DeH; Arcaia escrita por P B Souza


Capítulo 8
As Grandiosas Rubrum e Caienu




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O vulcão já havia ficado no passado, perdido no horizonte como um pequeno ponto distante que não atraia atenção.

Na sua frente ainda nada via e assim continuou por dias em sua caminhada até as muralhas de Caienu. Eram grandes muralhas que estendiam para esquerda e direita em sua visão, perdendo-se no horizonte em curvas sutis que faziam parecer intermináveis. Na verdade, vindo por aquela direção, o próprio relevo do terreno aonde havia sido construída favorecia a visão de algo esplendoroso.

Grandes muros de basalto com guaritas a cada quinze metros e piras sinaleiras a cada cem. Arcaia forçava sua visão, mas não adiantava. Embora visse as guaritas, não via guardas. Foi necessário contornar boa parte das muralhas para encontrar um portão de entrada à cidade, que era barulhenta e animada. Arcaia previa festejos no interior.

Porém não poderia ficar mais decepcionada.

Quando encontrou um portão, este era feito em madeira, uma madeira grossa e pesada, mas velha e pouco resistente. Bateu, esperando por resposta. Não havia guardas na guarita da muralha para lhe ver ali, ou guardas do outro lado da porta ao que tudo indicava.

E precisou então contornar até o próximo portão. Este estava aberto e uma estrada saia dali para o Sul se perdendo no horizonte. Nesta estrada podia ver, inclusive, alguns viajantes pouco animados, vindo para a cidade

Arcaia olhou para eles, então para o portão guarnecido por dois guardas apenas, e um deles estava sentado ao lado do portão, encostado na muralha, dormindo.

— Quem é o governante desta cidade? — Perguntou para o guarda em pé, ele apoiava o próprio peso em sua lança, fincada no chão, destruindo o gume da arma.

O guarda levantou os olhos para Arcaia e respirou fundo como se não tivesse paciência alguma. Então soltou-se da lança, segurando-a ao invés da lança segurar ele. Ajeitou-se e, espreguiçando-se em um bocejo grandioso, o homem olhou para ela como se tivesse acordado.

— Quê?

— Quem reina em Caienu? — Arcaia refez a pergunta com sua voz imperativa. O homem engoliu em seco sentindo o efeito que Arcaia carregava consigo.

— Damazo Oisetxi.

— E chama-o assim?

— É o nome dele. — O guarda respondeu.

Arcaia percebeu que aquele homem era desprovido de cultura tal como educação. Um rei deve ser tratado por Sua Majestade Damazo, não pelo nome como um fazendeiro qualquer.

Pensou que precisaria de explicações e desculpas para adentrar, mas o homem que se dizia guarda não fez nenhum impedimento à sua passagem ou a de qualquer outro. Adentrou a cidade apenas para sentir o cheiro de urina em cada uma das ruas que passava.

— Que lugar odioso. — Disse ainda nas primeiras esquinas que virou, pois não via nada de belo.

As ruas eram sujas e fedidas, havia mendigos em todos os cantos e locais aonde outrora incêndios haviam existido eram visíveis em todas as ruas. As casas pareciam especialmente suscetíveis à incêndios. Roubo não era incomum, e a corja salteadora ia desde os pequenos meninos até as senhoras de idade em círculos de oração, roubando anéis das mãos que tomavam nas suas.

Arcaia viu, horrorizada, a venda de meninas para prazer, e quando passou por uma casa de mortos, encontrou um homem com calças arriadas, penetrando um cadáver, porta aberta e nenhum tipo de previdência se fazia, fosse do homem para se esconder ou dos guardas que passavam constantemente por lá e por cá, mas faziam vista grossa para todos estes crimes.

Até mesmo nas partes que deveriam ser nobres não havia nobreza alguma. As pessoas se vestiam com trapos sujos e as ruas não melhoravam de aparência. Caienu era uma cidade enorme e sua grandiosidade se via, também, nas construções. Grandes casas públicas de banho e espetáculos traziam outros cenários grotescos com combates até a morte e sexo coletivo repleto de pancadaria e brigas em ambos os locais.

