Conte Nossa História escrita por LilyMPHyuuga


Capítulo 13
Rua dos Alfeneiros, nº 4


Notas iniciais do capítulo

Bu! Capítulo surpresa no meio da madrugada! *-*
Meus leitores do coração, mil desculpas pela demora! Não queria ter levado tanto tempo, mas não tive como controlar. A faculdade tá me deixando louca! Só podia escrever e revisar o capítulo durante as madrugadas, mas tinha dias que eu só conseguia chegar em casa e dormir, pra começar a loucura logo cedo...
Mas enfim! Espero que ainda tenha gente por aqui, rsrs. ^^" Agradecimentos especiais a sakurita1544, Leh, Kylie, Aliyce e Fremioneforever pelos comentários do último capítulo! O apoio de vocês é incrível, muito obrigada! ♥

Nesse capítulo começaremos a ver as lembranças de Harry. Ele começando a contar a contar a história... (Eu ouvi um "amém"? o/)
Capítulo completo pelo ponto de vista do Harry. Os trechos em itálico são lembranças. Espero que gostem. =)

Boa leitura! ♥



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Harry acenou com a varinha, fazendo os pratos sujos levitarem até a cozinha. Ele os seguiu, com Hermione bem segura em seus braços. Colocou-a no chão quando estavam na sala e, com mais um gesto da varinha, afastou a mesinha de centro e ligou o aparelho de som numa melodia suave. Puxou a mulher para mais perto.

— Você aprendeu a dançar! – Constatou animada.

— Era isso ou o divórcio.

— Que esposa dura você tem – ela riu antes de se impressionar com os passos bem executados.

— Qualquer coisa para vê-la feliz.

O tom era sério, mas Hermione notou sua paixão. Harry sentiu, no olhar intenso que recebeu, que o questionário começaria em instantes.

— Quando foi que se apaixonou por mim?

— Alguns meses depois de você.

— O meu diário não diz exatamente quando. Foi um choque ler que estávamos bem em um dia, nos beijamos em outro...

— Você me beijou – corrigiu.

— E de repente estávamos casando!

— Sou um homem de atitude.

— E eu sou uma adolescente de dezoito anos no corpo de sua esposa – replicou. – Seja mais específico. Quero detalhes!

— Os detalhes ocorreram em meio ano. Tem certeza de que quer ouvir tudo?

— Sim. E não se esqueça de William e Elizabeth. Ainda não sei quem são.

Harry soltou um suspiro.

— Eu soube de Will e Lizzie bem depois de você. Você irá ouvir nossa história sob o meu ponto de vista.

— Lizzie?

Ele riu com suas sobrancelhas erguidas. Ela só prestara atenção no apelido...

— Não fique enciumada. Eu fiquei um bom tempo de castigo depois que você soube de Will! Achei que estava namorando com ele.

— E quem é Will? – Insistiu. Harry sorriu outra vez, prevendo o susto dela.

— Will é o homem por quem você se apaixonou aos dezoito anos.

Hermione se afastou depressa. Ele ainda a ouviu pensar em buscar a varinha.

Talvez tivesse exagerado na brincadeira...

— Volte aqui, eu ainda não terminei – tentou trazê-la de volta, mas ela relutou, sentindo-se mais segura a alguns passos de distância.

— Diga-me de uma vez: quem é William?

— Há poucos minutos você me pediu detalhes.

— Posso ter mudado de ideia.

— Você pode me ouvir contando tudo também. Will e Lizzie vão aparecer, gostando ou não.

Hermione ainda pensou em várias perguntas antes de ceder e voltar para os braços do marido.

— Antes de começar – sussurrou no ouvido dela – preciso pedir uma coisa.

O silêncio foi como uma confirmação.

— Preciso que você escute tudo primeiro. E só depois fale... Depois que terminar, você pode gritar, me bater, me azarar, qualquer coisa. Pode fazer isso por mim?

Ela confirmou com a cabeça, engolindo em seco.

— Ótimo. Por onde eu começo?

— Pelo fim da guerra – respondeu de imediato, surpreendendo-o. – Diga-me porque sumiu sem falar nada para ninguém, e o porquê de ter se escondido na Rua dos Alfeneiros.

— Você sabe o porquê.

— Mas quero ouvi-lo dizer.

Harry beijou a bochecha dela, lenta e carinhosamente. A morena fechou os olhos com o contato.

— Eu me enganei – murmurou, hesitante. – Preciso que faça outra coisa por mim também.

