Conte Nossa História escrita por LilyMPHyuuga


Capítulo 21
"The Love Goes On"


Notas iniciais do capítulo

Oi, genteeee! *---*
Eu sei que disse que tentaria trazer esse capítulo até o fim do mês passado, mas não deu. ^^" Viagens, tcc e outras matérias da faculdade estão me deixando louca, pra dizer o mínimo. Mas me esforcei pra trazer esse capítulo o quanto antes pra vocês! Saiu maior do que eu esperava (juro que achava que não passava de 3k de palavras esse capítulo, rsrs), o que foi uma das causas por ter demorado. ^^" Mas espero que agrade! ♥ Escrevi de todo coração! ♥
Por favor, leiam as notas finas... preciso dizer algo importante.
Sem mais delongas... o trecho com fonte normal são os sonhos do Harry, enquanto que o itálico ainda são as lembranças que ele está mostrando para Hermione. Os sonhos estão dentro das lembranças. ^^"
Boa leitura! ♥

P.S.: o título do capítulo em português é "O Amor Continua". Achei muito simples deixar em inglês. xD



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“We know we can say we gave it all
(Sabemos que podemos dizer que nós demos tudo)
We gave it all for love (Nós demos tudo por amor)
Each step of the way we gave our soul (Em cada passo que demos, entregamos nossa alma)
We gave it all for love, all for love (Nós demos tudo por amor, tudo por amor)
All For Love – Michael Bolton

 

Aquele extenso corredor era novo em sua jovem vida, mas, ao mesmo tempo, sentia que o conhecia há anos. Não tinha controle sobre seus pés, que o impediam de esbarrar nos alunos mais velhos e o guiavam até uma cabine vazia.

— Posso ficar aqui? — perguntou timidamente a uma ruivinha que ocupava sozinha uma cabine. — Está tudo lotado.

Ela arregalou os olhos verdes em sua direção, verdadeiramente surpresa com o simples fato de alguém lhe dirigir a palavra. Virou o rosto, corada, e confirmou com a cabeça.

— Obrigado. — Ele se sentou na frente dela, sorrindo e oferecendo uma mão. — Sou William Campbell. É meu primeiro ano.

A menina, mesmo encolhida, estendeu a mão também.

— Elizabeth... Tudor — gaguejou. — Meu primeiro ano também.

William mal prestou atenção em seu sobrenome. O rostinho angelical daquela menina o cativara completamente...

 


Aquela risada o despertou de seus pensamentos. Mirou não apenas o sorriso, mas também os olhos brilhantes e os cabelos ruivos cacheados.

“Lizzie, eu...” ele pensou.

— Eu posso ouvi-lo! — falou animada. — Posso ouvi-lo em minha mente, Will!

“Eu amo você”.

A ruiva estancou no lugar, o sorriso sumindo no mesmo instante.

“Quero estar com você... para sempre”.

 


Teve a sensação de que apenas piscou para o cenário ao seu redor mudar. Agora estava em um amplo salão de festas, luxuoso em cada detalhe.

O castelo da rainha.

— Qual é o seu nome, senhor? — Ainda era a voz dela. Mesmo mais velha, ele a reconheceria em qualquer lugar.

— Robert, majestade. — Ele se curvou numa reverência respeitosa, sem desviar o olhar, no entanto. — Robert Carter.

Ela acenou em sua direção, dispensando-o para falar com outros convidados. Mas ele a esperaria a noite toda se fosse preciso.

E a poderosa rainha sabia disso.

— Você me reconhece agora, senhor Carter? — ela segredou horas mais tarde, enquanto estavam cercados pelo barulho e ninguém prestaria atenção em sua conversa.

— Sim... minha Lizzie.

 


Foi puxado dali e se viu em Hogwarts, admirando novos cachos. Loiros dessa vez. Sabia que era ela antes que se voltasse para ele.

— Você realmente acredita nisso, Ethan? — Ela parecia receosa em se aproximar.

— Não posso deixar de acreditar que você foi feita para mim, Nora.

A simplicidade em suas palavras a comoveu. As íris, agora castanhas, brilharam entre as lágrimas.

 


— Você-é-patético-Wild! — Ela pontuou cada uma das palavras com um murro em seu peito, assustando-o. Agatha era uma pessoa calma, que nunca se exaltava. Seus gritos e suas lágrimas de raiva assustavam todo o Salão Comunal da Lufa-Lufa. A jovem morena de dezessete anos tremia enquanto apontava o dedo em sua direção. — Você não é nada para mim, Wild. Minha vida amorosa não lhe diz respeito.

Num rompante de coragem, ele a impediu de dar-lhe as costas, segurando seus braços e a olhando profundamente.

— É claro que me diz respeito — sussurrou, aproximando-se cada vez mais. — Você não vê? Ou não quer admitir? Agatha, eu... eu estou completamente envolvido por você.

 


— Emily Immers... eu sei que o mundo está contra nós, mas sempre que a vejo, percebo que você vale cada luta contra esse universo que não nos quer juntos. Não me importo com nossas famílias, com a lenda, profecias ou maldições... só quero estar com você para o resto de minha vida. — Ele se ajoelhou em frente à emocionada mulher, ignorando completamente seus colegas de trabalho e até mesmo o Ministro da Magia, chocado demais com a cena para lembrar que fora interrompido. — Eu não tenho um anel, mas prometo lhe arranjar um se você aceitar se casar comigo.

— Noah...

