Felicity Smoak.

Uma semana depois.

— Princess? – Escuto um chiado ao meu lado. Abro os olhos e pisco com a claridade. Depois de alguns segundos viro-me um pouco para o lado, em busca da tal voz.

— Hey, baby boy. – Suspiro olhando para Max. Ele sorri com suas covinhas e me fita mais um pouco. – Como você está, hum?

— Bem. Mas você parece uma boneca destroçada por um gato do mato. – Ele responde naturalmente. Bufo uma risada, sabendo que pode ser verdade, desde que ainda são sete da manhã, eu estou melhor, mas um pouco dolorida, preciso me levantar para o dia.

Desde o corrido eu passei alguns dias na casa da minha mãe. Ela quase ficou louca com o que aconteceu. Depois disso eu voltei para o Palácio sem mais protestos.

— Talvez sim, querido. – Sorrio.

— Papai disse que você vai ficar melhor. – Escuto outro chiado no outro lado da cama. Viro a cabeça e encontro Jax me olhando atentamente com seus grandes olhos azuis. – Minha mãe é medica ela pode concerta você. – Reviro os olhos para ele que sorri com suas covinhas maldosas.

Claro! Onde um vai o outro está sempre em seus calcanhares.

 – O que estão fazendo aqui tão cedo? No meu humilde quarto? – Pergunto colocando os travesseiros atrás de mim e ficando em uma posição sentada.

— Somos seus escudeiros. – Responde Max pulando no chão e dando a volta na cama para ficar ao lado de seu irmão.

Eles são absurdamente lindos. Cabelos pretos alisados para o lado, vestidos com conjuntos de moletom cinza com emblema do palácio no peito.

— E isso quer dizer... – Comecei.

— Quer dizer que você será guiada por nós para os domínios do Palácio, quando não está nas suas aulas de etiquetas e sempre que precisar de algo nós solicitaremos para Diggle. – Jax responde dando de ombros.

— Isso quer dizer que vamos ficar na sua sombra, então é melhor ter chocolates. – Max disse com sarcasmo.

— Eu não tenho nenhum...

— Claro que sim! Você é a Princess, e o melhor chocolate da cidade pode ser seu, tudo que tem que fazer é pedir para o Prince. – Max protesta. – Ele trará.

— Certo. – Prefiro não discuti com eles. – Vocês venceram.

— Tudo bem, eu e Max estaremos no corredor, se vista e vamos para seu primeiro dia conosco. – Jax ordena. Antes que eu possa dizer algo sobre o assunto eles correm e sai do quarto batendo a porta.

— Não sei o que é pior... ser apedrejada pela a Rainha todos os dias nas aulas de etiquetas, ou sofrer na mão dos pestinhas e pensar em quem quer me matar. – Resmungo saindo da cama para o banheiro.

Durante o banho eu penso em quem poderia ter feito isso, e os inimigos acabam de não serem poucos. Primeiro temos Helena; aquela que quer ser a Rainha a qualquer custo, segundo; Laurel aquela que foi largada pelo o amigo de foda e rejeitada pelo o guardião do Palácio Tommy, e por fim temos Billy meu ex. Eu não duvido que ele poderia fazer isso, ele é louco e um louco pode ser capaz de tudo, o que me faz temer pela a vida de Oliver.

Saio do banheiro completamente limpa e de cabelos escovados, abro meu closet e escolho um vestido de verão azul, rodado sobre os joelhos, com um tune sobre meu decote V e as duas laterais da minha cintura, sem mangas. Escolho também um salto simples que me mantenha confortável durante o dia com os meninos. Abro a gaveta e tomo um susto, isso não estava ai.

— Meu Deus! – Exclamo em choque. Esfrego meus olhos e olho de novo na gaveta. Tudo que eu quero é sair gritando.

As coroas que vejo são escandalosamente elegantes e bonitas. Puxo uma que combina com meu vestido, ela é revestida com safiras polidas e pedras brilhantes pequeninos, ela é delicada. Mordo o lábio, e vejo que minha gaveta possui pelo menos vinte coroas de modelos exclusivamente belíssimos, cada um com sua beleza.

Incerta eu visto-me rapidamente, passo uma leve maquiagem. Olho para a coroa mais não tenho certeza se posso usa-la para o dia, como a Rainha que usa diariamente as suas.

— Princess. – Os gêmeos berram no corredor. – Você está atrasada.