— O que quiser...

Harry pousou seus lábios sobre os dela, fazendo um enorme esforço para se controlar e não a beijar profundamente.

— Preciso que se lembre que eu amo você – os olhos castanhos o miraram, apaixonados. – Sempre amei, mesmo descobrindo isso um longo tempo depois. Você é a mulher da minha vida, Mione.

— E você o homem da minha, Harry.

— Pode se lembrar disso também quando eu terminar de contar tudo?

— São muitas coisas para lembrar, Sr. Potter.

— Vou considerar isso como um “sim”.

Hermione sorriu, puxando-o de uma vez para que a beijasse.

 

~*~

 

Olhar os túmulos novamente lhe fez perder as forças, mesmo sabendo que precisava vê-los. Merecia, até. Seriam um lembrete eterno de todas as suas escolhas, boas e ruins.

Respirou fundo e tomou uma decisão. Voltou ao castelo, sem se incomodar em ser silencioso. A maioria dos alunos já tinha partido para suas casas, e os poucos que restaram se escondiam nos salões comunais (ansiosos para irem embora também) ou na quase destruída ala hospitalar, se recuperando física e mentalmente da batalha acontecida há menos de dois dias. Tomou o caminho para a Casa vermelha e dourada, ali sim tomando cuidado com seus passos. Nada poderia denunciá-lo...

— Onde esteve?

Ele praguejaria se não soubesse da bronca que levaria por não responder ao tom de voz preocupado.

— Por aí.

Não foi uma boa escolha de palavras. Pôde perceber isso nos olhos castanhos e na careta de insatisfação.

— Foi ao cemitério novamente?

Como ela poderia saber tanto sobre ele?!

— Eu...

— Harry, não se isole assim! Fale comigo. Eu sou sua amiga, posso ajudá-lo.

— Não preciso de ajuda.

Ela ignorou seu tom ríspido e deu alguns passos devagar, indecisa quanto à aproximação.

— Você está se culpando pelo que aconteceu, não é? Pois não devia! Você não tem culpa de nada, e eu...

— Tudo bem, Hermione, chega – interrompeu, impaciente. – Eu vou me deitar um pouco.

— Harry...

— Depois, Hermione.

Deixou-a sozinha no salão comunal, subindo as escadas depressa. Apenas Rony se encontrava no dormitório, e roncava alto.

“Melhor assim”, pensou o moreno, caminhando em direção aos poucos pertences arrumados na cama mais distante. “Me perdoe, Mione, mas eu preciso fazer isso”.

E desaparatou.

 

 

Os lábios tremeram quando os avistou. Eles descarregavam os pertences do carro, as várias caixas sendo levadas aos poucos para a casinha tão familiar.

Duda o viu primeiro, estancando no lugar. Não demorou até que os pais do loiro notassem seu estado, olhando na mesma direção que o filho. A mulher, no entanto, se recuperou mais facilmente do susto, acenando para que ele se aproximasse. Harry se sentiu com onze anos novamente, quando bastava um gesto da tia para que obedecesse, meio prevenido, meio amedrontado.

— Um bruxo veio nos avisar sobre o que aconteceu – falou sem rodeios. – É verdade? Ele está morto?

Confirmou com a cabeça. Harry viu o alívio preencher aqueles olhos verdes* parecidos com os seus.

— Se precisar de um lugar para ficar, não se acanhe. Minhas portas estão abertas para você.

— E-Eu...

— Não faço ideia pelo que passou – cortou firmemente. – Mas não sou nenhuma boba. Nem cega. Posso ver seu estado... Recomponha-se. Recupere-se. Depois conversamos a respeito.

Balançou a cabeça outra vez, um nó se formando na garganta. Não tinha palavras para responder, e percebendo isso, Petúnia lhe deu as costas, pegando uma das caixas e entrando em sua casa.

— Hã... – Pigarreou tio Valter – Obrigado... Moleque.

Ele fez o mesmo que a esposa, sumindo depressa para dentro da habitação.

Ao voltar-se para Duda, percebeu que o primo lhe direcionava um sorriso pequeno e ansioso.

— Seja bem-vindo de volta, Harry.

Aceitou a mão que lhe era oferecida, sem acreditar em tudo que estava acontecendo.

— Obrigado...

A voz quase não saiu. Engoliu em seco e jogou a mochila aos pés da escada, ajudando os tios com as caixas. Quando tudo estava dentro, os mais velhos decidiram descansar após a longa viagem e arrumar tudo apenas no dia seguinte.

