O Garoto do Coturno Azul. escrita por JPoseidon


Capítulo 9
Chapter 9 - Mistakes Have to Be Forgiven.


Notas iniciais do capítulo

MEU POVO DE JESUS CRISTO VOCÊS NÃO SABEM O QUE ME ACONTECEU! ~deixa eu respirar... Pronto.

Eu finalmente acabei de me atualizar em The Vampire Diaries, após um mês que fiz minha promessa para mim mesmo de sair da metade da quarta temporada e acabar tudo antes do último episódio ser lançado, e eu CONSEGUI! E tem mais, comecei a ver Good Witch (Oh série boa ♥) e estou sem aula essa semana toda, isso quer dizer que até domingo sai o último capítulo da história de Rebel. POIS É CRIANÇAS, JÁ É O PENÚLTIMO CAPÍTULO! ♥ - ♥ #Chão

Continuando, esse capítulo está bem passado/presente, alternando muito e com mais revelações do passado, porque sim, vocês vão entender. Só quero lhes dizer que estou muito feliz por essa história e por eu ter conseguido mantê-la parcialmente bem atualizada sem muitas demoras e sem nem completar cinco meses. :')

Por fim, aproveitem a história e nos vemos no último capítulo, onde responderei todos os comentários que já me foram dados ♥

Ps.: Abaixo é a Judith ♥



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Chapter 9 - Mistakes Have to Be Forgiven.

Três dias, cinco horas e cinquenta seis minutos depois... (Atualmente) 

—Podem ir indo, eu vou fazer uma ligação. - Notifiquei meus pais e os vi seguirem para o portão após a primeira chamada para nosso voo. Então desviei meu olhar do portão e foquei no meu celular, respirando fundo e soltando o ar com força, já digitando o número de quem eu já sentia saudades. 

"Alô, quem gostaria?" - Escutei aquela voz e senti o calor subir da minha espinha para o rosto. - "Alô?". 

"Luke, aqui é o Rebel." - Falei e o escutei suspirar, enquanto o silêncio parecia dominar tudo ao meu redor, tentando achar qualquer indício de fala iminente... Mas ele não iria falar. - "Desculpa ligar, só estou o fazendo para te informar que estou voltando e irei passar aí para retirar minhas coisas.". 

"Sem problemas. Algo mais?" - A rapidez com que ele queria desligar a chamada fez meu coração se sentir esmagado. Soltei o ar da boca e o respondi. 

"Desculpa por tudo, eu não queria ter escondido isso. Hoje eu teria feito aquela merda diferente e contado para você." - Falei e senti uma lágrima cair e tirei o celular do ouvido, desligando-o. Sequei a lágrima e peguei minha mochila e coloquei-a nas costas e então me dirigi para o portão que daria direção até o avião, preparado para tudo que viria e que eu iria concertar. 

Dois dias, vinte e uma horas e quatorze minutos antes... 

Abri os olhos e encarei o teto, respirando fundo e lembrando do sonho que acabara de ter: eu e Luke sentados um do lado do outro no cinema enquanto nossos amigos riam ao nosso lado da cena do filme, nossas mãos dadas e a música do filme encantando mais o ambiente. Eu o olhando e vendo ele um pouco envergonhado com dois garotos na nossa frente olhando nossas mãos dadas e sorrindo com os olhinhos brilhando. Mordi o lábio inferior e fui para o banheiro, tirando minha roupa e jogando-a na cesta. 

Liguei o chuveiro e entrei debaixo da água quente, sentindo meu corpo relaxando. Meu celular apitou sobre a tampa da privada e eu o peguei, aproveitando que era a prova d'água para poder ler a mensagem de Lily, que dizia que eu e Luke tínhamos que resolver nossos problemas, porque aquela conversa durante sua despedida não foi uma conversa, foi uma merda de despedida. Ri com o modo agressivo de quando ela estava com saudades e mandei um áudio explicando que eu daria um jeito nisso e tudo ficaria bem assim que eu voltasse. Hoje eu iria aproveitar meu tempo com meus pais e depois iria falar com Lily. 

Atualmente 

Coloquei meus fones e sorri para meus pais que já dormiam havia uma hora. E então a música medley de Shape of You e No Scrubs de BTWN US tocou, me fazendo entrar em desligamento, ficando inerte ao ambiente ao meu redor. Hoje teríamos uma viagem de seis horas e então descansaríamos e de noite, eu iria para meu leilão, não sem antes resolver algumas coisas. 

Liguei a tela do meu celular e abri a Netflix, indo para os episódios de séries baixados, onde escolhi Shadowhunters para assistir, e depois eu iria começar Bates Motel. 

Dois dias e vinte e cinco minutos antes... 

