Momentos da Vida (Wolverine e Ohana) escrita por lslauri


Capítulo 29
Claro que Sim, Kurt!




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texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

—-

"CLARO QUE SIM, KURT!"

Faltando apenas meia hora para o casamento, todos os convidados já tinham chegado. Foi necessário arrumar alguns lugares extras, já que muitos convidados levaram mais pessoas do que o combinado.

Logan já estava no seu posto, na frente do altar, do lado esquerdo do padre, aliás, que padre? Já que não tinha nenhum ali... Que padre ia aceitar ir ali e não pensar que estava entre demônios?! De onde estava, ele podia ouvir todo o sussurro dos convidados, uns mais alegres, outros de incredulidade, outros achando que seria uma cópia do casamento com Mariko, alguns comentários o canadense realmente não queria ter ouvido, especialmente de pessoas que não os viam há anos! Nesse caso, todos tinham dó da noiva, pois "o noivo era violento demais", segundo eles... Ao ouvir comentários assim, o sangue dele aquecia, mas não era o caso de querer quebrar tudo. Ohana tinha trazido um equilíbrio para ele, algo que nunca pensou encontrar em alguém e que sempre havia buscado desesperadamente dentro dele mesmo! Mas todas as vozes param quando ele consegue distinguir a voz de Ohana em meio daquele "mar" de sons:

Ohana: NÃO! Não vou deixar você fazer isso, Charles! – com bastante impaciência na voz.

O canadense quase larga seu posto pra sair correndo e ver o que era, mas a frase seguinte o deixa tranquilo:

Prof. X: Ohana, eu quero entrar andando no seu casamento, exatamente como fiz nos outros! Por favor, filha... – tentando convencê-la.

Ohana: Esse aparelho machuca muito o senhor... Não quero que sinta dor no dia mais feliz da minha vida!

E Logan continuava escutando...

Prof. X: Eu prometo sentar logo depois e desligar o aparelho, está bem? Não farei a loucura que fiz no casamento de Vampira de ficar com ele por toda a cerimônia. Já pedi para Hank colocar minha cadeira ao lado dele e sentar-se bem à frente, para que me ajude a sentar nela e tirar o aparelho. Por favor! Não se preocupe tanto comigo!

Ohana: Como não me preocupar?! O senhor é como um pai pra mim... Não quero que se esforce... – faz carinha de triste.

Prof. X: Oh! Ohana! Não faça essa cara! Isso é chantagem barata para alguém com o coração tão velho quanto o meu!

Logan sorri sozinho das palavras do Professor, mas para de rir quando pensa na velhice e em como seu futuro era totalmente incerto, sacode a cabeça e percebe que os padrinhos e madrinhas estão chegando; sinal de que a noiva logo viria. Desviando sua atenção totalmente para a entrada da mansão, o canadense até mesmo para de respirar por alguns segundos, todos ficam em silêncio e uma suave música começa a tocar ao som grave de um violoncelo, seguido, logo depois, por um violino. De um pequeno gazebo próximo ao altar, do lado direito, estavam alguns músicos executando a peça de Canon and Gigue em Dó Maior de Johann Pachelbel.

Entra Clarisse, muito feliz, com uma espécie de baldinho e, conforme andava, ia jogando pétalas de rosas pelo caminho. O tempo estava muito bom! Nada de ventos fortes, ou Sol muito quente, como havia prometido a Deusa dos Ventos.

Logo em seguida, aparece a tão esperada noiva de braços dados com Xavier! Este andava como se nunca tivesse tido problema com as pernas antes! Todos se levantam e alguns flashs de máquinas incomodam um pouco; August estava gravando a cerimônia, ele tinha muita intimidade com câmeras digitais, prometeu que ficaria muito bom! Ninguém duvidou...

Se todos ouviam a suave melodia dos violinos, o mesmo não se podia dizer de Logan. Para ele, o tempo havia parado e a única música próxima do seu entendimento, cismava em passar pela sua mente, enquanto via aquela deslumbrante mulher ir à direção dele, com um sorriso mil vezes mais avassalador do que quando se conheceram. Na mente dele, tocavam notas secas de um violão bem incisivo e essa letra, cantada por um homem que não deseja nunca estar longe da pessoa que ama, mesmo que isso signifique sacrificar a si mesmo:

"Here by my side, an angel / Here by my side, the devil / Never turn your back on me / Never turn your back on me, again / Here by my side, it's Heaven / Here by my side, you are destruction / Here by my side, a new colour to paint the world / Never turn your back on it / Never turn your back on it, again /Here by my side, it's Heaven" (Matthew Good Band – Weapon)

Ela andava cabisbaixa, mesmo sorrindo, estava tentando conter as lágrimas de felicidade, não queria chorar! Mas não achava que aguentaria muito mais tempo. O caminho de tapete branco parecia não ter mais fim e, enquanto andava, a voz do Professor se fez ouvir em sua mente:

Prof. X: *Fique calma, Ohana... Não há mal nenhum em chorar e, muito menos, de felicidade. Olhe para o Logan, ele quer te ver por inteiro!*— e apenas sorri para ela, que retribui o sorriso e levanta o rosto.

