Momentos da Vida (Wolverine e Ohana) escrita por lslauri


Capítulo 30
Casais apaixonados; lua-de-mel à vista!




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texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

CASAIS APAIXONADOS; LUA-DE-MEL À VISTA!

A manhã seguinte encontrou ainda muitos hóspedes pela casa. O casal LeBeau era um deles:

Remy: Dieu! Non me lembro de ter bebido tanto assim, cherie... – com a mão na cabeça, bebendo um café preto.

Vampira: Pois é, gatinho... Fazia mesmo tempo. Mas a ocasião era tão especial que eu decidi não te impedir. Fiz mal? – pergunta, sentando-se no tampo da pia.

Remy: Non, mon coeur. Você nunca faz nada de mal... – coloca a xícara na bancada e fica no meio das pernas dela, passando a mão em seu cabelo e lançando um olhar bastante conhecido da morena.

Vampira: Aqui não, Remy. Alguém pode chegar, lindão! – ela o afasta docemente, tirando-o do meio de suas pernas e descendo.

Remy: Cherie! É aí que está a diversão... – sorri, abraçando-a por trás e cheirando seu pescoço.

Vampira: Sei! Sei... Você vê diversão em cada coisa, Remy! – vira-se e lhe dá um beijo. Nesse instante, Hank entra na cozinha:

Hank: Atrapalho alguma coisa? Bom dia, amigos!

O casal se separa e Remy faz uma cara de enfado, sendo cutucado com o cotovelo por Vampira:

Vampira: Bom dia, Hank! Mas que casamento lindo, hein?

Hank: Tão lindo quanto o seu, minha cara!

Remy: Oui! Ao menos, a noiva do meu casamento era muito mais linda...

Vampira: Ai! Remy! Que lindoooo! – e dá um beijão nele, ignorando a presença de Hank.

O agora-não-tão-fortão azul pega uma fruta e sai de fininho, cantarolando alguma música clássica. Encontra com o Professor no corredor e os dois vão para a varanda, conversar e discutir sobre filosofia.

Scott também aparece na cozinha e fica indignado com a liberdade dos dois:

Scott: Ô pessoal, que é isso! Vão para o quarto! – comenta, arrumando os óculos e pegando uma bandeja para levar café pra Jean.

Os dois param de se beijar e resolvem que era mesmo uma boa ideia, Vampira começa a correr segurando Remy pela mão:

Vampira: Valeu, Scott! É uma boa ideia! – e sorri, fazendo Remy soltar uns sons de satisfação que somente ele sabia fazer.

Se fosse possível olhar os olhos de Scott, os veríamos revirando. Mas a boca articulando a palavra "inacreditável" sem nenhum som deixa clara sua posição. Ele lembra-se de quando era recém-casado e queria estar com Jean o tempo todo também. Aliás, fazia um tempo que o mutante não ficava somente com a esposa. Aquele início de dia prometia ser bom... Caprichou no café, colocou as frutas que Jean mais gostava e fez uma omelete bem reforçada. Quando entra no quarto, Jean ainda estava dormindo; Scott colocou a bandeja sobre o criado mudo e foi se sentar no chão ao lado dela. Ficou olhando para aquela linda mulher, com os cabelos ruivos e alguns fios brancos espalhados que davam um charme a mais; aquela boca perfeita, o nariz era perfeito! Os cílios abundantes emolduravam aqueles olhos verdes que começavam a abrir, esboçando um sorriso maravilhoso:

Jean: Scott! O que está fazendo aí?... – passa a mão no rosto dele.

Scott: Bom dia, linda! Estava aqui, vendo como eu tenho sorte em ter uma mulher como você, Jean... – ele move a cabeça na direção da mão dela – Trouxe seu café da manhã! – levanta-se para pegar e a ruiva olhava estranhamente para o marido, tentando descobrir o que estava acontecendo... - Acho que se lesse minha mente, ia saber. Vá em frente!

Ela levanta uma sobrancelha, sorri e cora logo em seguida:

Jean: Scott! – baixa a cabeça – Então, acho melhor deixar a comida para depois... Vem aqui, vem...

Scott: Claro, Jean! – colocando a bandeja no mesmo lugar e indo para os braços dela.

Ororo levanta e estranha o silêncio da mansão. Tinha ficado até mais tarde na cama, possivelmente por conta da hora que foi dormir, desce as escadas vagarosamente e ouve as vozes de Hank e Charles, mais nenhuma! "Ao que parece, todos resolveram dormir mais um pouco", pensa a Deusa dos Ventos, indo para a cozinha e preparando um simples desjejum.

Não demora muito e Gian chega, seguido de August e Jubilee, esses dois, extremamente sorridentes e cheios de cochichos.

Gian: Estão assim desde ontem, um pouco antes da festa... – cochicha para Ororo que estava olhando para eles.

Ororo: Hum... Entendo. Ao que parece, o clima de núpcias foi generalizado... – sorri para o rapaz.

Os dois riem e alguns minutos depois, Warren chega:

Warren: Bom dia para todos! – e, indo na direção de Ororo, beija sua mão – Bom dia, Ororo...