— Não ouse dizer “não”, senhorita Immers — o ministro a cortou quase imediatamente. — Meio mundo bruxo sabe que o senhor Holloway é apaixonado por você desde que eram estudantes!

Ela riu, deixando escapar algumas lágrimas antes de se voltar para o homem ajoelhado.

— É claro que eu aceito, Noah.

 


Piscou os olhos e se viu numa estação de trem. Segurava as mãos dela e implorava, lutando contra as lágrimas:

— Eu a amo tanto! — sussurrou. — Por que não podemos ficar juntos?

A moça o abraçou forte, como se pudesse fazer aquele momento durar para sempre. Nenhum dos dois queria lembrar que a morena em breve partiria para a Alemanha...

— Nossas famílias são inimigas há anos. Nossos pais nunca aceitariam...

Ele se separou um pouco, um brilho surgindo em seus olhos.

— Fuja comigo.

— O quê? — perguntou surpresa.

— Não atravesse a plataforma. Fuja comigo. — Suas palavras soaram tão esperançosas que Mirela quase acreditou que poderia dar certo. — Não posso ficar mais uma vida sem você...

Ela permitiu-se chorar por um momento.

— Estamos amaldiçoados, Jonathan. Desde que descobrimos sobre a profecia sabemos que... sabemos que nunca poderemos ficar juntos.

— Não é verdade — ele falou rapidamente. — Há uma saída.

— Mas sabemos que nunca vai acontecer! — falou entre os soluços. — Nunca teríamos tempo para tanto!

— Não vai saber se não fugir comigo...

A proposta era tão tentadora que Mirela fechou os olhos, imaginando apenas por alguns segundos como seria fugir com o amor de sua vida. Viver uma vida inteira ao lado dele... e Jonathan viu tudo, sonhando com a ideia que poderia se realizar – bastava que Mirela dissesse “sim”.

 


Não sabiam bem como o beijo começou, mas a paixão era tanta que eles esqueceram rapidamente do mundo lá fora. Uma cama apareceu magicamente naquela sala que ainda lhes era um mistério, e eles deitaram ali, ansiosos pelo corpo um do outro. Rose o ajudou a se livrar do uniforme, assim como ele tinha pressa em vê-la pela primeira vez naquela vida.

— Será para sempre dessa vez, não vai? — ela parou os beijos por um momento para dizer, mirando as íris azuis dele.

— Sim... sim, meu amor. Nada vai nos separar dessa vez.

Rose confirmou com a cabeça, sorrindo abertamente antes de voltar a beijá-lo.

 


Aquela dança a deixava perturbada. Obviamente, ela não demonstraria para ninguém, mas ele a conhecia bem demais... sua leve tremedeira e a respiração pesada eram apenas alguns sinais.

— É só uma dança, relaxe.

— E meu marido não nasceu ontem — Jessica replicou entre dentes, irritada, disfarçando bem com seu formal sorriso. — Ele sabe de nosso passado.

— Porque você foi tola em contar.

— Ele é meu amigo!

— E eu sou o homem que você ama.

O sorriso da atual senhora Lawford sumiu completamente. Thomas percebeu os lábios dela tremerem, assim como o esforço que fazia para não deixar os olhos úmidos.

— Você sabe que não tive escolha sobre esse casamento.

— Eu sei... — Respirou fundo. — E eu também sei que essa foi uma decisão definitiva nessa vida. Não há mais espaço para mim aqui.

Os olhos cor-de-mel se arregalaram.

— O que... o que está dizendo, Thomas?

— Estou dizendo que a convidei para nossa última dança. Amanhã partirei para os Estados Unidos.

 


A risadinha dela chamou sua atenção. Jennifer olhava para o mar, mas ele não tinha certeza se mirava o casal que brincava na água ou se estava perdida em pensamentos.

— O quê? — ele perguntou.

— Não é curioso? Nossos irmãos mais novos firmando um compromisso e nós dois... — Hesitou por um momento. — E nós dois com essa incerteza?

— Não tenho dúvidas de meus sentimentos, Jennifer. E eu disse isso aos seus pais. Espero que eles acreditem.

A loira sorriu, corada.

— Eu espero também... Samuel.

Ele abriu um enorme sorriso. Era a primeira vez que a moça o chamava pelo primeiro nome.

 


— Por favor, Luce, você precisa acreditar em mim! Eu nunca...

— Não encoste em mim! — ela gritou, levantando a varinha na direção dele. — Como eu posso acreditar em você depois do que vi?!

— Porque eu amo você! Eu sempre amei... Lizzie...

— Não! — interrompeu. — Não me chame assim! Você perdeu todo o direito ao beijar aquela... aquela... — O asco a impedia de terminar a frase. — Acabou, Jared — falou firme, deixando-o sem chão. — Acabou para nós nessa vida.

 


Voava alto pelo campo de quadribol, desviando dos balaços e do time inimigo, a goles bem firme em seus braços. Percebeu que não passaria pelos batedores da Sonserina, então atirou a goles para Davis, seu companheiro de time. Ele se encurralou mais à frente, fazendo a goles retornar para sua mão a tempo de chegar perto dos três aros. Nem hesitou ao lançar a bola, satisfeitíssimo ao ouvir o sino que confirmava seu gol.

Não durou trinta segundos até ouvir uma explosão de comemoração do lado vermelho e dourado do campo, confirmando a captura do pomo de ouro.

Seu dia não podia ficar mais incrível!