As vendas eram pouco atraentes e a comida parecia pouco saudável. O povo parecia magro e fraco, desnutrido e pouco apto às tarefas que uma cidade em pleno funcionamento necessita. Até mesmo os cachorros, que em Caienu eram milhares e por todos os cantos, eram animais horríveis, sarnentos e pulguentos, sujos e esfomeados.

O espanto lhe acompanhou até a propriedade real, a única que aparentava ser bem conservada. Era algo como um templo, com uma grande cúpula no centro e quatro torres, uma em cada ponto cardeal, erguendo-se altas no céu mantendo o diâmetro do topo na base.

Ali havia também guardas e estes barraram-na. Arcaia, claro, não encontrou real obstáculo. Atravessou com facilidade e com o aval dos guardas, mas dois deles a seguiram.

Arcaia se dirigiu para dentro da construção para encontrar um salão que aparentava não ter fim com colunas em todos os cantos e cordas amarradas tinham lebres penduradas, sangrando, havia fogueiras e espetos cozinhando o que, pelo cheiro, parecia ser carne de cavalo. Arcaia via crianças correndo por todos os lados e alguns adultos lá e cá fazendo seus deveres de adultos.

— Rei Damazo. — Arcaia disse para uma senhora de idade. — Aonde encontro o Rei?

Havia feito aquela pergunta para os guardas, mas eles apenas disseram “lá dentro”, e o interior era um caos tal como o exterior de Caienu.

— Não vou me casar. — Ouviu então um berro e deixou de prestar atenção na velha idosa que sequer lhe respondeu. — Antes morta que entregue àquele porco.

Arcaia buscou com os olhos o lugar de onde vinha o som. Encontrou como sendo o segundo andar, com uma sacada interna que circundava todo aquele domo.

— Quem é ela? — Perguntou para os guardas que lhe acompanhavam, já servindo mais a Arcaia que a própria Caienu. Na sacada podia ver um homem usando grande tecelagem ao redor dos ombros e uma coroa torta na cabeça. Ele era de meia idade e parecia impaciente. A mulher, por outro lado, era jovial e seus cabelos lembraram Arcaia dos próprios, antes de Ipeiros e de sua desgraça e ascensão.

— Eckat Oisetxi, a filha do rei.

— A princesa. — Arcaia completou quando Damazo, o Rei, desferiu um tapa contra o rosto de sua filha, e Arcaia pode ver o sangue nos lábios da garota.

— Se casará se assim eu mandar. Ou então se casará morta e ele terá seu cadáver. Está avisada, Eckat. Não ouvirei mais dessa discussão.

O homem se virou, furioso, e deixou a menina enquanto Arcaia observava como todos os outros faziam.

— Qual o seu nome, cavaleiro? — Perguntou ao guarda que a seguia.

— Tibero Sarrata. — Ele respondeu olhando para Arcaia, e ela podia ver a simplicidade de um homem movido por desejos e apenas, sem ambições e sem grandes planos, sem grandes ideias e sem muito conhecimento. Uma cabeça vazia e fácil de controlar que precisava apenas do olhar certo... e pronto!

— Cuide de Eckat até o dia em que eu lhe procurarei novamente, Tibero. E para você haverá uma recompensa sem igual!

— E para mim? — Perguntou o outro guarda que seguia Arcaia.

— Seu nome?

— Ornannis.

— Lembrarei deste nome quando voltar também. — Arcaia garantiu para ele. Ornannis era uma mente mais simples que Tibero.

Então se virou e começou a andar.

— E para onde irá? — Perguntou Tibero, em um súbito medo de perder Arcaia.

Eles não haviam percebido, mas estavam derradeiramente apaixonados por ela e fariam tudo que ela pedisse, independente do que fosse.