A africana não entende nada, mas percebe ainda algum resquício de álcool. Com certeza, seria efeito dele ainda... Começa a preparar um café bem reforçado e forte.

Warren: Sabe, Ororo, você é uma pessoa muito boa. E bonita! Não devia estar sozinha...

Ororo: Digo o mesmo de você, meu amigo... Mas a vida não é como queremos e, sim, como tem que ser. – lembrando-se de Forge...

Warren: Eu estou tentando esquecer a Betsy, mas não vejo ninguém que fosse capaz de substituí-la. Quero dizer, até vejo, mas não sei se essa pessoa aceitaria...

Ororo: E por que não aceitaria, Warren? Você é gentil, bonito, rico! Tem todas as qualidades que uma mulher poderia desejar.

Warren: Com o bônus de ser mutante e possuir um par de asas! Ororo! Nada disso parece ter mais importância do que o fato de eu ser mutante.

Ororo: Isso não é verdade, Warren! Hoje em dia, existem mais mutantes que há alguns anos. Creio que você não esteja procurando direito. Além do mais, voar é um grande dom, meu amigo! Acho que devia dizer a essa pessoa o que sente e esperar o melhor! Afinal*

Warren: Ororo, você namoraria comigo! – pergunta, na lata. Sem flores caras, nem bombons, nem um jantar romântico. Apenas pergunta, cansado que estava de tentar esconder seus sentimentos.

A africana leva um susto! Ele havia escondido muito bem, pois não tinha deixado nenhum deles perceber absolutamente nada! Gagueja, fica com os olhos arregalados, mas não consegue articular uma resposta.

Warren: Achei que tivesse dito ser impossível para uma mulher me dizer não...

Ororo: Warren! Não use minhas palavras contra mim! Não sabia ser eu a mulher em questão, pensei que estivesse falando com uma amiga, como um amigo...

Warren: Senão? Sua frase final tem tom de "senão", Ororo. – pergunta, um tanto desanimado.

Ororo: Não existe um senão, Warren. Eu não teria retirado nada do que disse antes. O problema é que não esperava por isso... Ainda tenho assuntos mal resolvidos com meu passado. Assim como você... – comenta.

Warren: E o que há de tão ruim na ideia de tentarmos resolvê-los juntos? Eu sempre te achei atraente, Ororo e, mesmo não demonstrando, tenho sentimentos por você que se mostraram claros ontem, quando te vi vestida de madrinha. Não pelo fato de você estar deslumbrante, porque você É deslumbrante, mas pelo modo como estava, tão feliz, tão mais segura de si, do que nunca... – faz uma pausa, não muito longa – E quando entrei por aquela porta, vi o mesmo olhar. Você mudou, Ororo. Para melhor e eu queria, na verdade, não sei o que queria... – e toma um gole de café.

Ororo: Respondendo a sua pergunta: não haveria nada de ruim em resolvermos nossos problemas juntos, se não se tratasse de um problema de relacionamentos, Warren! – chega mais perto dele e senta-se na cadeira em frente – Seria sábio ficarmos juntos com tantas feridas sem sarar em nós? – pergunta, colocando a mão na mão dele.

Os dois só se dão conta de que August, Jubilee e Gian estavam olhando, nesse momento, quando ambos abaixam o rosto e Warren coloca a mão dele sobre a de Ororo.

Warren: Vocês não têm mais nada pra fazer, não? Alguma coisa pra limpar? – comenta, literalmente, enxotando-os.

Jubilee fica revoltada, mas logo a revolta passa e ela começa a falar o quanto Warren é romântico e fica torcendo para que Ororo aceite o pedido. Os dois homens nada falam. Apenas o achavam corajoso, pois sempre é difícil se declarar a uma mulher... Ela não deixa nenhum deles sair e fica com o ouvido colado na porta, tentando entender o que falavam.

Ororo: Você percebe que não me passa muita segurança dizendo que não sabe o que quer, não é? Eu te conheço, Warren, o suficiente para saber que não é mais aquele playboy de antes, isso já seria um ponto positivo. A questão é: você conseguiria conviver com o fato de eu não ter e não pretender esquecer Forge? Realmente conseguiria, meu amigo?

Warren: Como amigo, eu responderia "sim" sem pestanejar; mas como namorado, não saberia... Tudo dependeria do quanto você seria capaz de me ouvir sussurrar, enquanto durmo, o nome de Betsy, Ororo... Eu nunca fui a favor do insulamento, quando o problema era com os outros. Agora, com Psylocke, foi totalmente diferente e eu somente posso dizer que superei a fase de insulamento e gostaria de compartilhar minha vida com você.

Ororo sorri, ele realmente sabia o que dizer e, realmente, era tudo o que uma mulher poderia esperar. Mas ela não responde nada, apenas segura na mão dele e, saindo pela porta da cozinha que dava para a piscina, convida:

Ororo: Gostaria de voar comigo? Eu tenho muito que pensar e gosto de fazer isso no ar.

Warren: Eu não quero atrapalhar sua decisão, Ororo! Mas seria um prazer voar com você. Eu prometo ficar imperceptível. – sorri, batendo as asas e subindo, sendo seguido por ela.

