O despertar escrita por Tha


Capítulo 10
X – Problemas com gêmeos


Notas iniciais do capítulo

OOOOPA, TUDO BOM MEUS CHUCHUS?



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Gê.me.o: sf. Duas ou mais crianças nascidas de um mesmo parto, ou mesma maldição.

Antes

— Você precisa se acalmar, tudo bem? – Clove cruza os braços enquanto ano de um lado para o outro com as mãos na cintura.

— Eu só consigo pensar nela – Murmuro – E admita, isso é bem estranho.

— Eu sei – Ela bufa – Então faremos os seguinte, vamos às compras, isso sempre ajudou, né? Pensei em ir de Branca de neve, e você?

— Que tal Rainha má? Acho que combina bem com a situação. Olha, eu nem sei se esse baile idiota é uma boa ideia agora. Tenho que me preocupar com muita coisa.

— Por isso mesmo esse baile é uma ótima ideia – Ela me para – Hazel lhe disse para viver a vida, eu estava lá e ouvi muito bem. Então você vai sim a esse baile idiota e vai se divertir com as suas amigas. Além do mais, Kyla vai de Rainha Má.

— Não sei não, Clove... – Chuto uma pedrinha para longe e a observo quicar até cair na rua – Não estou com um pressentimento muito bom.

— Deixa de besteira, tenho até um vestido perfeito para você.

♕♕

— Você não deveria estar fazendo compras com a Clove? – Foi a primeira coisa que Jason me disse quando abriu a porta e deu de cara comigo. Fazia tempo que não nos encontrávamos aqui, e eu resolvi fazer um agrado, então entendi a surpresa.

— Você não deveria estar me beijando e agradecendo pela visita?

— Tem razão – Ele sorri e cola os lábios nos meus por um longo tempo, depois se afastou e me deu espaço para entrar no loft – E então?

— Já escolhi meu vestido, está no carro – Me sento no sofá e estico as pernas na mesinha de centro – Deixei a Clove com a mãe e passei em casa, depois a busco. Ah, já ia me esquecendo, minha mãe fez um canja de galinha.

Seus olhos brilharam mais quando viram a Tuppeware do que quando me recebeu.

— Sua mãe é a melhor pessoa do universo – Ele deixou a vasilha em cima do balcão e se juntou a mim.

— É, ela é – Disse distraída e ousei me sentar em seu colo, agarrando seu cabelo – Percebi que faz um tempo que não fazemos algo mais... quente – Beijei o lóbulo de sua orelha e encarei seus olhos profundamente, como se quisesse mergulhar na escuridão deles.

— É uma excelente observação, Allyson – Suas mãos passaram do meu quadril para minhas coxas – Banheira?

— Banheira.

— É por isso que eu te amo, pensamos igual demais.

Ri e soltei um gritinho quando ele se pôs de pé e fui obrigada a enlaçar sua cintura com as pernas. Borboletas voaram no meu estômago quando reconheci o caminho para o quarto.

♕♕

— Em que está pensando? – Pergunto ao observá-lo encarar a página do livro que dei a ele no ensino médio.

— Não estou pensando em nada demais, só que estou contente – Ele suspira e se vira para mim – Pela primeira vez em... séculos, estou feliz.

Dei risada.

— Sério? Ganhei até da sua queda em matar demônios na época de Riverland?

— Eu tenho uma queda por você. Você me faz feliz.

— Ah – Me virei também em seu abraço para ficar de frente para ele, então mordi o lábio inferior – Você também me faz feliz.

É a vez dele de sorrir e me beijar.

— Então – Começo fazendo círculos suaves em seu abdômen por baixo do lençol – Se uma das meninas da profecia aparecessem, se Adina aparecesse, o que você faria?

— Flor, por que a preocupação? Eu amo você— Ele franze a testa – Ficaria abalado, é claro, mas sabe que movo céu e terra por você, não sabe?

— Eu sei, é que... o amor sempre foi uma coisa muito forte para mim. Amei o Jake, e amo você, só. É meio difícil imaginar que antes de mim, você amou uma cem...

Jason passa o braço ao redor da minha cintura e em questão de segundos estou debaixo dele.

— Você, Allyson Hale, é especial, devia saber disso – Seu polegar passa da minha bochecha para minha boca – Eu te amo desde o momento em que te vi retocando a maquiagem naquele corredor, isso é forte para mim. E vai precisar de muito mais do que fantasmas para que eu te deixe. Prometi que seria para sempre, e não estou disposto a descumprir isso.

— Fico pensando em como minha vida seria se eu não fosse a Filha da Profecia. Não teria conhecido você ou Hazel, ou Kaleesa e Kyla. Mas Adam estaria vivo e eu provavelmente estaria jogando vôlei por alguma universidade grande. Eu não seria amiga de David, mas ele estaria seguro. É egoísta da minha parte pensar que, de alguma forma, isso seria melhor?

