Momentos da Vida (Wolverine e Ohana) escrita por lslauri


Capítulo 4
Conhecendo pessoas e o Instituto




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texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

 

CONHECENDO PESSOAS E O INSTITUTO

Já no hall do hotel, encontram uma Jubileu furiosa, com beicinho e batendo o pé esquerdo no chão, enquanto os braços cruzados davam claras mostras de inimizade:

Jubi: Resolveu vir pro nosso lado, então? – a garotinha comenta.

Wolvie: Guria, isso não é jeito de se portar! Por que ‘cê ‘tá assim?

O canadense diz, num tom paternalista, enquanto bagunça o cabelo dela.

Isso apenas a irrita mais e ela ameaça soltar uma rajadinha nele. "De nada vai adiantar, cê sabe disso", é a resposta e Jubi cala-se. Nem mesmo indo cumprimentar Ohana. Ela não se importa; a julgar pela idade da menina e pelas mostras de ciúme que na verdade apenas demonstram o grande carinho que ela sente por ele, a ruiva imagina que faria o mesmo no lugar da menina.

Logan avisa Ohana que irá subir para pegar algumas coisas; ela prefere esperar ali mesmo e, apenas para não fazer companhia a ela, Jubileu sobe. Alguns minutos passam-se, assim que o elevador abre as portas o canadense aparece com uma pequena mala e o chapéu na mão.

Wolvie: A gente vai chamar um táxi e já vamos para o aeroporto. Sempre é bom chegar um pouco antes. – explica.

Ohana: Tudo bem, Logan! – dá-lhe um beijo no rosto e, nesse instante, Jubileu sai do elevador. Ficando com cara de poucos amigos.

A espera do táxi torna-se muito incômoda. Os três vão para a frente do hotel e ficam esperando, em silêncio.

Assim que ele chega, Ohana entra, logo em seguida Logan e, por último, Jubileu. Todos no banco de trás.

Para tentar quebrar o incômodo gelo:

Ohana: São quantas horas de voo?...

A olhada de Jubi é indescritível! Ignora completamente a questão e abre um chiclete, começando a entreter-se fazendo bolas.

Logan vira-se para ela e, com certeza, reprova-a com o olhar, pois a garota mostra-lhe a língua. Vira-se para Ohana:

Wolvie: Nem são horas... Só 1 hora e meia. Já voou? – comenta, decidido a ignorar o comportamento de Jubileu.

Ohana: Não, já fiz uma longa viagem de ônibus, mas nunca cheguei perto de um avião.

Wolvie: Outra coisa que cê vai se acostumar. – aproxima-se do ouvido dela e cochicha: Nós temos um jato no Instituto... – afasta-se com um largo sorriso.

A ruiva sorri de volta e lhe dá um beijo rápido, ao qual surte um efeito inesperado em Jubileu que sentencia:

Jubi: Sabia! Você não perde tempo, né, Wolvie?! – cutuca-o enquanto estoura uma bola.

Vendo que outro embate ia começar, já que ele se mostrou muito irritado, Ohana segura-o no braço e, dirigindo-se para Jubi:

Ohana: Desculpe, senhorita Lee! Mas é um absurdo a senhorita não conversar comigo! Eu pretendo fazer parte da equipe. Irá ver-me todos os dias e, cedo ou tarde, terá que se acostumar... Por favor, não me ignore! Percebi o grande afeto que tem por Logan e, acredite-me, não vou e nem pretendo roubá-lo de você! Já ponderei e vi que em seu lugar faria o mesmo, mas, por favor, não briguem mais! Nós nos amamos, sim; e isso só aumentou o que senti por ele desde que o vi da primeira vez... Por conhecê-lo há mais tempo que eu, deve saber que é impossível resistir ao seu jeito. Acredito que ele deva suscitar esse sentimento em você e em outras também..., Mas se sentir isso significa não ter exclusividade, eu me submeto. Contudo, gostaria de ser sua amiga também. Espero que considere essa possibilidade... Espero poder provar que não sou a imagem que fez de mim. Dê-me uma chance, sim?

Durante o pequeno discurso, as expressões de Jubi foram da inconformação geral ao descrédito, passando para a raiva e acabando, finalmente, na perplexidade total! Parou pra pensar e, realmente, havia feito um pré-julgamento e a ruiva havia ganhado pontos por dizer que faria o mesmo no lugar dela e por mostrar tanto afeto para com Logan; porém, ela não queria mostrar-se tão volúvel e, ainda com a cara fechada, sussurrou:

Jubi: Tá bom... – fazendo um grande bico depois.

Conhecendo a natureza da protegida, o canadense sorri, pois sabia que aquilo significava um sim.

A viagem correu sem mais novidades e, quando viu a extensão do Instituto, Ohana realmente gostou! Tanto verde, tanta calma; isso somente faria bem a ela...

