Conte Nossa História escrita por LilyMPHyuuga


Capítulo 15
"Você mente muito bem para si mesmo"


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde, boa noite, leitores do meu coração! =D
Em primeiro lugar, peço desculpas pela demora. Não voltei depois de dois meses, mas ainda assim demorei. Estou um pouco desorganizada com meu horário, e não estou conseguindo conciliar faculdade e fics ao mesmo tempo. E por mais que eu ame essa história, às vezes simplesmente não tenho cabeça para escrever depois de uma semana cheia de trabalhos/provas. =/ Espero que entendam.
Mas saibam que eu não vou abandoná-los, ok? Como eu disse, eu AMO essa história! E estou escrevendo já faz um tempinho, então sonho em terminá-la! ♥ Pode demorar um pouco, mas eu vou terminar, podem ter certeza disso! ♥
Agradecimentos especiais aos 95 que estão acompanhando, aos 15 que favoritaram e a Kiaend, sakurita1544, Fremioneforever, Kaya Avior, Aly, Patty Cnt e Lerushe pelos comentários no último capítulo! Muito obrigada a todos, de coração! ♥

Fiquem com mais um pedacinho da história de Harry e Hermione. =)
Lembrando que os trechos em itálico são pensamentos ou lembranças.
Boa leitura! ♥



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Teve pena de acordá-la.

Hermione parecia tão entregue ao mundo dos sonhos, sorrindo de vez em quando, que Harry fez um esforço enorme para se manter afastado enquanto se arrumava. Apenas as costas nuas o chamavam, como uma tentação, e até mesmo um beijinho de despedida poderia ser a desculpa que precisava para passar mais algumas horas ao lado daquela mulher.

“Linda mulher” completou em pensamento. Não havia mulher mais bela que Hermione Potter em todo o mundo bruxo.


“Deixei seu café pronto, minha bela adormecida.
Precisei ir ao Ministério, mas volto depois do almoço, ok?
Que tal visitarmos Teddy à tarde? O presente dele ainda está guardado, e eu estou morrendo de saudades daquele garoto!
Tenha um bom dia, querida.
Harry P.”

 

Desaparatou no jardim, apenas por precaução. Quase ficou cego em seguida, ao notar a multidão de repórteres e fotógrafos no saguão do Ministério da Magia.

— Sr. Potter! – Era o coro da maioria.

— Alguma novidade no caso de sua esposa?

— O senhor já tem alguma suspeita de quem a atacou?

— A Sra. Potter voltará a assumir a chefia do Departamento de Execução das Leis da Magia?

Harry ficou tonto com as perguntas, limitando-se a dizer “Sem comentários” enquanto atravessava o mar de...

— Abutres! – Draco Malfoy xingou assim que o avistou sendo seguido. – Não têm mais o que fazer?

Assim que se acomodaram no escritório do moreno no Quartel General dos Aurores, puderam respirar aliviados. Jogaram-se nas cadeiras enquanto Harry abria a pasta com seu relatório.

— Não consegui muitas informações. Capturei Jones, mas ele se recusou a falar. Eu o deixei preso lá em baixo, para interrogatório. Poderia fazer isso por mim?

— Claro. Acho que ainda temos Veritaserum no estoque. Poupará tempo.

Entregou a pasta para o loiro, que leu apenas a primeira página, rapidamente.

— Algo errado?

— Sim, eu... – Ele deixou escapar um suspiro, largando as folhas sobre a mesa. – Eu não o chamei aqui por causa de Jones. – O moreno estranhou a hesitação. Draco era sempre muito direto. – Eu preciso dizer uma coisa.

Engoliu em seco, pressentindo o que viria.

— Eu roubei um vidro de Veritaserum do estoque. Consegui colocar no chá dela há alguns dias...

Os olhos verdes se arregalaram.

— E então? Descobriu alguma coisa?

— Não. Ela não sabe de nada.

Harry bufou, escondendo o rosto nas mãos e se jogando no encosto da cadeira.

— Mas... – A curiosidade dele o fez olhá-lo. – Ela não estava em casa no dia que Hermione foi atacada. Nem no trabalho. Eu confirmei.

— Draco...

— Isso não quer dizer nada, ok? Ela pode ter ido a qualquer lugar e não lembrar do fato!

— Você sabe que não. Não seria a primeira vez que ela tem esses apagões.

— Há anos isso não acontece! E era por motivos bem diferentes!

Harry apoiou os cotovelos sobre a mesa, encostando o queixo sobre as mãos.

— Eu não quero que seja o que estamos pensando, Draco... – confessou. – Não quero mesmo.

— Ela precisa saber.

— Não sei se concordo com isso.

— Potter, ela é...

— Eu sei quem ela é! – cortou, ligeiramente impaciente. – Sei mais do que você, não se esqueça disso! Você sabe muito bem o quanto torço para que ela seja inocente! Eu... – Hesitou. – Eu a amo, apesar de tudo.