Ambos tinham uma graça que jamais foi vista ou será em qualquer outro mutante alado!

Gian: Isso é errado, Jubi! Você não devia ficar escutando a conversa dos outros!... – comenta, tentando tirar o ouvido da garota da porta.

August: Qu'é qui há, não tem mal nenhum! Eles não sabem que estão sendo ouvidos... O que estão dizendo, Jubi?

Jubi: Não sei! Vocês não param de falar e eu não consigo ouvir! Ai! Como eu queria ter o ouvido do Logan!

Pra quê? Ficar espionando os outros, é? – uma voz grave e conhecida pergunta, enquanto coloca a mão pesada sobre o ombro de Jubi.

Jubi: Logan! – e sai da porta.

Wolvie: Além do que, não tem ninguém aí, guria... Sinto o cheiro da Ororo e do Warren, mas eles saíram há alguns minutos... – comenta, abrindo a porta e deixando todos verem que a porta externa estava aberta.

Jubi: DROGA! Será que ela disse sim? – pergunta mais pra si mesma, roendo as unhas.

Logan apenas balança a cabeça. Conhecia demais Jubilee para saber quando o assunto era realmente importante, ou não. E, nesse caso, era somente importante para ela. Ao menos, é o que pensa o canadense...

Gian: Vocês vão viajar quando, Sr. Logan?

Wolvie: Amanhã de manhã, guri. Por quê? Tá de olho no nosso quarto, já? – sorri, dando um "tapinha" nas costas dele que o faz parar a alguns centímetros de distância.

Colocando a mão nas costas e fazendo careta de dor, ele somente responde um "por nada" e sai, massageando a área. Logan fica olhando com ceticismo, não tinha batido tão forte assim... Ou tinha? Sorri e pensa que em breve, não terá mais dor nenhuma e continua fazendo um suco de laranja.

Ohana desce logo em seguida:

Ohana: Bom dia, Jubi, August. Amor, o que aconteceu com Gian? Ele estava com uma cara esquisita. – pergunta, abraçando-o e beijando-o.

Jubi e August: Bom dia! – e saem da cozinha, para deixar os dois a sós.

Wolvie: Eu vou saber? Essas crianças de hoje... Quer um suco? – com metade de uma laranja espremida na mão.

Ela acena positivamente, ele joga fora aquela metade e *snikt* corta outras laranjas ao meio, espremendo-as num copo. Ohana sorri e aceita o suco, bem forte e caprichado.

Wolvie: Eu falei com o Charlie ontem, antes do casamento e ele combinou de você passar a parte da manhã com ele, aprendendo. ‘Tá tudo bem pra você, ruiva?

Ohana: Está sim, Logan! Assim que terminar meu suco vou procurá-lo. E você, o que vai fazer?

Wolvie: Nossas malas. Posso fazer a tua também? – pergunta, com um sorrisinho.

Ohana: Logan! Espero que não esteja pensando em somente colocar lingeries na minha mala! – e faz carinha de "não acredito!".

Wolvie: Tá vendo! Eu vou pedir pro Hank fazer uns exames em você! Assim não dá... Deve ter sumido a telecinesia e se transformado em telepatia... Eu prometo colocar não só lingeries, tá bom? Melhor assim? – pergunta, segurando-a pela cintura e beijando-a.

A ruiva ri até não poder mais. Não adiantaria falar para ele que o conhece, tão bem quanto ele próprio. Isso poderia ser mais prejudicial que bom. Então, ela se limita a rir, balançando a cabeça e abraçando-o um pouco mais.

Assim que terminam de se alimentar, ambos começam seus afazeres: Ohana vai procurar Charles e Wolverine vai para o quarto, fazer as malas. Eles ficarão no Japão um mês e o canadense odiava bagagens volumosas. Pensou em pegar somente o necessário e comprarem o que faltaria lá. Conhecendo Yukio e os bairros mais afastados de Tóquio, ele sabia da necessidade das pessoas, portanto, quando fossem embora, poderiam deixar muitas roupas lá.

Antes mesmo de chegar perto de onde estavam Charles e Hank, Ohana pôde ouvir a conversa deles, era Hank quem falava:

Hank: Pelo que eu pude notar, Professor, Clarisse é tão mutante quanto os pais. Apesar de ambos negarem o óbvio, possivelmente pelo transtorno passado por Vampira com sua mutação. O senhor percebeu como a pequena se expressa bem? Como ela consegue sempre dizer aquilo que nos deixa feliz? Se me fosse permitido, gostaria de fazer algum teste antes deles voltarem à Paris... – comenta, alegremente.

Prof. X: Você está certo, Hank! Seria interessante avaliarmos o grau e o tipo de mutação dela. Nem todas, ou melhor, a minoria das mutações é um transtorno para seus portadores. Alguns têm até mesmo sorte, como Jean, Logan, Ororo e mesmo Ohana! Seus dons são úteis e importantes. Contudo, meu amigo, o que tenho percebido pelo Cérebro é a quantidade de mutações não tão úteis... Ao menos, num primeiro momento...