Ou assim pensava até ver Anna voando em sua direção, o pomo ainda se debatendo em sua mão. O sorriso dela era tão grande quanto o seu.

A moça ignorou os dez metros abaixo deles, jogando-se no colo do rapaz, abraçando-o forte. Nicholas riu de sua impulsividade, segurando firme a vassoura com uma mão, enquanto o outro braço a rodeava. Estava prestes a comentar algo sobre sua vitória no jogo quando ela se afastou apenas um pouco, ainda sorrindo abertamente.

O time da Grifinória vibrou de novo, como se tivesse ganhado outra partida, quando viram a apanhadora Anna Nighy beijar apaixonadamente o artilheiro Nicholas Pratt, depois de passar anos afirmando que os dois eram apenas amigos.

 


— Não! Afaste-se de mim! — Ela gritou, nervosa, deixando algumas lágrimas caírem em seu rosto. — Eu não o quero aqui.

— Não estou pedindo sua permissão.

— E eu me recuso a deixar você estragar sua vida estando ao lado de uma moribunda!

Peter abriu um pequeno sorriso, ousando sentar na cama dela e segurar sua mão.

— Você não está entendendo, Victoria... eu me arrependeria pelo resto de meus dias se não ficasse aqui, ao lado da mulher que eu sempre amei. — Ela soltou um soluço, emocionada, agarrando as mãos dele também. Peter viu a abertura e se aproximou mais, sentando ao lado dela e a abraçando forte. Seu coração se partiu ao perceber o quão magra ela estava. — Eu estarei com você, ok? — Beijou a têmpora dela demoradamente. — Até o fim.

 


Era o casamento de Lílian e Tiago Potter. Reconheceu assim que sentiu o puxão cessar e abriu os olhos.

Foi realmente uma surpresa ter sido lembrado e convidado por seus alunos, mas o espanto foi ainda maior ao descobrir que Olivia era madrinha de casamento por parte de Lílian.

A cerimônia ocorreu lindamente e ele se conteve ao máximo para não correr na direção da mulher belíssima que Olivia estava se tornando. Mesmo em delicados trajes rosa-bebê, Peter acreditou que a madrinha estava quase tão bela quanto a noiva.

Se não mais.

— Você veio.

Não era uma pergunta, mas ele acenou com a cabeça mesmo assim, tomando um gole de sua bebida para conter o nervosismo. Olivia sentou à mesa com ele, evitando olhá-lo. Os dedos tamborilando na mesa indicavam que ela estava no mesmo estado que ele.

— É muito bom te ver de novo — ele comentou baixo, os olhos fixos ainda em seu uísque de fogo. — Achei que não teria mais essa chance.

Peter não viu o pequeno sorriso que ela abriu.

— Não lhe contaram no Ministério? — O homem a olhou, curioso. — Eu, Lílian e Tiago entraremos no curso de aurores semana que vem, e... seria ótimo ver um rosto conhecido por lá.

O coração de Peter foi invadido por esperança quando Olivia segurou sua mão por cima da mesa.

 


Sentiu os batimentos acelerarem. Sabia o que viria agora.

 


— Meu Deus, você é Harry Potter! — A empolgação dela o fez sorrir. — Sou Hermione Granger.

Apenas mais um piscar de olhos o levou para o beijo mais apaixonado que dera naquela vida.

— Harry... o que está fazendo?

— Eu já lhe disse... — respondeu entre os beijos que continuava dando nela. — Vou roubá-la para mim.

 


Acordou do sono febril e abriu os olhos no mesmo instante, ofegando alto e sentando logo em seguida. Seu movimento brusco assustou seu amigo ruivo, que estava vigiando-o da outra cama.

— Graças a Merlin! — Rony disse depois de pôr a mão na testa dele e confirmar que a febre cedera. — Você teve um treco no quarto de Gina! O que aconteceu? Eu quis levar você ao hospital, mas mamãe garantiu que você acordaria bem. Eu... — Respirou fundo. — Eu fiquei preocupado.

— Desculpe, eu... eu não tive como controlar. — Ele sorriu sem jeito. — Isso sempre acontece.

— Desde quando? — perguntou confuso. — Eu o conheço há anos e nunca vi você apagado desse jeito! Você estava delirando e falando enquanto dormia! Por dezoito horas!

— E o que eu dizia?

Rony engoliu em seco.

— Você chamava por Elizabeth.

Harry esperou apenas meio minuto, sabendo que o amigo entenderia.

— Você é William?

— Sim.

Contou devagar sobre seu “desmaio” e sobre seu sonho de horas – lembranças de suas vidas. A cada nova reencarnação, ele ficava desacordado por mais tempo, assimilando cada vez mais lembranças e deixando o cérebro se acostumar.

— Foi horrível vê-lo daquele jeito, mas mamãe me garantiu que passaria. Como ela poderia saber?

— Porque ela já viu antes... em Victoria Prewett, uma prima que morreu quando sua mãe era mais nova. Victoria era Hermione. — Os olhos azuis do ruivo se arregalaram. — As reencarnações possuem um encantamento especial: as pessoas comuns não as reconhecem de primeira. É preciso que algo as faça lembrar da primeira vida e comparar os rostos. Sua mãe já tinha visto Victoria desmaiar por conta das lembranças, então reconheceu que o mesmo aconteceu comigo... e agora ela deve lembrar que já me viu antes, como Peter Morgan, namorado de sua prima.