— Não, Flor, isso é humano, é bom ser humano às vezes.

— Mas aí penso que você estaria apaixonado por outra garota agora, e isso me mata de ciúme.

Jason ri e se inclina para me beijar.

— Nunca vai haver outra garota.

Eu fazia esse jogo de memória quando era criança. Colocava várias cartas viradas para baixo em colunas. Cada uma tinha uma imagem, eu desvirava uma, dava uma olhada e depois colocava de volta. Aí eu tentava lembrar onde estava a carta correspondente. Às vezes ficamos perdidos, mas às vezes aparece justamente a imagem na qual estamos precisando. É estranho, não é? As cartas parecem totalmente embaralhadas e aleatórias, mas quanto mais cartas você vai virando e mais imagens vê, você começa a entender como tudo se encaixa com o tempo.

Isso parece algo que Hazel diria no momento apenas para me animar, então sorrio, como se devesse isso a ela.

Quando chego na casa da Clove, buzino e pego meu celular para checar as mensagens:

Jason: Já estou com saudades, durma aqui ;)

Clove: Para de transar e me busca logo, estamos atrasadas.

Número desconhecido: Eu nunca colocaria meu destino na mão de outra pessoa. É por isso que eu sempre venço e você sempre perde.

Meu rosto perde a cor quando solto o celular no banco como se fosse ago venenoso e enterro o rosto nas mãos.

— Allyson, abre logo a porra desse carro antes que eu morra congelada aqui fora! – Ouço a voz da Clove e me viro lentamente para a janela, lá está ela, dando pulinhos para tentar se aquecer. Imediatamente aperto o botão de destravar a porta e ela entra com uma expressão não muito boa – Mas que diabos...

— Recebi uma mensagem dela – Disse sem rodeios e apontei para o celular, depois liguei o carro e saí.

— Que merda, Ally – Disse ela depois de ler.

— Acho que ela está me seguindo, acabei de falar sobre isso com o Jason.

— Estava com o celular perto?

— Sim, mas...

— Tá maluca? Desliga isso! – Ela tira o aparelho do carregador e logo o depois o desliga, jogando no banco de trás – A desgraçada conseguiu hackear seu telefone. De agora em diante, precisamos de um código que só a gente saiba.

— Clove, ela não é nada parecida comigo.

— Amiga, ela é você com instintos homicidas. Mas não se preocupe com isso agora, vamos beber, comer besteira e conversamos melhor amanhã.

— É, tudo bem – Apertei o volante com tanta força que tive medo de quebrá-lo.

P.O.V. Clove

Sorrateiramente, mandei uma mensagem para Holland pedindo que mudasse o local da rodinha e que também contasse a todos o que estava acontecendo. Eu não sabia se Allyson ficaria brava comigo, mas era algo que ela já deveria ter feito há muito tempo.

E além do mais, bastava uma olhada rápida para Ally, saberia na hora que ela precisava da ajuda dos amigos agora mais do que nunca. Sua mandíbula estava travada, os lábios tremiam e as mãos ao redor do volante estavam brancas como as de um fantasma. Era um sinal claro de que ela estava prestes a desabar. Era o jeito que estava no funeral de Jake, e em todos os outros funerais que vieram a acontecer. Quando está a beira da loucura e tenta esconder de todos nós.

Ally e eu entramos no dormitório e fomos recebidas por... todo mundo arrumando umas coisas e improvisando mesas.

— Ah pessoal, não precisavam fazer isso – Ela diz ao fechar a porta e eu sorrio, orgulhosa pela ideia.

— Trouxemos a rodinha para cá hoje – Kaleesa diz cruzando as mãos na frente do corpo, como se esperasse ganhar uma estrelinha – E Clove nos contou tudo, sabe, sobre a Allyson do mal. Que bom que dessa vez temos uma versão boa.

— Olha... – Ela ri e coloca a bolsa no cabide perto da porta, indo se sentar na cama – A gente precisa conversar sobre como as coisas vão ficar a partir de agora.

— Ah, não se preocupe – Miriel se inclina sobre Kyla e pega sua mão.

— Não, eu quero que saibam por que não contei antes. Não que eu não confie em vocês, mas não queria que me olhassem de forma diferente, ou que tivessem medo de mim. Além do mais... as outras antes de mim também acordaram, inclusive a Ayla – Dessa vez ela se dirige à Ava, que puxa o ar ao saber – Tenho me sentido perdida essa semana, foi como eu me senti quando soube o que era e o que isso acarretava há dois ou três anos atrás, quando aquela bomba explodiu no meu colo. Fico tendo lembranças daquela época e comparo com hoje, uma bomba.

