Momentos da Vida (Wolverine e Ohana) escrita por lslauri


Capítulo 38
Finalmente, te peguei!




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texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

—-

FINALMENTE, TE PEGUEI!

Do lado de fora, a noite já ia densa, e não demora muito tempo para Logan chegar ao local e, menos ainda, para conseguir sentir dentro daquela mescla de cheiros um bastante peculiar, pois, diferentemente dos outros, não tinha nenhuma nota de pavor, ou medo. Era uma espécie de cheiro neutro de sensações, como se fosse possível estar em uma montanha-russa e não gritar. Respirando fundo e gravando em seus registros aquela essência, a perseguição começa. Dessa vez, não mais pela rua, mas pelo telhado de casas e armazéns. Aquela área de Tóquio era totalmente deserta à noite, facilitando ainda mais o trabalho do canadense:

Wolvie: Hum... O cheiro acaba aqui. Tá confuso... E cada hora eu me distancio mais do centro. Parece que ela quer ser seguida... Acho que não sabe com quem tá lidando... – agachado sobre o telhado de um armazém de frutos do mar.

A intenção da assassina tinha sido mesmo essa: afastar Logan do centro e deixar seu olfato confuso, afinal, ela sabia tudo sobre ele! Tudo o que tinha para se saber, até mais do que desejava!
Quando pensa em levantar-se, Logan é acertado por um chute em sua costela. Um chute muito bem dado, com uma força incomum para uma atacante feminina! Rolando na direção do impacto e se levantando logo em seguida, ele nada vê e, com o cheiro de peixe, nada sente, dificultando sua defesa. Sem seus sentidos super aguçados, ele estava em desvantagem! Ainda tinha sua audição, mas foi incapaz de ouvir qualquer rumor em sua direção. Quem quer que fosse, era capaz de levitar! Pois não deixava rastro sonoro!
Tentando ao máximo captar algo, mínimo que fosse, é novamente acertado e jogado longe, por um golpe cheio de energia em suas costas.
Uma das aulas principais em defesa pessoal é: não tente absorver o golpe, deixe-se ir na direção dele e faça com que a energia dispendida pelo adversário perca-se.
Era somente isso que Logan podia fazer. Projetando o corpo para frente e sentindo gosto de sangue na boca, o mutante faz de seu corpo uma bola e para a alguns metros de distância, passando a mão na boca e sorrindo sarcástico:

Wolvie: /Depois dizem que os homens são covardes quando batem numa mulher. E uma mulher que bate num homem, sem que ele possa se defender, o que é?/ - cuspindo o sangue, enquanto pensava em como sair dali para poder ter seu olfato como vantagem – /Não quer ir para um lugar mais aberto? Um combate justo?/

Como resposta, uma cápsula de clarão que o cegou momentaneamente e, depois dela, uma sucessão de golpes, todos muito bem colocados em pontos de pressão, fazendo o mutante ajoelhar-se para que seu corpo pudesse cuidar de se recuperar. Tentou dar alguns golpes, sem usar as garras, apenas para ver se conseguia tocar alguma coisa. Em vão. A rapidez da atacante era impressionante! E, para Logan, o deslocamento suave do ar, milésimos de segundos antes de cada golpe, foi suficiente para mostrar que a moça era franzina, acima de tudo!

Wolvie: Aarrrgggghhhh! *snikt* Come isso! – e começa um ataque de fúria, depois de apanhar por alguns minutos sem revidar.

"Ai!" – um som mudo é ouvido há alguns metros dele. Logan olha a garra e percebe um filete de sangue.

Wolvie: /Ah! Então ‘cê sangra?! Isso é bom, estamos em pé de igualdade!/ - olhando para a direção do som.

Nesse momento, ele consegue divisar um vulto negro correndo, muito mais que velozmente para o lado:

Wolvie: /Que é? Não ‘tá a fim de lutar contra quem consegue te enfrentar? Prefere matar crianças e pessoas inocentes?/ - tentando deixá-la nervosa para que ela erre em seus golpes.

