alguns momentos na minha cama me lembrando do beijo na cobertura, era um simples beijo, mas mesmo assim aquilo ficou preso na minha mente. Era como se Jimin tivesse roubado os meus pensamentos e eu não conseguisse refletir muito sobre o que acontecia.

— Bom dia, flor do dia. —  Suho entrou animado no meu quarto bagunçando os meus cabelos. —  Levante logo, eu que fiz o café da manhã, Baekhyun e Minseok estão ansiosos para te conhecer, ele estão na sala.

—  Eles são os seus amigos do internato? —  perguntei, ainda com sono.

— Sim. —  ele acenou e saiu do quarto, claro que sem antes dar um beijo fraterno em minha testa e bagunçar meus cabelos novamente me mandando ir tomar banho.

Revirei os olhos com aquela cena, mas acabei sorrindo. Eu amava ser mimada daquela maneira, eu sentia que de alguma maneira, ter a presença de Suho de volta depois de tantos anos sozinha estava me fazendo bem por fim. Minha mãe também percebia isso, ela sorria contente ao ver que eu me esforçava mais em tomar meus remédios e interagir com as pessoas ao meu redor.

Já não me importava tanto com o casamento da minha mãe com o senhor Jung, na verdade ele era um senhor bem legal quando ele não disparava a conversar sobre beisebol e futebol americano. Minha relação com Hoseok era incrível, e o mesmo tinha adorado conhecer Suho, os dois já se tratavam como família.

Assim que tomei um banho morno vesti um moletom rosa bebê é uma calça preta, calcei uma bota e peguei a minha mochila. Não sabia o que eu faria exatamente hoje, mas não poderia demorar muito. Assim que sai do meu quarto senti um cheiro diferente, panquecas. Sorri, novamente minha mãe tentava me fazer confortável com aquela casa. Somente ela sabia como era difícil para mim se adaptar novamente a culinária coreana, quando meu café da manhã no outro lado do mundo era ovos mexidos e bacon. Podia ouvir risadas desconhecidas da cozinha e Hoseok cantarolando alguma canção nova do Sistar. Entrei na cozinha me deparando com minha mãe fritando bacon, Hoseok preparando kimchi enquanto cantava, Suho e seus amigos conversando animados com o senhor Jung.

— Bom dia. — disse com um sorriso cordial enquanto me aproximava da mesa.

— Esta é a minha irmãzinha, Eunji-ssi. — Suho disse para seus amigos.

— Ele vivia falando de você pela escola — um rapaz loirinho disse com um sorriso fofo — prazer, Minseok.

— Prazer, Byun Baekhyun. — um outro rapaz com o cabelo castanho arrumado impecavelmente e um sorriso adorável. Não consegui deixar de reparar de o como a risada dele era enérgica e contagiante.

— Hoje eu tentei adaptar o café da manhã americano ao coreano, — minha mãe disse se virando com um sorriso — claramente não irá ficar tão bom quanto o que você comia na sua casa antiga, mas eu e Suho estamos se esforçando.

Eu sorri de volta para ela, era óbvio que ela estava mais do que contente por ter seus dois filhos juntos de volta. Ela estava com um homem que realmente amava, e tinha sua família completa. Jamais poderia sequer estragar a alegria dela.




[...]






Parei em frente a casa de Jimin, não me sentia capaz de atravessar a rua e tocar a campainha. Algo fazia com que eu congelasse ali, estava com medo de encara-lo nos olhos depois daquela cena no terraço da escola. Será que ele sequer me trataria como antigamente? Ou ele fingiria que eu não existia, como fez com as demais? Esse tipo de pensamento me deixava ansiosa, sentia meu corpo tremer de nervosismo. Assim que percebi que alguém iria sair pela porta de entrada da casa, meu único reflexo foi se esconder atrás de uma árvore. Fechei meus olhos com força sentindo meu coração acelerar no meu peito, por que eu tinha que me sentir assim por ele? Por que eu tinha que sempre complicar as coisas? Aquilo já estava começando a doer e se tornar o tipo de sentimento no qual eu acabaria magoada no final. Eu sabia disso. Mas não me sentia apta para parar.

Saía da minha casa agora e deixe o meu irmão em paz! — uma voz feminina fez com que eu estremecesse, ela estava falando comigo? Me virei tentando observar a cena sem ser pega. Uma garota de cabelos medianos loiros gritava com uma outra garota familiar, seu rosto estava vermelho e eu via a raiva em seu olhar.

