Conte Nossa História escrita por LilyMPHyuuga


Capítulo 11
O Diário - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Olá! Sentiram minha falta? *-*
Acho que não, mas eu trouxe um capítulo novo mesmo assim. xD
Chegamos ao fim do diário, e estou ansiosa pela reação de vocês! Não vou nem me dar ao trabalho de esconder, rsrs. Quero teorias! Todas, inclusive as mais malucas. Quero ver quem chega perto da verdade... =D
Agradecimentos especiais a Leh, sakurita1544, pahf, FlaPotechi, Fremioneforever, Amelina Lestrange e Lerushe pelos comentários! Já falei que vocês são um amor só, né? Me deixam toda boba! ♥
Terminei o capítulo na sexta, mas só hoje pude postar. Fiquei dodói... (Só avisando para os ansiosos que esperavam o capítulo ontem ^^")
Capítulo ainda do ponto de vista da Hermione.

Boa leitura! ♥



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Hermione teve a impressão de que a anotação de Harry servia mais como um aviso do que como uma declaração. Sentiu um aperto no peito, decidindo deixar o diário de lado mais uma vez.

“Uma válvula de escape”, ela e Harry comentaram. Escape de quê? Pesadelos, como afirmara? Seria o suficiente para assustá-la? Ou será que, de alguma forma, pressentia os tempos difíceis?

“Improvável”, negou a si mesma. Não previa o futuro, não tinha como saber o que a aguardava...

Mas então o que a levara a comprar um diário e começar a escrever nele?

Se não obtivesse essa resposta até o final dele, Harry não escaparia dessa pergunta. Ele com certeza deveria saber, já que leu tudo e afirmara que a história escrita ali estava incompleta.

Pelo menos queria acreditar que sim.

 

 

— Quando o tio Harry volta da Alemanha?

— Vai depender do trabalho, querido – ela se aproximou do menino como quem conta um segredo. – Mas cá entre nós... Eu acho que ele volta depois de amanhã.

— É?

Os olhos castanhos de Ted brilharam, animados. Hermione acenou com a cabeça e pôs o indicador sobre os lábios, pedindo para ele guardar a informação para si. O garotinho cruzou os indicadores sobre a boca e os beijou, guardando promessa antes de voltar a brincar com Mingau.

— Estava pensando em comprar um gato para ele – a morena falou para Andrômeda. – O que acha?

— Deixe-me vê-lo com Mingau primeiro. Ninfadora tinha alergia a pelo de gato.

— Sério?

A Sra. Tonks confirmou, dando de ombros. Sentou ao lado dela.

— E então? Como está a cabeça?

Hermione esperou Teddy tomar uma distância segura antes de falar:

— A cabeça não dói – confessou timidamente. – Não me lembrar das crianças é o que machuca.

— Não há nenhum tratamento?

— Ainda não encontrei nenhum. Liguei para alguns médicos trouxas, mas não achei alguém com experiência suficiente quando se trata de amnésia. Uma recomendação aqui e ali foi o máximo que consegui.

— Mas Harry está lhe ajudando, não está?

— Sim, e muito! Ele foi tão cuidadoso!

Andrômeda sorriu com seu rosto vermelho.

— Não preciso lhe dizer que Harry morre de amores por você, não é? – Riu a mulher – Tenho certeza que ele fez questão de mostrar isso todos os dias.

— Todos os dias.

— Espero que se lembre de seu casamento! – A senhora comentou empolgada – Foi o mais lindo que presenciei!

— Eu encontrei o álbum há algumas semanas.

— E o que achou?

— Achei meu vestido fabuloso! – Comentou impressionada. Andrômeda caiu na gargalhada. – Sem contar que Harry fica particularmente lindo de terno!

 

           

Hermione estranhou ao abrir o diário na página seguinte ao aviso de Harry. Não haviam mais datas – ela se certificou disso ao folhear as páginas seguintes.

“Agora parece mais seguro”, pensou melhor. Os dias poderiam entregá-la caso o caderno parasse em mãos erradas.

Não que acreditasse que ele pararia em mãos erradas, aliás. Era cuidadosa demais para isso...

Não o suficiente para suprimir os nomes, no entanto.


“O aniversário dele se aproxima...
Hora de virar o feitiço contra o feiticeiro.”


