50 Tons de Mentiras escrita por Carolina Muniz


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Uma do Zayn pq sou muito in love por esse homem e escrevi tudo ouvindo essa voz maravilhosa pq sou abençoada, né? ♥ ♥
E bora de cap novo



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♥ Capítulo 12 ♥

"Estou sentada com os olhos bem abertos e estou com uma coisa martelando a minha mente me perguntando se me livrei de uma cilada, ou se perdi o amor da minha vida."

I Don't Wanna Live Forever - Zayn

➰➰➰

Ana sentiu o sangue ferver, a cabeça girar e o pior: o maldito coração disparar. Cruzou os braços e olhou para baixo, a sensação estranhamente desconfortável assolando até o último fio de cabelo.

— Acho que é melhor a gente voltar para o clube - Kate disse.

Ana mordeu o lábio e balançou a cabeça.

— Não, por quê? Eu estou com fome, então eu vou comer.

— Ana...

— Kate, está tudo bem, relaxa. Por que você acha que isso me incomodaria? Eu não me importo nem um pouquinho. Agora vamos para a mesa antes que José ache que morremos no banheiro.

— Tem certeza?

— Quando é que eu não tenho, hein?

Kate sorriu e a seguiu em direção a mesa de José, que ficava do outro lado do recinto. A garota se sentou ao lado do homem, e pegou o cardápio.

— Ah, eu quero comer batatas - falou, sem nem olhar.

— Batatas? - Kate perguntou. - Então 'ta, né...

— Nossa, eu devia ter comido algo antes de sair... Se eu colocar nenhuma comida no estômago nos próximos dois minutos, vou comer alguém aqui.

— Seria um prazer - José disse.

Kate cruzou os braços e balançou a cabeça, ao contrário de Ana, que riu quase exageradamente da piada mais que sem graça.

— Não deveria ser o contrário? - a outra falou.

— Por mim pode ser de que lado você quiser, querida - José disse.

Ana mostrou todos os dentes em seu sorriso estonteante, as covinhas aparecendo.

— Meu Deus, como você é fofa! - ele disse.

A menina revirou os olhos.

A garçonete chegou, e eles fizeram o pedido.

— Hum... Verdade ou desafio? - José perguntou de repente.

Ana sorriu.

— Verdade - falou, entrando na brincadeira.

— Hã... Você é virgem? - ele perguntou.

— E você é 100% hétero? - retrucou a garota, os dois caindo na risada logo em seguida. - Vai, Kate, você: verdade ou desafio?

— Ah, eu não quero brincar - a loira disse.

— Vamos, Kate, é divertido.

— Okay. Hum... Desafio.

— Olha que poderosa ela - José elogiou.

Ana deu um sorriso malicioso.

— Te desafio a beijar o Elliot da próxima vez que o vermos.

— O quê!?

— Hum... Quem é Elliot? Espera, o Elliot, Elliot Grey? - José perguntou.

— Exatamente - Ana respondeu.

— Não acredito!

— Vamos, Kate, aceita ou não?

— Isso não vale, tem que ser algo para eu fazer agora, e ele não está aqui - Kate disse.

— Parece que isso não vai ser problema - Ana disse, olhando em direção à mesa de Christian.

Kate se virou para olhar e viu o momento em que Elliot se sentou de frente para o irmão. A loira franziu as sobrancelhas.

— Ele não estava com a Elena? - perguntou sem pensar.

— Ela já foi embora tem alguns minutos - Ana falou.

— Sua mãe? - José perguntou.

— Longa história - a garota suspirou. - Então, Kate, nada te impede agora.

— Eu não vou fazer isso, escolhe outra coisa - a loira foi firme.

— Ué, tem que fazer - falou enquanto pegava as batatas que a garçonete havia acabado de colocar na mesa.

— Ana, eu te odeio.

— Também te amo.

— Como eu vou fazer isso?

— Vai lá, diz "oi" e o beija - Ana disse.

— Claro, super normal fazer isso.

— Ah, está fazendo tempestade num copo d'água.

— Sério?

— Sério! É só uma brincadeira.

— Uma brincadeira nada divertida.

