Fluminatte. escrita por Miss B


Capítulo 4
III — O dia em que tudo realmente começou, parte 1.


Notas iniciais do capítulo

O que devo dizer?
Primeiramente, agradecer a todos os comentários e favoritos, mas principalmente à nossa primeira recomendação! Acreditem, isso significa muito pra mim. Obrigada.
Após a parte sentimental, espero que gostem do capítulo.



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ANTERIORMENTE, EM FLUMINATTE...

“Quando pressionado a assumir o cargo de duque no lugar do pai, Arthur recuou e fugiu. Um covarde, no mínimo. Alesea se viu obrigada a tomar providências sérias, mas Anthony, o outro menino na sucessão após Arthur, tinha apenas 11 anos. E ela, com 18, decidiu que faria o que fosse necessário para proteger os irmãos.

Foi aproximadamente um ano e meio para que os trâmites da igreja fossem liberados para que Alesea casasse com seu pretendente, um garoto de Norta, filho de um lorde rico e poderoso que lhe pagou metade das terras para que ele fosse um duque importante. Seu nome era Samuel Heartmid, 21 anos, casou com uma Alesea de 19.

Os dois concordaram em não consumarem o relacionamento até que lhes fosse ordenado um herdeiro. E assim foi.”

Jardim do Palácio da Crista, Hardriver — Wedell, Lakeland.

17:30.

   Seis anos se passaram. Alesea já tinha vinte e seis anos, e Samuel vinte e oito. Nunca, naquele período de tempo, haviam se tocado. Não consumaram o casamento arranjado que foi. Mal se falavam, era bom dia, boa tarde e boa noite quando se viam e uma reverência desajeitada. Iam aos bailes que eram ilustremente convidados fingindo um ótimo, glorioso e próspero casamento. Fingiam dançar apaixonados, mas apenas davam passadas monótonas pelo salão. A província era bem governada. Não houveram guerras desde a chacina em Kreister, um reino secundário que ficava após o mar e o Grande Rio de Lakeland. Chacina essa que Garth foi incapacitado de ir pela gripe, e mandou Arthur em seu lugar. Arthur virou o General da Guarda. E foi substituído por outro homem, chefiado por Samuel, assim que ele virou duque.

   Foram seis longos anos para Alesea. Sem os pais, e agora sem os irmãos, sentia-se só. Apenas podia contar com suas damas de honra, Trinity, Molin, Dana e Luana.

O que aconteceu com os irmãos da duquesa, vovô?

   Depois que Arthur desertou, foram saindo aos poucos. O primeiro foi Abraham, saiu por conta própria, estudou fora e ficou lá. Depois as meninas Ariel e Alaska, claro que foram com acompanhantes e protetores. Logo, Anthony, já com treze anos, e Annabeth, com quinze. Anelise e Alec foram os últimos, e ficaram aproximadamente quatro anos com ela. Quando Anelise completou treze anos, e Alec, oito, Alesea os mandou para longe por causa do inverno árduo. Ele foi para Fürstair, passou um tempo com Alois, Gwinevere, Marie e Nicolai. Anelise foi para fora do reino, para longe de todas as ilhas de Lakeland, e indo abrigar-se perto, na Holanda, onde seu cabelo ruivo e seus olhos azuis foram muito bem recebidos. Alec e Anelise tinham seus mentores, e os outros estavam por conta própria.

   Vez ou outra, mandavam a Alesea cartas de onde e como estavam, principalmente os mais velhos. Dos mais novos, as cartas eram escritas pelos mentores, e enviadas sigilosamente para a duquesa.

   Mas, naquele ano, nenhuma carta de Alec foi recebida. Eram dois anos, aproximadamente, que não se viam face a face, e Alesea sentia falta de cuidar seu pequeno menino.

   Alesea estava sentada em sua cadeira localizada no jardim. Seu olhar estava perdido em algum ponto entre o céu primaveril e as poucas flores desbotadas. O sol estava escondido sob algumas nuvens acinzentadas. Naquele clima monótono e triste, com um papel de carta e pena em mãos, a duquesa escrevia mais uma carta ao Lorde Georges, mentor de Alec. “Por favor, se recebeu esta carta, responda-me urgentemente”, dizia na carta. “Não consigo aguentar-me de nervosismo e angústia; tenho medo de perder meu pequeno Alec, minha pequena bênção. Lorde Georges, responda-me o mais rápido possível.”

   Assim que Alesea entregou a carta à sua dama de companhia, Trinity, voltou a olhar perdida por entre as flores de tom desbotado, como se o sol estivesse tirando sua cor. Poderia, se tivesse sol.

   O que aconteceria a partir dali?, perguntava-se Alesea sempre que podia. Estava tudo muito calmo, e aquilo a amedrontava. Isso só poderia significar uma coisa. Com Trinity de volta para as costas de sua cadeira, silenciosamente, a duquesa tocou uma de suas mechas morenas e cacheadas e ficou balbuciando para si mesma.

