Momentos da Vida (Wolverine e Ohana) escrita por lslauri


Capítulo 37
Dívidas de Sangue são Difíceis de Pagar




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texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

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DÍVIDAS DE SANGUE SÃO DIFÍCEIS DE PAGAR

O tempo passado na mansão somente ficou claro ao sair e perceber os últimos raios de sol no horizonte. Ao que parece, a Deusa Amaterasu (Deusa do Sol) estava fugindo mais uma vez, privando os mortais de seu conforto e segurança, deixando-os à sua própria sorte na noite que iria começar.
O próximo lugar era uma pequena exposição de arte. Na verdade, um galpão com muito vidro e lustres, segurança máxima e espaço para os mais badalados objetos. Se alguém da alta sociedade japonesa quisesse um local para expor suas preciosas obras de arte particulares, aquele seria o local perfeito! Se não se contasse com o fator: assassino maníaco! Logan já sabia, somente de olhar, que aquele local nada teria a acrescentar à "investigação". Não havia vestígios de luta, nenhum vidro havia sido quebrado e, segundo o responsável pelo chamado daquela noite, o tapete central – agora um felpudo pelo de carneiro imaculado – mais parecia um imenso mata-borrão vermelho.

Wolvie: /O lugar tá mexido demais, saca? Se eu não puder encontrar algum lugar que não tenha sido mexido, fica difícil trabalhar... Que exposição estava tendo aquela noite?/ - apenas olhando pelos vidros, tentando apurar os sentidos, mas sem parecer interessado.

Policial: /Eu entendo... Mas o local não estava com seus donos naquela noite. O senhor deve entender que está diante de um dos aluguéis mais caros do Japão! Não é um "acidente" que vai impedi-los de continuar, entende?/ – ao que Logan acena positivamente – /Era uma exposição de diamantes... De um colecionador particular. Uma das maiores gemas, encontrada no Brasil, pertencia a esse senhor... Agora, ele não precisa mais dela.../ - tirando o quepe.

Wolvie: /E pra que alguém ia roubar um negócio desses? Alguém está de olho no mercado negro? Pode ser que ele tente vender, trocar! Sei lá! Fazer diamantes menores!/ - desistindo de olhar na galeria. Pois o lugar estava mais limpo que pia de hospital.

Policial: /Já lançamos um aviso sobre isso. Mas, até agora, nada! E já se passaram dez meses... Sabe, um amigo meu no departamento, responsável pelo perfil psicológico me disse que essa pessoa não tem um padrão e que isso é a primeira vez na carreira dele! Chegou-se a cogitar a possibilidade de ser mais de um, mas o "modus operandi" é o mesmo, sem, contudo, ter uma base sólida... Ele sempre ataca a alta sociedade. Algumas vezes, modifica os corpos para parecerem alguma cena de cinema, outras, somente mata, sem deixar as vítimas sofrerem. Os produtos que rouba são, aparentemente, aleatórios! E, por isso, não encontraram um padrão! Estamos de olho em qualquer tentativa de venda das peças, ou mesmo, na possibilidade de ser um assassino de aluguel. A nossa rede de comunicações está em alerta! Esse é o caso número um em qualquer investigação e/*

Rádio: *ruído de estática*/Chamando todos os carros! Chamando todos os carros!/ *ruído de estática* /Todas as unidades, qsl na Rua Sakura, numeral décimo oitavo sexto! Repito, Rua Sakura, décimo oitavo sexto! Suspeita de assalto em andamento. O local é um museu. Chamada dirigida para todos os carros nas proximidades./ - sentenciava uma voz feminina dotada de nenhuma emoção, por anos de serviço.

Policial: /Vamos! Talvez, essa seja sua chance de conseguir uma pista mais "fresca" do assassino!/ - abrindo a porta rapidamente e já dando partida no carro.

