Conte Nossa História escrita por LilyMPHyuuga


Capítulo 14
Aproximação


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem resolveu aparecer nesse lindo dia... o/
Feliz Potterday, pessoas lindas! ♥‿♥
(Me escondendo dos gritos e pedradas pela demora)

Leitores de meu coração, mil perdões pela demora! Mais de dois meses, que vergonha... A faculdade foi terrível no último período, e para melhorar a situação, só tive duas semanas de férias! --" Até falei com uma leitora, pedindo desculpas pelo atraso e que faria o possível para terminar e postar o capítulo nesses 15 dias... Não deu... "Terminei" o capítulo na última madrugada, confesso... E preciso dizer que tiver que parar em um certo ponto, porque achei que estava ficando muito longo (10 páginas de Word!)... Estamos visitando a memória do Harry agora, mas eu tinha esquecido que são muitos detalhes! Então, para não ficar tão cansativo, fiquei revezando entre o passado e o presente nesse capítulo, ok? Se vocês não gostarem do estilo, me avisem, para que eu possa editar e/ou trabalhar só com o passado no próximo, ok?

Sem mais delongas, vamos ao capítulo! Lembrando que os trechos em itálico são lembranças ou pensamentos. Na parte em itálico, texto com a fonte comum são pensamentos.
Boa leitura! ♥



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— Os dias passavam rápidos demais quando estávamos juntos – ele falava enquanto brincava com os cachos macios. – Odiava a hora que você dizia que precisava voltar para casa. Eu tinha vontade de dizer que aquela era sua casa também, que seus pais não precisavam ficar preocupados, afinal eles sabiam que eu cuidaria muito bem da minha melhor amiga.

— Desde aquela época você já era possessivo assim? – Hermione estreitou os olhos em sua direção, fazendo-o rir.

— Eu tenho culpa de me apaixonar pela garota mais incrível que Hogwarts já viu? É claro que eu precisava marcar meu território!

A morena sorriu, abraçando-se ao marido novamente, aconchegados em frente à lareira.

— Você ainda não estava apaixonado. Não tente me enganar.

— É verdade. – Concordou. – Mas isso não quer dizer que eu não apreciava sua companhia... Foram as minhas melhores férias, sabe?

 

~*~

 

Ele não daria o braço a torcer. Não falaria uma palavra até ouvir um pedido de desculpas decente, em vez do tradicional:

— Como você é teimoso! – Insistia a garota. – Estava morto de saudades dos Weasley, mas prefere ficar com essa cara emburrada como se tivesse razão em ficar escondido! Eu não vou cair no seu joguinho, Potter!

Quase riu. Conseguiu disfarçar a tempo, fingindo tomar seu suco.

Quando Hermione o chamava pelo sobrenome é porque a batalha já estava perdida.

Para ela, no caso.

Ela soltou um longo suspiro.

— Ok, ok. – Ela ergueu as mãos em rendição. – Me desculpe. Eu devia tê-lo avisado. Mas eu sabia que diria não, então resolvi antecipar as coisas... Você não poderia evitá-los para sempre, Harry.

O rapaz engoliu em seco.

— Não fique chateado comigo. Eu fiz pensando que seria o melhor para você.

Para a surpresa do moreno, Hermione terminou seu café e se retirou.

— Aonde vai? – Tentou não se mostrar ansioso.

Hermione não respondeu. Harry prontamente ignorou sua comida e correu atrás dela.

— Mione?

Ele a alcançou na sala do andar de cima. A moça se esforçava para não chorar.

— Eu quero vê-lo feliz, ok? – soltou, magoada. – E sei que sua felicidade está com seus amigos e com a garota que gosta! Mesmo que não admita isso... Eu conheço você! Mais do que imagina!

Algo se agitou no peito do rapaz. Sequer pensou duas vezes antes de puxar a moça para seus braços, deixando que chorasse em seu ombro. “Droga!”, ele pensou. Quem tinha perdido a batalha fora ele.

— Obrigado – murmurou no ouvido dela. – Obrigado por trazê-los de volta para mim... Por trazê-la de volta para mim. – Ele engoliu em seco, tentando ignorar a própria vergonha. – Senti falta dela.

— Eu sei.

 

 

Ronald aparecera novamente. Quase não falaram muito, cada um perdido nos próprios pensamentos, mas saudosos da companhia do outro. Almoçaram em silêncio, rindo de Monstro perturbado com tamanha calmaria. Harry desconfiava que o elfo quebrara aqueles pratos antigos de propósito...

— Onde está a menina Granger? – resmungou. – Ela fala mais do que esse Weasley.

— Não seja mal-educado, Monstro! Rony é meu amigo também.

Jogaram xadrez bruxo por umas boas horas até que o ruivo resolvera ir ao banheiro enquanto Harry atendia a porta.