   — O que nos esperam? Dias de confusão?

   Houve um breve momento em que ela assentiu para si mesma e respirou fundo. Baixou seu olhar para a borda do vestido, levantada por suas pernas cruzadas.

   — Dias de confusão.

   — O que são dias de confusão? — perguntou Sam, com olhar curioso logo atrás de Dana, que deu um pulo de susto. Trinity e ela fizeram reverências exageradas, seguidas pelo olhar de Alesea que nem sequer se mexeu.

   — É o que sucede a calmaria. — a morena jogou-se para trás, as costas tocando no encosto de veludo verde da cadeira de madeira, e deu um sorriso. — Duque Samuel. Nunca pensei que o veria aqui, em meu jardim.

   — Pensei o mesmo — concordou, desajeitado, sentando-se no encosto para pés que ficava de frente para a esposa, curvado como um orangotango. Suas vestes pretas e prateadas deixavam seu cabelo louro ainda mais dourado. — Então... — ele tentou achar um assunto em comum. Sem sucesso, olhou para Dana, que entendeu o recado e foi buscar um pouco de vinho para o louro.

   — Então? — ela olhou fixamente nos olhos azuis do duque. Deu um meio sorriso. Adorava a voz dele. — Então?

   Dana voltou, praticamente correndo, entregando a taça prateada de vinho para ele, que pegou a mesma e bebeu. Algo em Alesea incomodava Samuel. Parecia que tudo que ele dissesse poderia se virar contra ele em forma de deboche. Foi o que os anos fizeram com a mulher: transformaram-na em uma víbora mesquinha.

   — Então... Ahn, é. Pois é. — Sam olhou para o lado e tomou o resto do vinho que tinha na taça. — Qual sua comida favorita? — não tinha como ela debochar disso. Todo mundo tem uma comida favoita.

   Alesea apenas deu uma risada de escárnio.

   — Como se você se importasse...

   — É comida, eu sempre me importo com comida.

   — Aliás, desde quando isso é questão de conversa no jardim? — de um estalo de dedos da duquesa, as damas de companhia deram meia volta e saíram. — Não é assim que funciona.

   Ele ergueu as sobrancelhas, e seguiu as garotas que se afastavam rapidamente, e entravam porta da cozinha adentro.

   — E como funciona, milady?

   Alesea se aproximou dele, ainda sentada na cadeira, indo para frente e tocando sua vestimenta com um toque de sarcasmo.

   — Nós dois governamos Lakeland. Acho um ultraje todos saberem que não temos... Relações saudáveis.

   — Soube que você tem muitas relações. — disse ele, sem perder a compostura, apesar de Alesea ter percebido seu pomo de Adão mexer enquanto engolia em seco com sua aproximação. Era inegável que ela o atraía.

   — Todos sabem muitas coisas. — murmurou a duquesa, voltando a sua posição inicial, encostada na cadeira. — Fiquei sabendo que você também.

   — Eu? — sorriu de canto. — Seus passarinhos são bem mentirosos.

   Por hábito, Samuel mexeu em seu cabelo louro pelo pescoço, logo concluindo:

   — Eu nunca faria isso.

   Alesea deu de ombros.

   — Foi uma suposição besta. — levantou-se, indo até as costas do duque, segurando seus ombros de leve. — E eu sei, meu lorde, que... — abaixou-se até seu ouvido esquerdo, sedutoramente. — Você nunca faria isso.

   — Mas você faria. — disse, firme. Segurou uma das mãos da esposa que estavam em seus ombros e a conduziu para ficar face a face com ele. Encarou seus olhos. — O que está tentando fazer, Alesea?

   — Um jogo, talvez. — sorriu. — E dizem que eu jogo muito bem. — ela acariciou o rosto dele com a ponta de seus dedos delicados e adornados com anéis.

   — Por dizerem isso que eu não sei se irei gostar de jogar. — sorriu de canto, aproximando seu rosto do dela. Sussurrou: — Não gosto de jogos ultrapassados.

   — É ultrapassado pra você? — sorriu abertamente, apertando sua bochecha. — Oh. Por isso nunca consumamos nosso casamento.

   — De que adianta? Você o consumou sozinha. — tirou a mão de Alesea de seu rosto, sem desviar os olhos dos dela. — Não é hora e muito menos lugar para falarmos sobre isso.

   A duquesa deu um pequeno sorriso vitorioso, voltando a sentar-se em sua cadeira.

   — De fato. — enrolou uma mecha de cabelo no indicador.

   — Você ainda não me respondeu. — Sam suspirou. — Qual sua comida favorita?

   Ela soltou uma risadinha baixa, olhando levemente para os joelhos e logo para ele.