O canadense quase não tem tempo de pular no assento do passageiro, segurando-se como podia para não acabar sendo jogado fora do carro em movimento. Assim que consegue fechar a porta, fica impressionado com a habilidade do jovem policial em dirigir. Mas, lembra-se de todos os vilões que já o tinham inferiorizado antes de começarem a lutar e como eles haviam mudado de opinião, nos primeiros momentos da luta. Realmente, não era prudente julgar alguém em seu primeiro contato!
Graças à perícia do motorista, chegaram primeiro que qualquer outra viatura e, assim que encontram o museu em chamas, apressam-se em tentar ajudar, de algum modo, caso houvessem sobreviventes.
O policial fez o que lhe competia: avisar os bombeiros de que eram necessários ali. Já Logan, também fez o que lhe competia: entrou correndo no meio dos escombros, assustando o jovem policial:

Policial: /Não entre aí! O lugar todo pode desabar!/ - com o alto falante da polícia.

O mutante ouviu, mas não se incomodou. Sabia da emergência do momento e, especialmente, queria ter a oportunidade de encontrar com o responsável por aquilo ou, ao menos, com uma de suas vítimas ainda viva! Várias partes de sua roupa começavam a queimar e algumas mechas de seu cabelo também, mas o cheiro geral do incêndio não deixava perceber esses "detalhes". Logan teve que se controlar para não sair dali. O cheiro forte de madeira, tinta, tecido e carne era quase insuportável para alguém com o sentido olfativo tão desenvolvido! Tinha um leve ar de gasolina também, comprovando que havia sido um incêndio criminoso. Como se chamas pudessem ser tão fortes com os materiais encontrados no local. Uma ajuda externa tinha mesmo de ter acontecido. Andando alguns metros mais para dentro do fogo, o canadense percebeu que o sistema anti-incêndio não estava funcionando. Nem mesmo uma gota de água estava sendo jogada sobre as caras obras de arte e objetos antigos do local.
Olhou mais adiante, assim que sentiu um cheiro de vida, mesmo que um cheiro tênue como aquele! Correu:

Wolvie: /Não se preocupe, nós chegamos e vamos te ajudar! Apenas, não se preocupe e cuide para ficar viva!/ - agachado que estava ao lado de uma mulher quase nua, com queimaduras em várias partes do corpo.

A vítima mal conseguia falar, com os primeiros socorros de Logan, ela conseguiu sentar-se, porém, sentia muita dor. Não conseguia ficar parada, movimentava-se, sussurrava. O mutante tentava acalmá-la, mas, não demorou muito para ela começar nas últimas agonias da morte. Havia perdido muito sangue e estava também extremamente debilitada psicologicamente:

Mulher: /Não... vou... viver. O-o... brigada por tentar... Mas.../

Wolvie: /Não diga isso! Vamos te ajudar! Você também vai nos ajudar!/ - segurando-a, mas ela tentava se soltar.

Mulher: /Vocês precisam saber *cof* uma coisa: não é... um.. um.../ - desmaia.

Logan a pega no colo e começa a sair daquele lugar sufocante, era demais pedir para que ela conseguisse falar ali, ou mesmo, pedir para que qualquer outra coisa vivesse! Assim que começa a chegar na parte de fora a mulher desperta, totalmente fraca e solta, juntamente com seu último suspiro:

Mulher: /um homem!.../ - e morre.

Deixando um mutante muito possesso da vida, tentando reanimá-la na calçada, enquanto os guardas tentavam chegar perto e mostrar que nada mais podia ser feito. Apontar que naquele caso, a morte havia sido uma bênção, pois várias partes do corpo estavam severamente queimadas. Mesmo assim, Logan tentou reanimá-la por mais de cinco minutos, dando olhares muito raivosos para quem tentava dissuadi-lo!
Para ele, ser um X-Men dava mais obrigação que prazer. A obrigação de cuidar das pessoas inocentes e de tentar, a todo custo, fazer a vida prevalecer. Era difícil aceitar uma derrota, ainda mais a de alguém tão corajoso a ponto de dar uma pista tão importante para a polícia como a do sexo do assassino!