— Surpresa! – Hermione brincou, passando por ele com várias sacolas nos braços. – Sentiu minha falta?

O moreno riu, seguindo a moça pelos corredores. Tinha que confessar que estava adorando essa Hermione sorridente, brincalhona e mais espontânea. Um mundo parecia ter saído de suas costas, e ela não se envergonhava de mostrar isso.

— O que é isso?

— Comida. Monstro avisou que a despensa está quase vazia. Monstro! – A criatura aparecera no mesmo instante, como se Hermione fosse sua patroa. Harry poderia jurar que tinha visto um mínimo sorriso nele. – Guarde as compras para mim, por favor.

— Sim, senhora.

— Por que ele avisou a você, e não a mim, que a comida estava acabando?

— Porque eu perguntei, oras. Eu e ele vivemos nessa cozinha mais do que você.

— Harry, onde você está?

O moreno rapidamente percebeu os olhos arregalados da amiga.

— Afinal, o que há com vocês dois? Estou quase desejando que voltem a brigar!

Hermione deu um pequeno sorriso.

— Eu conto em outra oportunidade.

Falara bem a tempo, pois logo Rony apareceu na cozinha, demonstrando a mesma surpresa que a morena.

— H-Hermione?

— Boa tarde, Ronald.

— Ronald? – O moreno tentou ser discreto, sem sucesso. – Vocês brigaram?

— Claro que não, não seja bobo.

Porém, ao olhar para o rosto envergonhado do amigo, sabia que a outra não estava sendo sincera.

— E-Eu...

— Fique para o lanche, Ronald. – Harry notou o esforço que a jovem fazia para ser cordial. – Eu e Monstro vamos fazer uma torta.

Rony engoliu em seco.

— Não vai dar. Prometi que ajudaria papai com... umas coisas.

Hermione deu de ombros, dando as costas aos dois e rumando atrás do elfo doméstico.

— Você já vai mesmo? – Harry perguntou. – Ou só está fugindo?

— Ambos – O Weasley o surpreendeu com a resposta sincera. Ele fez o mesmo que a moça e saiu, falando que não precisava de companhia até a porta.

— Vocês brigaram, não é? – Harry encurralou a amiga assim que a encontrou. – Conte-me tudo.

Ela soltou um enorme suspiro antes de contar sobre o quase beijo na Câmara Secreta durante a guerra. Falou sobre os sentimentos de Rony e confirmou que não sentia o mesmo. O ruivo ficara chateado ao perceber que não era retribuído.

— Sério? – A moça confirmou. – Jurava que era apaixonada por ele.

— Não vai me dizer que achou isso porque vivíamos brigando...

Harry abriu um sorriso amarelo.

— Por Merlin, Potter! Eu brigava com Rony porque ele merecia! Não sinto nada romântico por aquela pedra!

— Não precisa exagerar – Riu.

— Você sabe que é verdade! – Ela batia numa massa com força. Harry não duvidou de suas palavras. – Ele raramente me trata bem! Como podem pensar que isso é amor? – O murro que ela dera assustou até Monstro. – O amor é gentil, companheiro, nos faz rir e sonhar! Eu só tenho vontade de quebrar meio mundo quando estou com aquele Weasley!

Harry abriu um pequeno sorriso. Por mais que imaginasse que um dia seus dois melhores amigos declarariam paixão um ao outro, estava mais feliz com aquele novo resultado... Não suportaria ver Hermione infeliz, mesmo que fosse ao lado do homem que mais confiava no mundo.

Sim... estava muito melhor assim, concluiu. Hermione encontraria alguém que a fizesse feliz todos os dias... Ela merecia, afinal. E Harry se certificaria de achar o homem perfeito para sua doce Mione.

           

 

Harry brincava de estufar a barriga, mostrando que estava satisfeito com a janta que ele mesmo fizera, fazendo-a rir.

A gargalhada da amiga entrara oficialmente para a lista de melhores sons que já ouvira.

— Você é um cavalheiro.

— Sou?

— É claro! Nunca encontrei maneira mais gentil de dizer que não gosta da minha comida do que “não precisa se incomodar em fazer as minhas refeições”.

Não conseguia parar de sorrir. Ultimamente era sempre assim quando estava com Hermione... Ela não o deixava ficar triste ou sozinho o suficiente para se sentir assim. Ela era a razão de seus sorrisos...

Deitados em sentidos opostos em sua cama e encarando o teto, Harry desejou que aquela união nunca acabasse. As mãos roçavam uma na outra, mas nenhum dos dois teve coragem para firmar o contato. Não se afastaram, no entanto. Apenas ficaram ali, na ansiedade pelo toque.

— Obrigado.

— Pelo quê? Não fiz o jantar hoje.

— Engraçadinha.

Hermione também sorria. Não podia ver, mas sentia. O ar ficava até mais leve quando ela estava feliz...