Olhei para o quarto do vizinho da casa ao lado através da janela, sentando na cama e deixando-me me afundar no silêncio. A luz no outro quarto era mínima, somente um amarelo inundando um quarto, e num instante, um homem entrou no quarto, saindo do que aparentava ser o banheiro, somente enrolado numa toalha branca. Engoli em seco e desviei o olhar a tempo de o ver olhar para mim e rir com a atitude. Algo naquele ser me revelava que eu o conhecia. 

O vi colocar uma cueca, virado de costas para mim, e em seguida uma bermuda. Então ele virou-se de novo e me encarou, deixando meu corpo rosa pelo calor repentino. 

—Rebel...?! - Ele perguntou, sorrindo. 

—Sim...? - Ele riu e se aproximou da janela, obviamente, já aberta. 

—Sou eu, o Ryan, lembra? - Ele disse e então pareceu que meu cérebro tivesse explodido em memórias. 

—MEU DEUS! - Quase gritei, sorrindo e correndo para a janela. - Você ainda é vizinho dos meus pais? 

—Sim, e você aparentemente voltou de Nova York. - Ele disse, o sorriso galanteador e encantador surgiu, me fazendo rir. 

—Temporariamente, mas sim, estou de volta. - Falei, vendo-o assentir. 

—Vem cá em casa. - Ele falou e eu assenti, pedindo um minuto e me dirigindo para a porta do meu quarto, abrindo e indo em direção da escada. 

Para vocês que estão se perguntando, Ryan foi meu melhor amigo, inimigo e primeiro namorado. E eu não fazia a menor ideia de que ele estava, literalmente, na casa ao lado, ainda. Sorri com as lembranças do que havia vivido com aquele filho da mãe. E então abri a porta da minha casa e olhei para o lado, vendo-o sentado no pequeno lance de escada para a porta principal da sua casa. 

—'Jura?' - Citei a primeira frase de quando brigamos pela primeira vez, no primeiro ano do Ensino Médio. 

—'Por que você é tão irritante?' - Ele terminou a sentença e eu ri. 

—Eu não acredito nisso, você continua aqui. - Falei, e sentei ao seu lado, abraçando-o. 

—Já meus pais, estão viajando por aí. - Ele disse e sorriu olhando para meus olhos. - Que saudades eu estava de você. Faz mais de um ano. 

—É. Eu também estava com saudade. - Falei e o senti passar o braço esquerdo pelos meus ombros, me puxando para ele, e então eu senti meus ombros relaxarem, calmos como nunca. 

—Que bom que estava com saudades de mim também, seria decepcionante você não estar. - Ele falou brincando e eu ri, apoiando minha cabeça no seu peito. - Você lembra que foi exatamente aqui onde te pedi em namoro? 

—Sim, é impossível esquecer meu inimigo. - Eu disse e o vi sorrir, beijando minha bochecha. 

—Fomos inimigos, melhores amigos e namorados. Como conseguimos? - Ele perguntou retoricamente e eu dei de ombros, lembrando de tudo que havíamos vivido. 

—Isso pode ser completamente irônico com meu eu menor, mas antes tudo era mais simples e não envolvia o mundo adulto tentando nos derrubar com nossas próprias mentiras e problemas. - Falei e o vi assentir com um sorriso triste. 

—Ao menos agora estamos aqui, juntos. - Ele disse e eu senti uma lágrima escorrer, iniciando um breve choro, e então o outro me deu um abraço forte, e começou a me fazer rir com as histórias do passado, aquelas que eu lembrava em noites de tempestade que combinavam com minhas crises de saudade, como nos conhecemos, a briga que nos fez dar um beijo e o pedido dele em namoro à mim. Eu queria tanto que as coisas fossem fáceis com tudo como era com Ryan. 

Após algumas-várias histórias, eu já estava recuperado, rindo como sempre e vendo meu amigo me lembrar de como nossa primeira vez havia sido desastrosa. E num ímpeto, ele se aproximou de mim e colou seus lábios ao meu, me beijando com vontade, mas carinho. Correspondi, pois eu precisava daquilo tanto quanto ele, mas o deu uma leve empurrada, colando nossas testas. 

—Eu te amo, muito, mas não do modo como antigamente. E amo seus beijos, mas ainda sim, estou tentando reconquistar alguém. - Falei, e o vi sorrir, aquele sorriso convencido e de que sabia de algo. 

—Eu sei. Rebel, eu te conheço tem muito mais de seis anos, sei que está caindo de amores por outra pessoa, mas eu queria te beijar, um beijo simples e sem qualquer nó com sentimentos além de carinho e amizade. - Ele falou e me abraçou. Deitei em seu ombro. - E por sinal, você continua beijando muito bem. 

—Posso dizer o mesmo de você, meu inimigo. - Brinquei e o vi sorrir gentilmente, beijando minha boca num selinho casto. 

—Que tal um acordo? Hoje você e eu vamos pra cama e nos divertimos, como amigos que somos. E amanhã, somente a amizade ficará, sem qualquer benefício a mais. - Ele sugeriu e eu ri. 

—Por que não? - O puxei pela nuca, colando nossos lábios. 

