Looks escrita por Bugaboo


Capítulo 3
Sorvete


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas voltei! Aeeeeeeeee!
Desculpa, demorei mesmo porque o Wattpad tinha perdido a cópia do capítulo no meu celular, aí bugou tudo.
Mas estoy de volta!
Espero que gostem e boa leitura ❤



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Estava um lindo dia roxo, isso mesmo, roxo. Meu carro dirigia na velocidade da luz, a corrida estava apenas começando. A plateia aplaudia, gritava meu nome e jogavam rosas na pista, era o paraíso. Por fim, pulei com o carro sobre um riacho falso e estacionei dentro de um círculo de fogo. As pessoas foram à loucura, aumentando a intensidade do meu nome.

— Adrien! Adrien! Adrien!

— Obrigado! — Fiquei acenando para todos, sem descartar o sorriso do rosto. De repente meu nome começava a ganhar mais seriedade. — O que está acontecendo? — Dei uma última olhada ao redor, até que minha visão se iluminou.

— Acorde, Adrien! — Agora acordei... Natalie, a secretária de meu pai me chamava. Abri meus olhos, mesmo que a claridade estivesse o ofendendo. Havia sido tudo um sonho.

— O que aconteceu?

— Você cochilou. — Me levantei. — Já são três da tarde.

— Por que me chamou então? Acho que não foi só por causa de meu soninho.

— Não, claro que não. — Ajeitou uma mecha de seu cabelo. — Sua mãe está a sua espera. Ela pediu que lhe chamasse. — Estranho, normalmente ela teria vindo pessoalmente.

— Estou indo então. — Eu iria dar um passo, mas fui interrompido com mais palavras.

— Ainda não. — Segurou meu braço. — Acho melhor pentear teu cabelo antes. — Realmente ele estava bem bagunçado.

Colocou um banco em minha frente para que eu sentasse, e assim fiz. Estava me sentindo mais alto, voando em meus pensamentos enquanto o pente se encontrava com os fios loiros de minha cabeça. Por que será que minha mãe estava me chamando?

— Pronto.

— Posso ir?

— Devagar. — Ignorei essa última parte, de certo modo. Saí correndo, mas percebi um olhar de reprovação, acho que é essa a palavra certa, meu vocabulário está aumentando aos poucos com a ajuda de todos a minha volta. — Não desça as escadas correndo. — Revirei os olhos, tive que parar e descer como se eu fosse uma tartaruga. Sinceramente, eu acho que ela coloca mais regras em mim do que meus pais. — Elas estão na sala de jantar.

— Elas? — Estranhei, mas ao entrar no lugar tudo fez sentido. Foi uma sensação estranha de surpresa e felicidade.

— Adrien! — Minha mãe sorriu. — Cumprimente nossas convidadas.

— Marinette! — Corri para abraça-la.

— Oi loirinho. — Pelo menos ela retribuiu o abraço, rindo.

— Eu não sabia que você vinha.

— Eu disse que vocês ainda iriam se ver muito. — Piscou. — Chamei as duas para se juntarem em um chá da tarde conosco.

— Está delicioso. — A mulher opinou.

— Que bom que gostou. Filho, por que não mostra a casa para sua amiga? — Adorei esta ideia.

— Vem! — Segurei no braço dela e saí correndo, puxando-a até a escada.

— Onde vamos? — Me perguntou, curiosa.

— Surpresa. — Abri a porta de meu quarto. — Taran!

— Ual! — Estava impressionada, pelo menos parecia. Minha pequena área possuía muitos brinquedos espalhados, entre muitas outras diversões.

— Por favor. — Dei passagem para que ela entrasse.

— Obrigada. — Entrei logo atrás.

— Você gostou?

— Claro! É um quarto dos sonhos!

— Obrigado. Eu também gosto dele. — Me joguei na cama. — O que quer fazer?

— Eu não sei, a casa é sua.

— Então pensa rápido! — Atirei uma peteca que estava perto de mim, pegando ela de surpresa, já que o brinquedo bateu no pé dela.

— Ei! — Jogou novamente em minha direção, e assim iniciamos uma guerra com peteca, literalmente.

— Espera! — Parei a movimentação. Rapidamente coloquei um braço de baixo da cama e puxei uma cesta com bolas de plástico. — A batalha final! — Voltei a jogar as coisas nela, desta vez os brinquedos que peguei e a mesma parecia não estar gostando muito.

— Assim não vale! — Fez uma cara feia. Mas ela foi esperta e pegou umas almofadas que havia em meu sofá, era seu escudo.

— Isso também não vale. — Reclamei.

— Foi você que começou. — E assim houve a reviravolta contra ninguém menos que eu. Com as bolinhas jogadas por mim, elas voltaram, e eu, sem proteção, tive que sofrer o que a fiz sofrer.

Com esses acontecimentos, continuamos a guerra que parecia não ter fim, mas só teve mesmo quando ouvi algo vindo da direção de minha porta.

— Bonito vocês dois. — Minha mãe apareceu na porta, de braços cruzados. — Quem deu permissão à vocês para fazerem esse tipo de brincadeira? — Começou a recolher nossa bagunça.

— Mãe... — Chamei, de cabeça baixa, arrependido. — Desculpa... Foi ideia minha. Pode me colocar de castigo, não culpa ela por um erro meu.

— Eu também participei disso, também tenho que receber algo.

