Looks escrita por Bugaboo


Capítulo 2
Amigos


Notas iniciais do capítulo

Um mês depois, estou de volta! *Palmas*
Domingo, carnaval, feriado, o que combina com tudo isso? Capítulo!!!! Aeeeeeeeee!
Bora ler então e boa leitura ❤



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Meu coração batia mais forte que o normal, parecia que eu já a conhecia à muito tempo. A garota passeava com sua mãe, de mãos dadas, até entrarem em um prédio de esquina, e assim o tempo voltou ao normal.

— Adrien! — Minha mãe me chamou, me tirando do planeta que eu estava.

— Oi? — Me aproximei.

— Você queria ver as fotos. — Depois de tudo isso, já havia até esquecido de meu pedido.

— Agora eu posso?

— Pode. — Sorriu, do jeito meigo que só ela sabia. — Senta aqui. — Me sentei na beirada da fonte, que mesmo que estivesse ligada, não espirrava água na gente.

— Você ficou bonita. — Beijei a bochecha dela.

— Obrigada. Você também ficou lindo. —Dei uma risada, realmente eu estava um pouco fofo. — O que quer?

— O quê? — Como assim ela descobriu meu plano infalível?

— Você só fica carinhoso assim quando quer algo. — Está bem, era hora de eu me render. Mas antes, dei mais uma rápida olhada no prédio em que a menina havia entrado, não era uma casa, parecia ser uma loja de algo, então se eu perguntasse, talvez eu descobrisse e conseguiria dar um jeito de ir para lá.

— Claro que não... — Ri. —Mamãe, aquela loja é de que? — Perguntei, curioso com a resposta e pensativo no que iria responder em seguida.

— Eu acho que é uma padaria, por quê?

— Padaria vende croassaints?

— Vende, claro. Mas você já comeu croassaint hoje, mocinho.

— Padaria vende cookies? — Foi o melhor que pude pensar.

— Vende também. Aonde você quer chegar? — Ela parecia não entender nada.

— Compra para mim? — Tentei fazer uma cara fofa, mas ela provavelmente iria ceder do mesmo jeito se eu não fizesse.

— Claro. — Sorriu. — Vamos.

— Eu vou chegar primeiro! — Saí correndo, mas claro, parei na calçada para esperar ela para atravessar comigo.

— Expulso por largada inesperada. — Rimos juntos.

Segurei a mão dela e assim atravessamos a rua. Ela abriu a porta, me levando junto para dentro. Comecei a andar pelo local apenas com meus olhos a procura da garota de cabelos azulados, que para minha sorte, continuava ali, brincando no canto da parede. Enquanto fazia o pedido, me aproximei da pequena.

— Oi! — Ela me encarou. — Qual é seu nome?

— M-Marinette. — Parecia estar envergonhada. — E o seu?

— Adrien. — Sorri. — O que está fazendo aqui?

— Eu moro aqui.

— Em uma padaria?

— Não. — Riu, aos poucos ela se libertava. — Minha casa é lá em cima.

— Legal! Então você come croassaint todo dia?

— Não, só às vezes. Meus pais não deixam. — A vida dela parecia ser semelhante a minha nesse caso.

— Bem isso...

— Eles parecem estar se dando bem. — Comecei a ouvir a conversa de minha mãe com a vendedora, poderia ser interessante.

— Concordo. — Elas se encararam. — Prazer, Amélie. — Estendeu a mão.

— Sabine. — Sorriram. — Acha que eles podem ser amigos? — Mas já não somos?

— Sem dúvidas. — Pegou seu celular na bolsa. — Passa seu número, assim poderemos conversar.

— Pelo jeito ainda iremos nos ver muito. — Sorrimos.

— Você não vai esquecer do meu nome tão cedo. — Tentei não rir de minha própria fala, mas tenho que que confessar que ficou muito boa.

— Hora de irmos, filho. — Me chamou. — Dá tchau para sua nova amiguinha.

— Até logo. — Novamente segurei na mão de minha mãe.

— Tchau.

Saímos dalí, fiquei pensando na jovem menina, será que realmente iríamos nos ver em breve? Espero...

