O Garoto do Coturno Azul. escrita por JPoseidon


Capítulo 8
Chapter 8 - Home.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, como dito, uma semana depois saia mais um capítulo. E cá estou eu, depois de quase terminar a quarta temporada de The Vampire Diaries, e eu to quase finalizando, faltam só dois capítulos. E vocês, como estão?

Acordei hoje às 6:36 da manhã e fiz duas das minhas lições de casa de artes, falta só finalizar uma; depois tenho que acabar história e matemática e repassar física... Hoje vi o segundo episódio de Powerless, o décimo sexto de Kevin Can Wait e o décimo primeiro de The Real O'Neals, depois conversei com duas amigas minhas sobre armamento da sociedade e feminismo; e li cinco capítulo de uma história original aqui no Nyah!. Quero ainda ver pelo menos o primeiro de My Mad Fat Diary e o terceiro de Riverdale. Enfim, ontem vi The Magicians, no caso o episódio um da segunda temporada e gente, to no chão. É tanta coisa que eu ainda quero e tenho que fazer, o Ensino Médio não é fácil, tive que forçar meu corpo a voltar a dormir cedo - o que beneficia a minha saúde -, e estou indo dormir sempre às 22:00 e acordando às 6:00... Eita, tanto coisa e eu queria compartilhar com vocês ♥ .

Enfim, espero que gostem do capítulo e possamos nos falar nos comentários. Esse capítulo se passa em três horas. Eu não amei o capítulo anterior como todos os outros, mas fico feliz de ver que gostaram, não é que odiei, mas a escrita não ficou do modo como eu desejava, mas ainda sim adorei muito o capítulo anterior, e ele nunca iria ficar como eu queria, afinal, aquele é o capítulo triste, onde tem todas as tretas de uma vez. Por fim, amo vocês, beijos ♥

Ps.: Abaixo, Jackson, pai de Rebel :'3



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Chapter 8 - Home.

Tirei os fones e respirei fundo, guardei os fones e peguei novamente a mala, então coloquei a chave na fechadura da porta e destranquei, colocando minha mão sobre a maçaneta e abrindo a porta, dando de cara com a sala pequena em comparação da cozinha ou dos quartos, sala essa toda rústica, em vários tons similares à branco, tanto do tapete quanto os sofás. Ri e coloquei minha mala encostada na parede atrás da porta, fechando-a em seguida. 

Guardei a chave no molho de chaves e comecei a andar devagar pela sala, observando que cada detalhe dificilmente mudara ali dentro. Até a cozinha aparentava estar a mesma coisa, senão o quadro de mamãe e papai cozinhando sorrindo para a câmera como se tivessem acabado de gargalhar. Sorri com a visão e continuei meu caminho, subindo as escadas, sabendo que todos estavam dormindo sendo ainda ser dez da manhã. Ao levar meu pé para o último andar, que dava no corredor que dividia os três quartos da casa, dos meus pais, meu, e um depósito que eu gostaria de visitar depois. Fui primeiro ao meu antigo quarto, aquele cheio de lembranças de alguém de filmes tipicamente americanos, cheios de pôsteres de cantoras e cantores, incluindo pouquíssimos atores e/ou atrizes. 

Ri com os pôsteres de Madonna, que praticamente cobriam quase todo o quarto e me virei, dando de cara com a porta ao fundo do corredor que era o quarto de meus pais. E então, me coloquei a andar, levemente ansioso, para o quarto que a última vez que eu vira era rosa claro. 

Coloquei o ouvido sobre a porta, para ouvir se caso ouvesse algum som dentro do quarto, e ao constatar que eles estavam de fato dormindo, e não fazendo outra coisa, entrei, dando de cara com um quarto colorido em verdes fracos, com minha mãe dormindo abraçada ao meu pai, e ele a abraçando pela nuca, já que ela abraçava sua barriga. Soltei uma risada nasal fraca e me dirigi até a cama, onde sentei ao lado da minha mãe e acariciei seus cabelos, já sentindo as lágrimas teimarem em encher meus olhos. Meu cachecol pareceu me esquentar mais que necessário e meu sobretudo de repente não me pareceu necessário. 