Rony apoiou os braços nos joelhos e pôs as mãos na cabeça, atordoado com as informações.

— Céus... e Hermione? Ela estava procurando por William... por você! Ela também não podia reconhecê-lo?

— Ela me reconheceu há meses, mas eu não acreditei quando descobri. — Virou o rosto, amargando lembrar daquilo. — Mione se magoou e resolveu dizer que eu não era William, e que iria esperar por ele.

— Você tem que dizer a ela, então! — A fala do amigo o surpreendeu. — Tem que procurá-la e dizer que se lembrou!

— Ela voltou ao Brasil...

— Então vá ao Brasil atrás dela! Você a conhece melhor do que ninguém! Agora mais ainda! Deve saber como encontrá-la!

Harry sorriu com o apoio inesperado de Rony, confirmando enfim. Levantou-se, disposto a tomar um banho e tomar café antes de viajar.

— Obrigado, Ron...

Não soube se o amigo o ouviu, pois o ruivo já tinha deitado na cama e virado para o outro lado, entregando-se ao sono que não teve durante a noite. Encontrou o outro roncando quando voltou, e decidiu não o chamar para o café – Rony atenderá o chamado de seu próprio estômago quando assim lhe convier, pensou.

Molly Weasley abriu um sorriso enorme quando o viu entrar na cozinha. Seus braços se ergueram para recebê-lo, ao que ele sorriu também, abraçando-a forte.

— Puxa vida, é muito bom vê-lo de novo... — Ela se afastou um pouco, segurando o rosto daquele que, nessa vida, era mais novo que ela. — Peter...

— Entre outros nomes.

Ela riu, puxando-o para a mesa para tomarem café. A senhora lhe contou como sentira sua falta depois que ele parou de visitar os Prewett, mas que entendia perfeitamente a distância. Victoria era muito querida por todos e perdê-la foi um choque para a família inteira.

Harry, por outro lado, preferiu deixar os assuntos tristes de lado, contando como virara professor de Hogwarts anos depois, e que reencontrara Victoria por lá, dessa vez com a identidade de Olivia Bishop. Olivia era bem mais retraída que Victoria, mas tão doce quanto.

— E agora temos Hermione... — Ele acenou, sorrindo meio bobo. — Sei que você e Gina tiveram uma história, e lamento muito por minha filha. Mas sua história e de Hermione é bem mais longa. Gina entenderá um dia, quando vocês lhe contarem a verdade.

O rapaz confirmou, grato pelo apoio da mulher. Agora com as novas lembranças, não conseguia deixar de sorrir ao pensar nela como a menina que vivia pedindo para brincar consigo e lhe ensinar novas magias para quando fosse para Hogwarts.

Terminou seu café e pediu licença para Molly, decidindo sair para pensar um pouco. Nem mesmo o céu cinzento do inverno e o frio congelante tiraram o sorriso de seu rosto.

— Foi assim que você se sentiu naquele dia, Mione?


“Olhando o céu
Lembrei que tudo que vivemos não passou
E pra dizer mais
Pensei que temos outra chance
De fazer nosso sol brilhar em mim
Em você”

 

Ele a resgatara de um sono febril também, levando-a até a enfermaria e ouvindo-a chamar por nomes que não conhecia. Não na época, pelo menos. E quando ela acordou, afirmou não lembrar de nada, nem saber o motivo para a febre repentina.

— Que boa mentirosa você se tornou. — Riu, amargo.

Harry sabia o motivo da febre agora: a mente não aguentou a enxurrada de memórias. Quase quinhentos anos de lembranças... nenhum cérebro humano, por melhor que seja, é capaz de suportar tanta informação de uma só vez.

Ele só estava de pé naquele momento porque não era a primeira vez que passava por aquele processo.

Só de lembrar de estar na pele de Ethan o deixou arrepiado, sorrindo sem-graça. Passara três dias de cama, e levara quase uma semana para reconhecer um rosto amigo. Passara o resto dos dias se perguntando que vida estava vivendo: a de Ethan, de Robert ou de...

— William.

Quase riu ao lembrar-se do ciúme incontrolável toda vez que Hermione mencionava “o tal do Will”. Era estranho pensar de si mesmo na terceira pessoa.

— Você me enganou com a esperança de que eu nunca me lembrasse? Que tolice, Mione... eu sempre me lembro.


“O tempo não apaga, não desfaz
O beijo que eu desejo sempre mais
Não posso esquecer o seu olhar no meu
Eu sei que nosso amor ainda não morreu”
O Tempo Não Apaga – Victor & Leo

 

Mordeu os lábios, sem segurar as tolas lágrimas. Fora um idiota... magoara Hermione tantas vezes! Como ela conseguia perdoá-lo?! Como ainda poderia estar apaixonada por um homem que a fez sofrer tanto? Ele duvidou de seus sentimentos. Rechaçou-os. Nunca fizera isso antes... sempre se descobria apaixonado e somente depois ela descobria o passado que os envolvia. Era a primeira vez que ele negava e recusava sua história.

Hermione teria notado, sem dúvida. E mesmo assim se apegou à ideia de esperar por Will, não importava o tempo.

“Você não é William. Eu me confundi”.

A mentira dela fazia tanto sentido agora... ela não estava tentando afastá-lo, estava tentando se proteger da dor. A dor do amor não-correspondido pela primeira vez em quase quinhentos anos.

Lembrou-se do sorriso de Elizabeth. Era igual ao de Hermione...