— Sim, estou indo. – Grito de volta. Pego a coroa e saiu do closet indo direto para a porta, abro e vejo ambos parecendo impaciente sentados no tapete. – Sinto muito pela a demora.

— Onde está sua coroa? – Jax me olha confuso.

— Sim? Toda Princess deve usar sua coroa no Palácio. – Max solta um suspiro.

— Hum... então poderia ser essa? – Mostro a coroa para ambos que assentem.

Jax se ergue do chão e vem até mim, ele pega a coroa e minha mão puxando-me para enorme espelho que fica do outro lado do quarto. Ele sobe no banco e fica acima de mim. Com movimentos suaves ele coloca a coroa e sorri admirado. A cor das pedras realça meus olhos, e não tem peso nenhum, o que realmente é admirável e bom. Um Max desconfiado e fica ao meu lado.

— Você está bonita. – Ele elogia fazendo meu dia, sem me conter me inclino e lhe dou um beijo na sua bochecha fofa, ele cora e sai apressado para o corredor.

— Nossa mãe nos enche de beijos várias vezes ao dia, mas não estamos acostumados ao contato com outra pessoa que não seja nossos pais. – Jax murmura pulando do banco e seguindo para corredor, fugindo do meu beijo. Solto uma risada e os sigo pelo corredor. As janelas mostram um dia muito bonito.

Os gêmeos conversam entre si e seguem pelo os labirintos que são os corredores do Palácio. Eles fazem como se tivesse feito mil vezes em cem anos, não me admiro! Afinal eles cresceram nesse lugar. Depois do que acho que são horas ou anos chegamos a uma enorme porta, os dois empurram a mesma onde se abre para uma grande sala de café. Todos se erguem e fazem uma simples reverência, até mesmo o Rei, mas a Rainha má como sempre me olha entediada e volta a sentar-se. Oliver sai do seu lugar e vem até mim.

— Bom dia luz do sol. – Ele sorri beijando o canto da minha boca. Sua barba por fazer raspa ocasionando arrepios por todo meu corpo.

— Bom dia querido. – Beijo aponta do seu nariz com carinho.

Ele pega minha mão e me puxa levemente para onde estava, sento ao seu lado, oferecendo bom dia a todos que estão presentes. Os gêmeos sentam ao lado dos seus pais e começam suas refeições.

— Como se sente, Princess? – Com elegância Cait limpa os cantos de sua boca. – Posso ajuda-la com algo? Ainda sente algum tipo de dor...

— Não, muito obrigado. – Nego com gentileza. Seus olhos se suavizam e ela assente voltando-se para seu café.

— Estamos a suas ordens para o que precisar. – Tommy acena com sorriso doce.

Franzo o cenho ao vê-lo vestido com um terno adaptado, com emblemas do palácio sobre o peito e ombros. Seu cabelo preto que por vários dias está seco e um pouco bagunçado, hoje está alisado para o lado com algum gel, deixando-o mais viril.

— Você trabalha assim o tempo todo? – Deixo escapar ainda olhando para sua roupa, que de fato é muito sofisticada e bonita.

— Não, apenas para reuniões de guardiões do Palácio. – Ele responde sem se opor a pergunta. – Onde estou horrivelmente atrasado para o conselho.

Ele levanta-se apressado.

— Realeza. – Ele inclina-se para o Rei e a Rainha. – Princess. – Com sorriso caloroso ele pisca para mim. Tommy volta-se para sua esposa e lhe beija ardente, bagunça os cabelos de seus filhos antes de parti.  

— Desculpe por isso. – Cait disse com o rosto corado para ambos.

— Não se preocupe querida, na sua idade eu fazia...

— Robert. – A Rainha arranha cortando-o no meio da frase, com olhar irritado. – Não seja indiscreto na frente das crianças.

— Ah, mulher estou na minha casa... com minha família e não em uma reunião ou discurso em público. – Rei bufa atirando seus olhos azuis até mim. – Sinto muito pelo o acontecido, Princess. Sua segurança está sendo nossa prioridade no momento, até que encontramos o responsável pelo o atentado a sua vida.

Seus olhos sinceros me fazem tremula e meus olhos marejarem, mas pisco as lagrimas de volta.

— Obrigado. – Sussurro agradecida.

A Rainha apenas me fita e desvia o olhar, talvez no futuro próximo ela venha gostar de mim ou não. Oliver aperta minha mão, olho para ele que está com maxilar rígido e uma veia pulsando bravamente em seu pescoço, por fora ele parece um homem irritado, mas por dentro sei que ele quer uma vingança lenta.