Atualmente 

Olhei para a foto no meu celular de mim com meus amigos no dia da festa em que conheci a minha maior ídolo, e passei para a da noite em que reencontrei Ryan, em seguida olhei a de nós na cama, eu deitado sobre seu braço, e o sorriso dele enquanto olhava para câmera depois de me provocar com a mão mega "escorregadia". Em seguida, a foto do dia da festa de anúncio para poucas pessoas, em que eu e Luke nos encontrávamos com taças de vinho em mãos, lado a lado. 

Saí da galeria e troquei de música, colocando Built to Love do Sam Tsui, e fui para o Whatsapp, ficar relendo algumas conversas. 

Um dia e nove horas antes... 

Revirei algumas caixas na garagem, até finalmente achar meu skate de quando estava no terceiro ano do Ensino Médio, e então decidi ir para o parque ali perto, o lugar que me lembrava muito de Central Park. 

Coloquei meu chapéu e amarrei a camisa xadrez na cintura e o skate caiu no chão. E então, quando vi, o vento me acalmava e me seduzia para meu destino, numa calma que fazia tempo que eu não sentia, afinal, eu tinha uma culpa me corroendo por dentro

Assim que cheguei ao parque, fui em direção do pequeno rio que havia ali, onde eu ficaria pela tarde conversando com Lily pelo telefone e riria de Cameron que fazia piadas ao fundo com Judith. 

Atualmente 

—Já chamei um Uber para levar vocês para um hotel, e já tá tudo pago, graças a mim. Não me esperem, eu tenho que resolver algumas coisas. - Avisei minha mãe e dei um beijo na testa dela, indo para o táxi mais próximo parado, entrando e lhe dando o endereço de onde eu deveria ir. 

O taxista era um pouco grosseiro, mas muito gente boa, ele saia berrando com todos os outros carros e mandando vários tomarem em um certo lugar e corria com o carro, e quando notei, em menos de vinte minutos, já estávamos em frente do enorme edifício. Agradeci, peguei o número dele, caso eu precisasse de alguém com urgência, e o paguei, correndo para dentro do edifício segundos antes de uma chuva pesada começar a cair. 

—Eai, Cameron? - Perguntei, rindo ao ver a cara de surpresa dele, que pulou por cima do balcão e me abraçou. 

—Cara, não acredito que nós mal nos conhecemos e eu posso dizer que quase morri de saudades. - Ele brincou e eu ri. 

—Também estava com saudades, agora, eu preciso resolver algumas coisas com o chefe. - Falei e o vi sorrir malicioso. 

—Tudo bem, já vou informar, boa sorte. - Ele disse, e eu agradeci, entrando para o elevador. 

Os andares pareciam passar devagar, e eu podia sentir meu coração querendo sair do peito. Respirei fundo e soltei o ar no exato momento que o elevador abriu suas portas e me dei de cara com o corredor entre as mesas que dava para a sala de Luke, que me olhava pelas paredes de vidro. Judith me viu e sorriu, acenando, e eu acenei de volta. E então andei, enquanto todos olhavam para mim, vendo que aquilo poderia não ter um resultado magnífico. 

Parei de frente à 'porta' de vidro e perguntei com os lábios se podia entrar, vendo o homem de terno dentro do local assentir. E assim eu entrei, sentindo minhas cordas vocais tremendo. 

—Olá, Rebel, veio pegar suas coisas, certo? Porém, se me permiti perguntar, por quê? - Ele perguntou e eu o encarei como quem encara duas borboletas transando. 

—Como assim? Achei que eu tivesse sido despedido. - Falei e o vi rir de leve, quase como se a raiva estivesse vindo à tona. 

—Eu não te despedi, somente te deu um afastamento temporário. - Ele disse, e eu lembrei de como ele estava de fato, dizendo a verdade. 

—Okay, erro meu. Mas o modo como havia dito que precisávamos de um tempo, parecia mais que estava me expulsando da empresa. - Falei e o vi rir. 

—Eu teria todos os motivos. - Ele disse e eu neguei com a cabeça. 

—Seriam motivos pessoais, não que prejudicassem a empresa, além do fato de eu dever quase nove mil. - Revidei e o vi trancar o maxilar. 

—Não, Rebel, eu teria todos os motivos pessoais ou não para te expulsar da empresa. 

—Olha, eu já pedi desculpas milhões de vezes, mas eu sei que isso não repara minha cagada, mas não sequer dar a  chance de conversarmos você deu, você somente se explicou no dia da despedida de solteira da Lily, mas não pudemos conversar de verdade, sem o ressentimento falando mais alto. E aparentemente nem agora. - Cuspi a verdade e me virei para a saída, sentindo em seguida uma mão me puxar pelo pulso, chocando meu corpo ao outro. 

—Por favor, espera... Desculpa. - Ele disse e colou nossas testas, enquanto nossas respirações dançavam juntas. - Eu errei no modo como agi, me desculpe.


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