Enxugou o rosto com força, fungando alto.

— Foi a última vez que te magoei. É uma promessa.


“In silent prayers I pray (Nas orações silenciosas que eu rezo)
What words could never say (O que as palavras nunca poderiam dizer)
To reach into your heart (Para alcançar o seu coração)
No matter where you are (Não importa onde você esteja)
I promise we will find a way (Eu prometo que nós acharemos um modo)
To walk the road we’ve known (Para caminhar na estrada que nós conhecemos)
The road that leads us home (A estrada que nos conduz à nossa casa)

 


Tinha um plano formado. Não era dos melhores, mas seria definitivo. Não esperaria nem mais um dia.

Pediu para Rony levar suas coisas para Hogwarts no primeiro dia de aula e desaparatou. Demorou, mas encontrou alguém que lhe fizesse aquele enorme favor enquanto continuava viajando.

Chegou em Hogsmeade por volta de meio-dia. Coincidência ou não, aparatara em frente a uma joalheria. Teve um flashback repentino sobre o lugar... era ali mesmo. Deu um pequeno sorriso e entrou. A dona ficou empolgadíssima por receber Harry Potter em sua nada humilde loja. Quando ele contou o que procurava, a mulher só faltou dar pulinhos de alegria.

— Acompanhe-me, Sr. Potter — ela falava sorridente. — Sei exatamente o que deseja.

Compras realizadas, ele saiu pronto para preparar uma Chave de Portal. Porém, algo o deteve. Olhou para os lados, mas nada viu. Mesmo assim, seu coração insistia que era ali (ou quase) que devia estar.

Uma parada em Hogwarts poderia atrasar seu planejamento, mas ele tinha a sensação de que precisava ir lá. Sua intuição nunca fora das melhores, o garoto bem sabia, e mesmo assim, algo o atraía para a escola...


“A million dreams I’ve dreamed (Um milhão de sonhos que tenho sonhado)
In every one I’ve seen (Em cada um deles eu via)
The face of you and you alone (O seu rosto e você sozinha)

 

Os jardins congelados de Hogwarts estavam mais desertos que o normal. O frio não era cortante, e ele ficou se perguntando por que os poucos alunos estavam presos no castelo em vez de brincarem na neve.

Mas não importava. Agora sabia que ela estava por perto, e isso era mais que suficiente. Poupava-lhe uma viagem maior e lhe dava mais tempo para realizar sua outra parte do plano.

Avistou-a a alguns metros do Lago Negro, concentrada em um livro e com o coração agitado. Andou devagar em sua direção.

— Hermione!

Os olhos castanhos demonstraram surpresa e confusão. E, mesmo à distância, Harry notou amor em seu olhar. Não deixou que ela falasse:

— Olivia — continuou, sem desviar o olhar do dela. Hermione arregalou os olhos. — Victoria. Anna. Luce. Jennifer. Jessica. Rose. Mirela. Emily. Agatha. Nora...

Quando já estavam próximos o suficiente, e tendo a certeza de que ele lembrava de tudo, Hermione deixou escapar uma lágrima de emoção. Harry segurou seu rosto, puxando-o para perto do seu.

— Elizabeth.

E a beijou.

Harry notou que ela ficara dividida, receosa de aceitá-lo, ao mesmo tempo que desejava maior contato. O rapaz quase ficara sem fôlego com aquele beijo recheado de tantos sentimentos bons. Seu coração batia cada vez mais forte, e ele teve a certeza que ali era seu lugar: nos braços de Hermione, para sempre.

— Harry...

— Não — interrompeu. — Minha vez de falar.

Afastou-se apenas um pouco, para fitá-la nos olhos, sem soltá-la.

— Eu a esperei tanto... por tanto tempo! Lizzie... agora que eu a reencontrei, não te deixarei fugir nunca mais!

Ele se ajoelhou, tirando do bolso do casaco a caixinha com o objeto que há pouco recuperara. Abriu para que a morena visse, que cobriu a boca com as mãos, surpresa.

— Eu peço um milhão de desculpas por ter sido tão idiota com você, minha Mione. Perdoe-me por ter ignorado nosso passado, por ter rejeitado seus sentimentos e por nunca ter ido atrás de nossa história. Eu não quero te magoar nunca mais... e se você me permitir, quero passar o resto de nossas vidas provando que você foi, é e sempre será o amor da minha vida.

— Harry...

— Minha vida sem você não tem sentido, Mione. Os últimos anos provam isso. E o tempo que fiquei longe de você só me mostra que somos muito melhores quando estamos juntos.

Hermione ofegou alto ao ver o cenário ao seu redor mudar para uma primavera florida. Outra lágrima caiu em seu rosto e logo congelou, fazendo-a sorrir – William sempre fora ótimo com ilusões, mas nem ele era capaz de mudar o tempo frio que fazia.

— Não é a primeira vez que faço esse pedido, mas você me faria o homem mais feliz desse mundo se me deixar perguntar pela última vez: meu amor, você quer se casar comigo?

E em nenhum momento ele desviara o olhar, ansioso por uma resposta. A jovem se ajoelhou também, rindo em meio às lágrimas.

— É claro que eu aceito.

Ela o beijou primeiro, cercando-o com seus braços e rindo de felicidade junto com ele. Harry tremia ao colocar o antigo anel de ouro branco, safira e diamantes, maravilhosamente forjado por duendes há pouco mais de trezentos anos – naquela vida, eles eram Noah e Emily, e Noah fez questão de mandar fazer o anel mais bonito para sua noiva.