— Ah, qual é? O Elliot é um gato, não vai ser nenhum sacrifício – José incentivou.

Kate mordeu o lado de dentro da bochecha.

— Tudo bem - falou. - Mas me espera na porta.

— Hum?

— É, não vou ficar aqui depois de beijá-lo.

Ana levantou uma das sobrancelhas.

— A gente volta para a boate – a loira insistiu.

— Mas eu nem terminei de comer - reclamou, a boca cheia de batatas.

— Vai, levanta - mandou Kate, empurrando a garota para fora da cadeira.

— Tudo bem, tudo bem... Estressada!

Ana revirou os olhos e deixou o dinheiro na mesa, pegou sua bolsa e junto com José foi para a porta do bar. Ficaram esperando, vendo Kate se levantar e atravessar todo o bar até onde Elliot e Christian estavam. Kate se aproximou deles, deu um leve aceno com a mão e de repente beijou o loiro.

A boca de Ana se abriu, junto com os olhos que se arregalaram.

— Não acredito que ela fez isso - sussurrou.

— Uau - José murmurou.

Kate saiu de lá apressada e sem dizer uma palavra, os dois homens seguiram a garota com o olhar, e viram o momento em que ela se encontrou com Ana e José. Os olhos de Ana se encontraram com os misteriosos cinzentos.

— Agora vamos! – Kate quase gritou, fazendo Ana voltar seus olhos para os da mesma.

A garota tratou de se virar e sair totalmente do bar, os três voltaram para a boate. Kate mais animada, José igualmente, mas Ana nem tanto.

— Estamos aqui para nos divertir - Kate disse, para a surpresa da outra. - Então, vamos nos divertir - falou, estendendo um copo à Ana.

Pelo cheiro forte, a garota logo viu que era um shot de tequila.

— Você tem razão - falou, pegando o copo e tomando o líquido de uma vez só. - Preciso beber mais - ela disse, andando até o barman.

Quando Kate foi até ela, a garota já deveria estar no quarto ou quinto shot de tequila, pois a menina podia sentir suas mãos suando e a cabeça girando um pouco.

— Você está bem, Ana? - Kate perguntou.

— É claro. Você está bem? - ela disse, meio enrolado.

— Sim, é que...

Ana enrolou os braços ao redor do pescoço da garota.

— Eu te amo tanto - gritou através da música.

— É, eu também te amo. Mas acho que é melhor a gente ir agora.

— Opa! - a outra disse, quando quase caiu do banco.

— Ela está bêbada? - José perguntou, se aproximando das duas.

— Provavelmente sim - Kate falou.

Colors da cantora Halsey tocava em seu final entre os alto falantes da boate.

— Ah, eu adoro essa música - Ana disse, saindo do banco de vez. - Vem, vem dançar comigo, Kate - puxou-a enquanto falava.

— Ana, acho que é melhor irmos embora - Kate disse quando a quinta música acabou, ela já não aguentava mais. - Você está meio bêbada - acrescentou.

Work de Rihanna começou a tocar pela boate.

— Ah, essa! - Ana disse, animada, como se não tivesse escutado o que a loira disse. - Essa música é incrível!

Assim a música acabou, Kate conseguiu convencer Ana que era hora de irem embora, a loira ficou do lado de fora da boate, esperando José e Ana voltarem, quando viu Elliot e Christian. Eles pararam, pois um homem começou a falar com o irmão do loiro.

— Ah, meu Deus - sussurrou a garota, colocando o cabelo atrás da orelha quando viu Elliot vir em sua direção.

— Kate, oi - ele disse.

— Ah, oi, Elliot - disse casualmente.

— E aí? Estava numa boate gay? - ele perguntou.

Kate sorriu amarelo.

— É, ideia da louca da Ana - falou.

— E onde é que ela está?

— Foi com José pegar o carro... José é um amigo dela.

— Ah.

— É...

— E você se divertiu?

— Até que não é ruim.

Elliot riu.

— E você?

— Ah, é, na verdade sim. Christian está meio estressado com a empresa, precisava de ar. Até encontramos com a mãe da Ana aqui.