—Mamãe...? - Chamei aos sussurros, enquanto acariciava suas madeixas morenas quase ruivas. A mulher mais velha se remexeu e então abriu os olhos, lentamente, um pouco desorientada pelo sono. 

—Rebel?! - Ela perguntou, levemente ainda em dúvida de que era eu ali. 

—Sim, mãe. Voltei pra casa, passar uns dias com vocês. - Sorri amarelo, vendo-a sorrir um sorriso aberto, lindo e feliz, me abraçando com toda a força, mas pelos olhos, eu percebi que ela sabia que algo me afligia e me faria falar sobre isso mais tarde. 

—Filho, quantas saudades! - Ela disse, a voz embargada. - Jackson, acorda! 

Jackson, no caso, é meu pai, obviamente

—Que foi, querida? Está tão bom aqui, deixe-me ficar só mais um pouco mais de olhos fechados nesse calorzinho? - Ele perguntou e eu ri. - Eu conheço essa risada. 

—É pai, e você vai perder a oportunidade de falar comigo?! - Perguntei, ironicamente, vendo-o abrir os olhos rapidamente, sorrindo largamente. 

—Filho! - Ele exclamou e me abraçou por cima da minha mãe, me fazendo rir. 

—Papai, mamãe... Quantas saudades. - Falei, a voz embargada em combinação de algumas lágrimas que supostamente não deveriam estar caindo. 

 

—E então, nos conte, o que aconteceu? - Meu pai perguntou, me oferecendo cookies. Me estiquei um pouco sobre a mesa e peguei um. - Vimos que é o tal Garoto do Coturno Azul. Parabéns. 

—Talvez eu era. Talvez não seja mais. E obrigado. - Falei, vendo-o assentir receoso, como se entendesse mais ou menos o que eu queria insinuar, então prossegui. - Por conta de uma cagada minha que eu não sei resolver, meu chefe descobriu e após nós dois darmos nosso primeiro beijo, ele descobre que menti para ele, e então isso fode tudo. 

—Foi um ótimo resumo. - Minha mãe falou, dando uma risada meio nervosa, ri junto. 

—Pois é. - Respondi, sem saber o que dizer de mim mesmo. 

—Então, no meio de todo o rolo, você ainda ficou com seu chefe? - Meu pai perguntou, um sorrisinho no canto da boca, como se estivesse prestes à rir. E ele de fato, estava. 

—Sim. Mas veja bem, ele sempre sugeriu algo a mais e infelizmente, eu não sou lerdo. E também, eu sempre, apesar de desejar ele, sempre me proibi de ficar com ele, afinal, meu chefe e eu tinha meu trabalho. Depois de muitos problemas, tivemos uma briga, que na verdade, está mais para discussão... E decidi que era melhor me afasta, de todos, até dos meus amigos, para que quando eu tivesse uma ideia, pudesse me livrar de todos os problemas. Agora eu tenho um prazo curto para resolver tudo isso e botar minha vida nos trilho novamente. - Falei, desabafando, sentindo meu coração relaxar mais um pouco. 

—Você sabe que qualquer coisa, é só conta para nós. - Meu pai disse e eu assenti. 

—Sim, mas isso é algo que eu preciso resolver por mim mesmo. - Finalizei a conversa sobre como eu ia indo e perguntei como eles estavam. 

—Compramos um trailer. Vamos vender a casa e começar nosso food truck. Recentemente sua mãe ajudou sua tia à adotar uma nova criança do orfanato do seu avô. - Ele finalizou e eu arregalei os olhos. 

—Vão vender? - Eu tinha focado nessa parte, o resto eu gostaria de saber, barra, visitar depois. 

—Sim, não usamos mais a casa para nada. Sua mãe iniciou o negócio de plantas com sua tia, e sua tia vai assumir, para que sua mãe foque no food truck que é o verdadeiro sonho dela. - Meu pai finalizou e eu assenti, feliz por eles. 

—Fico feliz, mas antes deixem-me ver o que vamos doar e/ou guardar. - Afirmei e os vi se levantarem, me seguindo até o quarto-depósito. 

 

Pegamos três caixas enormes enquanto minha mãe tomava banho e começamos a separação do que ficaria, doaria, e seria lixo. 