“Vejo imagens mais nítidas em sua mente agora. Não mais apenas frases soltas, ou imagens borradas. Quase vi uma lembrança inteira dele com o padrinho, antes dele perceber que eu o olhava atentamente. Sorriu para mim e me ameaçou com um beijo.
Eu lhe mostrei a língua.
Já tenho o que precisava.”


“Ele gostou dos presentes (já tinha me decidido por um antes de resolver dar outro também). Uma coruja será bastante útil, apesar de ainda estar arrependida por escolher uma tão parecida com Edwiges... Com o nome de Ellen.
Foi uma surpresa para nós dois quando descobrimos uma nova conexão.
Senti o pesar e a saudade da antiga coruja, e a sensação veio mais forte quando lhe entreguei uma foto de Sirius e Tiago que encontrei durante a faxina da nova Mansão Potter... Senti o esforço que ele fez para não chorar na frente de todos, e do coração batendo acelerado no peito quando me puxou para um abraço! Ele escondeu o rosto nos meus cabelos e murmurou um sentido agradecimento. Senti a garganta secar. Quase chorei também, e então ele percebeu... Sorriu para mim e me disse em pensamento que estava ansioso para descobrir mais sobre nossos poderes.
Eu me senti enrubescer.
Principalmente depois que ele se afastou e recebeu um beijo de Gina.
Todos ficaram surpresos e bateram palmas. Todos menos eu, óbvio.
Eu voltei para casa.”


“Harry está chateado comigo por ter saído sem me despedir de sua festa. Inventei um mal-estar, mas a desculpa não funcionou.
Tudo bem. Terei alguns dias de paz até ele aparecer arrependido e vir pedir conselhos para o possível namoro.”


“Durou menos que o esperado. Uma semana, para ser exato.
Recebi uma carta de Gina, pedindo para passar o fim de semana n’A Toca. Falei com meus pais, arrumei uma pequena mochila e garanti que estaria de volta na noite de domingo – na manhã de segunda, no mais tardar.
Eu o encontrei lá. Iria fingir normalidade, mas acho que não deu tempo dele me ouvir. Correu em minha direção assim que me viu entrar, me abraçando forte e falando tanto em pensamento quanto em voz alta que estava com saudades. Repliquei, envergonhada, que já passamos mais tempo sem nos ver, mas ele deu de ombros, me abraçando outra vez. Uma incrível paz se apossou de mim, e foi somente horas mais tarde que percebi que não era minha...”

 

“Você teve uma semana de paz. Eu tive uma semana de aflição!”

Sorriu. Harry era muito intenso!


“Gina veio me perguntar o motivo daquela cena de ‘reencontro’. Ela não acreditou quando disse que não o via desde o aniversário dele.
Era só o que faltava para piorar a situação: Gina enciumada por minha causa!”


“Rony veio falar comigo depois do jantar. Estava envergonhado e pediu desculpas por ter agido de modo infantil e me ignorado nas últimas semanas. Eu aceitei, e achei que ficaria tudo bem a partir dali.
Até que ele sorriu, pegou na minha mão e me puxou para um beijo.
Eu me afastei prontamente, mais do que contrariada! Ele não ouviu nada do que eu lhe disse na Câmara Secreta?! Rony me implorou para aceitar ser sua namorada, porque me ama e acha que fazemos um belo casal. Acho que meu semblante chocado foi o suficiente dessa vez: ele enfim percebeu que não sou apaixonada por ele.”

 

Hermione sorriu novamente, dessa vez por causa do ciúme de Harry.

“Jurava que vocês tinham se beijado. Presenciei a conversa de vocês até o momento em que ele a puxou para os braços dele. Eu quase tive um ataque! Antes de fazer uma besteira, resolvi subir e fingir que não tinha visto nada. Eu devia ter desconfiado do rosto de Rony quando subiu... Estava mais desligado que o normal.”


“Ele desconfia de algo. Sabe que há um novo sentimento dentro de mim, mas não sabe o que é ou para quem está direcionado... Estou em apuros!
Foi difícil fugir de sua desconfiança, e a minha ideia não foi das melhores: perguntei quando ele pretendia pedir Gina em namoro. Aleguei que li seus pensamentos em segredo, enquanto ele pensava nela. Mesmo desconfiado, apenas me respondeu um ‘logo’. Não me disse o porquê de não ser agora, mas eu também aprendi a pegá-lo desprevenido...
Harry ainda pensa no beijo que me deu em seu quarto, ao me acordar, com a desculpa de que tinha um novo segredo. Agora eu sei que nunca houve um...”