Hank: Sim... É crescente o número de mutantes com capacidades transmorfas locais: mudar o rosto, a cor do cabelo, das unhas, da pele... Já não nascem mais tantos mutantes com capacidades notáveis, como telepatia, premonição, telecinesia, voo...

Nisso, Ohana entra:

Ohana: Bom dia! Como vocês estão? Bem animados, pelo que posso ver? – sorri.

Ambos respondem amigavelmente, comentando sobre a beleza do casamento e sobre como ela estava radiante e feliz:

Hank: Ousaria dizer que está mais bela, mas isso seria uma redundância, minha cara! – comenta.

Ohana: Você não existe, Hank! – e lhe dá um forte abraço, seguido de um beijo na face. Era estranha a sensação que os pelos macios dele davam. Não eram como pelos de barba, ásperos e desagradáveis, aos quais ela gostava somente de sentir quando eram do Logan, mas o de Fera era como de um felino! Dava vontade de beijar mais e de abraçar mais!

Hank: Ouviu, Professor? Ela acha que eu sou uma criação do subconsciente dela! É possível isso? – e sorri, devolvendo o beijo e o abraço.

Prof. X: Acredito que tenha vindo para suas aulas, não?

Ohana: Isso mesmo! Segundo Logan, ficarei perita em japonês, não é?

Hank: Oh! Mas isso é ótimo! Assim, poderemos praticar, "ne"?

Todos riem e o Professor entra com Ohana para a sala de estudos, onde passariam a parte da manhã e começo da tarde.

No quarto, Logan já havia começado a fazer as malas, assobiando alguma coisa de Buddy Holly. Com certeza, não estava tão empenhado em achar roupas que a ruiva gostaria de levar, mas todas que o canadense pegava eram do gosto dele. Se ela não gostasse, comprariam quando chegassem em Tóquio, oras!

Daqui a dois dias ele teria de ir para o Japão de qualquer jeito, querendo ou não, como fazia todos os anos, em cumprimento de uma promessa pessoal. Por isso, era ótimo poder levar Ohana junto, não imaginando o que ela pensaria sobre sua quase "segunda vida" naquele país, na verdade, não queria imaginar como ela reagiria, pois foi exatamente isso que o impediu de contar até agora. Sua mente exagerava situações e, quando dava conta de si, sabia que Ohana não agiria daquele jeito, ainda mais depois que tudo fosse explicado. Por isso, levaria sua mulher para conhecer a ex-noiva. Apresentaria a ruiva para Yukio, a ninja que jamais desistiu de ser mulher do canadense... E, com certeza, teria orgulho de apresentá-la para Amiko, sua filha adotiva, agora uma mulher capaz e independente, dona de uma loja de conveniências no centro de Osaka.

Logan para e cheira o ar, dando um sorriso maroto:

{TOC, TOC}

Wolvie: Entra, Kitty!

Kitty: Atrapalho? – pergunta, enquanto atravessa a porta.

Wolvie: Claro que não, guria! Senta aí! – apontando uma poltrona.

Kitty: Eu só passei pra dizer que estarei aqui quando vocês voltarem. O Professor me pediu para ficar uns meses e eu aceitei! Estou tão feliz por você, Logan! Não faz ideia! – levanta e o abraça.

Ele retribui o abraço e cheirando bem forte, olha a morena nos olhos e pede:

Wolvie: Valeu, Kitty! Agora, por favor, dava pra você evaporar lá pra baixo? – falou juntando o movimento de empurrá-la para o chão.

Kitty: Ei! Mas por quê? E você disse "por favor", pode me dizer o que está acontecendo... – tirou a mão dele do seu ombro.

Não dá tempo de ele responder ou inventar alguma desculpa. Uma suave batida na porta é ouvida, seguida da voz de Jean:

Jean: Posso entrar? – esperando do outro lado.

Logan apenas dá uma olhada para Kitty como quem diz: "entendeu o por quê?" e esta faz cara de arisca e desce pelo piso do quarto.

Wolvie: Pode sim, ruiva! – tira uma grande bagagem de cima da cama.

Jean entra, vendo Logan carregando a mala para cima de um divã. Ela sorri, pois ainda era difícil acreditar que o canadense realmente havia se casado, que estava saindo para a lua-de-mel, fazendo as malas:

Jean: Acho que essa é a primeira viagem que você faz onde todos sabem os motivos, não? – sorri.

Wolvie: Parece que o motivo te deixou meio amuada? Tem algum problema, Jeannie? – largando a mala e indo para bem perto dela.

A ruiva franze a testa, faz beicinho:

Jean: Não tem nada de errado com o motivo, oras! Como poderia? Estou extremamente feliz por vocês, Logan! – ela dá um passo atrás.

Wolvie: Então por que essa cara de triste? Esses olhos apagados? É algum problema com o Scott? – dá outro passo à frente, olhando-a nos olhos.

Ela baixa os olhos, respira fundo.

Wolvie: Desde a missão na Lua eu notei que ‘cê não tá cem por cento legal... ‘Tá precisando de uma mão? ‘Cê sabe que eu ‘tô aqui, ruiva!...