Sua surpresa foi grande ao ver que estava muito mais perto do altar do que imaginara! E por encontrar Logan com os cabelos curtinhos, muitos bem aparados. O canadense avança um pouco, aperta a mão de Charles e olha Ohana nos olhos, profundamente. Sobe com ela os três pequenos degraus do altar improvisado e ficam um de frente para o outro:

Wolvie: Essa é a primeira vez que o padre se atrasa, eu acho!... – dá uma olhada geral nela, percebe cada detalhe – Você está... Está... – sorri – Impronunciável, Ohana!

Ela sorri, tentando conter as lágrimas. Com a voz toda embargada, ela comenta:

Ohana: Você ficou lindo com o cabelo assim... – e sorri, meio tremido.

Wolvie: Espero que dure ao menos até o final do casamento. Ele cresce a jato...

Ohana: Mesmo?! Por isso você nun*

*BAMFT!*

Todos levam o maior susto! Ohana quase cai dos pequenos degraus, não fosse Logan a segurar. Um cheiro forte de enxofre toma conta do lugar, mas logo se dispersa por estar num lugar aberto, era Kurt, mais conhecido como Noturno, vestido de padre e com a Bíblia Sagrada nas mãos:

Wolvie: Qualé, Kurt! ‘Tá querendo bater as botas?! – e não espera resposta, virando-se para Ohana e perguntando como ela estava.

Kurt: E-eu não queria assustar, poxa! Ainda não se acostumaram com isso?! – pergunta, profundamente ofendido e com cara de quem realmente se arrependia.

Ohana: Como eu vou me acostumar?! – com a mão no coração, a respiração descompassada – Eu não convivi com você, Kurt! E, ao que parece, nem mesmo quem conviveu se acostumou...

O rosto da audiência era díspar! Não sabiam se ficavam assustados, maravilhados ou preocupados!

A expressão de Logan era a pior possível, as batidas do coração de Ohana eram como marteladas no ouvido dele e isso o fazia sentir-se mal. Pegando Kurt pelo colarinho, ele solta:

Wolvie: Ao que parece, tu vai bancar o padre, ‘tô certo? – o alemão assente – Então, acho melhor tu não dar mais nenhuma "escorregada" dessas, falô? Podia ter acontecido um acidente, Kurt! E SE tivesse acontecido, eu ia atrás de você mesmo que fosse no Polo Norte! Por isso, nada mais de gracinhas!... – e o solta, bruscamente.

Nenhum deles acredita que algo assim tivesse acontecido ou sido dito, mas quando se tratava da Ohana, Wolvie perdia as estribeiras e o parco controle que tinha. Mesmo com um controle um pouco maior, ele estava uma pilha de nervos, era um dia importante para o canadense também e, se não demonstrava como Ohana, seu interior estava uma bagunça só! Felicidade mista de todos os tipos de sentimentos bons e algumas poucas incertezas que sempre passam pela cabeça da gente, justamente quando menos precisamos dela. Para Logan, aquilo era a fórmula certa da "pólvora interior"; por isso um comportamento desses...

Kurt entendia, claro. Ele tinha presenciado muitas uniões e visto coisas até mais agressivas em algumas. Arrumando o colarinho e dando um sorriso que mostrava muito bem seus dentes pontudos, após limpar a voz, ele começa:

Kurt: Bem, peço desculpas por minha entrada. Logan está certo: não é isso que se espera de um padre... Eu quis dar uma descontraída em vocês e acabei deixando-os mais estressados ainda! – olha para a plateia – Mas não se preocupem, não vai ter mais nenhuma "surpresa" durante a cerimônia.

Meus caros amigos, eu poderia começar esse casamento como se começa qualquer outro: "Estamos aqui reunidos para celebrar a união dessas duas almas", mas essas não são duas almas quaisquer e, muito menos, esse é um casamento qualquer, por isso, eu tentarei ser um pouco menos sistemático; afinal, é um amigo meu que está se casando, alguém que eu aprendi a respeitar, não pela imposição, como possa ter parecido, mas pelo respeito e pela amizade. Não tive a oportunidade de conhecer a noiva tanto assim, contudo nunca erraram quando diziam que "os olhos são o espelho da alma" e, por esses olhos, eu posso perceber o quanto sua alma é nobre e carinhosa. – enquanto fazia esse discurso improvisado, os batimentos de Ohana iam ficando no compasso certo, acelerados pelo momento, mas sem parecer que iam explodir; os noivos se olhavam e, em alguns momentos, Ohana baixava a cabeça para tentar segurar a emoção – Nós sabemos o quanto a vida pode ser complicada e, acima de tudo, o quanto Deus nos testa e nos prova, todos os dias, mas o importante não é finalizar o caminho, e sim o que deixamos por ele, enquanto passamos.