As lembranças, em momentos como aquele, eram as piores companheiras. Cada detalhe parecia vivo demais, e Harry teve que fechar as mãos para evitar que elas tremessem. Percebendo o nervosismo de seu chefe, Draco resolveu se retirar. Apenas garantiu antes de sair:

— Ficarei de olho nela.

Harry teve vontade de gritar, mas não o fez. Fechou os olhos com força, se perguntando por mais quanto tempo poderia manter Hannah afastada de Hermione.

— O quanto eu puder – prometeu a si. – Ninguém tocará em você novamente, minha Mione.

 


Encontrou um bilhete da esposa quando retornou, informando que ela decidira ir mais cedo visitar o afilhado na companhia de Luna, Richard e Gina. Harry se conformou em almoçar sozinho e resgatar o presente de Teddy no guarda-roupa antes de aparatar no jardim dos Tonks.

Não demorou cinco segundos para sentir algo de pouco mais de um metro o agarrando com força. Ou melhor, alguém.

— Tio Harry!

Sua reação fora rápida, carregando o menino no colo e o abraçando apertado. Sentia-se um bobo por sempre ficar emocionado ao reencontrar o afilhado, mas não conseguia controlar... O amava como se fosse seu filho.

— Você está tão grande! No que está pensando? Em ficar mais alto do que eu?

Teddy confirmou com a cabeça, um sorriso sapeca surgindo em seu rosto.

— Não acredito! – Harry fingiu indignação. – Não pode ficar tão alto! Como eu o pegarei no colo?

— Não vai precisar me pegar no colo quando eu crescer.

— Por que não?

— Porque eu serei um adulto, tio Harry! – explicou o menino pacientemente. – Seria estranho. Seria como o senhor carregando a tia Mione.

— Eu carrego sua madrinha o tempo todo!

— Não é verdade. – Hermione surgira ao lado deles, causando susto nos dois. – Você não me carrega o tempo inteiro.

— Mas posso. – O sorriso maroto arrancou uma gostosa gargalhada do pequeno Lupin.

— Vamos para dentro – avisou a mulher. – Estamos fazendo biscoitos.

Ted correu para dentro da casa enquanto Hermione atrasou o marido do lado de fora de propósito.

— O que foi isso?

— Isso o quê? – perguntou confuso.

A morena colocou as duas mãos sobre o peito, massageando o local como se estivesse machucada. O semblante dela era vago, quase perplexo.

— Senti algo bom... algo forte... quando você abraçou Teddy.

Ele sorriu, envergonhado.

— Não consigo controlar meus sentimentos quando estou com ele. Eu o amo demais!

Hermione assimilou a informação por alguns segundos, lembrando-se do próprio diário, em que contava sobre pensamentos e sensações compartilhados.

“Eu não sinto isso quando me vê”.

O moreno riu abertamente, a deixando encabulada.

— Minha boba e ciumenta Mione... – Ele a puxou para seus braços, roubando-lhe um beijo. – Tem certeza que não sente? Ou está confundindo meus sentimentos com os seus?

Gostava de surpreendê-la, assimilou. Adorava ver os olhos cor-de-mel se arregalarem, brilhosos. Sem contar o rosto corado... Hermione ficava linda envergonhada! Sempre o fazia se lembrar de quando se apaixonaram...

— Contará mais sobre nós hoje? – ela perguntou depois que ouviu seus pensamentos.

— Sim, mais tarde. – Ele a puxou para dentro da casa, sorridente. – Vamos aproveitar aquele pestinha um pouco.

 


Voltaram para casa apenas à noite, quando Harry e Hermione concordaram que o afilhado não iria dormir se continuassem ali por mais tempo. Acompanharam avó e neto durante o jantar e se despediram, Teddy sempre entristecido por vê-los partir.

— Por que eles não moram conosco? – Hermione perguntou, já saudosa. Ela também já amava o pequeno garoto que não conseguia se decidir por uma cor fixa nos cabelos. – Ou por que não moramos com eles? As duas casas são enormes para nós quatro.

— Já oferecemos várias vezes, mas Andrômeda prefere morar no campo. E, para falar a verdade, a distância do Ministério nos atrapalharia um pouco.

— Você é um bruxo, Harry. Pode muito bem aparatar.

— Não seria esse o problema. – Ele riu.

Hermione sabia, é claro. Perguntava somente porque não gostava da distância entre ela e o afilhado.

O moreno sorriu quando a esposa se jogou sobre o sofá, os cabelos cobrindo parcialmente seu rosto. Aproximou-se devagar, sentando sobre o móvel e beijando as bochechas da mulher.