— Você tem sido incrível comigo. Eu... Eu não teria conseguido sozinho.

— Harry, nem comece. – A ameaça o calara por um instante. Ele engoliu em seco, decidido a externar aquilo que acelerava seu coração.

— Você esteve ao meu lado, Mione... Em todos os momentos. Principalmente no último ano.

— Harry...

— Apenas me escute, ok? – Ouviu o suspiro de rendição. – Mesmo quando duvidaram de mim... Mesmo quando eu a afastei por causa de bobagens... Nos melhores e piores momento, Mione... Você nunca saiu do meu lado, nunca deixou de me apoiar... Acho que nunca agradeci apropriadamente.

— Pare com isso! – ela brigou, e desta vez falara sério. Harry soube que era hora de obedecê-la. – Sabe porque fiz tudo o que fiz. Faria tudo de novo se precisasse. Não estou pedindo nada, nem mesmo agradecimentos, em troca.

— Não, eu não sei... – comentou depois de um longo silêncio, quase se entregando ao sono. – Por que fez tudo isso por mim?

Não recebeu resposta. Apenas sentiu a mão de Hermione agarrando a sua antes de adormecer.

 

~*~

 

— O que houve? – Hermione estranhou o repentino silêncio.

Harry respirou fundo, tentando controlar o riso.

— Foi nessa noite que você me beijou. Nosso primeiro beijo... E eu só soube depois que li seu diário!

— Não brigue comigo – ela disse com o melhor semblante de inocência que conseguiu. – Eu também não sabia.

O moreno a abraçou forte, soltando as risadas.

— Eu vou brigar tanto contigo quando recuperar a memória...! – falou docemente, arrancando uma gargalhada da esposa. – Pode ir se preparando.

— E se eu começar a me desculpar a partir de agora?

Ela o beijou de leve nos lábios. Quando se afastou, percebeu os olhos verdes brilhando em sua direção.

— Não se desculpe tanto... Trelawney tinha razão, sabe? Seu beijo despertou uma magia antiga... Foi por causa dele que descobrimos nossos poderes especiais.

 

~*~

 

Harry engoliu em seco quando viu o último Weasley com quem gostaria de encontrar.

— Olá, Harry.

— Olá – respondeu timidamente. Ficou longos segundos encarando o ruivo antes de perceber que o fitara tempo demais. – Entre, por favor. Fique à vontade.

Os dois rumaram para a cozinha, os sons dos passos ecoando pelos corredores.

— Não costumo ter visitas a essa hora, mas se quiser, posso pedir para Monstro preparar algo para você.

— Estou bem, obrigado. Já tomei café.

Sentaram de frente para o outro na mesa. Harry evitava o contato visual.

— Você não tem coragem de me olhar... Quer dizer, eu imaginava isso, mas no fundo não queria acreditar.

O moreno sentiu as mãos tremerem.

— Quem diria... Eu e meu irmão nunca pensamos que fosse um covarde.

Fechou os olhos. Não falou nada para se defender, pois sabia que há muito merecia ouvir aquelas palavras.

— Quando mamãe e Gina confirmaram que você não estava fugindo de nossa família, mas sim de mim, eu soube que precisava vir. Não queria, mas precisava.

Harry enfim encarou os olhos azuis de Jorge Weasley. A presença dura e fria de quem passara por uma guerra e perdera o irmão e melhor amigo estava ali, exceto nos olhos. Esses estavam vermelhos.

— Não acredito que pensa que é responsável pela morte de meu irmão! Eu devia enchê-lo de pancada só de imaginar algo assim!

— Jorge, eu...

— Cale-se! Você está sendo patético! Não foi você que causou aquela explosão! Não foi você que o matou! Como pode pensar que...

— Aquela guerra foi por minha causa! Cada morte, inclusive a de seu irmão, está nas minhas costas! Todos eram minha responsabilidade!

— Acho que você está se dando importância demais... Não estávamos lá por sua causa! Estávamos lá para fugir da tirania de Voldemort! Jamais deixaríamos tamanha responsabilidade nas mãos de um garoto de dezessete anos!

Harry engoliu uma resposta teimosa. Jorge não sabia das horcruxes... “E nem precisa saber”, concluiu.

— E ele estava lá atrás de mim – respondeu no lugar, mais tímido.

— E nós estaríamos onde ele estivesse, e não onde você estivesse! Combatíamos Voldemort e seus comensais! Perdoe-me se os outros o fizeram pensar que somos seus guarda-costas!

Jorge respirou fundo, deixando claro que não aguentava mais estar ali. Levantou-se e parou na porta, falando sobre o ombro:

— Você era uma bandeira, Harry. Um símbolo. Não o motivo daquela guerra... Saiba que todos que estavam ali lutavam por um mundo melhor, e não para salvar a sua pele.