Já a outra garota? Ela estava furiosa com os punhos cerrados enquanto sua franja encobria a sua expressão facial.

— Estou cansada de vagabundas como você amanhecendo no meu sofá, — ela gritava furiosa enquanto alguns vizinhos paravam para observar a cena — então faça o favor de desaparecer da vida dele.

— Unnie, me deixe falar com Jimin, por favor. Eu provarei o quanto o meu amor por ele é…

A garota parou de falar quando o próprio Jimin apareceu atrás de sua irmã, seus cabelos estavam bagunçados e a sua expressão estava completamente fechada. O olhar dele para a garota em sua porta era indecifrável.

— Oppa! — ela exclamou enquanto um sorriso torto e envergonha apareceu em seu rosto.

— O quê você está fazendo aqui a essa hora?

Grosso. Jimin foi completamente seco com a garota a olhando de cima a baixo com um olhar vazio, eu detestava o fato de ele conseguir esconder suas emoções tão bem. Por mais que por dentro, eu soubesse que ele não estava nem um pouco bem. 

— Jimin…

Ele a interrompeu antes mesmo que ela pudesse começar a falar.

— Vá para o inferno e suma da minha frente. — disse virando-se de costas, deixando sua irmã e a garota pasmas.

Tornei a me virar de costas para a cena, respirei fundo com o coração quase que saltando da minha garganta. Respirei fundo tentando não ouvir a garota gritar com a irmã dele e comecei a caminhar para longe dali. Aquilo fez com que o meu coração doesse, de uma forma bem pior que antes. Eu deveria ter em mente desde sempre que Park Jimin não era de ninguém e ninguém poderia tê-lo. Ele não brincava com corações, apenas os tinha fácil demais. Nada o contentava completamente. Todas aquelas garotas, todas elas eram lindas, por mais maldosas que elas fossem. Já eu? Eu não tinha tanta certeza.

Pensar que elas passavam a noite com ele doeu mais ainda. Ele nunca precisaria de mim, já que toda noite ele tinha alguém diferente para abraça-lo de madrugada.

Jimin não precisava de mais uma garota apaixonada em sua lista.



“Pelo menos a lua está aqui para me cumprimentar
Não estou afim de vê-la hoje
Quando movo minha cabeça me sinto tonto
Não tem ninguém ao meu redor
Meus sentimentos estão baixos
Mas eu quero ir alto até o espaço
Quem saberia como me sinto?
Quero morrer”




Respirei fundo entrando em uma cafeteria, novamente aquele era o melhor lugar de uma cidade movimentada para ficar em silêncio com seus pensamentos. Uma música r&b tocava baixinho enquanto eu esperava as pessoas da fila fazerem seus pedidos, abri a minha mochila pegando meu celular. Eu tinha recebido uma mensagem de Hoseok.




Hope Oppa [11:23 AM]

Olá flor do dia, eu estou fazendo um trabalho na casa de uma amiga. Suho foi para Busan passar o dia com seus amigos, e sua mãe e meu pai foram trabalhar.

Não esqueça de se alimentar corretamente, tenha um bom dia sz

Saranghaeee



Dei um sorriso torto ao perceber a preocupação dele comigo, ele era tão amável e atencioso. Suspirei ao perceber que Jimin não tinha me mandado um única sequer mensagem, aquilo conseguiu me deixar mais irritada ainda. Irritada por ele não se importar, e irritada por eu dar importância para ele. Naquele momento decidi fazer todo aquele trabalho sozinha, de maneira alguma seria eu a pessoa quem daria sinal de vida. Jimin certamente estaria se divertindo com mais uma de suas várias garotas provavelmente, enquanto eu inutilmente estaria me preocupando com nossas notas, vulgo, a minha nota.

— Um americano por favor. — disse com um tom de voz desanimado.

— Omo! Eunji-ah! — a voz animada de Rose me fez erguer o olhar assustada.

— Unnie! Não sabia que você trabalhava por aqui. —  disse tentando forçar um sorriso, embora na realidade eu não estivesse em um humor muito bom. Por que diabos aquela cena tinha me deixado tão mal?

— O quê raios aconteceu com você? — Rose perguntou preocupada.

— Nada demais! — arregalei os olhos, não queria falar para ela o que tinha acontecido, na realidade era um motivo bem idiota para estar triste. Um garoto era um motivo idiota demais para me deixar pra baixo.

— Yah, assim que eu terminar de atender a pessoa atrás de você nós duas iremos conversar. — ela disse estendendo um americano e um pedaço de torta holandesa. — É por conta da casa.