Ela dá outro passo para trás e encontra a parede, continua com os olhos baixos, começa a falar:

Jean: É incrível como só você consegue perceber certas coisas... Será que é algum cheiro diferente que eu exalo e só você consegue decifrar? Pensei que não tivesse notado meu enfado na nave... Eu estou muito ressentida com a negação do Scott em me dar um filho, Logan... Sinistro não existe mais e eu sinto que fui usada e que o próprio Sinistro foi usado como desculpa para o fato do Scott não querer nunca ter filhos! Conversei com Fera e ele me disse que com a ajuda da Tecnologia S'hiar, eu poderia tentar, mas, mesmo assim, seria difícil... – uma lágrima escorre de um dos olhos dela, pingando exatamente sobre a mão de Logan que ia ao encontro do ombro dela. – Eu não posso mais ter filhos, Logan... – Jean não espera a mão dele chegar até si. O abraça com todo o carinho, soluçando no ombro dele, daquele amigo a quem achava tão sincero e necessário. Nem mesmo Scott sabia disso, talvez Charles soubesse, além de Fera...

Os dois ficam abraçados algum tempo, ela sentindo-se compreendida e ele tentando imaginar algo que pudesse dizer, qualquer coisa que a fizesse parar de chorar, pois isso era algo cortante ao coração! Dentro dele ainda existia uma "chama" por Jean, bastavam momentos como esse para que ela reacendesse e o fizesse querer matar Scott por fazê-la sofrer desse jeito, lembrou-se da ameaça que fez ao caolho no dia do casamento dele com Jean, sobre ir atrás dele em qualquer lugar se ele a fizesse sofrer... Hoje, abraçando aquela mulher, Logan sabe que seria incapaz de cumprir a promessa. Ele podia sentir o quanto Jean havia ficado mais forte, durante os anos. Sentia o como ela precisava estar ali com ele, mesmo que Logan não dissesse nada, pois ele a transportava para um tempo onde ela era mais frágil, onde a vida parecia fragilizada todo o tempo, precisando de consolo, de ajuda, enfim, ela sentia-se mais viva, sempre que corria para o canadense e, simplesmente, o abraçava...

O soluço foi diminuindo, o choro sumindo. Em alguns instantes, estavam somente abraçados. Ambos sentiam que poderiam ficar assim para sempre, esquecidos estavam das pessoas ao redor. Era possível ouvir o roçar da mão de Logan contra o cabelo dela:

Wolvie: Eu queria ter alguma coisa bonita pra te falar, te fazer sentir melhor... Mas nada do que eu diga vai prestar, ruiva. Eu sei o quanto ‘cê queria ter um filho e, me acredite, essa notícia foi igualmente chocante pra mim. O caolho, às vezes, tem um jeito estranho de viver a vida, né? – soltou-se do abraço, apenas olhando para ela.

Jean: Eu não preciso que me diga nada, Logan... Sou telepata, se esqueceu? – sorri, como há muito tempo não sorria.

Wolvie: Então lê essa! *Que a Ohana me perdoe!*

Jean franze o cenho, mas só foi entender quando Wolverine a estava beijando, colocando todo o peso dele sobre ela e prensando-a na parede!

Jean: Para, Logan!

Wolvie: Me faz parar, Jeannie...

A ruiva o abraça com toda a força, deixando o beijo mais picante ainda e, depois de alguns segundos, ela consegue jogá-lo na cama, com sua telecinesia:

Jean: Isso não está certo! Será possível que eu não posso chegar perto de você, Logan? Estamos mentindo um para o outro, sempre que deixamos isso acontecer... Você AMA a Ohana e eu AMO o Scott! Estamos enganando aqueles que amamos... Isso não é certo... – baixa a cabeça, colocando a mão na testa.

Wolvie: Se não é certo, por que tu me beijou ainda mais, Jean? Não acha que dar aula de moralidade não cola, não?... – pergunta, descendo da cama – ‘Cê sabe que eu sigo muito meu instinto, foi ele que me disse pra fazer isso. Agora, qual a sua desculpa? – para a alguns metros dela.

Jean: E-eu não sei... Esse é o problema! Eu não sei! – uma longa pausa – Eu tenho tentado ficar feliz por você, desde que trouxe a Ohana aqui. Ela é uma pessoa maravilhosa, minha amiga, Logan. Mas o que acontece é o seguinte: algo dentro de mim não está feliz com a sua felicidade... Talvez seja a Fênix...

Wolvie: Ou talvez seja ela quem AME o Scott... – sorri com o canto da boca, sussurrando – Sempre tão certinho, todo senhor de si, somente ela pra gostar mesmo dele...

Jean: Talvez... Eu não sei e é isso que me deixa confusa. Eu peço desculpas pelo meu comportamento, não devia ter retribuído seu beijo. Mas, em primeiro lugar, você não devia ter me beijado! – fica nervosa.

Wolvie: Sabia que você fica uma graça quando está nervosa? – ele dá um tapa no ombro dela.

Jean: Logan! Estou falando sério! É muito cômodo colocar a culpa nos seus instintos, não é? – cruzando os braços.