Ele deu mais um passo, mas pensou melhor e continuou:

— Pare de se esconder. Meu irmão odiaria vê-lo assim! Fred era mais cabeça-quente, sabia? Ele com certeza iria lhe dar um soco na cara se estivesse em meu lugar.

Jorge soltou um suspiro, calando-se por um instante. Harry não ousou se mexer.

— Se está fugindo de mim achando que foi responsável pela morte de meu irmão... Posso deduzir que sequer visitou seu afilhado, não é?

Os olhos verdes arregalaram em resposta.

— Pois devia. Teddy é uma criança adorável! – O mais novo pode ver um sorriso sincero enfim surgir no rosto do Weasley. – Impossível distinguir se parece com a mãe ou com o pai... Ele ainda não sabe controlar as próprias transformações.

Jorge o encarou pela última vez:

— Gosto de pensar que ele se parece com Tonks... Ela nos divertia como ninguém! Fred a adorava! – Desviou o rosto, meio envergonhado com as próprias lembranças. – Ele me fez rir na última vez que o vi... Assim como ela...

Sem saber o que mais dizer, deu as costas e partiu.

Harry não fez questão de segui-lo.

 

 

— Harry Tiago Potter, abra essa porta imediatamente!

Ele respirou fundo, limpando o nariz com a manga da camisa.

— Não estou me sentindo bem, Hermione – mentiu. – Pode voltar outro dia?

— Seu mentiroso! Eu soube que Jorge esteve aqui! Abra essa porta de uma vez!

“Hoje não, Mione”, pensou sofrido, voltando a abraçar as pernas e esconder o rosto entre os joelhos. “Por favor, vá embora...”.

— Eu não vou embora coisa nenhuma! Abra essa porta ou eu...

Silêncio.

“Ou você o quê?”, debochou em pensamento. “Vai arrombar?”.

Foi exatamente o que Hermione fizera, assustando o garoto. Ela entrou no quarto com um semblante tão sério que Harry sentiu-se estremecer.

— Às vezes me esqueço da varinha, sabe? – Ela mostrou a sua, indiferente. – Mamãe e papai não me permitem usar certas magias lá em casa. “Se uma porta está trancada é porque há um bom motivo para ela estar trancada”, eles dizem.

— Deveria ouvir seus pais.

— Eles não estariam certos agora. Não havia motivos para essa porta estar trancada.

— Talvez eu quisesse ficar sozinho.

— Talvez estivesse fugindo.

— E se eu estivesse? – exaltou-se. – Qual seria o problema? O que você tem a ver com isso?

— Tudo.

— Tudo? – Ele riu, sarcástico.

— Tudo que venha de você me interessa. Achei que já soubesse.

Harry engoliu em seco, desviando o rosto. Mal percebeu a aproximação de Hermione, que sentou bem na sua frente na enorme cama.

— Quer conversar sobre o que houve?

— Não.

— E se eu insistir?

“Eu vou continuar sem responder”.

Hermione soltou uma pequena risada, e ele a olhou, curioso.

— Você é tão teimoso! – Ela sorria docemente. Nem parecia a bruxa com aura assassina que invadira o quarto. – E tão fácil de entender, Harry! Não consegue mesmo ver que estou ao seu lado? Eu sempre estarei ao seu lado.

“Eu sei...”.

Dessa vez a moça arregalou os olhos.

— O que foi? – perguntou confuso.

— Como fez isso?

— Isso o quê?

— Eu o ouvi dizer “eu sei”, mas sua boca estava fechada!

— Eu não disse nada – ficou ainda mais confuso. – Só pensei.

— Pensou? Eu não sei ler pensamentos, Harry!

“Mesmo?”.

Ela pôs as mãos sobre a boca, chocada.

“Você também pode me ouvir?”, a vozinha dela soou tímida em sua cabeça. Foi a vez do moreno deixar o queixo cair. A boca dela estava bem tampada, ele podia ver!

— P-Posso...

Hermione deu um grito. E correu, para bem longe dele.

“Não o quero em minha cabeça, Potter”, ele a ouviu pensar antes de sumir. O sorriso abrira sem que desse conta.

Estava conectado com Hermione! Como isso era possível?! Inacreditável, inexplicável, pensou. Um pouco inconveniente também, mas ele era razoável em Oclumência. Poderiam dar um jeito naquilo...

Ou não.

Talvez fosse uma boa oportunidade de conhecer ainda mais a garota sorridente que se revelara naquele verão...

— Hermione! – Ele pulou da cama, decidido a ir atrás dela. – Não seja boba, Mione! Podemos encontrar uma solução para isso!

Sentia que ela não tinha ido embora de verdade, então tratara de verificar as salas que quase nunca usavam... Seu palpite fora certeiro: a garota estava escondida atrás de um sofá no último andar.

