Momentos da Vida (Wolverine e Ohana) escrita por lslauri


Capítulo 32
O Japão já não é mais como antes




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texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

O JAPÃO JÁ NÃO É MAIS COMO ANTES...

No Labmed, Vampira e Gambit foram colocados na mesma salinha, com os mesmos receptores, para realizarem o mesmo que Remy já havia feito, mas Vampira recebeu de Hank a seguinte missão: rejeitar as propostas dele o quanto fosse possível! Claro, no humor que estava, a sulista não teria problemas...

Remy: Finalmente juntos, para que Remy possa dizer o quanto sente por tudo o que fez, cherie! – todo o seu corpo se inclinava para ela, com o seu rosto indo na direção de Vampira.

Pela inércia, a morena não precisou nem usar da força. Deu um passo para o lado e Gambit caiu sobre a maca:

Vampira: Nunca vi ter que ficar tão perto pra conversar, gatinho... Acho que dá pra você falar o que quiser daí mesmo... – indo para o lugar oposto, naquela minúscula salinha.

Depois de ficar alguns segundos deitado sobre a maca, pensando em como estava realmente "ferrado" daquela vez, Remy levanta-se:

Remy: Está certa, belle. Tudo o que Gambit tem para dizer, pode ser dito assim, distante... – fazendo cara de cachorro pidão – Quero dizer que estou muito feliz por ter a oportunidade de resolver tudo isso; feliz por ter descoberto que posso precisar de ajuda, antes de te perder e perder Clarisse. Sei que já perdeu as contas de todas as vezes que falei o quanto vocês são importantes per moi, mas eu não. Me lembro de todas as vezes, mesmo daquelas que gostaria de esquecer, amour... Só de pensar na possibilidade de conseguir olhar para outra mulher sem o desejo de me jogar sobre ela – o olhar de Vampira é fuzilador – é um grande alívio! – ela sorri.

Vampira: Bom, ao menos já mudou o discurso, só por isso, já ganhou alguns pontos... – aproxima-se um pouco dele – Não sabe como fico nervosa com todo aquele papo furado sobre não querer fazer as coisas que faz, Remy! Clarisse precisa de você, demais! – chega mais perto e toca o rosto dele, falando bem baixo: Eu preciso de você, sempre precisei, gatinho. Você é como uma espécie de bússola pra mim... – baixa a cabeça.

Gambit deixa-se ser acariciado, ele lembra-se de todas as vezes, no passado, em que aquelas mesmas mãos o tocaram com luvas, algumas feitas com tecido que parecia frio. Nada comparado com o toque quente das mãos de Vampira. Uma lágrima escorre dos olhos do cajun:

Vampira: Que foi, gatinho? – com os olhos verdes mostrando toda sua preocupação.

Remy: Rien (nada)... Remy estava lembrando de todas as vezes que essas mãos o tocaram com luvas, cherie... – ela olha interessada – e da alegria que tomou conta dos meus dias, quando você conseguiu controlar seus poderes. Não queria chorar, mas a lágrima caiu sem querer. Tenho certeza de que foi uma lágrima de felicidade, amour! Certeza! – pega nas mãos dela, fazendo carinhos.

Vampira sorri, pensando se Hank já tinha conseguido o que queria com aqueles testes, porque não tinha vontade nenhuma de se controlar...

Vampira: Eu nunca vou esquecer da tua cara quando eu contei e encostei em você, pra provar... – sorri mais abertamente – Acho que ninguém no mundo, além de você, me entendeu naquela hora, Remy. Todos ficaram felizes, mas em nenhum deles eu vi o que vi nos seus olhos, gatão!

Remy: E o que foi, ma belle? – chegando bem mais perto, segurando a cintura dela.

Vampira: Não sei se eu vi o que queria, mas a verdade é que eu vi desejo, de um jeito que nunca vi em nenhum outro olhar, Gambit. Será que era um reflexo dos meus olhos nos seus? – coloca as mãos sobre os ombros dele.

Remy: Acho que era um olhar se refletindo no outro, ma vie. Será que Remy pode te beijar agora? – essa última frase foi feita num suspiro, com os lábios a alguns centímetros dos de Vampira.