— Ah, então você veio encontrar seu irmão - Kate disse confusa.

Se ele estava com a Elena, por que chamou o irmão?

— É. Por quê? - Elliot perguntou, interrompendo sua linha de pensamento.

— Não, é que... Nada, deixa para lá. E a Elena?

— Ah, ela é uma grande amiga da família, mas ela não falou nada sobre a Ana estar por aqui.

— Ah, eu acho que ela não sabe.

Os dois conversavam como se Kate não tivesse o beijado do nada há algumas horas.

— Hum... Olha ela aí - Elliot disse quando viu Ana se aproximando.

— Oi, Elliot - Ana o cumprimentou com um sorriso gigante.

— E aí, Aninha?

A garota revirou os olhos.

Que brega esse Aninha!

— Ela está meio bêbada - Kate sussurrou.

— Percebi - Elliot sussurrou de volta.

— Fala sério, eu não estou bêbada - Ana se defendeu.

— Claro que não. Cadê o carro? - Kate perguntou.

— Ah, deu uma confusão ali, aí deixei José pegando o carro.

— Ah.

— Elliot, vamos? - Christian chamou, se aproximando deles.

— Christian! - Ana disse, cruzando os braços.

— Anastasia – ele saudou num tom contido.

— Lembra da Kate? - Elliot disse, sugestivamente.

— Claro. Oi, Kate.

— Olá – Kate murmurou entredentes, já ficando nervosa com o que podia acontecer ali.

Ana quando estava um pouco "alta" parecia perder o filtro cérebro-boca.

— Você não estava com a Elena? - Ana perguntou, fazendo Kate arregalar os olhos.

— Hum? - Christian murmurou.

— O que você estava fazendo com a Elena? - a loira tornou a insistir.

— O quê!?

— Com a Elena! Por que estava aqui com ela? Você não disse que tinham terminado?

O Grey abriu a boca, mas a fechou.

— Como assim?

— Ah, não liga para o que ela está falando... - Kate começou.

— Que negócio é esse? - Elliot perguntou.

— Como eu disse: ela está bêbada, bebeu um pouco demais, agora nem sabe o que está dizendo - Kate tentou contornar.

— Eu fiquei pensando: por que eu tenho que guardar o segredo de vocês? É só mais uma mentira que eu tenho que contar. Mas aí eu percebi que se eu não precisar mais mentir sobre isso, não vou precisar mentir sobre mais nada – Ana discursou num tom enrolado.

— Ana, acho que é melhor irmos até o José... - Kate disse, pegando-a pelo pulso, mas a mesma não se moveu.

— Afinal, não é problema meu. Mas você disse que já tinham terminado, por que mentiu?

— Somos amigos - Christian deixou claro para ela e para o olhar questionador de Elliot, a raiva subindo pelo sangue.

— Amigos? Sei! É claro que são amigos... Bem íntimos, né? Inclusive na cama.

Ele aproximou dela, tanto que suas respirações se misturaram. Ele a puxou para um canto, sobre os olhos minuciosos de Kate e Elliot.

— Quem você pensa que é para falar assim comigo? - sussurrou ameaçadoramente.

— A filha da sua amante! Ai, meu Deus, você é meu padrasto.

O outro franziu o cenho.

— Você meio que é meu pai. Que esquisito, eu beijei meu novo pai - ela riu.

Ele bufou.

— Nós não estamos mais juntos! E mesmo que estivéssemos, você ser filha dela não quer dizer que seja da sua conta - ele disse tão baixo, que até Ana teve dificuldades para entender.

— Ah, como você é idiota! - ela declarou.

— O quê!?

— Como pode preferir ela? Como!? Ela é fria, egoísta, sem sentimentos... Velha! E eu... Eu sou incrível, gentil, bonita, e muito mais nova... - ela parou um momento, como se fizesse uma nova descoberta. - Eu sou perfeita! – declarou o fato que acabara de perceber. - Como pode querer ficar com ela e não comigo? Ela não é nada. Só um fantoche da sociedade, capaz de fazer qualquer coisa para manter as aparências. Ela é vazia, Chris-tian. Não tem um pingo de remorso por ter acabado com a minha vida. Por que você gosta dela?