Voltando a entrar no museu, agora acompanhado de uma equipe do corpo de bombeiros que o obrigou a usar os aparatos de segurança, as chances de encontrar alguém vivo eram remotas. Contudo, eles persistiam nas buscas, inclusive tentando recuperar alguma peça de arte que não tivesse sido totalmente destruída. Os objetos contidos ali eram únicos! Seu valor poderia ficar dez vezes maior se passasse por um acidente desses e conseguisse ser recuperado. Esse fato deixava Logan andar à margem da equipe, ele não estava interessado em nada material. Apenas nas vidas que poderia salvar.
Passaram exaustivas horas naquele lugar. O faro do mutante ajudava nas buscas e, ao final, contaram dez mortes, em sua maioria de pessoas responsáveis pela segurança. O corpo da primeira mulher foi reconhecido por uma parente como sendo o da curadora do museu.

Parente: /Ela sempre ficava até mais tarde! Amava essas obras!/ - abafando a voz num choro realmente sentido e convulsivo.

Uma das enfermeiras ajudou-a a sentar e ministrou um calmante, dando os primeiros cuidados.
O restante dos corpos foi sendo reconhecido, pois as equipes de filmagem chegaram ao local e a notícia se espalhou. Enchendo a rua de curiosos. A pedido da polícia, o fato do sexo da meliante não foi revelado. Todos os corpos foram dados como encontrados sem vida e apenas se permitiu a mídia para efeito de um maior reconhecimento das vítimas.
Logan saiu logo que a primeira câmera chegou. Odiava o tendencionismo da televisão e, para evitar maiores problemas, resolveu voltar para a delegacia, pois era tarde da noite. Veria Ohana e contaria as novidades à Hidochi, não que ele já não as soubesse, através do rádio. Mas, alguma estratégia tinha de ser montada para que o canadense estivesse na próxima cena do crime, antes que ele acontecesse!
A pequena jornada de volta foi mais que monótona. O responsável para levá-lo à delegacia não era de muita conversa, fato que Logan agradeceu, pois odiaria ter de faltar com respeito a um oficial da lei, especialmente se este quisesse detalhes do resgate no museu. Chegou no destino quando já era madrugada alta, poucos policiais faziam guarda. Na sala de entrada, apenas uma mulher com um roxo nos olhos, ao lado de um homem um pouco bêbado discutiam; num outro canto, uma prostituta estava com cara de enfado, explicando que não estava fazendo nada errado, apenas atendendo um cliente! Uma noite tranquila por ser no centro de Tóquio.
Ele ia entrar sem fazer muita cerimônia, mas ao passar por uma das portas e sentir o cheiro de Ohana atrás dela e o silêncio da sala, parou e abriu cuidadosamente a pesada porta de madeira; tudo para ver a mulher dormindo silenciosamente em um sofá que se tinha pouco de confortável, não demonstrava.
Agachando-se ao lado do rosto dela, Logan sorri pela primeira vez, subtraindo da mente as partes mais complicadas do dia. Apenas olhar para aquela mulher lhe trazia uma paz ao coração que ele jamais tinha experimentado, era divino! Era assustador! Baixando a cabeça, desiste de levantar quando a respiração da ruiva fica um pouco mais pesada e seu sono deixa de ser tranquilo para mostrar-se um pouco conturbado. Era o início de um pesadelo que se formava e tomava corpo com as palavras de Matsuo sobre a suposta maldade de Logan. Na mente de Ohana, aquela parte da mente que faz um balanço de tudo que aconteceu durante o dia e tenta codificar de maneira a ser entendido e fixado pelo cérebro, aparecia um canadense totalmente animalizado, com olhos parecendo sangue e risada de hiena, rasgando todo o ambiente ao redor com suas garras de metal, chegando cada vez mais perto dela, atacando-a. Nada do que tentasse fazer era capaz de afastá-lo, até que um outro, igual ao atacante, contudo, com olhos compreensivos e amigos aparece na cena e começa a defendê-la. Acaba ganhando da fera e sentencia que aquele momento tinha passado. Era chegado o momento da justiça e não da selvageria. Abraçando-a, o pesadelo passa e, lentamente, Ohana abre os olhos, dando de cara com Logan que a observava preocupado:

Wolvie: ‘Tava tendo um pesadelo, ruiva?... – colocando a mão no ombro dela.

Ohana: Wolvie! Você voltou! – sentando-se no sofá e puxando-o para sentar-se ao lado dela. – Conseguiu resolver o caso? – abraçando-se fortemente a ele, tendo a certeza de que ele era o vencedor de seu sonho.