— Eu a encontrei adormecida na minha cama um dia – contou suavemente perto de seu rosto. – Eu estava com Teddy, e você foi me visitar. Como não me encontrou, resolveu me esperar, no meu quarto, no Largo Grimmauld. Acho que demorei demais, pois precisei afastar seus cabelos – ele demonstrou o gesto – para poder te beijar mais uma vez.

Tratou de beijá-la também. Apenas para exemplificar, é claro.

 

~*~

 

Assim que voltou da casa dos Tonks, recebeu de Monstro a notícia de que Hermione o esperava em seu quarto. Sorriu animado, subindo correndo e encontrando, surpreso, a garota adormecida. Deu a volta na cama, deparando-se com o semblante sereno de sua melhor amiga parcialmente escondido entre travesseiros e cabelos.

Harry aproximou-se devagar, ajoelhando bem perto da moça que dormia praticamente na ponta da cama, encolhida. Afastou a mochila do chão e, meio hesitante, afastou os cachos que cobriam o rosto bonito.

— Mione? – sussurrou o mais baixo que pôde. Sabia que ela tinha sono leve e não queria acordá-la. Porém, não sabia o motivo para deixá-la assim, descansando, à mercê de sua admiração. – Você é tão bonita... Acho que nunca te disse isso, não é?

Engoliu em seco. Ela estava dormindo. Não precisava fazer esforço para esconder que desejava provar daqueles lábios novamente.

Mas pensar e desejar não pareciam ser o suficiente.

Hesitou uma, duas, três vezes, antes de sentar devagar na cama e inclinar-se para ainda mais perto dela. Parou a poucos centímetros, pensando, apenas por um instante, nas consequências. Ela ficaria furiosa! Falaria que era errado, que eles eram amigos e que ele era apaixonado por Gina.

Jogou para o alto.

Acabou com a mínima distância, fechando os olhos ao tocar a boca feminina. Tão suave e macia... Pressionou apenas um pouco, num beijo breve.

Ela acordou quando se afastou, deixando uma área muito pequena entre eles. Hermione provavelmente só via seus olhos, e arregalou os seus, surpresa. Bastou um ofego da parte dela para Harry perder-se novamente.

Roubou-lhe um beijo de verdade, invadindo a boca dela com a língua antes de um possível protesto. Estava desesperado de saudade daquele beijo...

Beijo retribuído sem nenhum esforço.

 

~*~

 

— Você me beijou novamente? – Ela riu, deixando-o um pouco envergonhado. – Mesmo sabendo que não era a solução para acabar com a nossa conexão?

— Sim – confessou. – Eu apenas queria te beijar. Quando nos separamos, você se afastou a uns bons metros de mim, perguntando por que eu fiz aquilo e alegando que eu amava Gina, que devíamos respeitá-la. – Suspirou. – E eu menti, dizendo que a beijei apenas porque tinha um segredo novo. Você me fez prometer que nunca mais nos beijaríamos...

— Você cruzou os dedos atrás das costas? – interrompeu.

— Como sabia?

Hermione riu. Harry percebeu que caíra numa armadilha, sorrindo encabulado.

— De qualquer forma, você descobriu a verdade algum tempo depois. Me pegou num momento de fraqueza... – Pigarreou. – Mas não vamos apressar a história!

A mulher deu um gritinho quando ele a pegou no colo e a levou para o quarto.

— Viu? Posso carregá-la sempre que quiser.

— Engraçadinho.

Eles se aconchegaram sobre a cama, os corações tranquilos por estarem tão próximos.

— Onde eu parei?

 

~*~

 

Quando resolveu aparatar a alguns metros do Chalé das Conchas, não imaginava que estava sendo esperado. Quase tomou um susto ao vê-la ali, distraída com a lápide improvisada que fizeram há poucos meses.

— Como sabia que eu viria aqui?

— Tinha um palpite.

Os lábios dela curvaram-se num sorriso carinhoso. Hermione levantou e parou ao seu lado, apreciando o jazigo de Dobby.

— Um elfo livre – ela leu a escrita na pedra. – Nunca tinha parado para pensar, mas... acho que ele iria adorar esse título.

— Era o sonho dele, afinal.

— Foi um sonho que ele realizou. – Ela o empurrou de leve com o ombro. – Não se esqueça disso. Não se esqueça de que você o fez feliz.

Harry concordou com a cabeça, incapaz de não lembrar do dia que o elfo salvara sua vida e de seus amigos. Quase podia sentir o peso dele de novo em seus braços...

“Eu pedi para que não salvasse minha vida, seu elfo teimoso”.

A moça sorriu ao seu lado.

— Se não fosse por ele, sequer estaríamos aqui. Devemos ser gratos, Harry, em vez de lamentar por algo que poderia ou não ter acontecido.

— É difícil esquecer.

— Eu sei. Só não o culpe por isso... Dobby não gostaria de saber que está triste por causa dele.