 

Riu com a simples frase:

“Foi um beijo excelente, eu preciso ressaltar isso.”


“O retorno a Hogwarts trouxe, ao mesmo tempo, alívio e desespero.
Não, não é por causa dos N.I.E.M.’s. Antes fosse...
Eu o amo.
Tive que ler um livro para entender, acreditar e aceitar... Que Merlin me ajude, pois estou apaixonada e não sei se quero descobrir se é recíproco.”


“Um namoro reatado... Eu devia estar feliz por isso, não devia? Eles são meus amigos, e claramente estão felizes com a situação...
Então por que dói tanto vê-los juntos?
Eu disse a ela que estava contente pelos dois, que sabia que iriam acabar juntos, cedo ou tarde. Graças a Merlin por ela não ler meus pensamentos, ou não me conhecer o suficiente para saber quando estou mentindo! Disse tudo isso e lhe dei as costas. Procurei McGonagall e enfim aceitei o quarto de monitora-chefe.
Não posso mais compartilhar o mesmo quarto que ela. Não consigo ver a expressão de felicidade sempre que ela menciona Harry Potter. Não quero vê-la pulando de alegria por enfim ser a namorada oficial de Harry Potter. Céus, até em casamento ela já falou!
O quarto de monitora-chefe é amplo, arejado e silencioso. Descobri que ele não escuta meus pensamentos quando estamos separados por essa porta. O feitiço de proteção é muito bom e seguro. Eficiente. Preciso descobrir qual é... Não posso fugir para cá sempre que o encontrar. Eu preciso estudar, afinal!
Tudo seria tão mais simples se eu soubesse controlar minhas emoções perto dele!
Foi muito fácil mentir para Gina.
Eu briguei com ele no meio do corredor depois que soube... E quase chorei na sua frente. De novo.
Ele está mais desconfiado do que nunca...”

 

Harry e Gina ainda chegaram a namorar depois que ela se descobriu apaixonada? Por Merlin, era pior do que esperava!

Sabia que provavelmente ela e Harry não namoraram logo que começaram o ano letivo, mas tinha esperanças de que se declararia para ele antes de qualquer situação embaraçosa envolvendo a Weasley! “Que confusão!”, pensou aflita. Estivera à distância, vendo Harry e Gina felizes com o namoro reatado...

“Merlin, será que eu os separei?”, o choque veio logo em seguida. Acreditava que não, pois jamais seria capaz de prejudicar a felicidade de sua amiga. Não enquanto pudesse evitar, pelo menos.


“Gina está preocupada comigo. Está me achando distante. Ela, que nunca chora, estava aos prantos na minha frente porque achou que estava perdendo a melhor amiga, que tinha feito alguma coisa para me chatear...
Como posso explicar que a culpa não é dela, e sim minha, da melhor amiga que está apaixonada pelo namorado dela?
Não posso ficar perto deles, da felicidade que esbanjam aos quatro ventos! Não sou do tipo que inventa náuseas com o excesso de cuidado que só o início de um namoro proporciona, não... Eu sinto dores fortes no peito, a respiração pesa, e sou obrigada a me afastar para conseguir voltar ao normal. É desesperador às vezes... Em apenas uma ocasião precisei de ajuda para ir à ala hospitalar. Uma pena ter estado tão zonza... Queria agradecer à boa alma que me levou até lá.
Nessas horas odeio minha curiosidade. Podia fazer como Harry, que nunca tocou num só livro para descobrir sobre nossos poderes. Mas não... Eu fucei cada centímetro daquela biblioteca, e achei o que procurava.
E agora estou aqui, sozinha, sofrendo por algo que deveria me fazer feliz.
Gina saiu daqui há pouco, ainda chorosa e sem se convencer que não estou me distanciando porque ela me chateou, e sim porque quero dar privacidade aos dois, além de precisar estudar – nem uma criança acreditaria nas bobagens que eu disse.
Céus, eu só espero que ela esteja guardando esses pensamentos só para ela! Já está sendo bem difícil essa distância, esse muro invisível entre nós três. Não preciso que Harry saiba que Gina está magoada por minha causa, e venha tirar satisfações comigo.”

 

Hermione apertou o diário junto ao peito, nervosa e com os lábios trêmulos depois de ler mais uma nota de Harry. Estava com medo do que vinha pela frente...