Ally encara Jake de canto de olho e ele fica um pouco desconfortável, como se ainda sentisse falta de quando namoravam, mas tivesse que aceitar que ela estava com outro. Desconfio que mesmo que ele estivesse com Nick, se ela pedisse para voltar, ele não pensaria duas vezes. Franzi as sobrancelhas.

— Mas estou aterrissando aos poucos – Continua – Porque aqui é o meu lugar, com vocês, e ninguém vai me tirar isso, a minha família, nem uma louca psicótica vingativa. Não há lugar como a nossa casa.

— Ah... você usou a frase de um filme nerd – David ri e aponta para ela – Isso é um grande passo na nossa amizade. Porque... porque nós somos amigos.

— É, os melhores.

— Toca aqui.

Percebo a tensão naquela conversa, algo aconteceu, e o brilho nos olhos de David me faz acreditar que ele não a superou. Até mesmo nos olhos dela. Sempre achei que o namoro deles foi algo como romance passageiro de verão, mas agora, só agora, percebo que foi intenso, e que sempre vai haver uma fagulha de paixão rolando solta entre seus olhares, algo que também vai ultrapassar séculos, algo novo e épico. Allyson e seus amores históricos inacabáveis.

— Bom – Holland quebra o silêncio – Eu não sabia se essa era uma noite para pizza, – Ele tira quatro caixas do chão e coloca em cima de algum tipo de balcão, depois vai ao minibar – ou sorvete. Então trouxe os dois.

— São os meus preferidos! – Ally grita chegando perto de mim e me abraçando.

— Eu sei que são, te conheço gata.

Observo um sorriso genuíno surgir em seus lábios e isso automaticamente faz eu me sentir infinitamente feliz. Acho que não só ela andou pensando no passado, eu também, naquela época em que as coisas eram fáceis, em que fingia arrumar encontros apenas para fazer ciúmes no Adam, porque eu era tão fútil que não admitia que amava uma presa ao invés de um predador. Agora o perdi e não aproveitei nada quando ele estava vivo, não notei os sinais de perigo. Deixei o amor da minha vida se matar.

Allyson começa a ir atrás dos outros que já estão fazendo a roda no chão do quarto.

— Escuta, Ally – Entro na sua frente – Tem uma coisa que precisa saber.

— Claro, o que é?

Conto? Não conto? Meu Deus, o que faço?

— Minha mãe disse que preciso arrumar um namorado – Minto.

— Uh – Ela sorri – Sua mãe é uma mulher sábia.

Ela foi em direção a David e uma lágrima solitária escapou do meu olho quando vi todos reunidos. Jake e Nick estavam abraçados, assim como Kyla e Miriel e Ava e Holland. Ally se sentou ao lado do dito cujo e encostou o ombro no dele. Kaleesa se ajoelhou e apontou para Kyla de um jeito dramático.

— Não, perai gente – Holland falou mais alto que todo mundo – Deixa esse baile para amanhã, agora é hora de comer, eu to morrendo de fome, e além do mais, eu trouxe isso aqui – Ele tira uma garrafa de tequila da mochila e a levanta como se fosse um prêmio.

Bufei sorrindo e me juntei a eles, sentando ao lado da minha melhor amiga. E ela tem razão quando fala sobre superar, pois quase me virei para trás para perguntar a Hazel se ela ia ficar parada olhando. Talvez ela estivesse mesmo parada e olhando, mas eu não podia vê-la mais, e isso doía profundamente.

— Isso não tem graça – Ally diz se ajoelhando também – Eu não fico mais bêbada.

Então David a senta novamente e a empurra para o lado.

— Ah, mas nós ficamos – Digo – Posso beber direto da garrafa?

— Mas seria legal se eu pudesse ficar rindo assim igual vocês, tipo uhul! – Ela levanta a mão como se estivesse em um rodeio – Vamo lá gente, vamo beber.

— Allyson, vai com calma no álcool, não quero carregar ninguém – Nick comenta e depois tira as palavras da minha boca – E por Deus, segura esse boi.

Todos explodimos em risadas enquanto a loira revira os olhos sorrindo e se inclina para pegar pizza.

É, essa é com certeza a melhor parte de mim.

Agora

Depois da conversa constrangedora com Ian ontem e ele rir da minha cara uma cem vezes enquanto afirmava que não passava de um estudante qualquer, fui atrás de Cam. Ele apenas me lembrou que quando uma pessoa é hipnotizada a fazer algo, não pode haver outra por cima, mas quem teria motivos para querer logo Ian nessa viagem?

Será que eu estava pronta para contar a verdade sobre o mundo em que vivemos para mais alguém?

— Bom dia flor do dia! – Ian surge na cozinha enquanto preparo os ovos e meu coração dá um salto ao ouvir aquela palavra que há muito tempo não é dirigida a mim. Ele percebe ao me abraçar – Alguma coisa errada?

— Não, só... não me chame mais disso, por favor.