A sulista não responde com palavras, apenas aproxima mais seus lábios dos dele. Ambos se beijam como a muito não faziam. Com uma paixão quase primitiva, dos tempos em que não podiam se tocar. Aquilo serviu para renovar o amor dos dois como nenhuma terapia de casais faria. Era a real felicidade por estarem juntos e uma afirmação de que não erraram ao decidir por isso.
Assim que saem a expressão de Hank não é das melhores, ele sorria, mas tinha uma decepção por não terem cumprido o que ele pediu.

Hank: Acho que não poderei me fiar nos resultados do teste de vocês, não é? – levantando-se e indo numa das telas do computador.

Vampira: Ah! Qualé! Até que eu tentei... Mas não consigo resistir ao charme do meu maridão, Hank! – abraçando-se mais forte em Remy.

Remy: Tem certeza, Hank? Se quiser, podemos voltar e tentar tudo de novo. – parando pra pensar – Mas, tenho certeza de que o resultado seria o mesmo, mon ami...

Vampira: Ou pior! – ri.

Hank: Bem, eu vou tentar entender, afinal, já estive apaixonado também... Mas nesse caso, esperava um pouco mais de comprometimento de ambas as partes, amigos... É para o próprio interesse de vocês! – faz uma pausa, olhando para os gráficos. Os dois abaixam a cabeça – Vampira, poderia me dizer se sua cabeça doeu em algum momento?

Vampira: Não, azulão. Minha cabeça nunca dói. Por quê?

Hank: Apenas para colocar no banco de dados. Mesmo com o comportamento de vocês, consegui coletar dados importantes. Podem sair, ficarei fazendo testes, cruzando dados e procurando respostas. A não ser que queiram me ajudar... – vira-se para uma parte mais afastada do Labmed onde vários compartimentos do computador central ficavam.

O casal faz uma careta, sabiam que seria algo muito chato e cansativo. Estavam com outros planos em mente, para "atrapalharem" desse modo um estudo tão sério!
Entendendo a expressão deles, Hank sorri e balança a cabeça, soltando um "não têm jeito mesmo!". Os dois saem, mas, antes de cruzarem a porta, Hank pede:

Hank: Por favor! Falem para Clarisse passar por aqui, sim?

Eles acenam positivamente e saem, deixando Hank sozinho com suas máquinas, cálculos, teorias e pesquisas.

Na limusine, Logan e Ohana estavam muito bem, obrigado! O interior do carro tinha tudo o que se pensava e mais um pouco. Logan explicou que tudo isso foi por não ter mais o modelo que ele tinha pedido. Tinha recebido um telefonema algumas horas antes de saírem dizendo da falta do modelo pedido e que, por conta disso, enviariam o modelo mais novo, pelo mesmo preço! Ohana ficou muito feliz, tinha até mesmo uma jacuzzi dentro da limusine, com champanhes caros e vinhos italianos. Parecia mesmo a lua-de-mel dos sonhos!

Foram entre beijos, abraços e muitos carinhos até o aeroporto, embarcando tranquilamente, graças ao atestado do Dr. Hank que explicava direitinho todos os "problemas de origem estrutural que levaram ao uso de próteses de metal em quase toda a superfície óssea do Sr. Logan". Era mais ou menos assim que dizia o relatório, estudado por um médico do aeroporto e liberado, logo em seguida. Os dois se divertiram muito quando, dentro do avião, Logan contou sobre a vez que tentou ir do modo convencional ao Japão, sem um atestado. Tinha acabado ficando de cuecas no lobby do aeroporto, mostrando logo em seguida, no aparelho de raios-x onde estavam todos os quilos de metal que ele continha.

Ohana: E então? O que eles fizeram? – toda interessada.

Wolvie: Eles colocaram um segurança de uns dois metros na minha frente – engrossando ainda mais a voz, ele imitava o segurança – "O senhor não vai poder embarcar. De acordo com a máquina, o senhor possui lâminas cortantes com mais de cinco centímetros, o que desobedece ao código de voo internacional." Pode, ruiva? – ele ria - Daí o Gambit falou que era mais fácil ligarmos pra uns caras que me deviam favores, pra gente conseguir chegar ao Japão e tirar Jubilee de lá! Já que ela tinha ido parar lá com a minha moto, por causa da Espiral que mandou ela depois de termos impedido o Mojo de destruir o mundo. Ô cara escroto, viu... Fico feliz que ele tenha sumido depois daquilo! O cara fazia tudo por dinheiro! Tudo que chegou ao ponto de querer mudar o fim do universo pra poder gravar! Fala sério! Tem que ter pouco cérebro pra isso, né não?