— O que? — Ela olhou para nós, com aquele sorriso doce que só ela tinha, realmente fiquei sem entender. — Eu não irei colocar ninguém de castigo. — Se ajoelhou para ficar do nosso tamanho, olhando bem no fundo de nossos olhos.

— Não?

— Claro que não. Vocês só estavam brincando. — Levantou nossa cabeça. — Da próxima vez, chamem um adulto para fiscalizar uma brincadeira como essa. — Piscou para mim, levantando-se.

— Obrigado, mamãe. — Abracei.

— Agora... Eu vim aqui para saber se algum de vocês dois conhecem alguma criança que quer ir passear no shopping agora... — Eu conheço! Eles se chamam Marinette e Adrien, será que podem?

— Oba! Shopping! — Saí correndo, sendo seguido pela minha fiel companheira que não teve outra escolha.

 

 

— A gente pode tomar sorvete? Pode? Pode? — Fiquei pedindo por minutos desde que chegamos no lugar, essa é uma coisa boa que tenho, a insistência.

— Daqui a pouco, calma. O mundo não vai acabar!

— Tudo bem. — Segurei na mão dela, enquanto encarava a menina de cabelos azulados ao meu lado. — Onde vamos primeiro?

— Que tal passarmos em uma boutique?

— Tudo bem. — A outra mulher concordou.

Entramos numa loja, deveria ser a do tipo que falaram. Por fim, saímos com algumas bolsas com sapatos, roupas e perfumes, até para mim. Minha mãe pagou para a amiga também, todos saímos com presentes.

Enquanto andávamos pela extensão do lugar, passamos na frente de uma lojinha de livros e sinceramente meus olhos brilhavam ao ver na vitrine com destaque máximo a nova edição semanal da história em quadrinhos "Miraculous: As Aventuras de Ladybug e Chat Noir". Mesmo que eu ainda não consiga ler e escrever (estou começando a aprender), minha mãe sempre lê para mim nas noites, é a melhor revista do mundo! Tenho todas as edições e gosto mesmo é de olhar cada desenho e prestar atenção na história que me contam. É claro que não deixaria isso passar em branco.

— Mãe! Mãe! Mãe! — Chamei, empolgado. — Olha, olha, olha!

— O que?

— Miraculous! — Apontei.

— Você ainda não tem essa?

— Não mesmo.

— Marinette, você também gosta da história? — Perguntou, abrindo a bolsa.

— Aham... — Estava um pouco envergonhada, estranho.

— Você quer? — A garota olhou para sua mãe, com medo de aceitar, mas a mesma deu permissão.

— Eu quero... — Estava vermelha, isso era fofo.

— Tudo bem então, esperem aqui. — Entrou. Como sou obediente, entrei junto.

— Ual! — Havia uma parte inteira dedicada aos heróis. Vermelho e preto se destacava na prateleira, eu sou muito fã desses quadrinhos.

— Eu não mandei você ficar lá fora? — Minha mãe surgiu de alguma forma mágica perto de mim.

— Não aguentei.

— Então vamos.

— Vamos aonde? — Fiquei perdidinho.

— Um certo garoto ficou me atormentando por causa que queria sorvete. Será que ele perdeu a vontade? — O que?! Claro que não! Eu nunca irei desistir fácil!

— Com certeza não! — Grudei na perna dela e só desgrudei quando saímos pela porta da loja.

 

 

Na sorveteria pedi uma casquinha com uma bola de chocolate. Chocolate é vida. A garota pediu uma casquinha com uma bola de morango.

Sentamos numa mesa no final do lugar. Do meu lado ficou minha mãe e na minha frente ficou as duas companheiras de honra. Nossas mães foram diferentes, escolheram comer sorvete de massa mesmo, em um potinho. A minha estava tomando um amarelo, acho que era maracujá. A dela tomava um branco, que eu não consegui identificar. Infelizmente acho que encarei-as de mais.

— Você quer um pouco? — Ela me ofereceu. — É de limão.

— Limão? — Me surpreendi. Pensava em várias coisas, menos limão.

— Sim. — Deu uma colherada e direcionou em direção a minha boca. — Prova.

— Tudo bem. — Dei minha bocada delicada. Era um sabor diferente, azedinho, mas até que era bom. — É azedinho.

— Mas é bom, não é mesmo?

— Sim.

— Quer mais?

— Não, obrigado. — Dei uma lambida no meu, sujando tudo minha boca. A garota da minha frente começou a rir, até que era um pouco engraçado. Tentei limpar com uma lambida rápida em torno da boca, mas acho que não funcionou muito assim...

— Está sujo ainda.

— Onde?

— Aqui. — Apontou para de baixo de meu nariz.

— Tudo bem. — Passei a língua. — E agora?

— Melhorou?

— Sim. Pelo menos parece que sim.

— Ufa!

— Bigode de chocolate.

— Isso mesmo. — Começamos a rir sem limites, sem ligar para quem estivesse em volta.

— Adrien. — Minha mãe começou a cochichar em meu ouvido, era uma grande e incrível ideia.

— Marinette! — Chamei sua atenção.

— Oi? — Ela me encarava. A imagem era mais nítida do que a de minha televisão, era perfeito.

— Será que você gostaria de dormir lá em casa hoje?


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Notas finais do capítulo

Dorme! Dorme! Dorme!
Alguém mais aqui tá morrendo de fofura?
Teorias? Deixem tudo nos comentários!
Será que ela vai aceitar? Descobriremos no capítulo 4! *Palmas*
Boa tarde para vocês e um super beijo da Super Bugaboo!❤