— Buscar a força necessária para limpar esta cidade. Mas é um segredo. Shh!

Então, sem mais, se virou e deixou Tibero e Ornannis ali. Deixou aquela construção que parecia ser o palácio e retornou as ruas, e nas ruas andou até chegar nas muralhas e das muralhas procurou um portão para deixar a cidade. E quando o fez, somente então, respirou livremente sem sentir fedor de carne, urina, podridão, cinzas, sexo... sem ouvir gritos, coisas sendo quebradas, espadas batidas...

Só então, de volta a sua caminha, Arcaia encontrou paz. E ao olhar para trás sentia nojo. Sentia-se suja.

Então andou até perder Caienu de vista só para decidir que hora era de lavar. Era como se a cidade tivesse se impregnado em sua pele. Arcaia sentia a sujeira de Caienu penetrando em seu corpo como uma doença infeciosa.

Todos vocês perecerão.

Caienu era o significado de Errado. Arcaia via aquela cidade como uma cópia remontada de Vetra, aonde seus eternos inimigos, os Kognar e os Vertram, habitavam. Uma cidade corrompida por desejos da carne aonde os homens se comportavam como animais e ninguém se importava com ninguém além de si mesmo, mas se um bom preço fosse feito, até mesmo o próprio corpo se vendia. Um grupo de pessoas organizadas para declinar a civilização abaixo do nível mais animalesco possível. Caienu era um reduto de perdição, e deveria ser destruído antes que se proliferasse como uma praga parideira, dando crias destrutivas que levariam todos ao fim de qualquer bom costume. Uma terra sem lei, uma terra sem futuro. Hora das consequências. Hora do futuro.

Arcaia usou Vrynfhar em sua mão para minar água do próprio chão. Percebeu que havia terra ali, mas o fundamento daquele lugar era areia. A terra descia poucos metros, e quando a água minada das profundezas, extraída pelo Vrynfhar chegou à superfície, chegou cheia de areia. Então lançou um olhar para o norte, para o caminho do qual tinha vindo.

— Tudo isso será um deserto quando eu acabar. — Percebeu olhando ao redor, vendo até onde aquelas planícies se estendiam, e se estendiam a perder de vista. — E nada nascerá nessa terra.

Lavou-se, pensativa, e caminhou até a cidade de Rubrum no extremo sul da Ilha Magmun, aonde, em algum lugar para Leste, Hero Magmun aguardava pelo seu retorno.

Quando chegou nas muralhas de Rubrum nos dias seguintes, Arcaia foi recepcionada por guardas que não permitiram sua entrada a princípio, mas logo cederam.

— Belo pórtico. — Disse, quando atravessou o portão.

As muralhas de Rubrum eram mais baixas que as de Caienu, feita em tijolos vermelhos cozidos e seu portão era em cobre com detalhes em ouro, brilhante. E a própria cidade, quando olhada dali parecia uma Kaagham em miniatura e dourada. Os tetos de três em dez casas possuíam detalhes em ouro, e as ruas eram limpas e bem organizadas levando para caminhos específicos e haviam praças em todos os cantos, estátuas de cobre, ouro, aço... era como se Rubrum desprezasse o uso de pedra. O metal fluía pela cidade em paredes, alicerces, na arte, na cultura, nos telhados... nas pessoas.

Todos usavam colares de chumbo, estanho, cobre, prata, ouro, bronze e vários outros metais e as roupas eram leves, mas ainda assim cumpriam seus papeis de evitar despertar os desejos da carne na mente dos homens.

Arcaia sentiu-se bem ali. Tão bem que decidiu ir para o palácio parabenizar o Rei. Mas surpreendeu-se então. As muralhas pequenas e de tijolos se tornavam mais altas e feitas em rochas conforme se aproximava da costa, e, percebeu, a cidade se tornava flutuante.