Os olhos de Ohana não desgrudavam dos dele. Ela não tinha entendido qual o problema em se mudar o fim do mundo. Sentindo as dúvidas da mulher ele passa a mão no rosto dela e esclarece:

Wolvie: Eu também não saquei na hora qual o problema disso, mas a doida da Espiral explicou que se você mudar o fim, o começo nunca vai ser o mesmo e, como ele queria mudar de um jeito bem drástico, não ia ter começo. Tudo ia acabar, tudo o que conhecíamos, sacou? – dando um beijo na testa dela.

O avião decola, a comissária de bordo chega e oferece champanhe especial, pelo fato deles estarem em lua-de-mel. Ambos aceitam e, depois de umas duas horas de voo, o sono chega e dormem tranquilos. Não um sono que era capaz de ser protelado, mas um sono forte, até mesmo para Logan. Ele se deita segurando Ohana como quem protege um bebê. Ela já tinha adormecido e, antes de perder completamente os sentidos, ele pensa na possibilidade de estarem sendo drogados. Mas não tem nem tempo de completar o pensamento. O canadense acorda primeiro, percebendo que já tinha viajado a maior parte do caminho. Quando Ohana acorda, algumas horas depois, a comissária anunciava a chegada ao aeroporto de Tóquio. Os dois tinham dores de cabeça. A de Logan era leve e quem mais sentia era Ohana:

Wolvie: Eu também não ‘tô legal. O que será que aconteceu? – meio preocupado. Afinal, levar Ohana para um país onde tinha deixado tantas bagagens e inimigos, pela primeira vez, parece não ter sido uma boa ideia...

Ohana demora na toalete, chega bem na hora de todos apertarem os cintos, pois iam pousar. O rosto da ruiva não era normal, estava pálida. Logan já estava bem melhor, por seu fator de cura, mas ainda tinha um incômodo dentro de si, mais por pensar na loucura de trazê-la ao Japão que por qualquer outra coisa.
Wolverine pensa em comentar com a comissária sobre o estado da esposa, esperando ter algum ambulatório confiável no aeroporto, mas depois desiste. Se foi ela mesma que os drogou, que necessidade teria de pedir ajuda a ela? Ohana estaria muito melhor ao lado dele, sendo capaz de protegê-la do que quer que fosse!
Assim que o avião pousa eles descem tranquilamente. Ohana andava normalmente, mas, assim que colocam os pés no saguão, a ruiva perde o equilíbrio e Logan segurando-a pela cintura a leva até uma das cadeiras de espera.

Wolvie: O que aconteceu, Ohana?! O que ‘cê ‘tá sentindo? – colocando a mão na testa dela e percebendo que queimava como brasa.