   — Pudim. — ouviu a risada de Sam com uma sobrancelha arqueada.

   — Vem.

   Ele levantou-se, ainda com um sorriso no rosto, como um efeito colateral da risada que deu sem o próprio consentimento.

   — O quê? Vai me levar para comer pudim? — alcançou-lhe a mão, esperando que a erguesse delicadamente.

   — Melhor. Eu vou fazer o pudim. O pudim da cozinheira tem um gosto estranho. 

   Sam segurou a mão dela, erguendo-a gentilmente. Alesea o observou-o por um momento, em seus olhos cor de ciano, depois de enlaçar seu braço no dele, para andarem mais perto. 

   — Não sabia que você cozinhava.

   — Eu não cozinho. — ele deu um sorriso, os olhos brilhando. — Eu crio uma obra de arte. 

   O Jardim era perto da cozinha. Assim que entraram no local fechado e escuro, os empregados ergueram o olhar para os dois, assustados, ou pelo menos para Alesea.

   — Hoje eu tomo conta da sobremesa. — disse Sam.

   A cozinheira fez uma mesura e ele sorriu para ela. A senhora de idade chamou todos com um gesto e saíram da cozinha. Agora eram só ele e Alesea, que encarava os empregados firmemente, desde quando ela baixaria a cabeça para um simples servo? Suspirou ao passo que eles saíram, baixando os olhos. Não gostava de sua fama.

   — Vai precisar de ajuda? 

   — Ajuda? Não, só olhe. — Começou a tirar algumas peças de roupa para ficar mais leve. Tirou a couraça que envolvia seu peito, o colete de metal e algo que lhe apertava o pescoço. Balançou os braços com a ideia de estar livre daquelas peças. Pegou um avental pendurado na porta de madeira que tinha sido feito especialmente para o mesmo, indo até ele e virando de costas. — Amarre.

   Ela simplesmente passou os braços pela cintura dele para pegar as duas cordas que amarrariam o avental. Não fez nada de absurdo, ou seja, não fez nada, apenas o que ele ordenou. Observou Sam misturar os ingredientes falando como o pudim era fácil de fazer. Lessie não conseguia parar de pensar em como ele era fofo falando algo que gostava, imerso nos próprios pensamentos, como uma criança que conversa com o pai o que aprendeu de novo na escola.

   — Logo vai estar pronto. — Sam sentenciou. 

   — Perdão?

   — O pudim logo ficará pronto. — Alesea assentiu, dando um sorriso. — Tenho um presente pra você. — Sam esticou uma colher de pau, lambuzada de caramelo. — Essa é a melhor parte de fazer pudim. 

   Ela não demonstrou muito interesse, apenas sorriu, segurando delicadamente a colher. Mas seus olhos não concordavam tanto com sua feição. 

   — Obrigada, milorde.

   O duque olhou d'ela para a colher, e da colher para ela. Algo o dizia que ela não iria provar tão cedo. 

   — Ora, vamos. — segurou a colher com a mão por cima da dela e encostou-a delicadamente em seus lábios. — É doce. 

   — Eu sei, Sam. Samuel. — corrigiu-se, Alesea, depressa. Limpou os lábios com a língua e soltou a mão dele da sua. — Só estou pensando. 

   — O que está pensando?

   — Nas coisas que faço você passar. Eu... Juro que não queria isso. 

   Ela estava se desculpando? Sam pensou em todas as possibilidades a partir dali, em um silêncio que durou pouco: Poderia vangloriar-se, pedir à ela que se desculpasse formalmente, ou simplesmente rir. Mas vetou as possibilidades alcançadas. Não poderia ser simplesmente um babaca. 

   — Ei. — a morena levantou os olhos, e assim que o fez, a colher de caramelo voltou aos seus lábios, fazendo-a sorrir. — Coma caramelo e sorria. Essa feição não combina.

   — Você prefere a megera? Que tipo de masoquista você é? — deu um pequeno sorriso, agora comendo o caramelo. 

   — Talvez eu seja. — deu de ombros, começando a fazer um chá sem nem perceber. — Ou talvez eu esteja com medo de você acabar se desculpando.

   Alesea deu uma risadinha, passando a colher nos lábios dele também.

   — Me perdoe por aquilo.

  — Vou pensar no teu caso. — sorriu de canto, mordiscando o lábio com caramelo. Alesea apenas assentiu, deixando a colher em algum lugar ali por cima.

   — Escuta... Posso te chamar de Sam, não é?

   — Sim, por que não poderia? — estava com uma chaleira de água quente, continuava a fazer seu maravilhoso chá enquanto a ouvia.

   Deu novamente de ombros, em resposta à Sam. 

   — Talvez você pudesse achar que... Não temos intimidade pra certas coisas, como apelidos e tudo o mais.