Rubrum não tinha mais chão dali em diante. As ondas do mar da tormenta do sul chegavam até o fim daquela estrada de paralelepípedos e, na sua frente, havia uma ponte sustentada nas paredes das casas, os degraus feitos em metais variados, alguns enferrujados, outros inoxidáveis. Arcaia espantou-se com tamanha arte, pois a cidade continuava um tanto elevada ao ponto que as ondas passavam por baixo deles. E todos andavam ali livremente e o comércio, porém, não existia nas vias feitas em pontes. Ela logo percebeu, ondas elevadas podiam levar toda a mercadoria de uma só vez.

E no final da cidade, já metros dentro do mar, estava o castelo. Grande e imponente, brilhante em ouro por todos os cantos entre a rocha das paredes e os vitrais com desenhos de habilidades incríveis que Arcaia só havia visto em Ipeiros.

— Que criatura mais adorável. — Então vinham por trás de Arcaia um grupo conversando. — Sua ingenuidade é quase um deleite se não fosse uma princesa, Aetya.

Arcaia, ao ouvir aquelas palavras, se colocou no caminho do grupo composto por duas mulheres e um homem.

— Digo por ser verdade. Goevro só queria conversar, ele não é sujo como você. — A que se chamava Aetya disse.

Então Arcaia deslocou-se um passo para o lado, apenas o bastante para esbarrar no homem quando este passou ao seu lado.

— Perdão. — Arcaia pediu.

— Perdão, doce dama. — O homem pediu, tomando a mão de Arcaia na sua e olhando-a nos olhos.

Arcaia notou, no mesmo instante, que ele era forte. O homem lhe olhou como um nobre de alto nascimento e a educação não era apenas cortesia, mas sim um ato que denotava costume e elevação social. Em seguida soltou sua mãe e continuaram a andar.

Mas apenas alguns passos. Arcaia continuou parada, esperando. Sabia que aquilo ocorreria. O homem podia ser de sangue nobre e ter certa força, mas enquanto achava ele, olhar nos olhos de Arcaia fora um ato de igualdade, para ela fora um ato de conquista.

E ele olhou para trás.

— Perdão, mas conheço a dama? — Perguntou em seu tom de voz mais cortês o possível enquanto as duas mulheres continuavam o caminho para dentro do castelo que flutuava em cima do mar.

— Nunca estive em Rubrum, estiveste em Magmun?

— A capital? — O homem abriu um sorriso galante. — A mim não foi dada esta oportunidade e temo que nunca será.

Temo o mesmo. Arcaia pensava, mas respondeu diferente.

E suas respostas levaram para outras perguntas que a conduziram por um caminho agradável até o interior do castelo. E, no final daquele dia, a conduziram para a mesa de jantar do Rei Anker, pois aquele era Kedros, seu filho mais velho.

Na mesa conheceu parte da corte e as filhas Menina e Aetya, tal como a Rainha Nirméa. Todos sob o sobrenome Knossares. Arcaia tentou ser o mais gentil o possível durante aquela noite e contou sobre de onde viera para a família Knossares. Contou sobre a fazenda e sobre as lembranças que tinha de seu pai, como ele morreu defendendo a fazenda de homens ruins que vieram roubar a cidade e destruir tudo pelo que o Rei deles lutou para criar. E então era só ela e a mãe dela.

Contou para eles sobre como então cresceu sozinha, mas nunca se desvirtuou, e lhe agradava ver aquela cidade seguindo tão bom caminho, um caminho de retidão e honradez, cultura e conhecimento, aonde bons valores eram passados para frente. Uma cidade puritana.

E os dias se passaram com Arcaia se tornando cada vez mais próxima da família real, e quanto mais se aproximada dos Knossares, mais aprendia sobre Rubrum e sobre Caienu, e tão logo entendeu, começou a explorar uma fraqueza.