Inacreditavelmente, ela olhava para Logan com sonolência, sua boca abria e ela tentava balbuciar alguma coisa, sem sucesso. Seu olho sobe para o teto do saguão e se arregala. Logan olha imediatamente para aquela direção e vê algo que não esperava, ao menos não tão cedo! Um ninja do Tentáculo, dos mais perigosos, pois eram conhecidos como ninjas invisíveis, sumir rapidamente numa das vigas de sustentação. Segurando a mão de Ohana com uma certa força, Logan olha ao redor, o saguão estava lotado, não tinha um lugar seguro ali para onde pudesse levar a ruiva e protegê-la. Olhando para a pessoa que estava sentada ao lado dela o canadense começa a ser atacado pelos ninjas. Um soco bem dado em seu rosto o faz cair e ajoelhar-se, sem, contudo, soltar a mão de Ohana. Ele sabia que não podia perder o contato com ela, de modo algum! As pessoas começam a sair de perto dos dois, Ohana desmaia e os eventos seguintes são rápidos e acontecem ao mesmo tempo: mesmo sem ser capaz de ver os atacantes, Logan conseguiu cheirar um deles quando estava bem perto, dando um golpe preciso com suas garras e terminando de levar o pânico às pessoas que olhavam a cena surrealista do homem lutando sozinho. Pessoas gritavam que ele estava louco e o burburinho só ajudou a ser mais difícil de localizar os agressores, por parte do canadense. Mesmo que se concentrasse, não tinha como vencer com apenas uma mão livre mais de 20 ninjas invisíveis. Quando estes deixaram de ser "bonzinhos" e resolveram atacar todos de uma vez, Logan sentiu muito por ter de largar a mão de Ohana, mas uma fúria tomou conta dele e parecia não ser mais tão importante não perder o contato com a mulher, e sim, acabar com todos aqueles malditos ninjas! Os guardas do aeroporto foram mobilizados e formaram um círculo ao redor do mutante que, sem perceber, foi sendo levado para o meio do saguão, a alguns metros de onde Ohana estava.
A conversa do lado de fora era que o homem estava louco, falava sozinho e tinha começado a ficar violento. Alguns guardas chegaram a perguntar com quem falava e um senhor comentou que havia tomado o avião com ele e mesmo lá, falava sozinho. Parecia falar com uma mulher, mas não havia ninguém com ele... Claro, depois de dizer isso, o "senhor" sumiu de vista e os policiais nem puderam tomar um depoimento decente. Se tentassem, veriam que ele tinha uma interessante tatuagem em forma de mão no pescoço...
Depois de ter lutado e apanhado muito, inclusive com armas cortantes que, graças ao seu fator de cura, não puderam ser vistas por nenhum dos presentes, Logan lançou um olhar para a cadeira onde Ohana estava e urrou de raiva! A mulher não estava mais lá! Nem mesmo seu cheiro podia ser sentido, essa era uma especialidade dos ninjas, cobrirem qualquer pista e eles sabiam muito bem com quem estavam lidando. Os golpes foram diminuindo e em alguns minutos, não havia mais nenhum ninja ali, apesar de Logan continuar a dar golpes no ar. Respirando ofegante ele cai em si sobre sua situação atual. O saguão havia sido evacuado e mais de 30 guardas apontavam, trêmulos, suas armas para ele. Um lado seu pensava seriamente em compensar a briga matando todos os que estavam ali. Mas a maior parte dele pensava em conversar, tentar chegar a uma resolução e, mesmo a contragosto, foi o que ele fez, retraindo as garras, começando a respirar mais calmamente. Respirando o mais fundo possível e sacudindo a cabeça para tentar tirar aquelas imagens de corpos de guardas caídos por todo o saguão, num legítimo banho de sangue, ele fala:

Wolvie: /Baixem as armas, eu não vou machucar ninguém./ - enquanto sorria de modo sarcástico.

Claro, nenhum deles se convenceu e pediram, sem nenhuma polidez característica dos orientais para que colocasse as mãos na parede e virasse de costas para eles. Obedecendo sem muita pressa, Logan vai até a parede, conseguindo sentir um cheiro de Ohana naquele local. Respirando fundo, seu sorriso aumenta ainda mais e ele vira o rosto rapidamente para o grande corredor que ia dar na saída!

Wolvie: BINGO! – ele grita em inglês, correndo para a saída e respirando ainda mais. Tinha encontrado uma pista!

Todo o corpo de seguranças do aeroporto foi correndo para a porta, mas nenhum deles tinha conseguido alcançá-lo. Ia como uma flecha e, de longe, uma senhora com roupas pretas bem justas observava, com a sobrancelha levantada, começando a segui-lo. Ela também, apesar da idade, tinha uma velocidade impressionante e, num dado ponto da perseguição, a mulher entrou numa rua deserta, dando com o final da rua e nenhuma pista de Logan.

Mulher: /Droga!/ – olhando para baixo e começando a sair do beco.

Wolvie: /Procurando por mim?.../ – pula em cima dela, jogando-a no chão.

Mas a situação logo muda, fazendo alavanca com as pernas, ela o joga longe e fica em posição de defesa, legitimamente ninja.

Mulher: /Será que não tem uma vez que venha para cá e arranje confusão, Logan-san?/

O canadense não responde, corre na direção dela e dá uma sucessão de golpes, todos muito bem defendidos. Para quem olhasse, poderia jurar que eles estavam mesmo lutando, mas Logan estava segurando sua força em mais da metade.

Wolvie: /Espero que tenha ensinado Amiko a lutar tão bem assim, Yukio./ – baixando os braços e fazendo reverência.