Olhei para o quarto cheio de coisa e respirei fundo, conversando com meu pai e contando todos os detalhes de como as coisas iriam e falando que Lily queria que ele e mamãe comparecessem, ele assentiu todo feliz e disse que iria comprar o melhor presente para a filha que nunca teve. Após pelo menos uma hora de separação de todas àquelas coisas, a maioria foi para doação, enquanto somente cinco coisas foram para o lixo. E guardei somente uma coisa, meu megazord que ganhei como presente de toda família, que na época não tinha muito dinheiro. E enquanto meu pai tomava banho após colocar tudo que iria para doação, umas cinco caixas daquelas medianamente grandes, no trailer, fui para meu quarto, onde separei uma muda de roupa simples e fui para o banheiro, onde tomei um bom e relaxante banho. 

Após todos estarem de banho tomado, fomos para o trailer, onde nos dirigimos para o orfanato, que minha tia cuidava e conheci meu novo primo, um garoto de pele negra como a noite, feliz, que estava saindo do estado crítico de magreza, com abraços para der e retribuir, e de mente aberta, em seus quinze anos de idade. Conversei muito com ele e adorei ter aquele garoto como primo, e descobri que o garoto queria ser engenheiro técnico e também fazer um curso de computação. E eu daria o maior apoio sempre que ele precisasse. 

Depois de deixarmos todas as caixas cheias de brinquedos, jogos e outras coisas no orfanato, fomos para a agricultura da minha mãe, que ela estava deixando nas mãos de sua sócia, minha tia. Pegamos algumas flores e voltamos para o trailer, onde guardamos os ramos e fomos para uma feira da cidade, onde aparentemente haveria muitas compras naquele dia. Cada passo dado entre as pessoas, era um encontrão e quase caí no chão pelo menos umas dez vezes. 

—O que é aquilo? - Perguntei para minha mãe ao ver ao menos umas trinta pessoas brigando ao redor de umas das mesas. 

—Ah, é o pessoal da roupa. - Ela respondeu, com descaso. 

—Pessoal da roupa? - Perguntei, e vi ela assentir, me respondendo. 

—Sim, o pessoal das roupas lindas usadas que colocam a venda essas roupas e fazem mulheres se matarem por um preço que eles aumentam de acordo com quem quer pagar mais. - Ela disse e eu assenti, sorrindo maliciosamente diante da cena... Eu havia acabado de ter uma ideia, e não Mike, não me venha com essa de avá

—Um minutinho. - Pedi licença e verifiquei o horário no celular, constatando ser quase duas da tarde. Então liguei para Lily. 

"Onde você está?!" - Ela quase gritou, quase como se fosse um julgamento. 

"Em casa, na casa dos meus pais e vou continuar por mais três dias." - Avisei e a ouvi suspirar, quase como se estivesse sem paciência. 

"Tudo bem, mas avisasse, todos ficaram preocupados." - Ao terminar a frase, meu coração esquentou pensando que Luke poderia ter ficado preocupado comigo. 

"Enfim... Liguei para saber quando é seu casamento." - Falei, direto ao assunto. 

"É o quê?! Quer saber, deixa quieto. É daqui dez dias." - Ela afirmou e eu sorri. 

"Valeu, eu preciso que chame Cameron e Judith e peça para que eles façam algo para mim. Organizem um evento de leilão de roupas, as roupas d'O Garoto do Coturno Azul." - Sorri, confiante. 

"Como assim, Randon?" - A outra quase me interrompeu, espantada. 

"Eu já sei como me livrar da dívida. Peça que eles façam isso, por favor. E não se esqueça, eu sou seu padrinho de casamento, posso não estar do seu lado pelos próximos dias, mas preciso aproveitar com meus pais." - Avisei e a ouvi rir. 

"Okay, aproveite aí, iremos resolver as coisas. Até daqui a quatro dias, no seu evento." - Ela disse, e eu sorri, agradecendo de novo e desligando, voltando ao lado dos meus pais. 

—Gente, eu tenho um anúncio para fazer... - Disse, chamando a atenção de ambos. - Daqui a três dias vamos para Nova York.


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