   — Somos casados e eu, pelo menos, estou tentando me aproximar de você lentamente. Não vai demorar pra você criar até mesmo sua própria maneira de me chamar. — disse, não olhava para ela, estava concentrado no chá. 

   — Do tipo... Meu amor?

   Ela deu um sorriso, abraçando-o por trás calmamente. O marido não respondeu, atônito demais para dizer qualquer coisa. O abraço que Alesea deu no mesmo o deixou em choque, e só percebeu quando a água fervente ultrapassou o limite da xícara e derramou em sua mão, queimando-o. Não doeu. 

   — Isso mata, sabia? — disse entredentes. 

   Mesmo referindo-se ao que ela disse/fez, Alesea percebeu quando ele escondeu a mão avermelhada com um pano molhado em água gelada, e observou seus olhos. 

   — V-você se queimou? 

   Ele assentiu, mas lhe disse que não era para se preocupar, não doía. Os dois saíram da cozinha (o pudim ficou sob responsabilidade da cozinheira Margret) e voltaram até a cadeira no jardim. Alesea levava a xícara rosada em mãos, enquanto Sam a acompanhava. Ela sentou em sua cadeira, e ele ficou de pé, de frente para ela, observando-a beber.

   Foi um silêncio agonizante. Nenhum dos dois disse nada, e aquela quietude estava corroendo o duque por dentro. Salvo pelo gongo, ou por Margret, que voltou com os dois pedaços de pudim, segurou o seu e ofereceu o outro à Alesea. Observou ela agradecer gentilmente, com um pequeno sorriso no rosto, enquanto ainda tomava seu chá. 

   — Acho que se não tivessem casado a gente na primeira vez que nos vimos, provavelmente eu teria me apaixonado por você. — disse Sam, seguido de um sorriso envergonhado de Alesea.

   — Touché. — disse, enrubescida. 

   — Mas não posso garantir nada já que estamos casados. — sorriu, ele, de canto, apenas para provocá-la. — Algo me diz que só vou tocar em você quando exigirem um filho da gente.

   Alesea baixou os olhos em silêncio, bebendo mais um gole do chá. Ele estava acabando, e ela não poderia mais fugir do constrangimento.

   — Então... Você pode me avisar. — começou — Digo, quando quiserem um filho. — Sam olhou para as folhas e flores do jardim, apenas com os ouvidos ao dispor dela. 

   Alesea pôs-se minimamente para frente.

   — E se eu mentir? — perguntou. — A respeito do dia que você vai me tocar.

   — Aí não pode desfazer o que foi feito. — o duque deu de ombros, depois sorriu de canto, ainda olhando para as flores. 

   — E se precisarem que tentemos um filho hoje?

   — Hoje não. — falou, depois olhou para ela~ Temos pudim, não temos tempo pra isso.

   Deu um sorriso. Alesea levantou-se, seguida por Sam, e começaram a andar juntos para um lugar qualquer. 

   — Obrigada. — disse ela, finalmente, tocando o próprio cabelo como por costume. 

   — Pelo quê?

   — Por tudo. Sabe, pelo pudim. E por ter se casado comigo. 

   Sam deu um sorriso bobo, pondo as mãos no quadril galanteador.

   — Por nada. 

  — Posso abraçar você? 

   O loiro foi pego ligeiramente desprevenido, mas assentiu, movendo os braços até ela, envolvendo-a em um abraço calmo. Ela tocou a cabeça em seu peito. 

   — Mas não abuse, sou difícil. — sussurrou ele para Alesea, que deu um sorrisinho.

   — Aposto que é. 

   Sam ia dizer algo, mas foi interrompido pelo beijo na bochecha que Alesea lhe deu. Por um momento, ficou extasiado. Logo, fez uma cara de repreensão, erguendo uma sobrancelha. 

   — O que eu falei sobre não abusar? 

   — Eu errei. Era pra ser na boca. — deu uma risadinha, andando até a porta mais próxima, e abrindo-a calmamente. — Enfim, vou terminar meu pudim no quarto. Nos vemos amanhã?

   Ele assentiu, sorrindo, e logo baixou os olhos para seu pé, que chutou uma pedrinha. 

   — Até amanhã, duquesa. — Sam deu meia volta até a mesa ao lado da cadeira de Alesea, pegando a sua fatia de pudim, e provando-a. Algo o dizia que aquela morena de olhos azuis era a resposta para todos os seus problemas. 

   A duquesa sentou-se na borda da cama, o cheiro das flores ao lado da cabeceira infestando o local. Era o seu quarto do jardim. Sorriu com a lembrança do dia. Provou aquele pudim como se fosse enviado de Deus. Ele foi. Não o pudim. Samuel. Seu marido por acaso, e paixão por opção. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham todos realmente gostado do capítulo! ♥
Novamente, obrigada.