Engoliu em seco.

— Não o culpo, eu só... – A boca ficou seca, o ar lhe faltando por alguns segundos. – Não posso deixar de imaginar no quanto poderia ser diferente.

Sentiu o olhar dela em si, mas não se virou. Tinha medo de vacilar sob o peso dos olhos castanhos.

— Não consegue imaginar que ele está num lugar melhor? – falou suavemente. Harry fechou os olhos, sabendo que ela fazia o mesmo ao visualizar Dobby correndo por aquela praia, agarrado a um sem-número de meias nos braços. – Eu consigo... Acho que é o que me faz dormir à noite.

Harry a olhou, surpreso. Mal precisou pensar para que ela respondesse, envergonhada:

— É claro que eu tenho pesadelos... Como não teria? Tudo o que vimos naqueles dias... não é fácil esquecer, eu sei. Mas estou me esforçando! Faça o mesmo por eles, sim? Faça com que o sacrifício deles não seja em vão.

Hermione estava prestes a se virar quando ele segurou sua mão e a puxou sem cerimônias. Envolveu-a tão forte em seus braços, que quase riu quando ela pensou que estava ficando sem ar.

“Só mais um pouco”.

O desejo foi atendido depois que ela sorriu e se arrumou melhor no abraço, podendo retribuí-lo também. Hermione deitou a cabeça em seu peito, deixando-o extasiado com a visão do semblante suave. Os olhos fechados e os lábios num leve sorriso fizeram seu coração acelerar! Beijou a testa dela, se dando conta apenas naquele instante o quanto sua amiga era baixa e delicada – mesmo que a moça nunca admitisse a última opção.

— Nunca mais me chame de baixinha. A culpa não é minha se você comeu fermento ao invés de comida.

Sim, ela era baixinha... Mas era sua baixinha, para proteger e cuidar com todas as suas forças!

Ninguém tocaria em Hermione Granger e sairia vivo para contar história.

Era uma promessa: Harry não perderia mais ninguém que amava.

 


Assim que percebera que Hermione os largara na sala (aparentemente há um bom tempo), Harry ficou torcendo intimamente para que Rony e Gina resolvessem ir embora. Não queria ser indelicado com os amigos, mas há dias sentia uma necessidade inexplicável de estar sempre perto da melhor amiga.

E de mais ninguém.

Fingiu alguns bocejos até Gina se compadecer e insistir que estava mais do que na hora de voltar para casa. Convenceu o irmão ao dizer que a mãe preparava o refogado favorito deles.

Harry apenas deu de ombros, prometendo visitá-los no dia seguinte. Bastou fechar a porta para correr pelas escadas. Encontrou-a em seu quarto novamente, fazendo um esforço sobre-humano para esquecer do beijo que trocaram ali há quase quinze dias.

— Não vai para casa?

Tinha consciência de que ela entenderia como uma brincadeira, ao contrário dos Weasleys.

— Mais tarde – ela respondeu no mesmo tom. Desviou o olhar do céu por um instante. – Se você não se incomodar, é claro.

— Sabe que não me importo.

Ela sorriu quando ele sentou ao seu lado na sacada, segurando sua mão. Voltou seus olhos para o céu limpo e estrelado.

— Me alivia ver que está mais calma. Você estava um poço de nervos nos últimos dias.

— E com razão, não acha?

— Não muito, mas não vou mais discutir sobre isso.

Ela reprimiu uma risadinha. O silêncio era confortável entre os dois, e Harry desejou que sempre fosse assim.

— Esse é o princípio da Oclumência, sabia? Não sentir nada.

— Não estou não-sentindo nada.

— Eu sei, posso ver. Mas ficar calma e não deixar as emoções aflorarem por qualquer motivo vai ajudá-la.

— Essa é a parte difícil: não me deixar levar pelo que sinto.

— Acredite em mim quando digo que há modos piores de aprender isso.

Hermione tinha os olhos brilhando quando o encarou.

— Harry... Você sabe que eu o amo, não sabe?

A morena sorriu quando notou que ele corava.

— S-Sei.

— E sabe que isso nunca vai mudar, não é? Não importa o que aconteça.

— Por que está dizendo isso?

Ela desviou o rosto novamente, ainda sorrindo. O coração de Harry batia descompassado.

— Porque quero que tenha certeza do que sinto por você. És o meu melhor amigo, a pessoa que mais amo depois de meus pais... Eu não suportaria perdê-lo de novo.

— De novo?

— Você apareceu morto nos braços de Hagrid, esqueceu? – brigou, tentando ficar séria. – Eu achei que ia morrer junto!

— Eu não estava morto.

— Não, mas deixou que todo mundo pensasse que estava.

— Ah, tudo bem. Não vou mais brigar por isso também!