Mas parece que não tinha muito efeito! A cada dois minutos, com um pouco menos de força no golpe dado com as pernas, ela o acertava, sem soltar um som:

Wolvie: /Hum... Ao que parece, acertei sua perna, né? Ou ‘cê ‘tá se cansando? Porque eu posso ficar aqui por muito tempo, garota.../ - segurando uma costela trincada e cuspindo sangue novamente, enquanto ria da situação e de si mesmo - /Não sabe falar? Cortaram sua língua? Foi o Tentáculo que te mandou? Se queria chamar minha atenção com os ataques e as mortes, conseguiu.../

Nesse momento ela para e começa a rir, mas seu riso vinha de vários lugares, como se Logan estivesse cercado por muitas garotas:

Atacante: /Não queria chamar sua atenção, estava treinando, apenas. Fui treinada para te matar, programada, mais precisamente.../ - o som abafado da máscara que ela usava mais parecia o som de um fantasma.

Wolvie: /Acho bom pegar sua senha e entrar na fila, gatinha... Porque tem uma porrada de caras mais durões tentando fazer isso!/ - tentando focar no som, tentando perceber um cheiro.

Percebe dois sinais luminosos vindo em sua direção. Eram duas shuriken (estrelas de prata usadas pelos ninjas) das quais desvia, sem conseguir desviar das que vieram a seguir, sendo acertado por uma delas, de raspão. Não demora nem mesmo um minuto para sentir seu braço formigar e queimar. Ela estava envenenada! E, pela rapidez com que se espalhava, pelos sintomas, ele percebe que era um concentrado de veneno de baiacu. Sua saliva começa a secar, sente frio e calor ao mesmo tempo, seu coração bate descompassado e o mutante sente uma falha em seus pulmões.

Wolvie: /Ah! Mas... que ironia!... Com tanto... veneno no mercado,... tinha justo que usar... de baiacu?!/ – com a voz cortada, prossegue – /Isso... me traz... péssimas recordações... Me dá só um minuto... pra eu me recuperar... e... você vai ver!/ - tombando de frente e apagando, momentaneamente.

A oponente fica alerta, mantendo uma distância de segurança e tentando perceber se ele ainda estava respirando. Mas, na ânsia de cumprir sua programação, ela chega perto, bem perto! Talvez, fosse a curiosidade em saber se havia cumprido seu programa ou, quem sabe, certo arrependimento por ter drogado tanto o canadense que não daria a ele a chance de morrer com honra, lutando. Seria somente chegar lá e cortar fora sua cabeça... Fica sempre difícil precisar o que se passa na mente de alguém que sofreu lavagem cerebral, em tenra infância e passou a ser uma assassina calculista, mas a verdade é que ela se aproximou e o alvo continuava imóvel. A franzina guerreira chegou bem perto, munida de sua katana e, encostando a lâmina desta na face de Logan, fez um corte profundo nele, afundando alguns centímetros da lâmina e percebendo o rubro manchar o metal e a pele do canadense. Nem mesmo um movimento facial, nada! Estava mesmo inconsciente e, agora, era necessário garantir sua morte.
O organismo do mutante lutava internamente pela sobrevivência, por isso o corte da espada não cicatrizou tão rápido quanto deveria.
Em sua mente, lembranças desagradáveis, suas mais comuns companheiras, apareciam vez ou outra, reforçando memórias passadas, fazendo a decepção e o ódio aparecerem novamente de uma forma que ele queria esquecer! Continuamente, as palavras de Mariko apareciam em sua mente: "me liberte, meu amor! Me liberte!" e, assim como em seus pesadelos, durante muitos anos após esse incidente, Logan ejetou suas garras e libertou seu amor do sofrimento causado pelo veneno. Uma morte rápida para ela, totalmente penosa para ele!