Wolvie: Caraca, Jeannie! Não é "desculpa" e você sabe! Eu não respondo por mim, às vezes... Se não acredita em mim, lê minha mente! Vai ver que tem um tremendo branco nela! Isso é da hora que eu te beijei, falou? – apontando a mão para a própria cabeça.

Jean: Não... Tá tudo bem, eu acredito em você. Mas estou tão cansada de não poder ter uma conversa civilizada com você...

Wolvie: Ah! Foi pra isso que tu veio aqui chorar que não podia mais ter filhos? Pra ter uma conversa civilizada? Jean, ‘cê sabe que eu subverto qualquer conversa que tenha com você em algo onde eu possa perder meu controle e te beijar. Não sabe? – e sorri, como quem ganhou a conversa e, portanto, não tinha mais nada pra falar.

Jean: Isso não se faz, Logan... – sorri, balançando a cabeça – Eu achei que a convivência com Ohana tinha mudado essa sua cabeça oca! – fazendo uma cara séria, ela arremata: Você nunca mais vai me beijar. É perigoso magoar aqueles que amamos, me perdoe...

E com um olhar um pouco mais incisivo, Logan sente a ruiva entrar na cabeça dele e modificar lembranças, apagar memórias, enfim, a sente fazer uma faxina e tanto, sem, contudo ter tempo nem desejo de protestar. Talvez assim fosse mesmo melhor. Talvez não devesse ter esse sentimento pela telepata. E o que mais o canadense podia fazer? Amava as duas, na mesma intensidade? Não. Tinha um pouco mais de sentimento por Ohana, porém, sempre que Jean chegava e estavam sós, esse sentimento sumia e somente o desejo de ter a mulher de seu "rival" tomava conta de si. Era a fera desejando o impossível, corrompendo a amizade em algo ruim e até mesmo nocivo. O que Scott e Ohana não fariam se vissem os dois se beijando com tamanha vontade e desejo?! Com certeza não perdoariam e, por conta de um deslize, toda uma vida promissora a dois poderia se perder...

Depois de alguns minutos manipulando a mente de Logan e transformando aquele sentimento em coleguismo, Jean parou. Poderia tentar remexer nas falsas lembranças, poderia tentar arrumar a bagunça que o Projeto X fez na mente dele. Preferiu não. Aquilo era parte integrante da personalidade dele e a ruiva gostava tanto dela! Assim como todos na mansão.

Wolvie: E então? Não vai responder minha pergunta? ‘Tá com algum problema, Jeannie? – ele volta a perguntar, tendo totalmente apagadas de sua mente as memórias mais recentes.

Jean: Não, Logan... Nada de errado, deve ter sido uma impressão sua! – sorri – Passei somente pra desejar uma ótima lua-de-mel! Que vocês possam se divertir no Japão! – e beija a mão, soprando sobre ela e enviando um beijo "etéreo" para ele.

Wolvie: Valeu, ruiva! – e vai à direção dela, dando-lhe um efusivo abraço, sem nenhuma malícia, ou segunda intenção.

Assim que Jean sai do quarto, Logan sente um estranho vazio interior, como se estivesse esquecendo de fazer algo, ou então, devesse ter feito, mas não tinha como. Voltando a arrumar as malas, o canadense sorri diante da possibilidade de levar Ohana para o país do sol nascente...

Prof. X: /E então, consegue me compreender totalmente?/ - perguntou, em japonês.

Ohana: /Sim! Totalmente, mestre! Isso é incrível!/ - comenta, num japonês sem sotaques ou erros.

Prof. X: Muito bem! Terminou no mesmo tempo que levei para ensinar Logan. E ele foi um dos que eu demorei menos. Ao que parece, ambos têm um talento nato para aprender idiomas e eu achava que esse fato se devia a mutação de Logan, mas não. Parabéns, Ohana! Farei apenas um simples exame oral e pronto! - comenta, feliz por tudo ter corrido bem.

Ohana: Ao invés disso, poderia me ensinar os costumes do Japão, Professor? Eu sinto que as diferenças culturais são muitas e nada adiantará saber falar se não souber como me comportar, não concorda? - faz a mesura com o tronco, como todo japonês faz.

Charles concorda e, assim, passam mais algumas horas aprendendo tudo o que se podia sobre a cultura japonesa e as gafes que não podiam ser cometidas.

Nesse ínterim, Ororo e Warren retornam de seu voo um tanto modificados. A africana tinha no olhar uma alegria ainda maior que o normal, caso isso fosse concebível. Ao que parece, toda sombra de pesar por Forge tinha sido apagada no longo passeio que fizeram. Warren parecia ter dado trégua à tristeza, parecia remoçado e esboçava um sorriso contagiante! Entram pela mesma porta que saíram, encontrando a cozinha vazia:

Ororo: Warren! Pare com isso, assim todos vão notar algo de errado... – pede baixinho.

Warren: De errado?... O que conversamos não foi e não é errado! Além do mais, é impossível, Ororo! Você está pedindo pra que eu fique triste depois do que me disse? Eu não consigo! Não consigo parar de sorrir, desculpe... – beija a testa dela.