O silêncio voltara, um pouco menos confortador do que antes. Harry sentiu que precisava responder, que queria que Hermione também soubesse o que sentia. Foi, porém, aos sussurros, que ele soltou um tímido:

— Mione... Eu também amo você.

 


Sentiu um embrulho no estômago que não soube identificar. Olhou-se no espelho mais uma vez, certificando-se de que tudo, exceto seu cabelo, estava no lugar.

“Por que está tão nervoso, Potter?”.

— Porque você está atrasado! – Hermione gritou do outro lado da porta. – Ande logo! É só uma festa, não é seu casamento!

Ele não evitou o sorriso. Saiu do quarto e se deparou com uma bela moça trajando um vestido branco rendado até os pés, os cabelos soltos e com apenas uma tiara simples no topo.

— Você está tão bonita! – falou antes que sentisse vergonha. Hermione não esperava o elogio, arregalando os olhos e ficando levemente corada.

— Ora, pare com isso! – Ela segurou a mão dele e o puxou para descerem. – Eu nem me arrumei.

“Imagina se tivesse...”.

Ouviu uma pequena risadinha da moça, ao mesmo tempo em que ouvia uma música na mente dela.

“Eu te esperei por mil anos. E esperaria por mais mil”. *

 

 
— Faça um pedido, Harry!

Mirou os olhos castanhos ansiosos de Gina. E, logo depois, para uma distraída Hermione. Ela cantava a mesma canção... Ele a agradeceu mentalmente, pois sabia que ela tentava lhe dar privacidade.

“Quero entender o que está acontecendo com nós dois”.

Soprou as velas, um coro de palmas e vivas seguindo-se logo após. Harry recebeu um abraço entusiasmado de Molly, junto com um embrulho em papel colorido. Recebeu mais alguns presentes e os colocou sobre a enorme mesa no jardim, montada exclusivamente para o seu aniversário.

— Não vai abri-los?

Harry decidiu-se por alguns. Um brinquedo novo da Gemialidades Weasley, o segundo volume de “Como Conquistar Uma Garota”, uma coruja branca como a neve – esse presente o fez sentir outro aperto no coração – e uma fotografia. Ele sentiu as mãos tremerem ao reconhecer os rostos de seu pai e seu padrinho... Eles lhe acenavam alegremente, abraçados pelos ombros.

A visão ficou embaçada por um instante, assim como a garganta ficou seca. O estômago deu outro embrulho.

“Foi você, não foi?”. Não precisou olhá-la. Sabia que ela o vigiava.

“Foi. Encontrei durante a faxina. Espero que goste”.

Harry sentiu a garganta ainda seca, mesmo após um pigarro. Os olhos arderam.

Levantou o rosto, encarando firmemente a moça que parecia controlar o choro. Ele a sentia agora...

“Estou ansioso para descobrir mais sobre você, Hermione Granger”.

Pode vê-la corar, fazendo-o sorrir.

— Eles sempre estarão com você... Sabe disso, não é?

Disfarçou o susto ao ver Gina bem próximo a si, olhando carinhosamente da fotografia para o rapaz, alheia à troca de olhares entre ele e a amiga.

Confirmou. A ruiva estava linda naquela noite... Sorriu, enfim, para ela. Foi como uma permissão.

Gina se jogou em seus braços e o beijou.

 


Pouco mais de uma hora havia se passado, mas para Harry foi um puro tormento.

Onde ela estava?

— Você viu Hermione? – perguntou pela milésima vez para Rony, que negou.

Não podia acreditar...

— Não acredito que ela foi embora sem se despedir!

 


Tocou o botão da campainha, nervoso.

“Acalme-se! Antes que ela escute...”.

— Harry! Feliz aniversário atrasado! – A mãe de Hermione praticamente pulou em seus braços, empolgada. – Entre, menino! Vou chamar sua Mione.

Arregalou os olhos, surpreso. Ela riu de seu choque, confessando-lhe que ela e John nunca chamaram a filha assim, que ouviram o apelido pela primeira vez da boca do moreno. Deixou-o chocado enquanto subia as escadas.

— Vá para o jardim, Harry. O tempo está agradável! – ela gritou na subida.

Resolveu obedecer, acreditando que ganharia alguns minutos a mais para refletir.

Para variar, tomara uma atitude sem pensar e agora não sabia o que fazer. Muito menos dizer.

— Harry?

Virou-se a tempo de vê-la fechar as portas de vidro atrás de si, como se soubesse que ele queria privacidade.

— O que...?

— Por que foi embora sem se despedir ontem à noite? – falou impulsivamente – Eu a procurei por um bom tempo! Fiquei te esperando até o fim da festa.

— Desculpe. – Ela deu um sorriso sem graça. – Eu não me senti muito bem... Passei o dia sem comer direito, e a comida de Gina não me caiu bem.