Na mansão X, certa ruiva estava no jardim, cuidando de algumas roseiras quando levou uma enorme pontada na parte interior do cérebro:

Jean: Logan! – balbucia – Está em apuros! – fecha os olhos e concentra-se. Para a mente mais poderosa do planeta, alguns quilômetros de distância nada significam. Ela consegue sentir a falência momentânea dos órgãos do canadense, revê as últimas cenas da luta e prevê o que acontecerá a seguir! Utilizando a imagem de Mariko que Logan estava vendo, Jean o induziu a abrir os olhos e ficar de prontidão!
Assim que abre os olhos, ele vê um clarão de metal em sua direção e, sua primeira ação foi bloquear o ataque com as duas mãos, segurando a katana como se fosse um pedaço de madeira! A lâmina entra um pouco em sua pele, mas para nos ossos revestidos de adamantium e, aproveitando a perplexidade da atacante, Logan pula sobre a mesma e a imobiliza num contundente golpe de judô. Ela tenta - desesperadamente – soltar-se, mas o peso do oponente e a complexidade do golpe tornam a fuga impossível:

Atacante: Ah! – berrava – /Me solta! Eu tenho que te matar! TENHO!/ - debatendo-se com uma força inútil, mas incomum para alguém de sua estatura.

Wolvie: /Isso/ – enfiando apenas uma das garras no ombro esquerdo da ninja – /é por ter me envenenado!/ - seus olhos brilhavam com um estranho fervor, como se o próximo ataque fosse mortal.

A atacante grita, misturando dor e raiva, decepção e desânimo.

Wolvie: /Agora, a gente ‘tá quites e eu quero que me responda uma coisa. Vou perguntar UMA vez só: QUEM te mandou?!/ - ejetando as outras duas garras da mão direita.

A mulher começa a rir e fala:

Atacante: /Você é mais burro do que eu pensava! Será que não percebe?! Sua farsa foi revelada! Eu sei TUDO sobre você! Sei como mentiu para me impedir de te matar, mas Akatora-san abriu meus olhos! Ele/* - Logan a solta, dando um berro:

Wolvie: /AKATORA?! MAS, QUEM É você?!.../ - não dando tempo de ela fugir e arrancando o capuz dela - /Não!... Não pode ser você.../ - com um olhar totalmente desanimado - /O que te fizeram... AMIKO?!/ - soltando-a completamente e dando alguns passos para trás, deixando cair a espada.

Amiko: /O que VOCÊ me fez?! Sempre parecendo como um benfeitor, um amigo! Eu cheguei a te considerar meu PAI! Não faz ideia de como eu fiquei quando descobri a verdade!/ - também dando uns passos para trás e colocando a mão no ombro, tentando estancar o sangue.

O canadense estava mais perplexo do que nunca em sua vida! Ele, apesar de não ter podido criá-la como gostaria, a considerava uma filha! A primogênita! A amava, com todas as suas forças e, pelas costas, ela o traía...

Wolvie: Vo-você me traiu... Co-mo?! O que eu fiz de tão ruim pra merecer isso? Sei que não fui o pai ideal, mas Yukio, com certeza, foi sua mãe e seu pai!

Amiko: /EU te traí? Você deve ter perdido totalmente o juízo! Ou é muito dissimulado! Eu sei que VOCÊ matou minha verdadeira mãe! Eles me contaram! Akatora me contou a verdade!/ - também baqueada pela reação do mutante. Ela não esperava ver aquele olhar vindo de um assassino...

Imagens difusas, de um passado não tão distante, mas imerso no esquecimento: uma tarde, quando Logan finalmente pôde ir visitar Amiko e Yukio; uma bicicleta de presente que nunca foi entregue; ninjas do Tentáculo no apartamento de Yukio. A caçada começa! De um lado, Logan, Yohei e a chefe do Clã Jade. Do outro, cyber ninjas e um mané metido a estrela de cinema: Akatora! Logan pensou que aquilo tinha acabado, mas, ao que parece, mesmo depois de morto, ele causava problemas...

Wolvie: /Como 'cê pode pensar, depois de todos esses anos, que eu matei sua mãe, Amiko?! Eu te salvei aquele dia! Não se lembra?/ - sua voz estava embaçada pela emoção e pela vontade de chorar. Amiko não podia crer no que via!

