Mais que Um Granger escrita por ferporcel


Capítulo 7
Capítulo 7 - Em Busca de Pontos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Sete. :0) Nathan está atrás de alguns pontos para a Grifinória de ninguém mais, ninguém menos que o Professor Snape. Bom, pelo menos ele tem um plano. :0)



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Capítulo 7: Em Busca de Pontos

Nathan passou as semanas após sua detenção observando as atitudes do mestre de Poções durante as aulas. Ele anotou todos os pontos que o Professor Snape concedeu ou descontou. As bordas de seu livro e das folhas de pergaminho estavam cheias de números, nomes, um G ou S e palavras como resposta certa, corte ruim, boa poção e explosão de caldeirão. Ele tinha anotações de pelo menos três semanas de aulas de Poções. Anotações semelhantes também estavam por todas as partes de seus textos de Defesa. Ele estava igualmente observando o Professor Lupin, Diretor da Grifinória, para fins de comparação.

Na sala comunal, Nathan sentou-se numa mesa perto de Kevin e Andy, que jogavam xadrez bruxo. Ele folheava seus livros e notas de aulas, organizando as informações que havia coletado em uma Tabela de Pontos, quando Kevin, que esperava pelo próximo movimento de Andy no jogo, interrompeu seu trabalho – Com o que você está tão entretido, Nathan? Você está passando pelas páginas desses livros como um louco, tomando notas. Você não pode estar estudando desse jeito – ele declarou.

– Eu não estou estudando – Nathan respondeu, preenchendo mais uma linha da Tabela de Pontos. – Estou trabalhando em uma pesquisa independente – acrescentou, sem tirar seus olhos dos pergaminhos na mesa.

Aquilo chamou a atenção de Andy. – O quê? Você está trabalhando em uma pesquisa independente junto com toda a lição de casa que nos deram? – disse, balançando sua cabeça devagar. – Você deveria tentar o xadrez algum dia, Nathan – acrescentou, contemplando o tabuleiro, vendo suas chances depois do último movimento de Kevin.

– É, você poderia jogar uma partida comigo depois que eu terminar com o Andy! – Kevin acrescentou com um sorriso brincalhão. – Afinal, ele não vai durar muito tempo.

– Eu agradeço o convite, mas xadrez não é o meu jogo – Nathan respondeu enquanto virava as páginas de seu livro de Poções até encontrar outra anotação para acrescentar à tabela.

– O que você está pesquisando, afinal de contas? – perguntou Andy, depois de mover um bispo relutante para uma batalha com o cavalo do oponente.

– Estou avaliando as diferenças entre o comportamento dos Diretores da Grifinória e da Sonserina com relação aos pontos concedidos ou descontados – Nathan declarou, e foi recompensado pela sobrancelha erguida de Andy e pelo bufo de divertimento de Kevin.

– Você é um cara estranho, Nathan. E o que você ganharia com essa pesquisa? Pontos? – perguntou Kevin, sarcasticamente.

– Na verdade é exatamente isso que estou esperando – replicou Nathan –, estou tentando entender para o que o Professor Snape dá mais pontos e fazendo o mesmo com o Professor Lupin. Assim serei capaz de bolar um plano de ação para fazer ambos darem o maior número de pontos possíveis para a Grifinória – explicou de modo prático.

– É uma ótima idéia! – disse Andy entusiasticamente – Nós podemos fazer os Sonserinos perderem tantos pontos quanto ganhamos, e tomar a liderança na Taça das Casas! – acrescentou com um sorriso travesso.

– É, é – disse Nathan sem dar importância –, assim que terminar a Tabela de Pontos – acrescentou, deixando sua irritação com as interrupções transparecer em sua voz.

Os dois meninos voltaram ao jogo e Nathan para sua tabela. No entanto, ele não estava dizendo a eles todas as razões pelas quais pesquisava esses dois professores. Vou provar que ele não dá pontos só para a Sonserina, pensou.

Uma hora mais tarde, Kevin e Andy estavam engajados em um jogo de Snap Explosivo com Josefina e sua melhor amiga, Anna. Enquanto isso, Nathan estava terminando sua Tabela de Pontos, sentado na mesma mesa. – Terminei! – declarou. Tudo que tinha a fazer agora era adicionar o total na última linha e analisar os resultados.

E foi o que ele fez. Pegou sua varinha, apontou para o pergaminho e proferiu – Totalus – franzindo a testa com o resultado. O Professor Snape não deu nenhum ponto para a Grifinória, reconheceu mentalmente, e não é um comportamento comum entre os Diretores de Casa, porque o Professor Lupin dá pontos para a Sonserina, então...