— Eu estou bem. – Aperto sua mão chamando sua atenção para mim.

— Eu fiz uma promessa, certo? – Pergunta. Assinto entrelaçando nossos dedos. – Então não tenha medo, está segura comigo.

 – Eu sei que sim.

Ficamos em silencio, começo a comer com os pensamentos a mil. Quem poderia querer me machucar a ponto de ter todo o Palácio a sua procura? Eram perguntas como essa que fazia minha cabeça latejar.

[.....]

Olhei para o campo com a testa franzida, tinha alguns bonecos de palha posicionados próximos as arvores, vestidos com roupas comuns.

— O que estamos fazendo aqui? – Questiono ainda confusa.

Os gêmeos me olham nos olhos e sorriem abertamente.

— O Prince faz seus treinos todas as manhas, nós gostamos de assisti-lo. – Jax responde analisando o local.

Oliver tinha ido até uma das salas buscar algumas coisas, mas ainda não tinha voltado, ambos os gêmeos me acompanharam até o campo tagarelando coisas sem nexo.

— Parece divertido. – Porque eu disse isso, não sei.

Alguns minutos depois Oliver volta carregando uma aljava com várias flechas e um arco muito bonito em mãos. Olhei para seu corpo malhado e suspirei porque partes do meu corpo estavam formigando pela a visão maravilhosa do seu nobre corpo. Ele flexionou os grandes braços para colocar a aljava nas costas, sua camiseta preta esticou me dando uma visão básica da sua barriga sexy, engoli um gemido e foquei nas suas calças onde quase me arrependi... quase. A calça jeans preta destaca suas coxas firmes, e eu só queria me enrolar nele para o resto da vida.

— Felicity. – Oliver chama quebrando meu encanto.

Um sorriso malicioso puxa em seus lábios, ele me pegou no flagra, quando eu apenas estava o devorando com os olhos. Faço uma careta e foco nos seus olhos azuis brilhantes.

— Quero mostrar alguns dos meus treinos. – Explica ficando ao meu lado. – Aqueles bonecos são denominados como inimigos, então se houver perigo eu não poderei erra em uma batalha.

— Entendo. – Balanço a cabeça.

— Prince comece por Milo. – Jax aponta para o boneco mais distante, ele balança um pouco com o vento, e fico na dúvida se o Prince pode mesmo acerta seu alvo.

— Okay. – Oliver assente e solicita que nos afastemos um pouco, cada um dos gêmeos fica ao meu lado e olham para o alvo.

Oliver se posiciona e com habilidade ele apenas puxa a flecha e a solta acertando o boneco na cabeça, por alguns minutos eu fico atordoada.

— Próximo. – Sua voz é profunda quando ele solicita para Max seu alvo.

— Dilon. – Com um dedo pequeno Max aponta para o boneco que está com a metade do corpo atrás de uma arvore. Sem hesitar Oliver solta a flecha mais uma vez acertando-a no coração do mesmo, ele simplesmente é foda. Eu não possuo mais nenhuma dúvida disso.

— Próximo. – Ele olha para mim com sorriso doce.

Volta minha atenção aos bonecos e vejo um acima de uma pedra, ele tem uma mulher presa ao corpo, parece ser um alvo difícil, caso estivéssemos em guerra, ela deveria ser salva mais a essa distância só um profissional poderia liquida-lo sem machuca-la no processo. Limpo a garganta e busco seu potencial.

— Aquele boneco com a mulher. – Aponto.

Oliver estuda os dois e suspira, o vento bate nos bonecos o que fazem os mesmos balançarem, espero em expectativa... Oliver solta a flecha com um zumbido afiado, a mesma vai direto na cabeça do boneco que ainda continua a balançar.

Ele é bom, realmente bom.

— Impressionante. – Elogio calorosamente.

— Obrigado, Princess. – Ele pisca me fazendo corar.

— Agora as bolas. – Os gêmeos gritam e saem correndo em direção a uma parede próximo as arvores.

Oliver me puxa pela a mão atrás dos dois. Ele me explica que Max e Jax gostam de jogar as bolinhas e que Oliver as cravem na parede, o que seria além de impressionante.