Havia sangue entre os Knossares de Rubrum e os Oisetxi de Caienu. Arcaia estudou a história de ambas as casas, de ambos os povos. Em uma tarde caminhando com Kedros pelos acampamentos militares ela tocou no assunto de Caienu e como Rubrum se beneficiária se tal cidade deixasse de existir ao norte. E naquela mesma tarde Arcaia percebeu que o exército serviria perfeitamente aos seus desejos e seus planos.

Com Nenia e Aetya, Arcaia conversou sobre o futuro e como Rubrum poderia crescer e florescer, mesmo em tempos incertos.

E só depois de muitos dias contou-lhes parte da verdade, pois era hora de mover as peças sob o tabuleiro e executar o grande plano.

Nos dias que seguiram a Rainha Nirméa adoeceu subitamente após ir para além das muralhas e faleceu em cinco dias de doença. Um dos curandeiros concluiu, após a autopsia, que fora a comida típica de Caienu que ela comera de um comerciante desconhecido, mas muito gentil, que causara infecção estomacal.

— Pai, eu me lembro de tal homem. Ele havia dito, claro como o mar em calmaria, leve para o senhor seu esposo também. Ele adorará.

Nenia havia dito para o rei na ocasião.

Arcaia sabia daquilo, havia criado a situação que levará a Rainha ao seu descanso. Não se orgulhava, mas a morte de Nirméa serviria a um bem maior e por isso não era um crime para ela. Às vezes certas leis precisam ser quebradas. Pelo bem da maioria sacrifício devem ser feitos. E o sangue da monarquia é jurado a proteger os súditos. Nirméa sabia disso, toda rainha sabe disso. Todo rei sabe disso. Suas vidas não são nada além de instrumentos para o bem do reino. Sua morte é o sacrifício próprio em nome do seu povo. É algo bom e virtuoso por uma causa justa e digna.

Apenas sem Nirméa no caminho, Nenia e Aetya ganhavam espaço para serem o que haviam nascido para ser; instrumentos de Arcaia no plano que dependia enormemente do poder de governo das mulheres. Arcaia precisava de Nenia e Aetya no lugar de sua mãe e, posteriormente, do pai.

Kedros, porém, haveria de ocupar um lugar mais valoroso na missão eterna.

Arcaia conseguiu fomentar a guerra que estava para acontecer, e, ela acreditava, só não havia acontecido ainda porque os eventos esperam pelo momento certo. Aquela guerra não poderia ter acontecido antes ou depois de sua visita, pois Arcaia precisava daquela guerra.

Arcaia precisava daquele exército. Precisava que Rubrum marchasse sobre Caienu. Precisava que Kedros fosse na vanguarda e que Nenia e Aetya tivessem vozes tão forte que Anker perdia influência dia após dia. Até mesmo o casamento de Aetya com Goevro ocorreu contra os desejos de Anker.

Foi só quando Aetya estava casada, Nenia estava governando mais que Anker e Kedros partia com um exército dos mais fortes e habilidosos homens, que Arcaia percebeu o destino que havia jogado sob Rubrum quando, antes mesmo de pisar na cidade, havia se separado de Lrafhar no Vulcão.

As lendas eram inúmeras. O conto de Ló, o dragão, era a prova de como uma fera bestial podia desolar cidades inteiras e até mesmo habitá-las por tempo indefinido.

E ali estariam aprisionados para toda a eternidade, todos os dragões que habitavam as quatro ilhas. Ali, na vastidão que compreendia Rubrum e Caienu, os dragões habitariam. E ali perpetrariam caos e ruina. E, como se já não bastasse Lrafhar ter matado a terra, tornando-a estéril dia após dia, transformando aquelas planícies em desertos, Arcaia agora havia se dado conta; condenei-os à fúria desmedida dos dragões e a sequidão e esterilidade da terra.

E então, enquanto a guerra se mostrava no horizonte como prelúdio de uma vitória, Arcaia só via derrotas para Rubrum. Mesmo assim, tentou se consolar; é um sacrifício, mas para o bem maior.


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