Chegando na entrada da mansão, foi apresentada a uma outra ruiva. Logan levou sua bagagem até o início da escada, ficando lá:

Jean: Boa noite! Meu nome é Jean Grey e será um prazer ter uma telecinética com seus talentos entre nós! – com um sorriso amigável enquanto fazia uma rápida leitura na mente de Ohana - Também tenho essa habilidade, mas também sou telepata. – completa, estendendo a mão para cumprimentá-la.

Ohana retribui o cumprimento e acrescenta:

Ohana: O prazer é meu! Chamo-me Ohana Brownsea, mas creio que já saiba disso e de outras coisas também – termina, colocando o dedo indicador em sua cabeça - Mas está tudo bem, eu não tenho nada a esconder...

Jean recebe o comentário, não sem uma certa surpresa. A perspicácia dela era algo a se ponderar.

A irlandesa gosta muito do jeito de Jean e fica aliviada por seus pensamentos não serem incomuns; o ciúme também aparece devido aos pensamentos dela com relação a Logan.

Jubileu pede licença e vai para seu quarto, pensativa sobre as coisas que ouviu...

Jean explica que Logan a levaria para o quarto dela, mas ela não os acompanharia, pois ia conversar com o professor. Anda pelo corredor e entra numa porta, quase ao fim deste.

Tudo era de madeira escura e velha e conferia ao lugar uma aura de mistério.

Chega perto da escada e o canadense diz:

Wolvie: Vem comigo! Vou te mostrar o seu quarto. – com voz alegre, levando a mala.

Ohana: Ah! - fazendo cara de choro - Pensei que os quartos fossem divididos...

Wolvie: Depois que cê ver como é o quarto, vai querer ele só pra você! Além do mais, a gente pode dividir um sempre que quiser! – completa, chegando na frente de uma porta e abrindo-a.

Os olhos de Ohana arregalam-se! Era quase do tamanho de sua casa inteira! Cama, armários, tudo era grande e confortável!

Ela entra e Logan vem logo atrás:

Wolvie: Não te disse? Vem olhar a toalete.

Ohana: É uma suíte? Todos são?

Wolvie: É isso aí!

Abre a porta e um cômodo do tamanho de dois cômodos de sua antiga casa surge. Com banheira e todos os luxos pensáveis.

Ohana: UAU! – é tudo que ela diz, como uma criança em frente aos doces.

Wolvie: Que bom que gostou. Saiba que não tem privilégios. Todos são assim! Agora, olha em cima da cama.

Ela sai, vai até a king size e uma caixa com um X prateado está sobre ela. Tem um laço vermelho, a ruiva vira-se para ele com uma cara de surpresa ao que ele diz:

Wolvie: Coisas de Jean... – dando de ombros.

Ela abre e dá de cara com uma roupa que parece couro preto. De duas peças que continha pequenos "x" como adereço. Porém, ao pegá-las pôde notar que eram bem maleáveis.

Ohana: É lindo! Isso é o que eu estou pensando?

Wolvie: É só um uniforme pra treino. Assim que resolver fazer o seu é só falar com a Jean que ela ajeita tudo. É feito de um material especial, é térmico e contém receptores capazes de, em casos extremos, salvar sua vida.

Ohana: Mesmo? E ainda é tão fashion? – comenta, retirando-o da caixa e vendo que havia sido feito sob medida pra ela.

Ele sorri ao comentário e quando ela se vira, pergunta:

Ohana: Você também vai usar um desses, Logan?

Wolvie: No começo usei um desse, mas agora escolhi um diferente. Na verdade, o meu é bem mais colorido do que o seu, mas tem os mesmos receptores. Como eu tenho esse lado animal, ele foi desenhado para assustar o oponente. Você vai ver como ele é.

Ohana: Agora fiquei curiosa...

Ambos se aproximam, abraçam-se e, trocando carícias, beijam-se.

Nisso, uma preocupada Jean cruza o corredor a caminho do quarto da nova hóspede, só para saber se estava tudo certo e pra entender por que demoravam tanto...

Ele sente o cheiro dela tarde demais! Quando interrompe o beijo e vira-se, ela já está na porta, tentando mostrar que não se importa.

Ele afasta-se de Ohana, deixando a moça ciente de que ambos já tiveram algo, ou estão tendo. Para não se fazer de vítima, diz:

Ohana: Algum problema, Jean?

Jean: Não, vim ver se estava tudo bem. Posso ver que sim... – olhando rapidamente para Logan - O professor quer vê-la. Gostou do quarto?

Ohana: Só! É muito lindo! E o quanto antes conhecer o Professor, melhor!

Ela sai, deixando os dois para trás e indo à mesma sala onde Jean havia entrado. Por sorte era a sala certa! Ao entrar um simpático senhor, numa diferente cadeira de rodas, aproxima-se:

Professor X: Seja bem-vinda ao Instituto, Ohana! Posso chamá-la pelo primeiro nome? – questiona, muito simpático.

