O Garoto do Coturno Azul. escrita por JPoseidon


Capítulo 7
Chapter 7 - House and Losses.


Notas iniciais do capítulo

OIE! É, mais um... O que tá rolando comigo? Três em um dia. *-* ♥

Terminei Santa Clarita Diet e falta ver quanto consigo ver de TVD. Agora sem capítulos até semana que vem. Faltam três capítulos para acabarmos. E agora provavelmente cada capítulo é um dia... Ainda vou me decidir.

Enfim, este capítulo tem passagens de tempo rápidas, por ser muito destruidor - bem destruidor mesmo, não estou brincando - e também por não ter muito que rola nesse dia além de toda a treta e não tem porque ser muito detalhista com o resto do dia, afinal, esse é o desfecho da viagem. Agora vamos ver a quebra entre Luke e Rebel e que no momento eles estão numa pequena batalha de ciúmes no fim do capítulo, claro. Por fim, com tudo revelado, vamos saber mais sobre a família do ruivo.

Aproveitem o capítulo ♥

Ps.: Aesthetic da mãe do Rebel. O próximo deve ser do pai. ;)



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Chapter 7 - House and Losses.

—Puta merda. - Soltei, assim que o beijo se encerrou com três selinhos. - Caralho, você beija bem pra cacete. - Vi o outro rir e encostar nossas testas. 

—Obrigado. Devo dizer que você também beija muito bem. - Ele agradeceu e me abraçou pela cintura, deu um beijo na minha testa. Sorri um pouco desconcertado. - Que tal aproveitarmos mais um pouco disso pelo resto da noite? 

—Partiu. - Ele colou nossos lábios novamente, e senti como se o chão não estivesse mais ali. 

 

Minha consciência se ligou e meus olhos, consequentemente, se abriram. E me peguei na cama de Luke, com o mesmo adormecido ao meu lado. Tínhamos deitado juntos e apagamos, não tínhamos feito nada e só havíamos ficado de beijos e carícias. Sorri e me levantei, fui para um banheiro, onde tomei um banho rápido e depois chamei ele. 

—Bom dia. - Ele falou, sorrindo. Retribuí o cumprimento e o vi se levantar e vir em minha direção, me puxando pela cintura, me dando um selinho. 

—Jesus, parecemos até um casal. - Brinquei, rindo em seguida. Ele levou os lábios para minha orelha e a mordiscou. 

—E quem disse não podemos ser? - Ele questionou e eu arregalei os olhos, e o senti morder meu lóbulo, me fazendo engolir em seco, mas soltar um gemido. - Vou tomar um banho, nos encontramos lá em baixo para ir para o estúdio de filmagem. 

Respirei fundo e tentei controlar o coração enquanto o via ir para o banheiro, tirando a regata branca que dormira e jogando na cama. Hoje eu iria me apresentar para o mundo todo, provavelmente. 

 

—Chegamos. - Luke anunciou, fazendo Lily e Judith baterem palmas imitando fangirls, fazendo todos rirem. - Vocês sentam na plateia, enquanto eu e Rebel nos preparamos ao lado da apresentadora. 

Os três foram para a plateia, já iniciando conversa com o pessoal e eu e Luke fomos para o lado da apresentadora, eu sentindo meu corpo tentando se acalmar. 

O local era como a maioria dos estúdios haviam entrevistas, uma plateia gritante, um balcão onde o apresentador fica e dois sofás ao lado, onde os convidados sentavam. O local era em um tom claro de bege, quase branco. 

—Vamos começar em... 3, 2, 1. Ação! - O produtor avisou, e então o local escureceu. Respirei fundo e então abri os olhos. As luzes se acenderam devagar e a apresentadora começou a falar. 

—Olá, bem-vindo ao Boa Tarde, Las Vegas! - Toda plateia bateu palmas e/ou gritaram. Assim que começou a cessar, ela retomou a fala. - Estamos aqui com duas pessoas muito importantes para uma revelação bombástica. Esse ao meu lado é Luke e seu parceiro de trabalho, Rebel, da revista People's World. Então, me conte Luke, o que vieram dizer hoje? 

—O mundo todo acompanha o blog da nossa revista e elogiando tanto que mal conseguimos acompanhar todos os comentários e compartilhamentos. O responsável por isso é o Garoto do Coturno Azul. E hoje viemos apresentar ele ao mundo. - Ele falou, sorrindo. Se virou para mim e seus olhos transbordavam um enorme 'você consegue'. - Rebel? 

Me levantei e respirei fundo, mordendo os lábios com força, quase os fazendo sangrar. 

—Oi, mundo. Meu nome é Rebel Randon, e eu sou o Garoto do Coturno Azul. - E então houve aquele som característico de falta de ar da plateia. Sorri tímido, acalmando meu coração. 