Kate se aproximou quando a garota começou a falar alto novamente.

— Ana... - a loira disse num tom de aviso.

— Kate, agora não!

— Ana, você está bêbada.

— Não estou nada - falou irritada, olhando para a amiga e então voltou sua atenção ao homem a sua frente. - Eu estou tendo uma conversa particular agora.

— Do jeito que você está gritando, não é mais particular - Kate rebateu.

A garota olhou em volta e havia realmente algumas pessoas olhando curiosas.

— O quê que foi? Nunca viram ninguém discutindo, não? Ah, vão tomar conta da vida de vocês que deve 'ta uma merda para ter que prestar atenção na minha.

— Ana, já chega. Vem! - Kate a empurrou em direção ao carro que José, felizmente, já trazia.

— Para, Kate, me solta - Ana disse, abaixando o tom de voz.

— Não vou te soltar até chegarmos no carro. O quê que deu em você!?

— Eu levo ela - Christian decidiu.

— Não, você tem que ficar com a El-lena - Ana rebateu se apoiando em Kate.

Com certeza nunca mais tomaria tequila!

Christian revirou os olhos e a puxou pelo braço até o carro próprio carro.

— Ei, desse jeito você vai me machucar. Eu vou te denunciar. Isso é agressão - ela disse, enquanto ele a "guiava" em direção ao seu R8 preto. - Hey, ele está me batendo aqui!

De fato muitas pessoas olharam quando ela disse a última frase.

Christian tapou a boca dela e a colocou no carro, sob os olhares de muitas pessoas.

— Elliot, você pode ir com a Kate? - ele perguntou.

— Claro - o loiro disse, num tom questionador que dizia "vamos conversar depois".

Christian suspirou e entrou no carro, batendo a porta com força.

Que merda ele havia se metido!

— O que você está fazendo? Isso é sequestro! - Ana falou quando ele trancou as portas e ligou o carro. - Eu não quero ir com você.

— Coloque o cinto de segurança - foi tudo o que ele disse.

— Não!

Ele revirou os olhos e não questionou. Era exatamente o contrário do que Ana queria. Ela queria que ele a dissesse para usar o cinto, que brigasse com ela por ter falado o que não devia, ela queria alguma reação além daquela.

A garota, em toda sua teimosia, cruzou os braços e olhou para a frente com os olhos fulminantes.

Christian não sabia bem o que estava fazendo levando Ana para sua casa, só precisava que a menina calasse a boca. Mas agora estava com ela dentro de seu carro, com raiva, além de trêbada.

O carro entrou na garagem de um grande prédio, Ana estava com os olhos quase fechados de sono, mas se sobressaltou assim que o veículo parou. Ela encarou Christian de soslaio, e saiu do carro logo em seguida.

De cara reconheceu a garagem do Escala, havia ido ali umas duas vezes com Mia quando criança porque tinham uma amiga que morava ali.

Christian a seguiu para o elevador, e logo apertou o botão, digitando algo a mais no painel.

Cobertura, claro.

Ana revirou os olhos e se recostou na parede de aço.

Queria muito se deitar.

O que ela estava fazendo ali?

Se perguntassem a ela como era a entrada, ela não saberia dizer, pois de repente apenas se viu sentada num sofá grande e cinza, com Christian estendendo algo para si.

— Toma - disse ele, lhe entregando uma xícara.

A garota sentiu o cheiro e não a pegou, fazendo uma careta.

— Não gosto de café - informou.

— Isso vai te deixar sóbria - explicou ele.

— Mas eu não gosto de café - insistiu ela.

— Você mal vai sentir o gosto.

— Mas eu não gosto de café.

— Meu Deus, beba, por favor – ele pediu, mostrando o controle que estava fazendo para não perder a paciência.

— Mas...

— Por favor.

A garota bufou, mas pegou a xícara, e Christian se sentou na poltrona ao lado do sofá.

— 'Ta bom - suspirou. - Acho que exagerei - declarou após dois goles do líquido quente e preto.

— Você acha?