Ororo: Você não tem jeito mesmo, não é? E isso tudo porque eu não disse "sim", imagina se tivesse dito! – bronqueia, sem conseguir tirar da face o mesmo sorriso, ou apagar a alegria de seu olhar.

Warren: Ah! Se você tivesse dito "sim", eu acho que explodiria de tanta felicidade! Sabe, ultimamente tenho notado o quanto as vindas na mansão me fazem sentir feliz e descobri que isso é por você estar aqui, Ororo. – e novamente seu semblante assume aquele ar de tristeza tão conhecido.

Ororo: Obrigada, Warren. Eu também me sinto muito bem aqui. Essa mansão passa essa sensação de se ter encontrado um porto seguro, de ser uma âncora firme, um farol. Se eu não estivesse aqui, você se sentiria igualmente feliz, me acredite. A felicidade que está dentro de você não pode ser imputada a algo ou alguém, pois as coisas passam e as pessoas se vão, sempre que colocar sua felicidade fora de você mesmo, estará fadado a sofrer, Anjo. E você não merece sofrer... – passa a mão nos cabelos loiros dele -... meu amigo.

Jubi: ...e foi assim que eu descobri quem matou meus pais. - para August. O Logan me ajudou a não me transformar numa assassina, entendeu? – ela tinha um misto de tristeza e alegria na voz.

August não responde, ele estava olhando para Ororo e Warren e fica parado, na porta da cozinha.

Jubi: Que foi? – levantando a sobrancelha.

O rapaz acena para os dois e Jubi se vira, levando um susto!

Jubi: Seus...! Seus...! Não sabem como eu fiquei preocupada com vocês! Como podem sumir assim? Hein?

Warren: Agradecemos a preocupação, mas não devemos explicações, somos grandinhos, já... – com a voz um pouco afetada pelas últimas palavras de Ororo.

Ororo: Warren! – o repreende – Bem, Jubilee, nós precisávamos conversar coisas entre nós. Por isso, saímos. – explica, sorrindo.

Jubi: E essas "coisas entre nós" teve um "sim" como resposta? – pergunta, toda moleca.

August: Ei! Maneiro! Tu é bem direta, hein, Jubi? – comenta, cruzando os braços na frente do corpo e esperando por uma resposta dos dois mais velhos.

Jubi: Claro que sou! A Ororo é minha amiga e eu ficaria muito feliz se ela tivesse dito "sim"! – sorri para a africana.

Ororo enrubesce! Apesar da preocupação legítima de Jubi, a Deusa dos Ventos nunca foi de comentar sobre seus sentimentos com os outros e, nesse momento, Warren toma a palavra, tomando inclusive a frente da amiga:

Warren: Bom, eu posso garantir que ela não disse sim, mas também não diria que é motivo para ficar triste, pois, ela não negou também. O que ela disse foi um: "vamos tentar, começando por nos conhecer melhor". Por isso, eu vou pedir ao Professor se podemos tirar uma folga de uma semana, pois eu quero muito tentar e ela também, falei certo, Ororo? – pergunta, virando-se para ela e segurando-lhe as mãos.

Ela acena a cabeça:

Ororo: Vamos ficar num chalé nos Alpes... – sua voz era de alegria, com uma ponta de vergonha.

Jubi: Huhu! Que coisa mais romântica! – e dá alguns pulos de emoção.

Warren: Ela nunca vai crescer, não é? – comenta baixinho, somente para Ororo ouvir.

Ororo: Espero que não... – e sorri para o loiro.

Nisso o casal LeBeau, seguido de Clarisse, entra na cozinha e Jubilee não perde tempo em ir contar à eles o que aconteceu. Felizes, Vampira vai dar um abraço em Warren e Gambit em Ororo. Este último, não consegue resistir e solta alguma piada sem graça no ouvido da africana. Quer dizer, sem graça para ela, porque ele ria muito!

Vampira: O que você falou, Gambit?! Desembucha! – a morena ordena.

Remy: Nada, mon coeur... Apenas*

Wolvie: Que nada o quê! – ele corta o cajun, entrando pela porta com um sorriso e uma mala em cada mão – Se eu fosse a tua mulher e você me falasse o que disse pra ela, quebrava tua cara, Remy!

Ororo: Não foi nada, criança... – a Deusa dos ventos fala para Vampira – Não tem por que ficar nervosa. Mesmo!...

Clarisse: A Dona Ororo fica tão bem do lado do Seu Warren, né? Olha como fazem um lindo par! Olha, pai! Olha, mãe! – e ambos tiveram que ir onde Clarisse estava, para que ela parasse de pedir para olharem.

Vampira: É verdade, minha filha! – e a pega no colo – E eu espero que sejam tão felizes quanto eu!

Remy: Precisa de ajuda, mon ami? – corre solicito para o lado de Logan.

O canadense levanta uma sobrancelha e já solta:

Wolvie: O que é que tu quer, cajun?! – e solta as malas no chão. Com a sobrancelha ainda levantada.

Remy: Assim você me ofende, homme! Até parece que eu não posso querer ajudar despretensiosamente... Humpft... – e pega uma das malas.