Wolvie: Ainda não... Ao invés disso, ela atacou mais uma vez...

Ohana: Ela? Como você sabe que é uma mulher? – voltando e olhando atentamente para o marido. As rugas em sua testa deixavam claro como o dia tinha sido cansativo.

Wolvie: Antes de morrer, uma das vítimas me contou. ‘Tô cansado, gata... Cansado de toda essa maldade. O tempo passa, mas o ser humano continua fazendo o mal... – agora era a vez de ele procurar abrigo nela, deitando a cabeça no ombro da mulher.

Ohana nada diz, não existem palavras que servissem de consolo, nem que ajudassem. Ele estava certo, a maldade parecia algo patente no ser humano... Algo que não precisa de desenvolvimento, algo natural. Acariciando o cabelo do marido, Ohana deixa claro que concorda e que também está cansada disso. Passam alguns minutos assim, aninhados. Parecia que Logan tinha ido recarregar as forças na fonte que era Ohana e, depois de estar com o marcador em "cheio", resolve prosseguir. O quanto antes desvendasse isso, o quanto antes poderia resolver seus outros problemas...

Wolvie: Eu tenho que falar com o Hidochi. Tenho que acabar com isso antes que ela mate de novo! – falava da boca pra fora, mas sem mover um músculo para se levantar – Mas eu queria não precisar...

Ohana: Eu queria poder te ajudar, amor... Mas você deve seguir seu coração. E eu sei que ele quer que você resolva logo isso. Senão, você não seria um X-Men. Não é? – sorri, com compreensão.

Wolvie: É... Acho que tu ‘tá certa... Quando disse "amor" – ele sorri e respira fundo – Eu não quero me transformar no Scott, ruiva... Que faz as coisas porque devem ser feitas! Não porque é isso que ele sente e quer...

Ohana: Você nunca vai ser como o Scott, Loggie! Você tem seu coração pra te guiar, viveu experiências que ele nunca vai viver e, por isso, nunca vai fazer aquilo que não acha certo, mesmo que o resto do mundo ache! – sorri, passa a mão em sua barba – Me diz, por que você está tentando achar essa assassina? O que está te incomodando?

Wolvie: O fato de o Hidochi se dar bem, politicamente, se ela for presa. Eu não ‘tô querendo que o cara vença pelos meus esforços, Ohana... Mas também, não posso deixar que outros inocentes sejam mortos por causa disso, sacou? ‘Tô entre dois problemas...

Ohana: Então, resolva os dois, oras! Prenda a assassina e faça com que esse fato seja conhecido da mídia, deixe claro que o Hidochi não é responsável pelo sucesso dessa missão!

Wolvie: Não tinha pensado nisso, gata. Até que é uma opção interessante e, com certeza, eu faria isso, se estivesse sozinho – passa a mão no rosto dela -, mas não quero arriscar mais nada, agora que não sou mais só responsável por mim.

Ohana: Você acha que ele tentaria algo contra mim?! – franzindo a sobrancelha.

Wolvie: Sem pestanejar! Se ele quer vencer na política, os resultados justificam os meios. E eu sei que ele é bem determinado a ponto de fazer isso... Mas, e com você, ‘tá tudo legal? Como foi o depoimento?

Ohana: Eu estou bem. Claro, não foi bem essa lua-de-mel que imaginei – os dois riem – mas, também não tenho do que reclamar. Me trataram muito bem, tiraram aquelas roupas desastradas de mim – mostrando o moletom comum que vestia – e, pra completar, posso dizer que Matsuo não vai mais atrapalhar a gente. Você estava certo sobre o fim dele estar próximo. Foi encontrado morto, logo depois que saímos. Foi decapitado!... Deixaram um bilhete dizendo que essa tinha sido a vontade dele, desde o primeiro ano depois da morte de Mariko. Ao que parece, ele havia pagado um matador de aluguel pra isso e ele era um cara que cumpria suas promessas...