— Não sei... É que... Eu não sei por que eu disse aquilo. Também não sei por que eu bebi desse jeito... E com certeza não sei por que eu estou aqui - ela olhou a redor, sem dar mais nenhum gole no café. Ela realmente odiava aquele negócio. - Aliás, por que eu estou aqui?

— Acho que nós precisamos conversar.

— Covardia querer conversar quando eu bebi demais – ela rebateu.

— Você está quase sóbria.

— Não acho isso. É insensato...

— Parece que você é mais sincera quando está bêbada.

— Irônico vindo do cara que é a razão por eu aprender a mentir - rebateu ela, colocando a xícara ainda cheia na mesinha de centro, para o desgosto de Christian.

Bem, ela podia estar bêbada, mas isso não a impediu de sentir o gosto ruim do café.

— Okay, você quer conversar, a gente conversa. Começamos com: eu vi você e a Elena no restaurante.

Para Ana, o álcool não a deixava sincera ou coisa parecida, a deixava corajosa, mandona e acima de tudo com o emocional abalado. E tendo aquelas coisas misturadas perante a presença de Christian, não seria nenhum pouco saudável para ela.

Christian suspirou e se recostou na poltrona.

— Eu estava com Elliot, ela chegou e foi me cumprimentar - respondeu sincero.

— E coincidentemente Elliot foi ao banheiro naquele momento - ela foi petulante.

A garota sabia que aquilo não era de sua conta, que ela não tinha o direito de exigir nada. Mas quem poderia culpa-la por perguntar?

— Na verdade, ele havia ido atender uma ligação – Christian respondeu pacientemente.

— Essas coisas só acontecem em filme, okay?

— Geralmente, para separar o casal, não é?

Ela bufou.

— Não somos um casal - vociferou.

não, ela não estava pensando em como seria se eles fossem um casal.

Seria horrível de qualquer maneira.

Muito horrível.

Algo impensável, na verdade.

— O que você quer comigo, hein? - questionou por fim.

— Eu? Bem, você estava dizendo para todo mundo que eu e sua mãe temos um caso.

— E vocês não tem?

— Não, não temos...

— Claro que não – ela ironizou.

— Não mais - insistiu ele.

— Ah, ficou entediante depois que meu pai descobriu? Mas ainda tem os seus pais, com certeza ainda era excitante esconder deles.

— Não, não tinha nada a ver com isso. Você não entenderia.

Ela bufou novamente, se irritando.

— Que seja. Eu não me importo - retrucou. - Eu vou para casa - decidiu, levantando-se rapidamente.

Claro que a garota ficou tonta, a quantidade de álcool em seu organismo quase a deixava sã, mas ela não tinha coordenação motora nem mesmo sóbria, imagine bêbada.

Christian se levantou e a segurou.

Não que ela fosse se machucar se caísse, com certeza bateria no sofá, mas foi um reflexo realmente automático.

A loira segurou em seus braços e ele em sua cintura, apertando-a firmemente e a mantendo de pé. Ela olhou-o nos olhos, sem conseguir desviar, sentindo aquela horrível - boa - sensação de segurança - que com certeza não deveria sentir.

A porra do coração disparando como as hélices de um helicóptero, a respiração ficando ofegante de repente.

Deus, ela se odiava tanto por aquilo tudo. Por toda aquela reação desencadeada apenas pelo toque dele.

Ana passou os últimos anos sentindo raiva, ódio, rancor, e talvez nem tenha sido dele, e sim pelo que era obrigada a sentir por ele quando tudo o que ele fez foi machucá-la.

Talvez tudo só ficava pior porque nunca fora diretamente, não era como se fizesse de propósito. E por aquilo, Ana se via arrumando desculpas para não o odiar.

Dramática ou não, bêbada ou não, ela apenas virou o rosto quando sentiu que ele aproximava o dele.

— Você não pode me beijar, Christian. De novo não - sussurrou ela.

A voz estava embargada e difícil, mas pelo álcool, é claro. Ela iria jurar aquilo até o fim da vida.

Afinal, Ana não chorava. Nunca.

➰➰➰


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaaah Christian!
Xoxo



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