Assim que terminou de atender as pessoas atrás de mim, Rose e eu nos sentamos em uma mesa mais afastada e silenciosa. A olhei nos olhos sem saber o que falar, a princípio, por que aquela simples cena tinha me magoado tanto?

— Deixe-me adivinhar. — ela colocou uma mecha de cabelo atrás de orelha enquanto eu dava um gole no americano. — problemas com garotos?

— Hm — foi tudo o que eu respondi quando senti meu rosto esquentar. Rose deu risada e apertou as minhas bochecha.

— Park Jimin?

— Omo, — eu sussurrei — como você sabe?

— A maneira como vocês se olham quando cruzam seus caminhos na escola — Rose sorriu para mim.

— O quê você quer dizer com isso? — perguntei colocando um pedaço de torta em minha boca, quanto mais eu me ocupasse em comer, menos eu teria que falar.

— Ele sempre para e abre a boca como se fosse falar algo e dá de ombros, já você… — ela me analisou — você o evita a todo custo, mas mesmo assim, sempre acaba o olhando de alguma maneira.

Me encolhi na cadeira soltando um suspiro de frustração.

— Deixe isso quieto Unnie, não é nada de muito importante…

— A ponto de te deixar triste? — Rose ergueu as sobrancelhas — Não tente me dar desculpas esfarrapadas, isso é algo importante sim e você deveria reconhecer isso saeng. Se apaixonar não é um problema.

— Eu não estou apaixonada! — respondi prontamente.

Era como se a imagem do meu ex tornasse a me assombrar. A Eunji de antes não conseguia imaginar um mundo onde não estivesse perto dele, sentindo o cheiro do perfume dele em sua jaqueta jeans esfarrapada. Não viveria sem os seus beijos, muito menos sem o seu abraço reconfortante.

Jimin acabaria comigo da mesma maneira que ele.

— Me ouça atentamente saeng, negar o sentimento só vai piorar as coisas.

Suspirei quando reparei que eu já tinha terminado de comer. A minha cabeça doía só de pensar sobre aquilo.

— Eu não me sinto com o humor muito bom para falar sobre ele Rose, mas agradeço por você se importar — já que antigamente ninguém se importava, quis terminar a frase.

Ela deu um sorriso de canto. — Vocês são tão parecidos nisso, fazem pouco caso dos próprios sentimentos e depois acabam explodindo sozinhos.







[...]






Me joguei na minha cama morta de cansaço depois de passar a tarde inteira tentando entrevistar toda a vizinhança, a única coisa que faltava era eu organizar toda aquela entrevista e imprimir, mas eu faria isso no dia seguinte. Estava tão cansada que meus pensamentos não tinham muito sentido, meu celular vibrava, mas eu não queria ver quem tinha me mandando mensagem, na verdade eu não me importava. Queria ficar sozinha naquele momento, então apenas me virei de lado me encolhendo na cama.

Annyeong, — Elisabeth acenou se sentando no chão ao lado da cama, aquilo me despertar por completo, fazendo com que eu me afastasse dela indo para a ponta do outro lado da cama. — você tinha que ver a sua carinha assustada. — disse rindo achando aquilo realmente engraçado. — Acho que você não esperava a minha visita, não é mesmo Eunji?

Me encolhi na cama com meus olhos transbordando, estendi a minha mão para a cabeceira da cama procurando meus remédios. Era mais uma das milhares vezes que eu tentava me convencer de que algumas pílulas fariam com que ela fosse embora.

— Não se assuste, eu vou continuar fazendo esse tipo de coisa. Você sabe como é o inferno Eunji? Porque eu irei fazer você passar o inferno na Terra.

— Eu não te matei Lizzie. — as lágrimas desciam quentes pelo meu rosto gelado. — E você sabe disso.

— Então me prove garota. Me prove o contrário.



“Este sentimento que vem em mim
Todas as noite sem falhar
Por alguma razão não gosto dele”

Winner, Sentimental


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Notas finais do capítulo

Gente juro pra vocês que eu nunca tinha lido a tradução dessa música até hoje, me deu uma baita dor no coração ler a tradução dessa música ♥
Por falar em música o que vocês andam ouvindo? ~ vamos interagir sjzbaj ♥ ~ Eu tenho ouvido bastante Closer - Oh My Girl e Pour Up do Dean ft Zico :)
Eai o que acharam do capítulo? Huasua juro que tudo tem uma explicação gente u.u
Annyeong ~~