A ninja sacode a cabeça, tentando concatenar as ideias, tentando entender o que havia acontecido naquela tarde. Segurando a cabeça forte, como quem quer arrancá-la, ela tenta, desesperadamente, entender suas ideias e pensamentos. Entender como um assassino estava agindo daquele modo! Compreender por que ela não era capaz de terminar aquilo que foi programada para fazer?!

Amiko: /Não! Não pode ser! Você é mau! Não eu! Você MATOU minha mãe! Foi o que eles me disseram... Eles... Não!/ - nada fazia sentido, imagens reais rivalizavam com memórias impostas, não tão profundas como os implantes de Logan, mas, ainda assim, preocupantes.

Todas as violências que ela impôs às suas vítimas passam por sua mente. Flashes de crianças, idosos, jovens. Vidas destruídas por algo que ela acreditava ser a única solução para a morte de sua mãe. O único meio de viver em paz! Todas vinham assombrá-la, negando a paz que o Tentáculo a fez crer que existisse na morte...
Novamente tomada pelo pânico, ela começa a alucinar e balbuciar palavras desconexas, tanto de momentos passados como presentes. Seus olhos batem na katana, caída a alguns metros na frente de Logan e, num movimento rápido, ela se apossa de uma das mais perfeitas armas brancas já feitas na Terra.

Amiko: /Eu não sei o que você fez comigo, mas nada vai me impedir de terminar meu serviço! Nada!/ - tomando posição de ataque.

Wolvie: /‘Cê tá certa, guria... Se eu fui incapaz de perceber que cê precisava de ajuda, eu mereço morrer!/ - se ajoelha e fecha os olhos, inclinando a cabeça para trás e deixando seu pescoço à mostra.

Outro baque! Ela titubeia, a espada quase cai de sua mão, seu corpo vai para o ataque, mas sua mente desvia o alvo, acertando um tubo de ventilação próximo.

Amiko: AAAAHHHH! – grita, para dar o golpe – /Você nunca me amou! Mas eu sou tão insignificante que não consigo matar você, gaijin!/ - ajoelhando-se e caindo com o rosto no chão.

O mutante sente o ar do golpe passar bem perto de si, imagina sua cabeça sendo separada do corpo e sua dor, cessando. Imagina a tristeza das poucas pessoas importantes em sua vida; pensa em Ohana como se fosse a última vez. Mas, curiosamente, nada disso acontece. Ele ouve um grito desesperado e um desabafo de alguém que nunca soube as reais limitações de ser um X-Man. Contudo, o que mais o fere é a palavra "gaijin", proferida entre dentes, sem o mínimo de afeto. Será que era isso que ele era? Um mero estrangeiro? Um desgraçado incapaz de fazer aquela mulher na sua frente entender que, por muitos e muitos anos, ela foi a única razão para que ele continuasse vivo? Que os pouquíssimos minutos passados juntos eram o tônico para a vida daquele mutante?
Ele poderia dizer tudo isso, poderia tentar expressar-se bem, tentar explicar, todavia, o cheiro de terror que ela havia deixado ainda queimava suas narinas! Ela matou centenas de inocentes! Centenas! Como isso poderia ser perdoado? Como eliminar da mente o fato de ter recebido ódio em paga do amor?!

Wolvie: /Eu acho bom você me matar, guria! Porque eu não ‘tô raciocinando direito! Se me deixar vivo, pode ser que a última coisa que ‘cê veja seja um gaijin!/ - rosnando, tentando segurar o ódio.

Amiko: /Você não entende, não é?! Eu não consigo te matar!.../ – soltando totalmente a espada – /Parece que todas as coisas que Akatora disse eram mentiras! Estou começando a lembrar de tudo.../ - a voz emudece, ela ajoelha-se e chora copiosamente.

Wolvie: /Agora tu lembrou de tudo? Depois de ter matado centenas de inocentes? Como pode ser?! Que tipo de lavagem fizeram em você pra que matasse tanta gente e não conseguisse me matar?/ - levantando-se e indo até ela, contendo o ódio.