Harry tirou o lençol branco que cobria sua cama, jogando-se ali e encarando o teto.

Não queria pensar neles, mas bastava ficar sozinho para que os rostos sem vida invadissem sua mente. Fred, Remo, Ninfadora, e até mesmo Lilá e Snape... Mal tivera coragem de olhar no rosto dos familiares durante o velório e o enterro.

Pensou em Gina, Rony e Hermione. Já teriam notado sua ausência? Duvidava, mesmo com uma tola esperança em seu coração. Tratou de ignorar os pensamentos, virando-se para o lado e dormindo quase instantaneamente.

Passou os três dias seguintes calado, apenas ajudando com a faxina e a organização da casa. Tia Petúnia até tentou uma nova decoração, mas acabou desistindo ao notar que sentia falta da casa do jeitinho que foi por tantos anos. Ao término, ela liberou Harry para que ficasse em seu quarto pelo tempo que quisesse.

Só então o moreno descobriu que suas coisas ainda continuavam ali, arrumadas em um canto, do mesmo modo que deixara há quase um ano. Respirou fundo, colocando o lençol branco de volta sobre os objetos.

Não queria lembrar...

Deitou na cama, os olhos novamente fixos no teto. Aceitou o convite da tia porque saberia que ali seria o último lugar em que pensariam em procurá-lo.

E ele estava certo.

Ficou escondido por quase um mês.

 

 

Acordou assustado. Algo pesado caiu em cima de si. Num reflexo não tão rápido, ele puxou a varinha da mesinha de cabeceira e apontou para a pessoa, erguendo-se e, por estar na ponta da cama, virou e acabou derrubando-os.

— Quem é você? Está querendo morrer? – Perguntou nervoso, antes de acender uma luz na ponta da varinha e direcioná-la para o pescoço do agressor. O semblante emocionado de sua melhor amiga apareceu na escuridão do quarto, e ele ficou sem chão. – Hermione?

A voz saíra completamente diferente, quase falha. Saiu de cima dela no segundo seguinte, caindo sentado ao seu lado. Não conseguiu desviar o rosto daqueles olhos cor-de-mel marejados. Os seus ficaram no mesmo estado.

— Mione, eu...

Ela não o deixou terminar. Deu um tapa em seu braço, magoada. Depois, contraditória, pulou em seu colo, puxando-o para um abraço.

— Não faça mais isso – murmurou entre lágrimas. – Nunca mais faça isso novamente. Eu não irei perdoá-lo.

Confirmou com a cabeça levemente, passando os braços ao redor do corpo pequeno. Ela parecia mais magra que o costume, e ele, tolo, rezou para que não fosse por sua causa. Lágrimas caíram ao sentir o cheiro tão familiar dos cachos macios roçando seu rosto, e ele mergulhou no ombro da moça, consolando e sendo consolado. Não importava o tempo, Hermione sempre estaria ali para resgatá-lo, mesmo que fosse dele mesmo.

E isso acalmava o coração de Harry de uma forma inexplicável para o rapaz.

— Eu senti tanto a sua falta – ela falou baixinho quando se afastou. – Por que está fugindo de todos?

— Eu...

— Por que é sempre tão teimoso? – Ela não o deixou responder – Eu sou sua amiga! Eu preciso de você perto de mim! Não posso viver sem você, Harry...

— Mione, eu...

— Por que veio para cá? De todos os lugares? Essa não é sua casa, Harry. Esse não é seu lar. Esse lugar não tem nada a ver com o nosso mundo...

— Exatamente.

Hermione arregalou os olhos em compreensão.

— Tudo o que eu precisava era não lembrar do meu mundo. Do nosso mundo.

— Harry... – Ele agarrou firme a mão que acariciava a sua – Não foi sua culpa... Por favor, você tem que acreditar nisso!

— Eu não consigo.

A morena se aproximou novamente, enxugando o rosto dele, que nem percebera que ainda chorava.

— Não consigo me esquecer dos rostos deles... Das famílias deles...

A garota se jogou em seus braços outra vez, procurando ser o apoio que ele precisava. Ele sentiu a moça chorar baixinho em seu ombro também, e a apertou mais no abraço.

— Não é sua culpa – repetiu, tentando soar firme. – Nunca foi sua culpa.

— Não tenho como acreditar no contrário.

Hermione afastou-se, fungando uma última vez e limpando o rosto com força. Castanhos miraram os verdes, os últimos levemente receosos com a firmeza no olhar.