Ohana: O prazer é meu em estar aqui! Pode chamar-me como desejar... – sorri, enquanto estende a mão e cumprimenta-o.

Prof. X: Onde está Jean? – ele questiona.

Ohana: Provavelmente com Logan, em meu quarto. Pelo menos foi lá que os deixei...

O professor já havia checado onde ela estava e surpreendeu-se com a sinceridade da moça, mesmo diante dessas circunstâncias.

Prof. X: Bem, meu nome é Charles Xavier e, creio que já devam ter contado qual o escopo de nosso Instituto, não?

Ohana: Sim, Logan disse-me algo. É uma ideia bonita, tem funcionado?

Prof. X: Hum, creio que aos poucos estamos chegando lá. É difícil quando os próprios mutantes usam suas habilidades para roubar e matar... Muitas vezes, o que levamos meses para construir, quando sentimos que as pessoas estão mais receptivas, é destruído por uma simples ação, de algum mutante desinformado.

Ohana: Se isso acontece é porque não estava tão sólido assim... Acha que eu poderei ajudar de algum modo? – pergunta, seriamente.

Prof. X: Acho que, com o devido treinamento, tanto físico quanto de sua mutação, você poderá ajudar sim. Estamos precisando de pessoas com seus valores para ajudar-nos a solidificar a confiança dos que se julgam diferentes de nós. Qualquer auxílio nesse sentido é bem-vindo.

Ele sorri, enquanto convida-a a segui-lo e mostra os vários níveis da mansão. Tanto as salas de aula como os níveis secretos, comenta sobre a tecnologia S´hiar e conversam sobre viagens interplanetárias e sobre como encaravam o futuro.

Nesse ínterim, Logan e Jean conversam:

Wolvie: Que que ‘cê achou dela, ruiva?

Jean: Bonita, simpática e extremamente sincera! Fi-fico feliz que tenha encontrado alguém...

Wolvie: Sei que uma parte tua pode até tá feliz... Mas ‘cê não consegue mentir pra mim, Jeannie... Que que tá acontecendo? Você e o Scott...

Jean: Não! – ela interrompe - nós estamos bem... É só que... Ah! Eu não consigo ser tão sincera quanto ela!

Sorri, mexendo nervosamente no cabelo. Tentando não parecer nervosa, mas isso é impossível. Tudo exala um cheiro, até mesmo uma Jean nervosa. Ele aproxima-se, segura as mãos dela e diz:

Wolvie: Olha, ruiva; nunca vou deixar de sentir o que sinto por você. Já que ‘cê escolheu o almofadinha do Scott, eu não posso fazer nada pra mudar isso... Nesses anos todos o amor amadureceu e transformou-se num grande respeito e numa vontade louca de que ‘cê seja feliz! Por isso, se essa situação te incomoda, Jeannie, eu quero saber, falou? Eu preciso saber! Porque se tem algo no mundo que eu detesto e que faria com que me detestasse seria te deixar triste.

Uma lágrima escorre pelo rosto de Jean. Realmente, ele sabia o que falar para deixá-la totalmente muda. Em sua mente, passam as cenas em que ele a salvou da morte, os momentos em que apenas um olhar dele servia para trazê-la de volta à realidade. Ela se desvencilha dele, passa sua mão no rosto enxugando as lágrimas:

Jean: Logan, também quero que você seja feliz. O Scott é uma pessoa difícil de lidar. Mas eu me sinto bem com ele, na maior parte do tempo... Não é fácil pra mim, mas eu te peço tempo para me acostumar com a ideia, está bem? Estou realmente feliz por você! – termina de falar e ele ouve em seus pensamentos: "Você tem muita sorte, Logan! Ela te ama muito e, pelo que eu posso sentir, você também a ama. Sejam felizes!"

Beija-o na face e sai, deixando-o com seus pensamentos...

De volta à sala do professor, Ohana ainda traz estampado no rosto as impressões de espanto quanto à tecnologia do lugar.

Prof. X: Bem, Ohana, é isso que temos a oferecer. Em troca, queremos sua dedicação e algum comprometimento com nosso "modus operandi". Afinal, não gostaríamos de treinar futuros assassinos aqui. – termina assim o maior telepata do mundo.

Ohana: Sr. Xavier, gostei do que vi e sinto que posso ser mais útil aqui do que tentando levar uma pretensa vida normal. Parece o ápice de minha vida. O porquê de minha existência...

Resume a ruiva, enquanto todos os sentimentos e pensamentos, unidos numa enxurrada de felicidade, contentamento e completude, permeiam o Professor X, fazendo-o ter certeza de haver escolhido certo.


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Notas finais do capítulo

Ueba! As conversas preliminares são boas ;)
E Jean ter se dado bem com Ohana deixa tudo mais fácil!!



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