 

Após prováveis trinta minutos de entrevista, que era ao vivo, com muitas perguntas, pouquíssimas pessoais, graças a Deus. E então veio aquela sessão de perguntas imbecil para atrapalhar tudo. 

—Vamos para nossa plateia. Alguém tem alguma pergunta? - A apresentadora deu a chance, vendo várias pessoas levantarem, e então ela escolheu uma loira para falar e ao lado dela, eu reparei, não estava ninguém menos que Derek, meu cobrador. 

—Puta merda. - Sussurrei, sem saber o que fazer. 

—Você, qual sua pergunta? - A garota recebeu seu microfone e quando ia falar, Derek a empurrou, pegando o microfone. 

—Desculpa. - Ele disse para a mulher já com o microfone. - Eu tive que fazer isso para perguntar ao Rebel se ele tem algum problema recentemente? 

—Ahn... - Eu gaguejei e falhei em dizer qualquer coisa. 

—Porque para mim, você listou dez mentiras. - Ele disse, sorrindo sarcástico. - E elas são: Avó morreu, ficou doente de gripe, foi internado, teve que ir ao terapeuta, estava sem trabalho, entre outros. Qual é a desa vez? 

—Ele não era seu namorado? - Luke perguntou e quando eu estava começando a negar, Derek me interrompeu. 

—Então ele mentiu para você também?! - Derek riu. - E então, senhor Randon, quando vai pagar sua dívida? Ou está sem dinheiro? 

E fez-se silêncio. Que ódio daquele homem, eu estava ali vulnerável sem saber o que fazer ou dizer, então me levantei e respirei fundo. 

—Desculpe, Sandra. Eu não queria causar esse problema. E você, Derek, me acompanhe. - Falei e saí do estúdio, escutando meus amigos e Luke me acompanharem logo atrás de Derek. 

Então o som da batida do meu coturno azul no chão foi a última coisa ouvida antes de o programa sair do ar. 

 

—Olha aqui, eu entendo que fui um bosta fugindo de você, mas não precisava me perseguir até aqui. - Falei, apontando para Derek após dez minutos de discussão. 

—Sim, eu precisava, você está me devendo tem dois meses e meio. - Ele falou com descrença na voz. 

—Ótimo, então preciso que me dê quatro dias e eu arranjo toda sua grana. - Falei, determinado a dar um jeito. 

—Então, é o que terá. - Derek falou, pegando a malinha de advogado e indo embora. Olhei para o céu, esperando que caísse uma solução do mesmo. 

—O que vai fazer, Rebel? - Lily perguntou. 

—Vou pra casa, eu devo ter perdido meu emprego. - Afirmei, vendo Luke assentir, visivelmente bravo. Engoli o choro e olhei para Cameron e Judith. - Desculpem-me por isso, eu não esperava arranjar esse problema. 

—Que isso, Rebel?! Não é problema seu. - Cameron falou e Judith assentiu. 

—Você não tem culpa do que aconteceu. - Judith me abraçou e eu mordi meu lábio inferior. 

—É sim, se eu não fosse viciado em compras de roupa, eu não estaria nesse problema, em primeiro lugar. - Falei e saí do abraço. - Nos vemos no hotel. 

Apesar das negações, saí das ruas entre os estúdios e me dirigi ao portão central, saindo assim que pedi par ao segurança. Com o portão fechado atrás de mim, uma mente gritante, vontade de chorar muito e pouco dinheiro, chamei um táxi assobiando. Assim que um parou, entrei e o dei o endereço, deixando as lágrimas rolarem pelas bochechas, meu coração apertando e meu cérebro doendo de dor de cabeça. Bati de leve na janela com a cabeça, vendo o taxista me olhar pelo espelho para trás. Chorei olhando as pessoas do lado de fora, até chegarmos ao hotel, o que não demorou. Assim que ele parou de frente às portas de vidro que davam ao saguão, o paguei e saí de dentro, me dirigindo ao elevador enquanto limpava as lágrimas. Apertei a tecla do meu andar e sequei minhas lágrimas, respirando fundo para manter um pouco de água para gastar quando chegasse ao quarto. 

As portas do elevador se abriram, revelando duas senhoras paradas esperando pelo elevador. As mesmas do primeiro dia, que eu descobrira serem casadas. 

Elas olharam para mim com aquele típico olhar preocupado de mãe. 

—Que houve, querido? - Elas perguntaram e eu saí do elevador. 

—Deu tudo errado. - Eu falei e elas me levaram para seu quarto. 

 

—... E agora, parece que estou sem emprego e eu preciso dar um jeito de pagar esse oito mil em dívida. - Terminei de contar toda a história e as vi me encararem de olhos arregalados, elas se encararam e então voltaram para mim. - O que eu faço? 

—Siga seu coração. - Veronica disse e Julia assentiu. - Se sente que tem algo para fazer, faça. Você disse que amanhã cedo vai embora, então faça algo memorável antes de ir. 