— Como você o encontrou? — a moça dizia enquanto admirava a joia em seu dedo.

— Eu o penhorei quando tive algumas dívidas. Nunca tive outra oportunidade de resgatá-lo... até agora. Vamos agradecer eternamente à Lílian e Tiago Potter por terem juntado uma pequena fortuna para mim.

Hermione riu.

— Ela era uma mulher adorável, Harry! — A mão delicada percorreu o rosto dele carinhosamente, como se há tempos não o visse. — E muito econômica também! — Uniram suas testas em meio aos risos. — Lílian teria amado conhecê-lo...

— E eu a ela... mas não temos tempo para isso! — O rapaz se levantou de repente, ajudando-a a fazer o mesmo. — Podemos ir? — Ele a puxou pela mão, que ficou no lugar, novamente surpresa.

— Ir? Para onde?

— Nos casar, oras! Eu não estava brincando!

— Nem eu. — Hermione abriu um enorme sorriso. — Mas não precisamos casar agora, Harry.

— É claro que precisamos! Eu não vou correr o risco de te perder mais uma vez. — A seriedade em sua voz a convenceu de que falava sério. — Nem dar tempo para que mude de ideia. Vamos nos casar hoje!

— Harry, não precisamos...

— Precisamos sim — insistiu. — Da última vez que aceitou meu pedido, não demorou um mês até que algo nos separasse. Eu repito: não vou correr o risco de perdê-la. Você será minha esposa e será hoje!

Foi boquiaberta e ansiosa que Hermione o acompanhou até as margens da escola, onde puderam aparatar. A morena reconheceu o lugar imediatamente:

— Godric’s Hollow?

— Sim — ele falou enquanto continuava puxando-a pela rua. — Eu consegui convencer um juiz trouxa a nos esperar para fazer a cerimônia. Nada muito luxuoso, me desculpe. — Estava amargamente triste por esse detalhe. — Mas pelo menos consegui alguns trajes mais bonitos para a ocasião. E os anéis, é claro — disse enquanto deslizava um dedo pelo anelar da atual noiva. Pararam em frente ao que parecia ser um cartório. — Preparada, futura senhora Potter?


“We know we can say we gave it all (Sabemos que podemos dizer que nós demos tudo)
We gave it all for love (Nós demos tudo por amor)
Each step of the way we gave our soul (Em cada passo que demos, entregamos nossa alma)
We gave it all for love, all for love (Nós demos tudo por amor, tudo por amor)

 

Não conseguia acreditar que finalmente estava ali, ao lado de um juiz, esperando por sua noiva... e dali a alguns minutos, uma vida inteira com Hermione o esperava.

Começou a suar de nervosismo dentro da roupa social trouxa alugada. A camisa não apertava, mas a gravata estava quase o sufocando, deixando-o ainda mais ansioso para o que estava por vir.

Hermione não demorou a trocar de roupa, surgindo belíssima em seu vestido branco com uma camada de renda também branca¹ – alugado como as roupas de Harry, mas era apenas um vestido branco, não um de noiva – e um pequeno buquê de rosas cor-de-rosa², com certeza feitos por magia. O moreno achou que, de todo o visual caprichado, nada se comparava ao sorriso cheio de expectativa que vinha estampado no rosto da mulher.

— Você está... maravilhosa!

— E a sua gravata está muito apertada — falou simplesmente, lhe entregando o buquê por alguns instantes para ajudá-lo com o pequeno tecido vermelho. — Pronto, agora sim está lindo também!

— Obrigado. — Ele riu.

O juiz não demorou mais que quinze minutos falando sobre o amor e a união, fazendo-lhes altas recomendações sobre a responsabilidade de se casarem tão jovens.

— Seus votos, senhor Potter.

Harry voltou-se para Hermione, incapaz de conter a felicidade.

— Vou citar palavras já ditas por alguém, mas que não pude deixar de pensar em você quando as ouvi: “O que é uma alma gêmea? Uma alma gêmea é alguém que você leva com você para sempre. É a única pessoa que conheceu você, aceitou você, e acreditou em você antes que alguém o fizesse ou quando ninguém mais o faria. E não importa o que aconteça, você sempre a amará. Nada pode mudar isso”³. — A morena abriu ainda mais o sorriso, reconhecendo os versos e facilmente comparando-os a eles dois. — Minha Mione... demorou quatrocentos e quarenta e oito anos — ouviram uma risadinha do oficial, que acreditou ser um exagero da parte de Harry —, mas enfim estamos aqui, juntos, onde queríamos estar desde sempre. Prometo amá-la até o fim de meus dias... e além, porque sei que o que sinto não acaba com a morte. Nós dois sabemos bem disso. — Ela assentiu, quase convencida, rindo em seguida. — Prometo estar ao seu lado para todas as horas, ser seu amigo, companheiro e amante. Quero formar uma família contigo e mostrar ao mundo que não há outra mulher com quem eu gostaria de estar... que você é e sempre será o único amor da minha vida.

Ele tirou o anel da mão direita dela e colocou no anelar esquerdo, beijando-o longamente para mostrar sua palavra.

— Senhorita Granger...