– O que está errado, Nathan? – perguntou Kevin, ao ver a aflição de seu amigo.

– Preciso de mais informação – Nathan disse sem querer acreditar em suas conclusões. Deve ser uma coincidência. Dando mais uma olhada cuidadosa na Tabela de Pontos, analisando as especificidades de cada ponto dado, Nathan percebeu que o Professor Snape apreciava mais as boas poções e as respostas corretas. Bom, os Grifinórios não são os melhores preparadores de poções da classe, admitiu mentalmente, e têm muito medo dele para responder às suas questões voluntariamente. Ele mesmo não se oferecia como voluntário, e isso parecia ser uma questão crucial nos pontos concedidos. Você tinha que se oferecer para responder as questões.

Os pontos por boas poções era outra questão. Nathan era um excelente preparador de poções e eram sempre perfeitas. Isso era uma conclusão perturbadora. Ele tem algo contra mim? Sou eu, então? O pensamento entristeceu Nathan. Talvez seja por causa da minha mãe, pensou relutantemente consigo mesmo.

Queria eliminar aquela linha de pensamento, então precisava de mais informação. O mestre de Poções não poderia estar tratando-o de modo diferente por causa de coisas que haviam ocorrido há mais de uma década. O Professor Snape odiava seu padrinho Harry. E seu tio Rony e sua mãe eram igualmente odiados por serem amigos do Harry. Ele não me odeia, certo? Nathan balançou sua cabeça. Preciso de mais informação antes de poder concluir qualquer coisa.

Nathan reuniu seus papéis e livros da mesa na qual trabalhara. Ele precisava falar com alguém que conhecesse o Professor Snape por mais tempo que apenas um mês. Nathan olhou em volta da agitada sala comunal e descansou seus olhos em um grupo de alunos do sétimo ano, sentados perto da lareira. O Monitor Chefe! pesou entusiasticamente. Ele é perfeito! É um bom aluno, disciplinado. Ele saberá!

Aproximando-se dos alunos do sétimo ano, Nathan chamou – Sr. Cornwell, você tem um minuto?

O Monitor Chefe ergueu os olhos para encontrar o aluno do primeiro ano. – Algo errado, Sr. Granger? – ele perguntou ao Nathan.

– Não, só tenho algumas perguntas, se não se importar – ele respondeu.

O menino mais velho pediu licença a seus amigos e deu sua total atenção ao Nathan. – Muito bem, Sr. Granger, o que você quer perguntar?

– Queria saber se você já recebeu algum ponto do Professor Snape – Nathan disse, sem querer perder o tempo do Monitor Chefe com conversinhas.

– Professor Snape? – Cornwell perguntou, surpreso com a pergunta do menino.

– Snape não dá pontos para Grifinórios – outro aluno do sétimo ano, que estava escutando a conversa, respondeu. – Ele só dá pontos para a Sonserina, aquele idiota!

– Finja que tem algum respeito pelo Professor Snape, por favor – o Monitor Chefe chamou a atenção.

– É verdade? – perguntou Nathan, querendo a confirmação de Cornwell às acusações do menino.

– Sim, é verdade. O Professor Snape é muito difícil de agradar – o menino mais velho respondeu.

– E ele é um seboso que odeia Grifinórios – acrescentou um outro aluno do sétimo ano.

Nathan teria interferido na difamação do professor de Poções se as revelações não o tivessem afetado tanto. Então é verdade. O Professor Snape favorece os Sonserinos. Não conseguia evitar o pesar que o invadiu. Nathan estava muito desapontado com o Professor Snape, o homem que sua mãe estava sempre inflexível em afirmar que era tão honrado e merecedor do respeito dos outros.

Agradecendo aos alunos do sétimos ano, Nathan voltou para a mesa onde sua mochila estava e deixou a sala comunal em direção ao dormitório dos meninos. Preparou-se para dormir, mas sentiu que não conseguiria. Sua mente estava cheia de pensamentos. Mas quando finalmente conseguiu pegar no sono, sua expressão não era mais triste ou desapontada, mas cheia de esperança.

*-*-*-*

Segunda-feira de manhã, Nathan entrou no Salão Principal para o café da manhã confiante. Trabalhou durante todo o final de semana e agora tinha um plano que com certeza ia fazer o Professor Snape lhe dar pontos. Seus companheiros Grifinórios simplesmente não sabiam como fazê-lo; esta foi a conclusão a que tinha chegado depois de analisar a Tabela de Pontos várias e várias vezes.