“Você não estava enganando ninguém. Todos notavam você se distanciando, não apenas Gina. Não preciso dizer que não foi somente ela que sofreu com sua ausência, não é? Eu estava para morrer de preocupação!”


“Passei a noite na ala hospitalar. Não me lembro de como fui parar lá, apenas de ter voltado para o meu quarto depois de mais uma enxaqueca e uma tontura fortíssima. Algum colega me aparou na entrada do salão comunal e me ajudou a chegar ao quarto. Agradeci e entrei. Mal me lembro de trocar de roupa e deitar na cama. Simplesmente apaguei.
O rosto preocupado de Harry foi a primeira coisa que vi ao acordar. Ele me contou que me sentiu passando mal, invadiu meu quarto e me levou até Madame Pomfrey. Disse também que eu chamava insistentemente por um ‘Will’. Fiz o possível para não demonstrar a surpresa que sentia, lhe dizendo várias vezes que não conhecia nenhum Will. Mandei-o de volta ao salão comunal e fiquei quase a madrugada inteira acordada, organizando minhas novas (e ao mesmo tempo não tão novas) lembranças.
A sensação é esmagadora! Muito mais forte do que ler um livro.
No entanto, vê-lo pela manhã, bem cedinho, enquanto eu fugia da ala hospitalar, fez o meu coração bater tão forte, mas de um jeito tão bom...! Não consigo explicar. Acho que é o suficiente dizer que o sorriso dele, se gabando por ser uma péssima influência para mim, me fez ganhar o dia.”

 

Hermione leu apenas a primeira frase da anotação seguinte. “Ele descobriu que me apaixonei por ele”. Fechou o diário e manteve-se distante por mais algumas horas. Preparou o seu jantar e o de Mingau e sentou-se à mesa, mal sentindo o gosto da comida.

Não lembrava de nada sobre o que escrevera, mesmo lendo mais de uma vez cada página.

E, mesmo assim, o aperto no peito continuava, como se fosse familiar.

O passado machucava, mesmo quando não se recordava sobre ele.

 

 

O dia seguinte amanheceu chuvoso, incentivando-a a ficar na cama por mais algumas horas. Encolheu-se sob o cobertor, sorrindo ao ver Mingau escondido entre os travesseiros. Ele soltou um bocejo antes de se espreguiçar e andar até ela, lambendo seu rosto e miando por atenção.

— Você é a criatura mais dengosa da face da Terra!

Puxou o felino para um abraço apertado e o beijou várias vezes. Ele não reclamou, e miou satisfeito quando ela o levou até a cozinha e deixou seu leite morno na tigela.

— Eu também amo você!

Preparou o próprio café e comeu rápido. Pretendia terminar de ler o diário naquele mesmo dia, gostando ou não do que ia descobrir. Harry talvez chegasse no dia seguinte, e ela queria estar mais ou menos a par da situação antes de pedir, mais uma vez, para que ele lhe contasse tudo com seus devidos detalhes.

Ela merecia saber, afinal.


“Ele descobriu que me apaixonei por ele. Terminou o namoro por minha causa.
Mas também não fiquei feliz com isso... Ele me confessou que ainda a ama.
Acho que a sensação é ainda pior do que quando descobri sobre o namoro dos dois. Fico imaginando se eu tivesse feito algo, armado um plano, ou algo assim... Fico pensando se estaria pior do que agora. Ao menos o término estaria justificado.
Mas não está. E ele apenas diz que não pode continuar me fazendo sofrer, que sou importante demais...
O rosto magoado de Gina permanece tanto em minha mente quanto na dele.
Como posso sonhar em ficar com ele algum dia, depois dessa decisão tão errada que tomou?”


“Ele viu o livro em minha mente. Desconfia de respostas (antes tarde do que nunca).
Preciso aprender Oclumência urgente! Um bom oclumente também é um bom legilimens, não é? Não tenho certeza, mas não importa.
Não posso deixar que ele coloque as mãos naquele livro.
Harry pode nunca reatar com Gina caso isso aconteça.”

 

Hermione espantou-se, enfim juntando algumas informações.

Ela descobrira o que ocasionava a ligação com Harry! Por que deixara o assunto de lado tão rápido?!

A situação com Harry e Gina devia estar perturbadora para que se lembrassem de tal...