Não era novidade que a caçula dos Weasley não herdara os dotes culinários da mãe, mas a comida dela ainda era dez vezes mais suportável que a de Hermione.

E ambos sabiam disso.

— Por que está mentindo para mim?

— O quê? – A surpresa dela foi indisfarçável.

— Eu lhe fiz alguma coisa? Disse algo que a chateou? Se sim, me desculpe, de verdade! Não era minha intenção.

Não sabia porque tinha tanta necessidade de se explicar, mas queria que a moça soubesse que era importante. Que não queria aquela distância estranha que sentia entre eles agora.

— Acalme-se, Harry. Você não fez nada. Nem falou nada que me deixasse chateada.

O sorriso forçado foi ainda pior.

— Tudo em você mostra que está mentindo... Até mesmo esse seu mantra que usou como desculpa.

O disfarce sumiu aos poucos, dando lugar a um semblante sério. Hermione desviou o olhar.

— Você voltou com Gina?

— O quê?

— Você me ouviu.

— O que Gina tem a ver com isso?

— Não voltou, então.

O olhar duro que ela lhe lançou foi o bastante para fazê-lo confessar:

— Não. Eu e Gina não reatamos.

— Por quê? Era a oportunidade perfeita para isso.

— Era apenas um aniversário! Não era como se eu tivesse planos para ontem!

Hermione engoliu em seco.

“Ela tinha”.

— Então você está chateada por causa dela?

A morena evitou olhá-lo dessa vez.

“Estou”.

— Por que não a pede em namoro? O que está faltando para que fiquem juntos de uma vez?

Sentiu a boca secar com a resposta sincera de seu coração:

“Eu não sei”.

Hermione comprimiu os lábios, claramente desapontada.

Harry não se deu ao trabalho de falar mais nada. Soltou um longo suspiro antes de passar por ela e desaparatar assim que cruzou a porta da casa.

 


Passara em casa apenas para pegar algumas roupas. Não ficaria mais ali... Qualquer lugar no mundo era melhor do que aquele, impregnado com o cheiro dela.

Não sabia porque estava chateado, pois sequer brigara de verdade com a amiga. Mas aquela insistência em falar de Gina... Será que ela não percebia?

Pensando melhor, como Hermione poderia perceber algo que ele mesmo não entendia?

Gostava de Gina, e muito! Ainda ficava extasiado ao pensar no beijo que trocaram no dia anterior, mas... Não era da ruiva que sentia falta todos os dias, para conversar sobre qualquer banalidade que lhe viesse à cabeça... Não era com Gina que conseguia falar sobre a guerra, sobre o peso que ainda sentia pela falta de Fred, de Tonks, de Lupin... Não, jamais seria capaz de conversar com a Weasley sobre os horrores que presenciou no último ano. Disso ele tinha certeza.

Tudo com Hermione era mais simples.

Balançou a cabeça em negação, afastando os pensamentos. Estava na hora de tomar uma decisão.

 


Sentia vergonha de si ao olhar no espelho depois de sete dias n’A Toca. Não tomara atitude alguma... Passara uma semana praticamente evitando ficar à sós com Gina.

Por quê? Por que não conseguia pedi-la em namoro novamente?!

Soltou um suspiro. Estava cansado daquela batalha interna... Cansado de tanto tempo longe de Hermione.

— Você está me deixando entediado.

Gina mostrou a língua para o irmão. Os dois jogavam xadrez de bruxo no quarto do mais velho, com Harry apenas fingindo assistir a partida, igualmente ocioso.

“Não toque na comida. Tenha modos, Granger! Controle seu estômago”.

O moreno deu um pulo na cama, assustando os irmãos Weasley. A fome que sentiu era inacreditável – ele tinha almoçado há menos de meia hora

— O que deu em você?

— Vocês não ouviram? – Disfarçou com um sorriso simples. – Acho que ouvi a voz da Mione.

— Sério? Estamos no último andar! Acho que foi somente sua imaginação.

— Pode ser mesmo Hermione. – Gina deu de ombros. – Eu a convidei para passar o final de semana conosco.

— Mesmo?

“Você está aqui?”.

“Estou”. Foi capaz de ouvir uma risadinha dela.

Atrapalhou-se todo com o cobertor do amigo, pedindo desculpas enquanto passava por eles, afobado.

Por que estava com tanta pressa para vê-la, se ela provavelmente subiria em poucos minutos?

“Tempo demais para quem passou uma semana esperando”.

Desceu as escadas correndo, mal percebendo os irmãos o seguirem, curiosos. Parou a alguns degraus do térreo, subitamente fascinado com a visão de sua melhor amiga. Ela conversava alegremente com a Sra. Weasley sobre qualquer assunto que não ouvia. Cada movimento era captado por seus olhos.

“Mione...”.

Ela virou o rosto devagar, sorrindo timidamente ao vê-lo estático.