— Oh, eu não estava preparada para isto! Dê-me um minuto! — Ela respirou fundo, segurando as lágrimas emocionadas. — Harry Tiago Potter... de todas as surpresas que já me fez, de todas as encrencas que já me meteu, essa é, sem dúvida, a mais memorável! Ah... — Ela soltou uma mão rapidamente para enxugar o rosto. — Obrigada por se lembrar de mim, meu amor. Obrigada por lembrar de nós. — Harry engoliu em seco, emocionando-se também. — Prometo fazê-lo feliz enquanto eu viver dessa vez. Prometo dedicar-me a nós dois e à nossa futura família. Vamos mostrar ao mundo que juntos somos melhores, somos mais fortes... porque o nosso maior poder é o amor. — Hermione também trocou a aliança prateada dele de mão e a beijou. Harry a sentiu esquentar um pouco, e pôde ver algumas runas antigas aparecendo no aro. — Dessa vez, eu escolho ficar com você... meu Will.

Harry não resistiu mais, puxando-a para perto de si e colando seus lábios nos dela.

O juiz concluiu a cerimônia com entusiasmo, parecendo feliz por ter aceitado aquele casamento de última hora. Desejou-lhes felicidade para toda a vida e pediu para que assinassem um livro antes de liberá-los para outro beijo, dessa vez o oficial de casados. O casal obedeceu quase que prontamente.

— Parabéns pelo casamento, senhora Potter — disse depois do beijo, enquanto ainda roçava seu nariz no dela. Sentiu-a arrepiar com suas palavras.

Hermione soltou uma risadinha, beijando-o de novo. Agradeceram ao juiz e se afastaram novamente para mudarem as roupas.


“A lifetime goes by so fast (A vida passa tão rápido)
For the secrets that remain (Para os segredos que permanecem)
Soon the future becomes the past (Logo o futuro se torna o passado)
When I hold you again (Quando eu abraçá-la novamente)
I’m gonna hold you forever (Eu vou abraçá-la para sempre)

 

Harry parou no meio da rua, segurando a mão da esposa. Sorriu ao prestar atenção no que ouvia.

— O que houve?

— Gostei dessa música. — Ele levantou o indicador, pedindo para que ela atentasse para a canção que tocava em uma festa ao fim da rua que estavam. Os olhos castanhos brilharam.

— Sim... fizemos tudo por amor.

O moreno a trouxe para seus braços, movendo-se levemente numa dança.

— Não foi precipitado, certo? — ela falou baixinho em seu peito. — Há muitas vidas queríamos isso, não é?

— Já está arrependida, senhora Potter? — brincou.

— Pelo contrário. — A jovem tinha o mesmo tom calmo, levantando o rosto para olhá-lo. — Estou estranhando não estar arrependida dessa loucura. Sabe que Minerva irá nos matar, não sabe?

Harry riu alto.

— Eu gostaria de ter nossa lua-de-mel antes de contar qualquer coisa. — O olhar sugestivo dele a fez dar-lhe uma tapinha, porém rindo consigo. — Podemos esperar um pouco para contar. Afinal, não será fácil contar toda a nossa história.

Hermione confirmou, dando de ombros. Beijou-o mais uma vez antes de voltar a apoiar o rosto no peito dele.

— Acha que nos cansaremos um do outro um dia? — ela perguntou de repente. Harry riu baixinho.

— Duvido muito. — Ele a beijou de novo, em meio aos sorrisos enormes que a mulher abria. Nunca se cansaria de beijá-la. Parecia melhor a cada nova vida.

— Todos os casais, eventualmente, entram numa rotina.

— Entrar numa rotina não me fará deixar de amá-la.

— Promete?

Harry sorriu bobamente de sua clara preocupação.

— Prometo que irei amá-la enquanto viver! Contanto... — Ela sorria, mas ele rapidamente a interrompeu, assustando-a. — Contanto que você também prometa me amar o mesmo tanto. Ou mais!

Hermione riu, apaixonada, passando os braços pelo pescoço do moreno e beijando-o intensamente.

— Prometo amá-lo ainda mais!

E ele retribuiu seu amor.


“In silent prayers I pray (Nas orações silenciosas que rezo)
What words could never say (O que palavras nunca poderiam ser ditas)
To reach you through the dark (Para te alcançar através da escuridão)
To reach deep into your heart (Para alcançar profundamente o seu coração)
And promise we will find a way (E prometer que acharemos um modo)
As night becomes the dawn (Como a noite se torna amanhecer)
To prove that love goes on (Para provar que o amor continua)
Through every page we turn (Através de cada página que viramos)
Each lesson that we’ve learned (Cada lição que nós aprendemos)
Will finally set us free or bring us to our knees (Finalmente nos libertará ou nos colocará de joelhos)
But love is right and never wrong (Mas o amor é certo e nunca errado)
We give it all for love (Nós demos tudo por amor)
All For Love – Michael Bolton

 

Chegaram na escola praticamente correndo, tentando ser silenciosos e fugindo de olhares curiosos. Poucos alunos passavam as férias ali, então sabiam que os encontrariam no Salão Comunal. Harry estava sem sua Capa de Invisibilidade, é claro, mas munido de suas memórias, conseguiu fazer um feitiço de desilusão sobre os dois com perfeição. Os três estudantes que estavam em frente à lareira, distraídos com uma conversa leve, sequer perceberam quando a porta do quarto da monitora-chefe se abriu e fechou “sozinha”, trancada logo depois.

Harry tremia ao voltar a olhá-la.

Sua esposa...

Era oficial, mesmo que fosse por um documento trouxa. Eles foram criados no mundo não-mágico, então o pedaço de papel bem guardado sob o casaco do moreno tinha o mesmo valor do que se tivessem feito uma enorme cerimônia bruxa.