“Harry sabe de tudo. Ou quase... O principal ele descobriu.
Nunca o vi daquele jeito. O garoto que cresceu comigo grita, esperneia e rebate argumentos sem hesitação! O homem que eu vi hoje é frio e insensível. Me disse coisas horríveis... Disse que me apaixonei por uma história, e não por ele, e que estava amargamente arrependido de ter terminado o namoro com a garota que realmente amava.
Eu o esbofeteei, sem pensar duas vezes. Ele pediu para que eu me afastasse, para sempre. Eu concordei. Vou realizar o desejo de meu ex-melhor amigo até o fim de nossos dias.
Ainda não será nessa vida, afinal.”

 

Eles brigaram. E feio, pelo que parecia. Seria disso que Harry estava com medo de contar? Uma briga? Ou a sucessão de várias?

“Que bobagem!”, pensou. Eles sempre discutiam quando não entravam em acordo. Não era nada de outro mundo.

— Ainda não será nessa vida... – Leu – Que dramático!

Não deu importância, mesmo com o coração apertado ao reler que a discussão resultara em um tapa.

Os feitiços eram mais o seu gênero. Nunca agredira ninguém com as próprias mãos antes.

Exceto Draco Malfoy. Mas ele merecera, na época.


“Ele tentou uma aproximação hoje. Uma pena que ele se esqueça que sou uma boa aluna, e aprendi com o melhor a arte da frieza.
Só precisei de uma aula.”


“Estou no jardim, aos pés de uma árvore. Ele sentou do lado oposto. Quase posso ouvir sua respiração...
Vou rabiscar qualquer coisa aqui, para que ele pense que estou ocupada e que vá embora.
Não consigo perdoá-lo.”


“Ele me seguiu quando resolvi entrar no castelo. Não disse nada. Apenas manteve-se a uma distância segura durante boa parte do caminho. Quando fechei a porta do meu quarto de monitora na cara dele, eu ouvi sua voz bem baixa:
‘Me perdoe’, ele pediu num lamento.
E eu respondi um audível e sincero ‘suma daqui’.”

 

Orgulho. Frieza.

Quem era aquela Hermione Granger?

O que Harry poderia ter lhe falado para magoá-la tanto?

O que ele teria descoberto para dizer algo que a machucasse?


“Estou ficando boa em Oclumência. Quase ri de sua expressão frustrada ao descobrir que não era mais capaz de me ler!
Ele não pediu distância? Então por que aquele ar de tristeza, de quem foi abandonado?
Ele quem pediu por isso, não eu.”

 

Deixou o caderno fechado por mais alguns minutos, receosa. Não se reconhecia naquelas palavras. Nunca abandonara Harry, por nenhum motivo que fosse! Até quando o garoto pensava o contrário, ela sempre provava que era apenas o excesso de cuidado que sempre teve pelo menino-que-sobreviveu.

Nunca passara tanto tempo longe dele, e ela ficou se perguntando sobre os dias descritos no diário, e da solidão que deve tê-la assolado nos dias em que ficara distante do melhor amigo.

Ela não tinha prometido, páginas atrás, que sempre seria sua melhor amiga? Que o amor que sentia por ele só perdia para o amor que sentia pelos pais? O que pode ter resultado numa mudança tão drástica?

Balançou a cabeça em negação. Nada mudara. Ela provavelmente ainda o amava, mesmo com o orgulho idiota. A pergunta certa seria: o que aconteceu para que a amizade fosse deixada de lado?


“Fui pega em um momento de fraqueza. Agora sim ele sabe de tudo...
Rony me confrontou na biblioteca hoje. Disse que estou sengo egoísta e insensível. Certo. Como se ele fosse a pessoa mais equilibrada do mundo...
Depois de rebater todos os seus argumentos e esconder meu choque por ele saber que estou apaixonada, falei para que ele chamasse Harry – eu iria esclarecer as coisas de uma vez por todas.
Mostrei-lhe uma foto de Elizabeth. Mostrei uma foto de outro homem e lhe disse que aquele era William. Contei a história inteira, deixando bem claro um certo detalhe: era por Will que estava apaixonada, e somente por ele.
Não soube o que aqueles olhos demonstravam.
Ele ficou calado, com os olhos fixos em ‘William’ até o momento em que fui embora da biblioteca.”

 

Quem era Elizabeth? Quem era William?

E por que essa não era a primeira vez que se perguntava sobre essa mulher?