Wolvie: É... Não é a morte que ele quis, mas essa, eu nunca daria! Eu jamais ia dar a mesma "honra" da Mariko pra ele, jamais... – sua voz embargou no nome de Mariko e Ohana não teve coragem de perguntar nada a respeito. Ela sabia que o momento para exorcizar os espíritos chegaria, cedo ou tarde... E, aquele, ainda não era o momento.

Treinando um levantar do sofá, parece que todos os músculos estavam contra o que sua mente mandava. Eles queriam permanecer ali, ao lado da pessoa mais importante do momento. A pessoa que Logan escolheu para ser "só sua", não que existisse possessão nesse ato, pois ninguém é dono de ninguém, o canadense sabia muito bem disso. Mas ele a escolheu por sentir que seus pensamentos eram os mesmos, que suas ações, frente a determinadas circunstâncias, eram extremamente parecidas. Ela era "só sua", assim como dela ele era. Sem posses, mas com entendimentos e compreensões além das meras palavras.

Wolvie: Eu tenho que ir, Ohana. Vou tentar resolver uma coisa por vez – coloca a mão na coxa dela e ensaia levantar o corpo, mas acaba virando o peso para o rosto da mulher e a beija.

Ohana sente que aquele beijo era mais um desabafo que qualquer outra coisa. Tinha mais de pesaroso e pouco de carinho. Mas ele precisava e, mesmo sentindo que uma lágrima começava a se formar em seu olho, a ruiva resistiu ao choro diante da impotência de ajudá-lo e retribuiu. Pareceu funcionar, pois o canadense saiu mais leve daquele encontro, deixando a mulher um tanto acabrunhada. Nada que uma almofada apertada forte contra o peito não fizesse passar em alguns minutos...
O mutante entra sem bater na porta, sabia que Hidochi estava fumando do outro lado, muito acordado e alerta. Virando-se, totalmente tranquilo, o Capitão deixava claro que não se assustava facilmente:

Capitão: /Quer dizer que conseguiu ficar na cena do crime! Espero que tenha conseguido o que queria, sr. Rogan. Senão, foi uma perda de tempo ter o sr. em nossas investigações.../ - soltando uma baforada do cachimbo.

Wolvie: /Não consegui pelo simples fato de ter dado os primeiros socorros a uma das vítimas!/ - meio ferrado com a atitude altiva e inapropriada do Capitão.

Capitão: /Que morreu... Sinto muito por ela, mas acabou atrasando sua investigação.../ - levantando uma sobrancelha.

Wolvie: /Pelo visto não avisaram que ela deu o sexo do assassino?/ – ao que ele acenou negativamente – /Bom, se ‘cê tava procurando um ninja, pode mudar pra umA ninja... Ou seja lá o que for alguém que faz tanto estrago sozinha.../ - agindo como criança que sabe algo que a outra não sabe e esnoba.

Capitão: /E?... Isso aumenta o número de suspeitos, já que em Tóquio temos mais mulheres que homens, sr. Rogan... Não foi de muita utilidade, concorda?/ - voltando a fazer o jogo do "deixar nervoso pra ver no que dá".

O canadense nada responde; solta um largo suspiro de enfado e comenta, antes de bater a porta:

Wolvie: /Apenas estou avisando que dessa noite não passa. Vou voltar ao local do crime, sozinho e começar a caçada, Hidochi. Quando eu voltar, quero ver quem vai ficar com ar de superioridade!/

Do lado de fora, pôde ouvir o oriental dizer: "Já devia ter começado, senhor Mutante...", ciente de que ele havia ouvido.

Para Logan, nada mais certo do que sair da cena do crime, deixar o criminoso pensando que tinha alguma vantagem. Caçar uma pessoa dessas era como estar nas montanhas canadenses, em meio à alcateia. Sempre se deixa a presa pensar que está em vantagem para, depois, atacar sem piedade!

"O que um cara desses vai entender de caçadas? Apesar de parecer ter mais em seu olhar do que simples conhecimentos políticos e de escritório, eu quero mais é que ele se exploda! Assim que terminar com isso e matar essa desgraçada, vou passar o tempo todo com Ohana, Yukio e Amiko! Longe de encrencas... Se elas não vierem atrás de mim..."— parte para o local do crime, correndo com uma velocidade incomum para alguém daquela estatura e porte físico.


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