Bastou um olhar para que pudesse ouvi-la novamente.

“Por favor, diga que isso não é real”.

O sorriso dele sumira ao perceber os olhos assustados.

— Mione...

Ela adivinhou seus pensamentos, rapidamente forçando uma música para a mente enquanto passava por ele, correndo.

Dessa vez, Harry sabia que ela tinha partido.

 

 

Bateu na, talvez, centésima porta naquela tarde. Não imaginava que existissem tantos Granger’s em Londres...

Por que diabos nunca perguntara onde a amiga morava?!

— Boa tarde – cumprimentou um senhor de meia-idade. – Aqui mora alguma Hermione?

— Sim, o que deseja?

Harry teve vontade de se ajoelhar e agradecer aos céus! Fez o possível para controlar o próprio desespero:

— Por favor, Sr. Granger, preciso muito falar com ela!

— Querido, quem é? – Ouviram uma voz doce se aproximando. Harry tomou um susto ao ver sua dona.

— Esse rapaz procura por Hermione.

A senhora ficou tão surpresa quanto ele ao vê-lo. E sorriu.

— Você é Harry Potter.

Não era uma pergunta. Apenas uma suave constatação. O homem arregalou os olhos por um instante, parecendo reconhecê-lo também.

— Sim, e a senhora é mãe de Mione... É extremamente parecida com ela!

— É o que todos dizem. – Sorriu amorosa, pegando-o pela mão e o arrastando para dentro. – Nossa Hermione puxou a mim quase completamente. Exceto pelos olhos... – Harry se impressionou com as írises azuis tão próximas. – Esses ela puxou do pai.

Nas poucas vezes que avistara os Granger, não reparara em tantos detalhes... As coincidências entre ele e a amiga eram assustadoras!

Por que ela nunca lhe contara algo assim?

— Hermione disse que ia visitá-lo, Harry. – A mulher ofereceu o sofá para que se sentasse. – Acho que vocês se desencontraram.

— Ou ela pode ter ido até os Weasley hoje – sugeriu o pai da moça, sentando numa poltrona próxima e resgatando o jornal lido pela metade.

— Não, ela me falou que iria visitar Harry. – Voltou seu olhar para o rapaz sentado ao seu lado. – Quer uma xícara de chá enquanto Hermione não volta?

— Ela não está mesmo aqui? – Não segurou o ar desapontado.

— Não, querido, mas não deve demorar a voltar. Ela só chega à noite quando está com você... Hermione sempre volta cedo de qualquer outro lugar.

O moreno sentiu algo estranho em seu peito ao ouvir aquelas palavras... Algo próximo ao orgulho e satisfação ao mesmo tempo.

— Sabe, Harry, há muito tempo eu quero falar com você! – Ela o tirou de seus pensamentos. – Acho que Hermione tem nos afastado de propósito.

— Co-Como assim?

— Você se incomodaria se eu fizesse algumas perguntas mais pessoais?

— Jane, por favor! Está assustando o garoto!

— Mas eu nem falei nada ainda!

— Mas já o ameaçou com um interrogatório! Esse papel deveria ser meu. – Bufou, voltando para a leitura.

A senhora Granger soltou uma pequena risadinha, gesticulando com a mão para que Harry ignorasse o outro.

— Você e a minha filha estão namorando?

 

~*~

— Minha mãe não fez isso!

— Fez.

— Não acredito!

Harry deu boas risadas com o rosto avermelhado da esposa.

— Ela também a encurralou, não foi? Pelo menos é o que está escrito no seu diário.

— Sim, mas... Merlin, eu nunca imaginei que ela perguntasse assim... tão diretamente! – Escondeu o rosto no peito dele. – Que vergonha...

— Se te deixa mais tranquila, eu também fiquei como você agora: sem saber aonde me esconder. – Ouviu a risadinha nervosa dela. – Respondi que éramos apenas amigos, “me lembrei” que tinha que fazer as compras do mês...

— E saiu correndo. Bom garoto.

Ele riu outra vez.

— Era muito cedo. Não tínhamos nada na época, mas parece que sexto sentido de mãe é infalível, afinal... Você já estava apaixonada.

Hermione lhe sorriu, ainda meio envergonhada.

 

~*~

 

“Harry?”.

Quase caiu da cadeira com o susto. Cuspiu o suco e olhou para a porta. Hermione estava lá, tão assustada quanto se lembrava.

— Mione...

“Ainda pode me ouvir, não é?”.

— Sim, eu posso, mas não fuja de novo, por favor! – falou rapidamente, correndo em sua direção e a apertando em seus braços. – Vamos dar um jeito nisso, não se preocupe. Vamos falar com McGonagall. Hogwarts sempre tem as respostas, não é?

— Por que isso está acontecendo?