Yukio: /Na verdade, nunca se ensina o "pulo do gato", Logan./ – dando um chute no meio das pernas do canadense.

Logan segura o chute a alguns centímetros do alvo.

Wolvie: /Já apanhei demais por hoje, mas obrigado pela consideração.../ – sorrindo.

Yukio: /Mesmo? Quer dizer que alguns ninjas conseguiram o que todo o submundo japonês vem tentando? Que mérito eles têm?/ – levanta a sobrancelha e recolhe a perna, ficando frente a frente com Logan.

Wolvie: /Eram invisíveis, gata.../ – esperando algum "desconto" por esse fato.

Yukio: /Eles apenas vieram te dar as boas-vindas, assim como eu, Logan-san!/ – sorri, um tanto sarcástica.

Wolvie: /Na verdade, eles acabaram de raptar minha mulher.../ – olha para ela com uma expressão de enfado.

Yukio: /Então, tenho que agradecê-los, não?/ – levanta uma sobrancelha.

O canadense sorri do comentário, pois não esperava nada diferente daquela ninja que sempre sonhou em ser a esposa dele.
Abaixando o rosto e dando um longo suspiro, Logan deixa claro o quanto estava cansado de tudo aquilo, daquela vida cheia de emboscadas, daqueles desejos que outras pessoas tinham em vê-lo infeliz, enfim, de toda a parte "podre" que ser um dos X-Men mais agressivos acarretava.
Yukio apenas o observava, às vezes, levantava uma sobrancelha, outras sorria de lado, percebendo que ele não tinha brincado ao falar sobre a esposa.

Yukio: /Você realmente se casou, Logan?! E nem ao menos nos convidou?/  – perquiria o olhar dele, buscando uma resposta antes da palavra.

Wolvie: /Sim, casei, Yukio. E não convidei vocês porque ia vir pra cá, logo depois do casamento. Eu tenho muito que falar com ela ainda... Além do mais, duvido que você fosse.../ – dando de ombros e começando a sair do beco.

Yukio: /Se eu ia ou não, não vem ao mérito! Com certeza sua filha iria, Logan! Sabe como ela te venera, não é?/ – com uma ponta de ressentimento na voz  – /Como ela é? O que ela pode fazer?/

Wolvie: /Eu sei que ‘cê ‘tá doida pra saber de todos os pormenores, mas eu tenho uns ninjas pra quebrar a cara e não quero dar tempo deles fazerem nada com ela que eu me arrependa. Aliás, como ‘cê sabia que eu vinha?/  – respirando fundo e olhando para um arranha-céu a alguns quilômetros de onde estavam, um grunhido baixo pode ser ouvido apenas por Yukio.

Yukio: /Todo o submundo está sabendo que você vem, Logan! Afinal, sua vinda anual pode deixar alguns contrabandistas e vendedores de droga com a pulga atrás da orelha, não acha?/  – com cara de essa ser a coisa mais óbvia do mundo.

Wolvie: /Merda! Acho que o Tentáculo não faria nada a ela, não é?/  – voltando a olhar para a velha ninja.

Yukio: /Matsuo pode ser muitas coisas, mas ele não é um idiota completo. Se matar a sua mulher, o que provavelmente ele já sabe que ela seja, não terá mais sossego e, se eu ainda sei alguma coisa sobre ele, isto é o que ele mais quer nesses últimos anos: sossego. Até raptou pra isso, mas acho que uma pista tão óbvia dessas não seria deixada à toa. Ele quer que você o encontre, Logan. Não sei para quê, mas Matsuo Tsurayaba está mais desesperado do que qualquer chefe de clã que eu tenha conhecido... Precisa de ajuda?/ – passando a mão no rosto cansado dele.

Wolvie: /Acho que vou me virar sozinho, gata. Você tá certa, ninjas jamais deixam uma pista dessas de besteira. Ele quer ser encontrado.../ – respira fundo – /Como está Amiko?/

Yukio solta um "humpft! Agora pergunta?" e sai, levantando uma mão e dizendo:

Yukio: /Depois que resolver seus problemas, vá vê-la. Ela está bem e pode esperar, afinal, é só isso que ela faz.../  – atravessando a rua.

Wolvie: Mulheres... Quem as entende, afinal?!... – voltando a olhar para o arranha-céu e dizendo um "Matsuo" entre dentes.


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