— Olá, Harry.

De repente, toda a angústia se foi. Todo o receio pela distância imposta por causa da última briga simplesmente desapareceu. Harry permitiu-se sorrir verdadeiramente pela primeira vez em dias, vencendo os poucos metros entre eles em passadas longas. Abraçou Hermione sem se importar com a conversa que a moça estava tendo com Molly – envolveu a cintura da jovem e a aproximou de si o máximo que podia, mergulhando o rosto no pescoço dela e aspirando seu doce perfume. Lavanda... Quase havia esquecido como era.

“Senti sua falta”.

— Muito, muito, muito! – A voz saíra abafada por conta dos cachos fofos que ajudavam a cobrir seu rosto.

— Que drama, Potter! – Ela fingiu brigar, se afastando devagar. – Nós nos vimos há poucos dias!

— Uma semana! Você costumava me visitar todos os dias!

“Você está exagerando, acalme-se”.

— Eu senti a sua falta, oras!

Ignorou o semblante encabulado e a abraçou de novo, alheio aos olhares confusos dos ruivos.

— Está com fome?

Hermione se afastou, fingindo surpresa.

— Como adivinhou?

 


Estranhou a demora de Rony, afinal ele dissera que apenas buscaria uma jarra com água. Aproveitou que estava realmente com sede e resolveu ir atrás do ruivo. Desceu devagar, a fim de não fazer barulho e acordar mais alguém na casa. Quando chegou ao térreo, conseguiu ouvir alguns sussurros. Estava prestes a subir novamente quando reconheceu a voz de Hermione:

— Que bom, Ronald. Fico feliz que tenha entendido.

Harry se encolheu na escada, esgueirando-se pela parede para poder visualizá-los melhor. Rony e a morena estavam no sofá, aparentemente tranquilos, lado a lado.

— Sim, eu me precipitei, e peço desculpas por isso. Aquele não era um momento apropriado.

— Exatamente.

— Mas agora é, certo?

Arregalou os olhos quando o rapaz a puxou para perto dele. Ficou bem óbvio para Harry o que os dois estavam fazendo ali, por isso desviou o rosto a tempo. Subiu as escadas o mais rápido possível, ao mesmo tempo em que tentava ser silencioso. Controlou-se para não bater a porta do quarto do amigo com força, confuso com a raiva que lhe tomava.

Rony e Hermione estavam namorando? Por que não lhe contaram? Ela mesmo não lhe confessara que nunca teria qualquer relacionamento amoroso com o Weasley?

Fechou as mãos com rigidez, respirando com dificuldade. O que era essa sensação horrível em seu peito?

Rony apareceu poucos minutos depois, o semblante sério e perdido. Deitou na cama sem sequer dar boa-noite e não demorou a dormir.

Diferente de Harry, que rolou na cama praticamente a noite inteira.

 

~*~

 

— Você estava com ciúmes?

— Não – respondeu tranquilamente. Hermione estreitou os olhos em sua direção. – Eu estava morrendo de ciúmes!

A mulher riu, roubando-lhe um beijo.

— Você ficou mesmo muito possessivo, senhor Potter.

— Você já era minha! – rebateu. – Não importa se já sabíamos disso ou não.

Ela riu novamente.

— Deixe-me adivinhar: foi por causa disso que você enfim resolveu reatar o namoro com Gina?

— Você é muito inteligente, senhora Potter. Há algo sobre mim que você não saiba?

— Talvez uma ou duas coisas – brincou.

Harry sorriu, abraçando-a novamente. Hesitou brevemente antes de continuar:

— Eu sabia que gostava de Gina, que a amava... Mas eu também sabia que era louco por você! Tentei esquecer dos beijos que trocamos e retomei o namoro com ela porque era absurda demais a ideia de me apaixonar pela minha melhor amiga.

— Vou tentar não me ofender com isso.

— Não brigue comigo, eu estava confuso, afinal. Gostava de Gina, mas preferia estar ao seu lado. Como poderia explicar isso para vocês duas?

 

~*~

 

Enfim em Hogwarts. Respirou fundo antes de levantar da cama para o seu primeiro dia de aula. Tomou uma ducha rápida, sorrindo para os quatro ventos. Desceu a tempo de reconhecer cabelos castanhos atravessando o quadro da Mulher Gorda. Correu para alcançá-la.

— Aceita companhia?

Harry riu do pulo que ela deu.

— Onde está Ronald? – falou, chateada por causa do susto.

— Não me esperou. Posso acompanhá-la?

— Já está fazendo isso.

— Estou tentando ser...

— Onde está sua namorada? – cortou-o, parando no meio do corredor.

— Não sei. – Riu. – Ela te contou, então.

— Tive a oportunidade de ser a primeira a saber. – O sarcasmo era claro em sua voz. – Antes dela gritar para o dormitório inteiro.