— Eu não sei, mas vamos descobrir, ok? Olhe para mim. – Ela o fez, trêmula. – Não precisa se assustar, ok? Não vou fuçar seus segredos, ou coisa do tipo. Podemos aprender Oclumência... Vai nos ajudar enquanto não descobrimos como parar com os pensamentos, ok?

Ela confirmou tristemente, escondendo o rosto no peito dele.

“Eu estava com saudades”.

Harry sorriu.

“Eu também, Mione”.

 

 

— Há uma saída.

— O quê?

— Fiz o que você sugeriu. Fui até Hogwarts. E-Eu... Eu li alguns livros.

— Livros de quê?

— N-Não importa. O que interessa é que posso ter encontrado uma saída... Uma forma de quebrar essa ligação.

Harry soltou um suspiro.

“Ainda não vejo nada de mais nisso...”.

Hermione o olhou feio.

— Desculpe. Não consigo controlar, você sabe.

— Não posso permitir que leia meus pensamentos – decretou.

“O que tanto você esconde?”.

— Não importa! – ela repetiu, se chateando. – Vamos ao ponto.

Ela ficou vermelha de repente, desviando o olhar do dele.

— É uma solução embaraçosa...

“Um beijo”. Os olhos verdes se arregalaram.

— Um beijo? – gaguejou. – Na... na boca?

“É...”.

O moreno teve a sensação que corava. Hermione não estava muito diferente dele.

— Tem certeza disso? – ele perguntou cauteloso. – Quero dizer, é mais fácil ficar com os pensamentos, não?

— Não – ela respondeu rapidamente. – Eu posso fazer isso, eu só... não estou preparada.

Os dois ficaram em silêncio por algum tempo, e Harry ficou se perguntando se devia tomar a iniciativa. “Não precisa”, ela lhe respondera. “Apenas me deixe acostumar com a ideia”. O rapaz confirmou com a cabeça.

Hermione deu um passo em sua direção. Ele sentiu seu rosto esquentar, mas fechou logo os olhos, nervoso.

“Acalme-se, Potter!”, repetia em mente.

O toque dos lábios foi tímido, mas carinhoso. Harry ficou confuso com aquela contradição, e apertou mais seus lábios contra os dela. Sentiu-se incrível! Os lábios de Hermione eram tão macios, aconchegantes... O garoto nem notou quando passou seus braços pela cintura fina da amiga, enlaçando-a apaixonadamente. A respiração ficou descompassada, mas ele queria mais... “Meu Deus, Potter! Está beijando sua melhor amiga!”, sua mente o alertou, mas ele não lhe deu ouvidos. Queria aprofundar aquele beijo, sentir o gosto de Hermione. Ela, porém, se afastou sem aviso, o deixando atônito.

Hermione o olhava fixamente, curiosa.

— Funcionou?

“O que, exatamente?”, teve vontade de perguntar. Esperou que Hermione respondesse alguma coisa, mas ela ainda estava na mesma posição, a alguns passos dele. “Não pode mais me ouvir, Mione?”, perguntou tolamente. Ela não respondeu.

— Funcionou.

Hermione abriu um largo sorriso, correndo para dar um abraço no moreno.

— Que bom! – falou alegremente. – Bom, vamos jantar?

O rapaz forçou um sorriso, segurando a mão que a moça oferecia e seguindo-a até a cozinha, perguntando-se por que se sentia tão mal. Hermione não sentira nada com aquele beijo? Ou ela só estava fingindo? Tentou se convencer da segunda opção, mas era difícil de acreditar, pois já não era capaz de ler os pensamentos da outra.

 

 

— Foi um dia bom...

— Acho que você está mais gordo.

Ele riu, envergonhado. Estava há horas sendo mimado por uma carinhosa e extrovertida Jane Granger... Poderia jurar que a amiga ficara enciumada por ter que compartilhar a mãe por quase meio dia.

— Você podia aprender a cozinhar como ela – cutucou.

Hermione deu-lhe um tapinha no ombro.

— Você é horrível, Potter! – falava tentando controlar o sorriso, mas não conseguiu. – Ela sempre quis um segundo filho, sabe? – confidenciou. – Mas houve alguns problemas... Tiveram que se contentar comigo.

Sorriu para ela.

— Eu posso te dar um abraço? – A moça arqueou as sobrancelhas, surpresa, rapidamente desviando o olhar. – Ou vamos continuar fingindo que está tudo bem, mas a uma boa distância um do outro?

Ele engoliu em seco com as próprias palavras, mas sentia que precisava colocá-las para fora, ou enlouqueceria... Estava com o coração apertado de saudades!

— Harry, eu...

— Foi só um beijo, Mione... Para quebrar aquela conexão. Não vai se repetir, eu prometo!

O moreno estranhou o peito doer ainda mais.

A moça se aproximou, ainda sem olhá-lo, e o abraçou.