E o que esses dois tinham a ver com ela, Hermione, e Harry?


“O Espelho de Ojesed é maior do que eu imaginava... E mais poderoso também.
Me rendi aos braços de Harry depois que vi o desejo desesperado de meu coração...
Eu devia estar me remoendo por saber o que se passa dentro de mim. Ou pior, por ele saber o que desejo de todo coração!
Não mais. Cansei de lutar contra mim mesma.
Agora vou lutar pelo que realmente quero.
E o que eu quero é Harry perto de mim, seja como for.”

 

Cada vez mais perguntas surgiam em sua mente, e ela soltou um suspiro, cansada. Esperava respostas ao abrir o diário, e não mais dúvidas...

“Quem era Will?” era a pergunta mais frequente, seguida pela “Eu estava apaixonada por William ou por Harry?”.


“Mostrei a ele algumas lembranças. Apenas algumas, para que ele não se assustasse. Eu mesma entrei em pânico quando me lembrei da maioria...
O surpreendente foi ele querendo se lembrar também...”


“Finalmente eu e Rony nos acertamos. Mal posso acreditar que eu, ele e Harry estamos andando juntos de novo! Parece um sonho!
Por Merlin, eu não quero acordar!”


“Natal com os Weasley’s.
Estou na torcida para que Harry e Gina se acertem de uma vez. Apenas isso falta para tudo voltar a ficar perfeito.”

 

Voltar a ficar perfeito? Ela chegara a esse ponto de ilusão? Fingir que não sentia nada por Harry e torcer para que ele ficasse com outra? Sem sequer lutar por seus próprios sentimentos?

“Você desistiu de mim uma vez. Quando achou que eu amava Gina”, a voz de Harry surgiu de repente, causando-lhe um baque.

Ela realmente desistira dele...


“Fugi dele. Novamente.
Eu sou uma covarde, afinal. Minha Casa original tem uma águia em seu brasão, e não um leão... Essa vida está mais bagunçada do que as outras. E parece que minhas soluções são cada vez mais limitadas.
Droga, estávamos indo tão bem! Nossa amizade estava voltando aos eixos (principalmente depois de nossa conversa na Sala Precisa), Rony e Gina passaram a andar mais conosco, resolvemos passar o Natal n’A Toca... Todos estavam aqui no dia de Natal, foi tudo perfeito!
Até eu adormecer no sofá e ter um sonho esquisito com Harry. Não sei como, mas ele soube de meu sonho, mesmo eu tendo escondido bem em minha mente. Ele ficou meio estranho depois disso, e até tentou disfarçar. Uma pena eu conhecê-lo bem mais do que ele sabe...
E cá estou eu, em Hogwarts, bem escondida de Harry e dos Weasley. Principalmente de Harry, é claro. Não suportaria vê-lo novamente depois de beijá-lo tão tranquilamente na cozinha dos Weasley... Por sorte, ninguém nos viu.
Foi uma confusão de minha mente. Quase um déjà-vu. Eu o confundi com Will...
Droga! Espero que Gina tenha recebido minha carta e arrume minhas coisas. Não quero...”


“Não completei meu pensamento da última vez. Ele me encontrou em Hogwarts.
E lembrou de tudo. Meu Will...
Nós nos casamos noite passada, em Godric’s Hollow. É um registro trouxa, mas ele fez questão de tê-lo. Brincou comigo ao dizer que agora não tenho mais como fugir dele.
Acho que estou nas nuvens.
Amá-lo e ser amada por ele é ainda melhor do que eu me lembrava.”

 

Ela se casara com William?!

E Harry? Céus, ela não estava apaixonada por Harry?


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? =D
Alguém tem alguma teoria sobre o passado deles? xD

Pessoinhas, minha vida maluca ainda não parecia maluca o suficiente, então iniciei uma nova fic. ^^" Não, não é sobre Harry Potter, e sim sobre Naruto. Aos interessados, o nome dela é "Meu Eu Depois Dela".
Mas esse não é o ponto. O ponto é que resolvi intercalar os finais de semana para postar cada fic. Nesse estou postando HP, no próximo vou postar na outra fic, e assim por diante. Nada muito diferente do que eu fazia antes, mas agora é quase um fato de que vou postar aqui somente a cada dois finais de semana. Espero que não se incomodem...

Acho que é só por hoje. =)
Um beijo estalado e até o próximo capítulo! ♥



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