— Por que essa ironia toda? Não era você que queria que eu reatasse com Gina?

Hermione riu em deboche.

— Você é um cretino. – Ele levantou as sobrancelhas, surpreso. – Passou semanas indeciso sobre o que faria com Gina! Fugiu de minhas perguntas mais do que consigo me lembrar! E agora vai me dizer que está apaixonado por ela?

— Eu estou apaixonado por ela!

— Conta outra.

— Qual é o seu problema? Por que não acredita...?

— Porque eu conheço você, ok? Você não me parece o mesmo Harry de anos atrás, que sentia borboletas no estômago só de olhar para Gina! Parece estar com ela por puro capricho!

— Capricho?! Você faz alguma ideia do quão horrível foi esse tempo que estive longe dela? Da saudade que eu senti de tê-la perto de mim?

— Então por que não a pediu em namoro nas férias?!

— Porque...

— Harry...

Tomaram um susto ao perceber Gina a alguns metros deles, olhando para os dois assustada. Afastaram-se devagar, só então notando que praticamente gritavam a meio metro um do outro.

“Céus, o quanto ela ouviu?”.

— Mione... – Hermione ficou surpresa quando Gina se aproximou e perguntou cabisbaixa. – Você é contra nosso namoro?

— Claro que não, Gina! – Abraçou a garota sem hesitar, brincando ao apertar uma de suas bochechas. – Não seja tola. Por que eu seria contra?

— Vocês estavam brigando... Nunca os vi brigando desse jeito.

— Não seja boba. Eu apenas estava ameaçando Harry de morte caso não te faça feliz.

A brincadeira arrancou um sorrisinho da ruiva. Harry pegou na mão dela.

— Eu sempre torci por vocês dois, sabe disso. – Olhou profundamente para a Weasley. – Me faça um favor e não deixe esse rapaz escapar, ok? E, se ele fugir, me conte. Vou caçá-lo e queimá-lo numa fogueira!

— Certo. – Ela riu.

— Vou deixar os pombinhos à sós, então. – Deu as costas e acenou sem olhá-los. – Até mais tarde!

“Você mente muito bem para sua melhor amiga” ele retrucou.

“E você mente muito bem para si mesmo”.

 

~*~

 

— Foi então que eu me afastei – concluiu Hermione.

— Sim. Você descobriu que me amava. E acreditou que não era recíproco.

— E era?

— Ainda não.

A mulher se aconchegou nos braços do marido, sentindo-se adormecer.

— Eu o separei de Gina... Ainda não consigo acreditar que fui capaz disso.

— O quê? – ele falou surpreso. – Você não fez nada, Mione. Eu apenas descobri que você estava apaixonada e me separei dela.

— Não fiz diretamente, não é?

Harry a calou com um beijo.

— Não importa mais. Era com você que eu queria ficar. Só não tinha coragem de admitir para mim mesmo. Não até...

Hesitou.

— Até o quê?

— Até eu ficar enciumado novamente – confessou. – Quando você conheceu Will.

Hermione perdera o sono no mesmo instante, levantando e sentando à sua frente.

— Chega. Você não vai mais fugir desse assunto – ela decretou. – Quero que me fale agora quem é esse homem. E quem é Elizabeth!

Era chegada a hora, Harry pensou. Não poderia esconder aquele segredo por mais tempo... Não dela.

— Certo...

Por um instante, o moreno rezou.

Rezou para que Hermione não rejeitasse a história deles.

Não como ele mesmo fizera na época.

 


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Notas finais do capítulo

* Música "A Thousand Years", da Christina Perri.

~fugindo das pedradas~
Eu sei, eu sei, ainda não falei sobre o mistério do passado deles. Mas não passa do próximo capítulo, juro! ^^" Eu achava que entrava nesse, mas o capítulo já estava ficando muito grande, então deixei para o seguinte. xD É muita coisa... então para não entregar um capítulo de 10k de palavras, eu resolvi dividir, rsrs. ^^"

Pessoas do meu S2... Eu não sei se vocês sabem, mas também escrevo outra fic, mas de Naruto. Estava devendo capítulo novo para as duas fics, e é bem provável que até o fim da semana eu poste capítulo novo na outra. E então vou dar uma breve pausa nas duas até, mais ou menos, o fim de outubro. Estou participando de um desafio de songfics (também de Naruto), e gostaria de me dedicar integralmente a essa nova história. Assim que eu postar, retomo "normalmente" às duas histórias, ok? Só queria avisar para não deixar leitor preocupado/desesperado, achando que eu larguei as fics. Não vou largar, eu juro! Só preciso de um pequeno recesso, rsrs. ^^" Espero que entendam. ♥

Acho que é só isso. Espero que tenham gostado do capítulo!
Muito obrigada por tudo! ♥
Um beijão e até o próximo! =*



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