“Você faz alguma ideia do quanto eu sinto a sua falta, Potter?”.

Harry sorriu, aliviado – mesmo sabendo que não deveria se sentir assim. Segurou-a firme em seus braços, e não a soltou mesmo quando respondeu:

— Agora eu sei...

 

 

“Diga que estou ficando louca”. Ele riu.

— Está ficando louca.

Hermione agitou a varinha, exasperada. Um abajur quebrou próximo a eles, fazendo Harry dar um pulo no lugar.

— Ei, calma...

— Calma? Você me pede calma?! Só pode estar brincando!

Hermione soltou um gemido de sofrimento, aproximando-se dele e o empurrando para o lado para que pudesse sentar em um dos sofás da antiga Mansão Black. “Isso não pode estar acontecendo”, ela lamentava enquanto apoiava os braços nos joelhos e cobria o rosto com as mãos. “Sabia que não devia confiar naquela ideia estúpida!”.

— Vai ver nosso poder é mais forte que o “contrafeitiço”. – Ele sorriu, tentando acalmá-la.

— Não brinque com isso. Estou falando sério.

Harry respirou fundo antes de tomar coragem e sentar em frente a ela.

— Eu achei que não tinha se importado com nosso beijo... – Os olhos castanhos se arregalaram. – Mas você não para de pensar nisso...

Ela virou o rosto para o outro lado, emburrada e acanhada.

— Eu também vejo o seu ponto de vista, Potter! Com imagens nítidas!

Abriu um pequeno sorriso, fechando as mãos com força a fim de controlar o nervosismo.

— O que mais você vê?

A jovem se surpreendeu com a profundidade de sua voz. Hermione olhou atentamente para os olhos verdes. Nunca tinha prestado atenção... Tinham a tonalidade de esmeraldas.

— Esmeraldas? – ele perguntou sorridente.

— Você é um insensível, Potter!

— E você não respondeu minha pergunta.

Ela engoliu em seco, incapaz de olhá-lo.

— Talvez eu tenha medo de saber o que você pensa...

— Por quê?

— Oras, eu não sei! – falou nervosa. – Passamos sete anos sem saber dos pensamentos um do outro e éramos felizes do jeito que estava. Talvez eu não goste do que você pensa sobre mim.

Uma única lágrima caiu no rosto dela. Harry sentiu algo se agitar desconfortavelmente no peito. Odiava quando ela chorava... Sempre se sentia um inútil, incapaz de fazer feliz sua melhor amiga.

— Não pense assim! – ela falou firmemente, enxugando a bochecha – Eu só... Não sei, só não quero estragar nossa amizade com isso.

— Não vai – garantiu. – Nada nesse mundo me afastaria de você.

Hermione deu um sorrisinho tristonho. Harry sentiu uma súbita vontade de se aproximar um pouco mais, abraçar e consolar a garota à sua frente. E o fez, ajoelhando-se entre a mesinha de centro e o sofá, ficando quase na mesma altura que o rosto dela. Ela pareceu surpresa com a aproximação.

— Talvez – ele falou em tom divertido – você tenha entendido errado. – A garota fez uma careta de confusão. – Vai ver o livro falava em um beijo de verdade, e não em um selinho, como tivemos. E você então estará de consciência pesada à toa.

A intenção de Harry era fazê-la rir, ou brigar consigo no seu típico tom sabe-tudo. Esperava até receber outro tapinha no ombro com a fala... Só não esperava que ela levasse a sério sua brincadeira, pensando curiosamente:

“Será?”.

A garota pareceu notar seu semblante surpreso, pois logo riu nervosamente.

“Tolice, Hermione!”, ouviu-a pensar. “Foi só uma brincadeira. Harry não quer beijá-la!”.

“Eu quero, sim”, ele pensou inconscientemente. Hermione o olhou confusa, e Harry tratou de corrigir seus pensamentos:

— Quero dizer, eu tive vontade de beijá-la, lá no quarto... naquele dia. Mas você se afastou tão rápido, parecendo nem ligar para o que estava acontecendo entre a gente, e eu... Bom, eu notei que o importante para você era só se livrar de mim na sua cabeça, então não falei mais nada.

— Eu sou uma garota, ok? – ela falou quase indignada, cruzando os braços. Harry sorriu. – Não é como se eu saísse por aí beijando a torto e a direito. Ou que eu não dê a menor importância para quem eu beijo! Eu só achei que o que eu queria fosse o mesmo que você queria.

“Então você terminaria o beijo que me deu?”.

Harry corou com o próprio pensamento, mas não desviou o olhar do dela. A jovem bruxa corava também.

— Por que você quer me beijar? – perguntou timidamente.

“Eu poderia te dar um milhão de razões...”.