— Pois eu vou convencê-lo – falou decidida. – Ou eu não me chamo Hermione Granger.

 

 

— A escola reabrirá? – Duda perguntou genuinamente interessado.

— Não sabemos – respondeu uma Hermione sem-graça. – Ainda é cedo para pensar nisso.

— Tem razão – o loiro confirmou, meio envergonhado por ter esquecido que passaram por uma guerra, enfim colocando o último prato sobre a mesa. – Me desculpe, eu só... Fiquei curioso. Gostaria de saber como é lá.

— Por que isso agora, Duda?

Valter fez o possível para não soar tão irritado quanto parecia. O filho nem ligou, dando de ombros. Harry, por outro lado, se esforçou para esconder o riso e o fato de Duda ter lhe feito milhares de perguntas sobre o mundo bruxo desde que o moreno voltara à Rua dos Alfeneiros.

— A comida está pronta – Petúnia anunciou, indiferente. Harry e Duda entenderam o recado, saindo de perto de Hermione e indo até a cozinha para buscar o jantar. O garoto mais velho arrumou a mesa, enquanto o outro servia a todos. – Peço desculpas pela simplicidade, senhorita...?

— Granger, senhora.

— Peço desculpas, senhorita Granger. Não esperávamos visita.

— Não tem problema, Sra. Dursley. Mesmo.

Petúnia olhou para um Harry pasmo.

— O que foi, garoto? Sirva logo! Estamos com fome.

— C-Certo. Desculpe.

Era assustador ver a tia pedindo desculpas por alguma coisa, principalmente a uma pessoa a quem, até pouco tempo atrás, considerava “de outro mundo”. Ver Hermione sorridente, apesar de ainda envergonhada, deixava o garoto ainda mais tonto.

— Por que demoraram tanto a vir atrás do garoto?

— Valter! – Ralhou a mulher – Que grosseria!

— Não quero ser grosso. Mas é de impressionar que, sendo tão famoso, ninguém tenha vindo visitá-lo por quase um mês.

Petúnia iria brigar novamente, mas Hermione ergueu a mão, pedindo a fala.

— Não tem problema, eu posso responder – olhou firme para o homem de estranhos bigodes. – Não vim antes, Sr. Dursley, porque fui atrás de meus pais na Austrália. Eu lancei sobre eles um feitiço de memória muito poderoso antes de sair de casa no ano passado, fazendo com que esquecessem que tinham uma filha sendo procurada por um bruxo das trevas. Mas eu precisava fazer isso, o senhor entende? Por eles e por Harry... – Ela tomou um gole de suco e respirou fundo antes de continuar – Eu os encontrei depois de alguns dias em Sidnei. Eles tinham acabado de se casar novamente e estavam em lua-de-mel. O feitiço para reverter a memória foi complicado e exaustivo, e eu passei alguns dias de cama, para me recuperar. Só então pude vir atrás de Harry.

— Mas não imaginava encontrá-lo aqui – completou Duda, indeciso entre a tristeza e o encanto pela história.

— Exatamente. Estava há quase duas semanas procurando.

Ela enfim olhou para Harry, que sentiu o rosto queimar com o sorriso amoroso e os olhos brilhantes.

— Até que enfim eu o encontrei!

 

 

A cama era pequena para Duda, e apenas por isso fora doada para Harry. Mesmo agora com quase dezoito anos, a cama de solteiro – feita especialmente para o tamanho do primo – ainda era grande para ele. Por isso nem ele e nem Hermione se incomodaram em dormir juntos.

— É quase uma cama de casal – ela comentou depois que contou sobre a história do móvel.

Ele concordou, dando de ombros. Deu uma espiada de canto de olho na garota, antes dela jogar-se na cama e se esconder debaixo do único lençol – também grande demais para os dois. Hermione fora precavida, e levara roupas de dormir em sua jornada para encontrá-lo. Um ano atrás de Horcruxes a deixaram experiente, afinal. Procurá-lo deveria ter sido moleza...

— Seus tios estão quase simpáticos.

— É por causa de Duda. Ele é mestre em contornar os pais – ele deitou ao lado dela, olhando para cima, sem encarar a amiga. – Deve ter mencionado que você é nascida trouxa, ou algo do tipo.

— E como ele saberia disso?

— Porque eu contei.

— Mesmo? – Confirmou.