Ele começaria com a primeira fase do seu plano hoje. Iria se oferecer para responder a todas as perguntas. Havia lido o livro texto para a aula duas vezes, bem como alguns textos adicionais que pesquisou na biblioteca. Estava preparado e sabia disso.

Tomou seu café da manhã, conversando animadamente com seus amigos. Olhava de vez em quando na direção da Mesa Principal, encontrando um espelho de seus olhos olhando de volta para ele. Snape estava olhando bravo, claro, mas este era o seu comportamento normal.

Os Grifinórios seguiram pelos corredores das masmorras. A sala de aula de Poções estava fria, independente da temperatura amena no lado de fora. Nathan tomou seu lugar habitual e preparou-se para a aula. O Professor Snape chegou poucos minutos depois, deslizando sua figura alta em direção à frente da sala com suas vestes pretas esvoaçando atrás dele.

O discurso começou e com isso as perguntas do mestre de Poções. Nathan tinha sua mão erguida em cada uma delas, dando respostas precisas que fariam sua mãe orgulhosa; mas mesmo assim não parecia ser o bastante para o Professor Snape.

– Adequado, Sr. Granger – foi a mais positiva das apreciações que Nathan conseguiu do mestre de Poções.

No final da aula, o Professor Snape já estava mais que irritado com o Nathan.

– Alguém pode me dizer por que não se deve combinar essas duas substâncias? – o professor perguntou.

A mão de Nathan estava no ar assim que seu professor terminou a questão.

– Alguém? – insistiu Snape.

Nathan estava quase em pé agora. O Professor Snape tinha sua mandíbula fortemente fechada e suas mãos em punhos ao longo de seu corpo. Ele sibilou – O atual sabe-tudo parece saber a resposta; esclareça-nos, Sr. Granger.

Nathan se surpreendeu com o tom do mestre de Poções e a potência de seu olhar venenoso, mas respondeu firmemente – São uma base e um ácido, respectivamente. Combinadas, elas formam um sal e o subproduto seria água, que arruinaria a poção nesse ponto do preparo.

O menino estava confiante. Era uma resposta perfeita, e não poderia ser encontrada no livro texto designado. Ele só sabia essa informação porque havia trabalhado com outros livros também. Nathan observava seu professor com expectativa. Essa merece pelo menos cinco pontos, pensou.

– Correto... mas incompleto – foi o comentário do Professor Snape.

Incompleto! Incompleto! O desapontamento estava escrito no rosto de Nathan. Deixou seu peso cair de volta no banco e só olhou fixamente para o mestre de Poções em descrença. Incompleto.

A classe foi dispensada logo depois disso. Nathan retirou-se da sala de aula nas masmorras acompanhado por seus colegas de classe. Andy estava logo a seu lado enquanto se dirigiam para a aula de Defesa.

– Onde você aprendeu tudo aquilo, Nathan? – perguntou.

– Não importa, certo? – Nathan respondeu acidamente. – O Professor Snape não me deu um ponto sequer por todas as perguntas que respondi. – Jogou suas mãos a sua frente em um gesto de desapontamento.

– Não faz mal, Nathan – disse Kevin, dando tapinhas em seu ombro –, ele é só um seboso que detesta Grifinórios. Você não foi menos brilhante por causa disso. Você viu a cara do Malfoy? Nem cem pontos valeriam mais do que a expressão nos rostos dos Sonserinos – acrescentou com um sorriso largo.

– É, aquilo foi impagável! – concordou Andy, dando um tapinha no outro ombro do amigo.

Aquilo ajudou um pouco, Nathan tinha que admitir. Seus amigos estavam tentando fazer ele se sentir melhor e isso era ótimo, mas mesmo tendo funcionado por fora, lá no fundo ele ainda estava magoado. O Professor Snape era injusto e odiava Grifinórios. Ou ele odeia só a mim. Suspirou interiormente com o pensamento. Estava acabando de entrar na sala de aulas de Defesa quando decidiu deixar o assunto para lá por hora e concentrar-se em suas outras aulas.

*-*-*-*

O Professor Snape entrou em sua sala de aula preparado para mais uma irritante aula dupla do primeiro ano de Grifinórios e Sosnserinos. A poção que ele tinha escolhido para esse dia não era fácil para o nível de habilidade deles, e esperava pelo menos uma explosão.

Chegou até a frente da sala e começou a aula. Ao fazer sua primeira pergunta, nem se importou em olhar para o garoto Granger, para ver se sua mão estava erguida para responder. Ao invés disso, escolheu o primeiro Sonserino que acenou. Outra pergunta, e agora ele dispensou um olhar para onde o menino estava para sorrir maliciosamente para ele ao escolher outro aluno para responder, mas percebeu que o garoto Granger nem tinha sua mão no ar.