Amiko: /Acho que era esse o plano. A "vingança" maior do tentáculo: fazer você matar, de novo, alguém que você ama... Vo-você me ama, Rogan?/ - sem ter coragem de levantar o olhar.

O canadense é pego de surpresa pela frase e pela pergunta. Seria mesmo a vingança ideal, aliás, a vingança perfeita! Todos esses pensamentos fazem o ódio sumir devagar e restar a indignação diante das mortes inocentes.

Wolvie: /Se eu te amo?... Como tu pode me perguntar uma coisa dessas, guria?! Durante anos, você foi a razão para que eu vivesse, pra te ver crescer, te ver dar felicidade à Yukio... O fato de vir te ver, pelo menos uma vez por ano, me fazia ter coragem, ter – até mesmo – fé... *suspiro* Jamais pensei que meu amor fosse questionado por você. Jamais vou me perdoar por não ter visto que você precisava de mim. Como sempre, eu falhei! Falhei contigo, com a Yukio e, por isso, comigo mesmo, pois vocês foram minha razão de viver!/ - ajoelhando-se na frente da pequenina.

Amiko: /Não foi você quem falhou!/ – chorando - /Fui eu! Fiquei cega em meu ódio, no ódio da morte de minha mãe que não percebi mais nada em volta.../

Wolvie: /A culpa não foi tua, foi lavagem cerebral, Amiko... Eu sei o que isso pode fazer com uma pessoa.../ - abraçando-a.

Amiko: /Como você pode me entender depois de tudo que fiz? Não sou digna de sua compaixão!/ - levantando-se abruptamente e indo pegar a katana.

Wolvie: /Não foi você quem fez, eles usaram você; eles são os culpados! Ninguém mais... Só que não tem mais ninguém pra ser punido, tão todos mortos, sacou? Foi a cartada final deles, fazendo o mal mesmo da cova... O que tu pretende com essa espada, guria?/ - fazendo menção de pegá-la.

Amiko: /Acabar com essa vergonha do único modo que conheço, Rogan.../ - colocando a espada na direção de sua garganta.

Wolvie: /Essa é uma das partes que eu nunca concordei na cultura japonesa, não tem honra nenhuma no suicídio. É fácil fugir dos problemas pela morte, Mi... A coisa honrosa é ficar e enfrentar os problemas com dignidade, eu vou estar do teu lado.../ - completa, olhando para o lado e meio surpreso com o que vê.

Yukio: /Nós vamos estar.../ – com os olhos banhados em lágrimas – /Eu acabei seguindo o Logan e fiquei escondida. Só que eu fiquei escondida por muito tempo, acho que foi esse meu erro.../ - curvando-se para a mulher - /Não importa o que nossa cultura diga, enfrentar a Vida é muito mais honroso mesmo. Seja dona dela, senão, o Tentáculo terá ganhado a luta. Eles estão prevendo que você faça isso, não dê esse gosto a eles!/

Amiko: /E como eu irei viver com os rostos das pessoas que matei?! Velhos, crianças, adultos?! Eu não conseguirei mais dormir! Não serei capaz de me olhar no espelho, de estar ao lado de vocês! Sou um fardo para esta família!/ - fechando forte os olhos e largando a katana.

O barulho seco do metal sobre o telhado parece que nunca seria ouvido. A espada demora a completar seu curso, tilintando demoradamente no pavimento e soltando reflexos de luz em cada um dos presentes.

Wolvie: /Você deve aceitar seus erros e aprender com eles; por algum tempo, esses fantasmas irão te atormentar, e será necessária muita força de vontade para não enlouquecer... Só que eu sei: tu tem essa força, guria! Sempre teve, por isso você sobreviveu. Não fui eu quem te salvou, foi você mesma! Vai dar essa chance pra gente? Como uma família, vamos passar por isso!/ - Abraçando Yukio pela cintura e indo na direção de Amiko.

Os três se abraçam e as duas choram muito. Logan não tinha o que chorar, já que a imagem das vítimas ainda estava viva em sua mente. Cerrando os dentes e não dando a perceber, eles iniciam a longa jornada de volta ao subúrbio de Tóquio.


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