—Exato. Meu filho, se sente que tem algo inacabado, finalize isso. - Julia falou e eu sorri, assentindo. Levantei às pressas e as abracei. 

—Vamos manter contato, obrigado! - Falei, correndo para a porta e abrindo-a. Corri pelo corredor e apertei o botão do elevador, pela demora, optei por ir pelas escadas. E assim o fiz, correndo parecendo uma ema. Peguei meu celular e liguei para Lily. 

"Alô? Rebel?" - Ela perguntou e eu berrei que sim. 

"Lily, é o seguinte: e sua despedida?" - Perguntei e a ouvi suspirar. 

"Esquece, hoje foi péssimo para você, vou chegar rápido no hotel." - Ela disse e eu berrei para que não o fizesse. - "Mas quê..?". 

"Vai para o Boys Almost Naked." - Falei e ela riu, sabendo que aquela era uma boate que quase não era visitada de semana. - "Não quero saber, não negue, nós vamos, eu preciso distrair minha cabeça. E como sei que está no carro do Luke, leve todos pra lá. Beijos.". 

Abri a porta e saí no saguão, verifiquei a hora e vi que eram seis da tarde. Aquele dia havia passado rápido demais. 

Corri e berrei com um táxi, o fazendo parar derrapando. 

—Valeu, vai pro Boys Almost Naked. - Falei e vi o cara assentir, pisando no acelerador e nos fazendo sair em velocidade pela cidade. 

 

—Finalmente, não era sem tempo. - Falei, vendo-os rir, menos Luke que continuava bravo, por razões óbvias. - Então, não é porque uma merda aconteceu e eu vou perder meu trabalho e meu ex-chefe está na minha frente bravo comigo por ter mentido para ele que não vamos ter sua despedida. Luke, brigamos depois. 

Peguei Lily pela mão e a puxei para dentro do local escuro, abrindo as portas e dando de cara com um local cheio de luzes coloridas, poucas garotas rebolando nos mastros e muitos garotos de cueca boxer ou normal dançando. 

—É disso que eu gosto. - Cameron falou e foi correndo para um garoto de cabelos coloridos que o olhava com um sorriso sedutor na boca. 

—Aproveite e beba pra caralho. - Falei pra Lily pedindo uma rodada de cerveja, graças a Deus aquilo seria pago pelo noivo depois. Lily correu para acariciar bundas, com Judith rindo atrás. Sentei no balcão de frente para o barman que piscou para mim e me fez corar, ele era um homem de pele mais escura com olhos azuis e sorriso encantador. 

—Desculpe-me se fui muito grosso, mas a minha raiva foi maior. Você mentiu para mim. - Luke sentou-se ao meu lado e eu me virei para ele, ignorando o barman. 

—Esperava que eu fizesse o quê? 'Olha, aquele é meu cobrador, eu devo para ele oito mil em dívidas, se essa merda não tiver aumentado pelo atraso ou algo do gênero'?  - O questionei e o vi assentir. 

—Era desse modo que poderia ter falado. - Ele afirmou e eu revirei os olhos. 

—Luke, eu não iria meter ninguém nos meus negócios, menti e não foi o certo, até porque vimos o resultado dessa merda. Porém eu não quero ninguém enrolado nisso comigo. Eu vou dar um jeito. - Falei e peguei minha cerveja, pedindo para o DJ colocar músicas animadas para aqueles homens rebolarem as bundas para nós. 

Como eu consegui uma boate só para cinco pessoas? Foi fácil, falei com o noivo e assinei um contrato de pagamento, e naquele dia eles não estavam trabalhando por ninguém ter ido ao local. Estava quase fechando. Todos ficaram felizes e nós também. 

Dançamos pelas próximas horas e bebemos muito, nos acabamos, fiquei com alguns homens, assim como Cameron e Luke, mas Luke também ficara com alguns garotas. Lily só deu selinho em algumas garotas e alguns caras. Judith acabou pegando um menino de vinte anos e quase se sentiu culpada, se não fosse por todos lhe falarem que o garoto não tinha menos de dezoito, então não tinha problema. 

Todos beberam e se acabaram, para depois irem lá pelas cinco da manhã para o hotel e dormirem, menos a minha pessoa, que após um banho gelado pegou o próprio passaporte e minha passagem para Nova York em algumas horas e foi para o aeroporto, onde trocou o passaporte para um para a Filadélfia. Eu iria para casa, ver meus pais e resolver alguns problemas antes de cuidar do maior problema da minha vida, aquele miserável dívida de oito mil.  

E depois de uma hora, eu entrei no avião e então decolamos para Filadélfia. 

Eu estava indo para casa, depois de dois anos.


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Notas finais do capítulo

Mal tiveram o beijo e já tem problemas... O que rola nos próximos?

Kisses ♥