Agora eles eram Harry e Hermione Potter.

Seu coração estava tão acelerado ao pensar nisso, que mal podia esconder seus sentimentos. “Oras, Lizzie sempre foi melhor nisso do que eu, de qualquer forma!” pensou o rapaz, pouco se importando com o sorriso convencido dela, que aumentava aos poucos.

— Você tem certeza? — ele disse por fim, sem se controlar. — Podemos esperar se não estiver pronta.

Hermione pôs a mão em seu rosto, os olhos brilhando em agradecimento.

— Eu tenho certeza.

Seu peito doeu de tanto amor.

Beijou aquela mulher com toda devoção antes de começar a despi-la, tudo bem devagar, aproveitando cada segundo. Em determinado momento, ele ficou em dúvida se a fitava nos olhos ou se admirava cada centímetro da pele de Hermione que aparecia aos poucos. A mulher, por outro lado, não tirava os olhos dele, atenta a todas as suas reações. Quando a jovem estava apenas com as peças íntimas, Harry a deitou sobre a cama e tirou as próprias roupas em tempo recorde, fazendo-a rir antes de deitar sobre ela.

— Não é a nossa primeira vez — disse com calma enquanto tirava algumas mechas encaracoladas do rosto dela —, mas é a primeira como Harry e Hermione. — Ela assentiu. — Por favor, não me esconda nada. Avise-me se estiver desconfortável.

A morena o olhou amorosamente.

— Tenho certeza de que ainda se lembra de minhas preferências... — Ele gemeu quando Hermione friccionou sua intimidade na dele, um sorriso safado surgindo em ambos. — Eu ainda me lembro das suas... — Ela falou sedutora em seu ouvido.

Harry voltou a olhá-la, as íris castanhas brilhando em ansiedade.

— Ah, que saudade eu estava de você, minha Lizzie...

 


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Notas finais do capítulo

1 – Vestido: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQi7iz2CvcdRa7wQHBkemormq6KuNmlA6MoIhbZ-IN8Yoz45Ryalg
2 – Buquê: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcStGJCx_i0zq_2M4hdVyocYX0rukv-avx8pUKrpvgn7-iFy70Qn
3 – Texto de Dawson Leery. Encontrei em uma fanart HH há muitos anos, então não tenho certeza se o texto é mesmo de autoria dele.

Anel da Hermione: https://www.dhresource.com/0x0s/f2-albu-g6-M00-2E-9F-rBVaSFpK8TiABY6nAAB1ifCpWZg468.jpg/new-wedding-finger-white-zircon-flower-ring.jpg

Antes de eu dizer o que preciso, quero agradecer demais à __Nathy__ por ter me ajudado a fazer esse capítulo sair! ♥ Não sei o que eu faria sem você! ♥ Fico te devendo mais essa na lista de mil favores que já tô te devendo! ^^" ♥
Quero agradecer também aos 130 acompanhamentos, 23 favoritos e à Aly, Kylie e Leh por terem comentado no capítulo anterior! Muito obrigada, gente! Obrigada demais por não desistirem da minha historinha! ❤❤❤❤❤

Mas vamos às notícias...
Leitores, eu pensei, desde o mês passado, a colocar essa fic em hiatus. Eu sei como é tentar acompanhar uma história que demora para atualizar... desanima, a gente vai esquecendo o que aconteceu, dá preguiça de retomar... mas acabei desistindo da ideia porque já tenho outra fic em hiatus e ainda estou desanimada para voltar a escrevê-la. E não quero que o mesmo aconteça com essa daqui...
Estou no meu último ano da faculdade (amém!) e o tcc, que mal começou, já está me deixando com insônia de tanta preocupação... e eu vou ter que fazer dois! Então as chances da frequência de postagem diminuir (ainda mais) são muito altas. Por isso pensei em pausar a fic... mas eu ficaria sem meu refúgio, que é a escrita/leitura de fanfics. Esse pequeno mundinho acaba por me acalmar DEMAIS nas horas de desespero, então resolvi não pausar nada. Apenas comunicar que os capítulos demorarão a sair. Pelo menos até o fim desse ano. Não é uma boa notícia, eu sei, mas deixando a história "em andamento", eu ainda vou sentir vontade de trazer capítuloS até o fim do último tcc, o que pode ser uma coisa boa para todos nós..
Eu vou entender perfeitamente quem não quiser continuar a leitura, largar ou desistir de acompanhar. Juro, não vou ficar chateada. Eu também já larguei muitas histórias por demoras nas atualizações. Também vou entender quem "abandonar temporariamente" e retomar quando a fic estiver terminada. Nada contra também, já fiz isso com algumas histórias. Mas quem quiser continuar, eu vou pedir um pouco (mais) de paciência comigo. ^^" Vou demorar, mas eu prometo pelo que vocês quiserem que a história será finalizada! Posso estar falhando com as contas, mas creio que até o capítulo 30 a fic se encerra, então meio que não falta muito para terminar. "Só falta" escrever, já que eu tenho o planejamento da história quase pronto também.

Enfim... é isso.
Espero que o capítulo tenha agradado! ♥ Peço desculpas pelas notícias ruins, mas agradeço demais a quem me acompanhou até aqui e para quem ainda continuar! ♥ Vocês fizeram/fazem meus dias mais coloridos... *-*
Até o próximo capítulo! *-* =*



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