Wolvie: Não pode mesmo! Me dá essa mala aqui! – e a arranca da mão de Gambit, fazendo este soltar um "ouch" de indignação – Se quer sair da cozinha, não precisa me usar de desculpa e, se quer me fazer alguma pergunta, faz de uma vez, oras!

Remy: Oui, farei de uma vez: existe alguma possibilidade de irmos para o aeroporto juntos? Todos nós? – e faz sinal para Vampira e Clarisse.

Vampira / Clarisse / Wolvie: O quê?! – com cara de indignados.

Vampira: Eu não sabia nada sobre isso, Logan. Senão, não tinha deixado ele começar... – "nem eu..." a vozinha de Clarisse sentencia.

E todos ficam olhando para o cajun, esperando alguma resposta por aquela pergunta descabida, já que o casal Logan iria a sós, numa limusine alugada até o aeroporto. Certamente iniciando sua lua-de-mel...

Remy engole seco. Não pensava que uma simples pergunta pudesse deixar todos tão apáticos. Afinal, o que eles fariam na limosine, Remy sabia de cor e salteado. Não precisavam se envergonhar.

"Talvez seja por Clarisse. É... Pode ser."— ele pensa, ainda quieto.

Wolvie: Tá com problema pra pagar um táxi, pode deixar que eu pago pra vocês... – comenta, cheio de sarcasmo na voz.

Remy: Claro que non! Está me chamando de incapaz de prover minha família, Logan!... O real motivo é que eu queria aproveitar para ficar mais tempo com o casal... Remy não se lembra de ter dado os parabéns corretos para a noiva...

Wolvie: Aaaaaaahhhhh! Agora entendi... Tá querendo se despedir da minha mulher, n'é isso? – solta de novo as malas no chão.

Remy: Não me entenda mal! Não precisa me olhar assim... – com seu característico sotaque francês e a voz um pouco trêmula. Tinha falado besteira! Definitivamente, tinha! – Merde! Je ne cest pa! Não entendo o que está acontecendo, parece que eu nem mesmo vi sua mulher ainda... Não é estranho? Hein? Como se tivessem apagado da minha mente que - ele tem um estalo e, voltando-se para Vampira, pergunta, com um tom alterado de voz: Você não fez isso, não é, belle?!

Vampira: Gambit! Como pode perguntar isso pra mim?! Vai perguntar pra Jean se ela não fez isso... Eu sou sempre a primeira que você desconfia, né? Caramba, Remy! Sou sua mulher, por que eu ia fazer isso?! – com a cara mais deslavada do mundo.

Remy: Justamente por ser minha mulher... – sentencia, meio triste – Não deve ser nada, então. Eu lembro da Ohana, é uma ruiva, non?

Wolvie: Isso mesmo, cara. Toma! – praticamente joga uma das malas em cima dele – Vem me ajudar a carregar, vem...

Deixando o pessoal da cozinha conversando sobre o assunto, os dois saem de cena:

Remy: Eu sou um péssimo marido, Logan... Às vezes penso se a cherie vai me suportar por muito mais tempo... Eu a amo, sabe?!

Wolvie: Mas não consegue deixar de arrastar a asa pra outras, né? – não conseguindo deixar de sorrir – Tu sempre foi assim, Gambit e a Vampira sempre soube disso, xará! Claro que deve doer pra ela, mas ela não tinha esperança alguma de te ver mudado quando se casaram. Disso eu me lembro...

Remy: Je se... Mas, mesmo assim, Remy se sente mal deixando Vampira mal. Eu não consigo mudar...

Wolvie: Ah! Fala sério! ‘Cê já tentou?! – e solta outra risada.

Remy: Ao que parece minha situação o diverte, non? Estou aqui, abrindo minha alma para você e tudo o que faz é rir! – seu tom de voz é de alguém realmente ofendido! – É claro que eu já tentei e tenho orgulho em dizer que fiquei uma semana sem tentar nada contra outra mulher! Mas, depois disso, tive uma recaída que quase acaba com meu casamento...

Wolvie: Poxa! Uma semana! Parabéns... – coloca a mala no porta-malas da limusine.

Remy: Depois disso, nunca mais tentei ficar tanto tempo, pois assim, ao menos eu consigo me controlar. Não quero magoar ainda mais ela, entende? – dando a mala para o canadense.

Wolvie: ‘Cê tu não quer magoar a guria, então não magoa, Gambit! Não é tão difícil assim, cara... Eu nunca fui como você com as mulheres e isso dificulta muito que eu te entenda... Não sei se ia querer alguma coisa com outra pessoa estando com a Ohana. Aposto que se eu perguntar "entende", ‘cê vai responder que não...

Remy: Eu vou perguntar somente isso: nem se essa "outra pessoa" fosse Jean Grey?

A cara de indignação que Logan faz é indescritível! Ele bate o porta-malas e responde:

Wolvie: ‘Tá ficando louco, é? A Jean é minha amiga, cajun! Nada mais, nada menos... Eu, hein! – e sai arrastando as botas de cowboy e mastigando algumas palavras sem sentido para Gambit.

O cajun não entende é nada! E começa a pensar em algum complô por parte das mulheres da mansão. Só podia ser... E ele não estava de todo errado.


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