— Se você acerta as dez bolinhas eu lhe darei um beijo memorável. – Negocio soltando uma risada, pele me puxa pela a cintura e me beija longamente antes de soltar-me. Bom acho que o premio ele já levou antes mesmo de acerta a primeira bola.

— No três. – Jax acena com um saco de bolinhas na mão assim como Max.

— Um...

— Três. – Grita Max jogando uma bolinha após a outra no chão, que começam a pular.

Oliver solta uma risada e começa a disparar as flechas. Arregalo os olhos com sua habilidade de começar a prender cada bolinha fixamente na parede, Jax rosna para o irmão e começa a jogar as suas.  Meu queixo vai no chão, enquanto eles apenas se divertem e Oliver acerta todas as bolinhas na parede sem perde o folego.

Olho para o homem que roubou meu coração e me pergunto o que ele ainda fará para me fazer suspirar de tesão e amor por ele, com isso. Eu estou realmente sem palavras para descrever o que sinto no momento, porque ele simplesmente é bom no que faz. De todas as maneiras possíveis.

— Yes! – Os gêmeos batem nas mãos e abraçam as pernas de Oliver com risadinhas fofas.

Oliver se agacha para altura de ambos e abraça os mesmo com carinho ele cochicha algo e eles saem correndo em direção ao palácio ainda comemorando o que seu líder acabou de fazer.

— Você será um grande líder, assim como um bom pai. – Deixo escapar sendo puxada para seus braços.

Ele solta a aljava e o arco, colando nossos lábios com uma fome abrasadora. Minhas mãos deslizam sobre seus braços fortes prendendo-o no lugar, abro a boca sentindo sua língua deslizar para dentro, nossas línguas entram em batalhas, e todo meu corpo queima em necessidade. Sem ar me afasto um pouco, ele me olha nos olhos com uma fome que eu nunca vi antes.

— Em dois dias você será minha para sempre, Princess.

— Eu já sou sua, então...

— Nosso casamento é em dois dias. – Ele sorri segurando meu rosto com as suas mãos fortes, e todo ar que eu tinha no peito, apenas evapora.

— Dois dias... você só pode está louco. – Grito porque isso é loucura.  – Temos que preparar a lista de convidados, vestido...

— Hoje vem a costureira do palácio, os convidados é todo o reino, então a cidade está aqui para celebrar nossa união, assim como sua nova Rainha. – Ele explica tentando me dá esperança.

— Isso ainda não me conforta Oliver. – Eu ainda estou gritando por algum motivo. – As coisas não funciona assim.

— Sim, desde o momento que você disse sim para mim, então não me provoque mulher. – Ele rosna me desafiando a enfrenta-lo o que me faz ir fundo.

— Não me faça chutar sua bunda. – Rosno de volta.

— Quero vê-la tentar. – Ele sorri maliciosamente.

Antes que eu possa chuta-lo, ele me pega com um braço forte me jogando sobre o ombro como um maldito homem das cavernas.

— O que acha sobre esfriar a cabeça e aceitar que eu sou seu Rei assim como seu marido.

— Você não manda em mim. – Eu grito batendo com meus punhos em suas costas largas. – Ponha-me no chão Oliver Queen.

— Não, Felicity Smoak.

— Você é um idiota. – Seguro minha coroa que começa a cair dos meus cabelos. Ele me coloca no chão, ainda atordoada eu tento focar em seu rosto, mas ele é rápido demais.

Ele tira a camiseta de seu corpo, toma a coroa de mim, meus sapatos já tinham sidos esquecidos pelo o caminho, ele retira os seus e pega-me novamente nos braços, grito e xingo querendo fugir dele, mas tudo é em vão. Sou atirada na agua fria ainda com seu corpo colado ao meu. Volto a superfície procurando por. Oliver me beija com rapidez me girando nos braços. Engulo um gemido quando prendo minhas pernas em volta de seus quadris. Sua ereção pressiona contra mim me arrancando um suspiro prazeroso.

— Acho que devemos nos casar hoje. – Sorrio sabendo que não posso ficar longe dele por mais nenhum maldito segundo. – Eu quero você loucamente. – Gemo mordendo seu lábio inferior.

— Eu sei bebê. – Ele sorri com agua escorrendo por seu lindo rosto. – Em dois dias você será minha Rainha, a única mulher que entreguei meu coração.

Balanço a cabeça colando nossos lábios mais uma vez. Eu jamais irei desejar tanto alguém como eu desejo esse príncipe. E que Deus me ajude, porque sou capaz de tudo por ele.