— Seu beijo mexeu comigo, Mione. Mais do que eu poderia imaginar, e desde lá eu mal consigo pensar em outra coisa. Sei que eu não deveria pensar esse tipo de coisa, você é minha amiga, mas...

Hesitou.

“Eu adoraria beijá-la de novo...”.

Harry tremeu com a seriedade no olhar de Hermione. Ela nem piscava, encarando seus olhos sem hesitação.

“Eu também gostaria de beijá-lo...”.

O moreno soltou o ar, sorrindo aliviado. Trêmulo, aproximou seu rosto do dela, que recuou, nervosa.

“Feche os olhos, Mione. Minha vez de pegá-la de surpresa”.

A garota deu um sorriso tímido, atendendo ao pedido. Harry notou que ela remexia as mãos nervosamente. Ele as segurou com carinho sobre o colo dela, olhando-a docemente. Nunca tinha notado o quanto era linda... Ela o surpreendera no Baile de Inverno, era bem verdade, mas ele nunca parara para admirá-la como agora, ou no dia-a-dia. Hermione era mandona, chata, sempre estressada com ele e com Rony porque atrasavam os deveres. Mas ela também era uma grande amiga, companheira, sempre disposta a ajudá-los, mesmo quando essa ajuda a colocava em encrencas junto com eles. Mais uma vez, sem controlar os pensamentos, Harry desejou de todo coração que a mulher perfeita para ele fosse exatamente como Hermione...

“Ainda posso ouvi-lo, sabia?”, ela pensou, corada. Harry sorriu bobamente, finalmente tomando coragem e encostando seus lábios nos dela. A mesma sensação de leveza e de pertencer àqueles lábios tomou conta dele novamente, e ele não ousou perder mais tempo, ansioso para provar o gosto de Hermione. Abriu a boca de leve, sentindo-a fazer o mesmo. Ambos soltaram gemidos de satisfação, e a jovem segurou o rosto de Harry com as mãos, puxando-o para mais perto e aprofundando o beijo.

 

~*~

 

Harry parou de falar, sorrindo bobamente, distraído.

— Eu devia filmá-lo. Esse seu rosto bobão está me deixando apaixonada.

Ele riu. Agitou a varinha e os pratos de seu jantar e de Hermione flutuaram até a pia, lavando-se sozinhos.

— Acho que estou falando demais, não é?

Hermione negou, mas ele a conhecia bem demais... Já era tarde, e ela estava acostumada a dormir mais cedo.

— É melhor irmos dormir. Ainda preciso ir ao Ministério amanhã.

— Só uma pergunta! – Ele cedeu. – Esses nossos pensamentos... O beijo não era a solução, não é?

— Não. A conexão sumia quando nos beijávamos, é verdade. Mas voltava quando a lembrança do beijo já não nos incomodava, ou ficava acomodada na mente. Com o tempo, eu já conseguia ouvi-la horas depois em minha cabeça.

— Com o tempo? – Confirmou. Hermione lhe sorriu, sapeca. – Quantas vezes nos beijamos depois disso, Sr. Potter?

Ele quase ficou constrangido.

— Algumas...

Puxou-a para o quarto, onde ela cedeu aos seus beijos e se entregou a ele mais uma vez.

Era um pouco diferente agora... Nos últimos anos, não eram os beijos que interrompiam suas conexões, e sim um contato mais íntimo, mais carnal... Como naquele momento. Hermione já estava quase adormecida em seus braços quando resolveu fazer uma última pergunta:

— Quando irá falar sobre William e Elizabeth?

Harry agradeceu mentalmente por ela não poder ouvir seus pensamentos, pois mal conseguiu refreá-los:

“Meu amor... Eu estou sempre falando sobre eles...”.

 


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Notas finais do capítulo

Então... É isso... ^^"
(Me escondendo das pedradas por causa desse final)

Pessoas lindas, mil perdões pela demora - parte 2. Não tive como controlar... =/
Não tenho previsão para postar o próximo capítulo, mas eu já comecei a escrevê-lo (se é que isso vale de alguma coisa, rsrs). ^^" Vou me esforçar para não demorar outros dois meses para postar! ^^"
Quero agradecer enormemente aos 81 que estão acompanhando e aos 12 que favoritaram a fic (seus lindos!)! *-* Meu muito obrigada também a Kiaend, Neilane Da Comceição, pahf, sakurita1544, Fremioneforever e Lerushe, por terem comentado no último capítulo! E Lerushe, seu lindo... Obrigada por ter comentado em todos os capítulos, mesmo com atraso! Não tem problema, viu? Eu amei cada um deles! ♥
Muito obrigada pelo apoio, gente! Muito obrigada pelo carinho! Muito obrigada por tudo, inclusive pela paciência... Vocês são um amor só! ♥‿♥

Qualquer erro ou incoerência, por favor, me avisem, para que eu possa arrumar. =)
Até o próximo capítulo! =*



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