— Ele veio aqui nos primeiros dias, tentando conversar. Aos poucos ele conseguiu me fazer falar.

— Duda não tem os anos de experiência que eu tenho...

Harry riu de sua exaltação, voltando o rosto para ela. Hermione deitara-se de lado, atenta a cada movimento dele. O sorriso sumira devagar.

— Por que veio atrás de mim, Hermione?

— Porque você é um idiota – a frase na ponta da língua o surpreendeu. – Porque, mesmo depois de anos, você ainda esquece que sou sua amiga.

— Eu não esqueci – falou depois de um tempo mirando os olhos castanhos. – Eu sabia que você vinha. Só não sabia quando.

— E por que todo esse esforço em se esconder? Por que negar ajuda?

— Não preciso de ajuda.

— Então estava escondido aqui porque estava com saudade dos tios?

Desviou o olhar, nervoso. Não queria brigar com ela... Estava tão feliz por Hermione tê-lo procurado!

— Harry, eu não faço ideia do que passou pela sua cabeça quando acordou descansado depois da guerra... Eu só posso imaginar como está se sentindo. Mas ficar longe da gente não é a melhor solução. Cortar os laços, ignorar nossas cartas, não responder ao chamado de ninguém... Harry, isso não vai trazê-los de volta.

Sentiu os olhos encherem-se d'água, mas controlou o máximo que pode. Virou o rosto para o outro lado, para que ela não o visse chorar novamente. Um arrepio percorreu seu corpo quando a sentiu se aproximar, apoiando a cabeça sobre o ombro dele.

— Eu vim atrás de você porque eu o amo... Porque conheço essa sua mania horrível de se isolar quando está sofrendo!

Sua mão encontrou com a dela por debaixo do lençol, e ele a agarrou forte.

— Eu sei que dói, Harry, mas vai passar. Prometo que vai. Desde que fiquemos juntos.

Sua resistência acabou ali. Virou-se de lado também, passando seu braço por debaixo do pescoço de Hermione e a puxando para um abraço. Beijou a testa com ternura, a dúvida de merecer aquele carinho novamente o cercando.

 

~*~

 

Harry soltou um suspiro.

— Então você me convenceu a voltar para o Largo Grimmauld. Me ajudou com a faxina e ficamos nos vendo quase todos os dias naquelas férias.

Hermione notou seu nervosismo.

— Foi inevitável – continuou. – A nossa aproximação, eu digo. Nos víamos sempre, e quando não acontecia, ou eu morria de saudades ou dava um jeitinho de ir lhe visitar... E foi então que começou...

— O que começou?

Os olhos verdes a fitaram seriamente, buscando qualquer sinal de receio. Como não encontraram, o semblante do moreno relaxou, e ele soltou um sorriso travesso.

— O despertar de nossos poderes. A nossa “conexão”, como você gostou de chamar.


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Notas finais do capítulo

* Os olhos verdes da tia Petúnia, se não me falhe a memória, não são descritos nos livros, então eu tomei a liberdade de lhe dar olhos esmeraldas também.

Não sei se alguém vai se incomodar, então vou logo falar sobre os Dursley. Eu poderia ter seguido a história sem eles? Poderia. Fácil. Tem muita gente que não gosta deles, e eu estou inclusa nesse grupo. Mas eu senti a necessidade (lá no fundo do meu coração) de colocar um verdadeiro ponto final na relação do Harry com os tios e primo. No livro Harry se choca, durante a despedida, com Duda, percebendo o quanto ele mudou. E no filme, na cena extra (para quem não viu, eu super-recomendo!), Petúnia falando sobre a irmã antes de ir embora foi de partir o coração! Eu precisava de um fim verdadeiro, entendem? Duda e Harry podem ser amigos a partir de agora (ou não), e tia Petúnia enfim se livrou do homem que matou sua irmã... É um final bom para todos. Eu precisava de um "final feliz", mesmo para a "família" que "acolheu" o Harry. =)

Bom... Mais uma vez peço desculpas pela demora. E vou logo começando a pedir desculpas pelo próximo capítulo também, que não tem data para vir. Não está completo, então ainda preciso escrever um bom pedaço dele e revisar algumas vezes antes de me sentir segura para publicar. Espero que entendam. Não quero postar qualquer coisa para vocês.
O capítulo foi pequeno, eu sei. Mas preferi entregar assim, com esse gancho no final, para deixá-los curiosos e não desistirem da fic. ^^"

Muito obrigada por tudo! Até o próximo capítulo! =* ♥