Aquilo o intrigou. Na última aula, Granger foi tão irritante que o fez lembrar-se da mãe do menino, a sabe-tudo insuportável. E então hoje, o Sr. Granger estava de volta como foi desde o começo do semestre, pensativo e contido.

Fez outra pergunta, ainda mais difícil que a anterior, em uma tentativa de instigar o menino a oferecer uma resposta, mas não funcionou. Sem se conter mais, aproximou-se do menino e parou em frente a ele com um sorriso malicioso formando-se em seu rosto e disse – O que aconteceu, Sr. Granger? Não leu o capítulo hoje? E eu que pensei que fosse um sabe-tudo, igual a sua mãe.

Pronto! Vamos ver do que você é feito, pequeno Granger, pensou, ainda com aquele sorriso malicioso.

– Eu sei as respostas, senhor. Só achei que não quisesse que eu as dissesse. O senhor parecia um pouco irritado comigo na aula passada – Nathan respondeu francamente.

Snape estava tão surpreso com a sinceridade do menino que isso transpareceu em seu rosto por um momento, até que conseguiu controlar-se novamente, recuperando sua expressão visivelmente monótona que não traía nenhuma emoção. O fato de que o garoto Granger pudesse desconsertá-lo era irritante e, com as sobrancelhas comprimidas, ele disse – Cinco pontos a menos para a Grifinória pela sua impertinência, Sr. Granger.

De certo modo recuperado, depois dos pontos descontados, Snape desviou sua atenção de volta para a classe e acenou com sua varinha, fazendo com que as instruções para a poção aparecessem na lousa. Instruiu a classe a começar a preparar a poção e sentou-se na sua mesa para corrigir alguns trabalhos, sem nunca deixar a classe sem atenção. Essa poção poderia ser especialmente desastrosa quando preparada por cabeças-ocas, e ele não ia correr nenhum risco.

De tempo em tempo, deixava sua mesa e andava por entre as bancadas, examinando os caldeirões. Depois de descontar alguns pontos aqui e outros ali, chegou ao caldeirão do Sr. Granger. A poção está... perfeita, ousou admitir para si mesmo. O menino estava em um estágio mais avançado que seus colegas de classe; ele estava, na verdade, em um estágio particularmente delicado do preparo. Snape olhava as mãos do menino cortando, fatiando e medindo ingredientes, e estava impressionado com a habilidade dele. Os movimentos dele são muito precisos e fluidos, pensou, fascinado com os movimentos graciosos de Nathan.

Quando tentou desviar a atenção do Nathan da poção, percebeu o quão concentrado na tarefa o menino estava. O menino é realmente talentoso! pegou-se pensando. Voltou para sua mesa e para os trabalhos, mas de vez em quando passava alguns minutos observando o menino trabalhar. Estava agora oficialmente intrigado por Nathan Granger. O menino agia de modo tão diferente de uma aula para outra; ele era definitivamente e oficialmente um mistério.

Algum tempo depois, Nathan mexia seu caldeirão no sentido horário uma última vez. Perfeita! pensou com um sorriso. Tinha terminado de preparar a poção e estava realmente satisfeito com o líquido resultante dentro do caldeirão. Ele engarrafou uma amostra e limpou sua bancada. Só então olhou em volta e percebeu que foi o primeiro a terminar a poção. Ótimo! Sou o primeiro a terminar e a poção está perfeita! pensou, olhando orgulhoso para o frasco que continha sua amostra.

Pegou o frasco e foi até a mesa onde o Professor Snape estava sentado, corrigindo trabalhos. O mestre de Poções tirou os olhos de seu trabalho e começou a dizer – O que está fazendo fora do seu... – mas parou depois de ver o frasco na mão do Nathan.

– Terminei, Professor – Nathan disse, deixando o frasco na mesa. Andou para lá e para cá por um tempo antes de voltar para o seu banco. Queria saber o que o Professor Snape pensava sobre sua poção.

O mestre de Poções olhou para o Nathan, para o frasco e então de volta para os trabalhos que estava corrigindo. – Está dispensado, Sr. Granger – foi tudo o que ele disse.

Ele está me dispensando! E a poção? Está perfeita e ele não vai dizer nada! Nathan ficou lá sentado, pasmo. Foram necessários alguns minutos para que recobrasse seus pensamentos antes de sair da sala de aula a passos largos, batendo a porta atrás dele. Estava furioso!