— Eu, tudo bem, desculpa.

— Cheguei cheio de energia, pronto para trabalhar – David surge na porta cheio de livros na mão e Clove vem logo atrás resmungando.

— Ele se acha demais, santo Deus. Olha Barney, eu nunca mais pego carona com você.

— O prazer é todo meu – Ele sorri ao deixar as coisas em cima da mesa e pisca um olho para ela.

— David, pare de pirraça-la – Digo revirando os olhos – E Clove, seja menos mimada.

— O que? – Minha amiga abre a boca para protestar, mas depois a fecha, aceitando o adjetivo pois sabe muito bem que é.

— Clove! – Os olhos de Cameron brilham ao descer a escada e dar de cara com a morena.

— Cam, oi – Ela sorri, mas parece estranhamente tímida.

— Então – David diz de boca cheia cortando totalmente o clima dos dois Fiz o possível para lembrar de cada detalhe da lembrança, convenhamos, eu sou bom nisso. Quando cheguei em casa fiz um esboço da joia. Espera, ele pode ouvir? – A pergunta foi dirigida a mim, mas querendo saber sobre Ian.

— Pode – Fiz um gesto de mão, fazendo pouco caso.

— Cadê a Adina? – Clove pergunta sentando também.

— Não pôde vir, está com Kaleesa, e ela ainda está com raiva de mim, então somos só nós hoje.

— Do que se trata tudo isso? – Ian se coloca atrás de David e aponta para os desenhos, depois cruza os braços de novo.

— Eu te conto aos poucos – Sussurro o puxando para perto de mim e o fazendo sentar ao meu lado.

— Bom, podemos começar pela Ilha dos Mortos – David prosseguiu.

Clove pegou o desenho e olhou meticulosamente. No medalhão, havia quatro símbolos gravados: No topo havia uma coruja, e depois mais três se entrelaçavam, um I, um E e um C bem estranho, fora uma mão e um braço dobrado do outro, creio que para exemplificar as letras da caixa que estava na mesa. A princípio, eu não estava vendo nada demais, então Ian estreitou os olhos e apontou o desenho de novo.

— Ei, isso é uma cártula – Quando ele percebe que não sei do que está falando, continua – É como um selo pessoal, eles vendem isso por toda a Grécia. Você diz seu nome a um joalheiro e ele o traduz em símbolos antigos pelas consoantes, gravando-o para você na hora.

— E o que esses símbolos significam? – Cam diz por cima do meu ombro – Eu vejo uma coruja, na Grécia isso é sinal de sabedoria ou algo assim?

— Ah, acho que não – Responde Ian – Esses glifos não são para serem lidos como ideogramas, e sim como fonogramas. Quer dizer que representam sons, como no alfabeto.

— E o que eles dizem, exatamente? – Clove cruza os braços.

— Aí já não é comigo, só me explicaram essa parte na minha viagem.

— David? – Chamo e franzo o cenho – Você está bem?

O garoto estava pálido como qualquer cadáver que eu já tenha visto no necrotério da universidade. Ele olhava para a cártula como se estivesse vendo um horror inexprimível naqueles símbolos.

— David? – Chamei de novo.

Ele levantou a cabeça rápido, como se surpreendido por ter ouvido o próprio nome.

— Eu estou bem – Murmurou – É só... parece que fui puxado para uma época de muita dor, é... intenso.

— Os símbolos – Pediu Cam – Pode ler para a gente?

— A coruja... – Seu olhar voltou-se para o desenho – A coruja, naquela língua, equivale ao nosso M.  A mão ali embaixo teria o som de K.

— E o braço?

— Acho que L. Bom, são essas as consoantes, mas essas letras não me lembram nada.

— Mikaela? – Arrisquei um palpite. Era o mais obvio, mas por que o nome da mãe de Adina estaria no medalhão de Lúcifer?

— Mikaela? – Disse Ian – Não existe uma tragédia grega sobre ela?

— Qual a história que você conhece? – Pergunto cautelosa.

— Bom, é só mais uma história de vingança – Ele começou a explicar – Segundo o mito, Mikaela se apaixona por Darko, irmão de Lúcifer. Quando Darko a deixa por outra mulher, a irmã gêmea dela, Mikaela se vinga, matando Darko e sua irmã com a própria espada do Caído, ao fugir, ela descobre que está grávida. Dizem que Lúcifer era apaixonado por Mikaela, e morria de ciúmes do irmão, ele sabia que a irmã de Mikaela era traiçoeira e sabia da maldição de gêmeos bruxos, então forjou um colar com ouro e magia negra, que separava as duas. Lúcifer ficou tão desolado que criou o seu próprio inferno e foi fadado a catar almas malignas por conta de sua desobediência ao usar magia.

— O colar – Cam estrala os dedos – É isso, o colar não foi roubado, foi um presente.


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