Entramos no carro, que já nos esperava ali na frente para irmos de volta para nosso lar. E claro, ainda devorei meus cookies.

 

Já havia anoitecido, era hora de dormir, mesmo eu não estando com sono, mas não é decisão minha, infelizmente.

— Mamãe... — Chamei, enquanto ela se sentava na beirada de minha cama.

— O que foi, querido?

— Hoje foi legal. — Sorri. — Me leva mais vezes para ficar com você?

— Claro. — Deu uma pausa. — Qual era o nome dela?

— De quem?

— Da sua nova amiga.

— Ela se chama Marinette, parece ser uma menina legal. Sabia que ela mora lá?

— É, os pais dela são os donos da padaria. Mas do mesmo jeito ela não pode comer croassaint todo dia.

— Ela me contou. — Fiz uma cara triste.

— Vocês ainda vão se ver muito ainda, não se preocupe.

— Sério?

— Eu já te decepcionei? — Deixe-me ver... Não tenho certeza... Acho que nunca mesmo...

— Não que eu saiba.

— Então não irei te decepcionar agora.

— Obrigado. — Abracei ela fortemente, isso me dava conforto. Era uma sensação ótima, mesmo que isso já estivesse no nosso cotidiano. — Você já conhecia a família dela?

— Eu meio que me lembro da mãe dela. Ela fez faculdade comigo, eu acho.

— Na mesma faculdade que você conheceu o papai? — Os dois se conheceram na época da faculdade, minha mãe estudava arquitetura (ela faz cada desenho mais lindo que o outro), meu pai estudava alguma coisa relacionada a moda. Na formatura, eles se encontraram, se apaixonaram e estão juntos até hoje. Por causa de todo esse amor, ela estudou e se formou na área de moda também, para trabalhar com ele. Pelo menos essa é a história que ela me conta, e eu gosto de ouvir. Os desenhos influenciam na profissão dela ainda, isso a deixa feliz, e a felicidade dela é o que me importa.

— Na própria. Mas não lembro do que ela fez.

— Talvez algo relacionado ao trabalho dela. Como fazer pães, bolos... Croassaints... — Estou começando a considerar a ideia de que estou muito obcecado, porém, estamos na França! França lembra croassaint.

— Talvez. Boa observação. — Raciocinou. Conclusão: Eu sou um... Qual é mesmo a palavra que as pessoas usam para dizer que é muito esperta? Tudo bem, esquece. — Vou ver com ela um dia para a gente se encontrar.

— Eba!

— Mas e então? Você gostou de tirar foto?

— Gostei...

— Mas não é algo que você levaria para a vida inteira, não é mesmo? — Ela consegue ler olhares, mentes, e tudo mais, não disse que ela tem super poderes?

— É... — Suspirei.

— Eu também não quero que você viva apenas dessa vida. — Sorriu sem graça. — Eu quero que você seja feliz, no passado, no futuro, e o mais importante: no presente.

— O nosso momento é o mais importante, certo? — Perguntei.

— Sempre. Nunca se esqueça dessas palavras. — Piscou. — Agora, hora de dormir!

— Eu tenho mesmo que dormir?

— Tem, meu amor. Já está tarde.

— Eu não estou com sono.

— Está sim. — Arrumou o lençol sobre mim.

— Como você sabe? — Sem querer bocejei.

— Porque você é meu filho, e para sempre vai ser. — Beijou minha testa. — Boa noite, Docinho de Leite.

— Boa noite mamãe. — Vi a porta se fechar e meu abajur começar a projetar desenhos coloridos no teto, era muito bonito e sempre foi. — Boa noite Marinette. — Logo, meus olhos começaram a se fechar, até finalmente eu conseguir pegar em um maravilhoso sono profundo.


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Notas finais do capítulo

Fofuras que dá vontade de apertar, woooin
E então? Gostaram? Alguma teoria? Estavam com saudades de mim ❤❤? Deixem suas opiniões nos comentários!

O próximo capítulo provavelmente não irá demorar tanto quanto esse, então nos vemos logo
Até o terceiro capítulo!!!!!!