Avançou pelas masmorras, sem sequer notar nada a sua volta. Sua cabeça ainda estava na aula de Poções. Passou pelo Professor Lupin, que percebeu que algo estava errado.

– Nathan, aconteceu alguma coisa? Você não deveria estar em Poções agora? – perguntou Professor Lupin.

– Eu fui dispensado, senhor – disse Nathan. Lupin podia ver que o menino estava furioso.

– Bom, eu nunca vi um aluno tão bravo por ter sido dispensado de uma aula do Professor Snape antes. Você explodiu seu caldeirão ou coisa assim? – perguntou Lupin, observando o menino com interesse.

– Não! Eu só terminei minha poção antes que todo mundo e ele me dispensou – Nathan declarou, de uma maneira que não deixava dúvidas para o Professor Lupin que ele estava irritado com o mestre de Poções. No entanto, não podia pensar em um motivo para essa irritação. Começou a andar em direção a sua sala de aula e o menino, ainda perdido em seus pensamentos, o seguiu.

– E isso é ruim porque... – Lupin deixou pairar, querendo que o menino explicasse.

– Minha poção estava perfeita e ele não falou nada! Ele só... me dispensou! – Nathan disse, jogando suas mãos para o ar para mostrar sua irritação com as ações do Professor Snape.

O Diretor da Grifinória tinha um olhar sábio em seu rosto quando disse – E você estava esperando algum reconhecimento pelo seu trabalho, certo? – Lupin já estava acostumado com isso. Todo ano ele tinha um ou dois Grifinórios bravos com o Snape por sua falta de reconhecimento pelo talento verdadeiro.

– Claro! Minha poção estava perfeita! Merecia no mínimo cinco pontos para a Grifinória! – respondeu Nathan, sua indignação clara no seu tom de voz, seus olhos negros brilhando com a força de suas emoções. Ele estava realmente zangado!

O Professor Lupin sorriu para o menino. – Nathan, você precisa entender que o Professor Snape não é o tipo de professor que distribui pontos para a Grifinória. Entretanto, isso não significa que ele não aprecia seu bom trabalho na sala de aula.

– Mas por quê? É porque ele é o Diretor da Sonserina? – perguntou Nathan. – Você é o Diretor da Grifinória e, mesmo assim, dá pontos para todas as Casas, inclusive a Sonserina – acrescentou.

– Isso é verdade, Nathan, mas você precisa entender que o Professor Snape pensa de modo diferente que eu. Ele acredita que os Grifinórios trabalham melhor quando são desafiados, enquanto os Sonserinos precisam de reconhecimento – o professor de Defesa explicou.

Nathan bufou. – Você acha que ele está certo, senhor? – perguntou, balançando sua cabeça sem acreditar.

– Bom, eu não uso essa técnica, mas não posso negar que funciona razoavelmente bem nas aulas dele. Ele ensina a um bom tempo, Nathan. Sua aula pode ser perigosa às vezes, e ele tem que estar no comando ou algo muito ruim pode acontecer – Professor Lupin disse seriamente.

Nathan estava quieto, absorvendo a informação. Fazia sentido.

Lupin, vendo que Nathan estava aceitando suas palavras, continuou – Você não deve ficar desapontado se o Professor Snape não atribuir pontos para você, ele vai exaltar o seu bom trabalho de outras maneiras. Eu acho que o fato de ele ter te dispensado mais cedo hoje é uma dessas maneiras.

Aquela declaração mereceu um erguer de sobrancelha do Nathan. – Como assim? – perguntou curioso.

– O Professor Snape poderia ter feito você ficar pelo resto da aula e pedir que escrevesse um trabalho ou coisa assim, mas ele decidiu te dispensar. Não é uma prática comum vinda dele, Nathan. Estou quase convencido que é equivalente a dez pontos – Lupin disse com um sorriso.

Nathan respondeu com um sorriso. O Professor Lupin estava certo: o mestre de Poções poderia ter lhe dado mais lição de casa ou coisa assim. Aquilo o acalmou um pouco.

Estavam em frente à sala de Defesa agora. Nathan sentou-se e pegou um livro para ler antes da aula começar. O Professor Lupin deixou o menino com sua distração e entrou em seu escritório, sorrindo.


No próximo capítulo… Alguém substitui o Lupin durante a lua cheia e tem alguma coisa acontecendo na Floresta Proibida.


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Notas finais do capítulo

Certo, todo mundo que deixar um review vai receber 100 pontos para sua Casa (então não esqueça de dizer de que Casa você é)! Bom, assim que eu convencer o Professor Snape, é claro. :0)