De minha parte, devo minha vida umas cem vezes para o noivo! Sei que também já o ajudei e, novamente, Deus nos mostra como o sentido de família é mais amplo do que nossa mesquinhez consegue perceber... Hoje de manhã, enquanto conversávamos, ouvi dele palavras que deixaram claro essa união ser eterna: "eu tenho sorte de ter encontrado alguém como ela". Esse deveria ser o pensamento de todos aqueles que vão se casar; muitas vezes, vejo pessoas casando com outras por estar há muito tempo sozinho, mas não há amor nessa união... Ao contrário, na união que presenciamos hoje, o amor é até mesmo palpável! – nesse ponto, Ohana não resistiu, duas lágrimas rolaram e foram limpas pela mão de Logan, que sorriu feliz, ao vê-la sorrir também – Por isso, todos aqui devem estar mais do que cientes: não existe nada que Deus aprove mais a não ser uma união feita sobre o amor! Não o amor pelos atributos físicos ou pelas vestimentas. O amor que vem de dentro e é reconhecido pelos que nunca o viram como "uma alegria que contagia", "uma aura que brilha". Não existe brilho sem o amor e não existe amor sem o entendimento de todos os defeitos e qualidades do outro, sabendo aceitá-los e tendo ciência da impossibilidade em tentar mudar o outro! É por isso, meus amigos, que nesta tarde maravilhosa, com os poderes conferidos a mim, pergunto: Ohana, aceita esse homem como seu legítimo esposo, para amar e honrar, até o final de seus dias?

A ruiva responde que sim, com a voz totalmente sumida, não conseguia nem mesmo ficar com os olhos abertos, pois várias lágrimas escorriam e ela até mesmo soluçava um pouco. Do nada, uma estranha sensação de conforto toma conta dela, sente-se mais forte, mais capaz, mas ainda muito feliz! Olha para o lado e Jean sorri para ela. Tudo bem deixar algumas lágrimas caírem, mas aquilo já estava ficando impróprio e, graças a Jean, Ohana pôde pronunciar um "sim" audível a todos. Limpando o rosto com o dedo indicador direito, ela vê Clarisse se aproximar com uma almofadinha onde as alianças estavam amarradas com uma fitinha rosa-claro. A menina era toda sorrisos, havia ficado muito feliz em poder ser daminha! E estava feliz pelo casamento, nunca tinha visto um! Levantando a almofada, Ohana solta o laço da aliança de Logan e coloca no dedo dele, parecia que ia ter uma cãibra maxilar, não conseguia tirar o sorriso de seu rosto, aquela era a melhor sensação que já tinha tido em toda vida! Logo depois, Kurt prossegue:

Kurt: E você, Logan, aceita essa mulher, para amar e proteger, até o final de seus dias?

Wolvie: Claro que sim, Kurt!

A resposta tão apressada tira algumas risadas de todos. Até mesmo Scott sorri, lembrando que teve vontade de responder a mesma coisa, quando se casou com Jean, mas se segurou!

O canadense sorri para Clarisse e retira a aliança, pegando na mão toda delicada de Ohana e colocando-a cuidadosamente.

Kurt: Então, eu os declaro marido e mulher! Pode beijar a noiva, Logan.

O canadense não cabia em si de feliz, virou-se para a ruiva e, depois de passar a mão no rosto dela, verificando se tudo aquilo não passava de um sonho, a beija.

Todos batem palmas, assobiam, gritam. Finalmente estavam casados!

Ohana cumprimenta Kurt e agradece pelas palavras, indo logo depois, agradecer a Jean e Ororo. Logan estava cumprimentando os padrinhos e ouvindo conselhos de Scott, que cismou em dá-los!

Uma fila se formou para cumprimentar os recém-casados e passaram horas ali. O crepúsculo havia chegado, mas com a iluminação da mansão, nem deu para perceber. Todos conversavam, bebiam, riam, comiam, num clima altamente descontraído e feliz. A perspectiva de ter de ficar horas em pé para cumprimentar todos os presentes não agradou em nada ao canadense que sempre soltava alguma piadinha demonstrando seu enfado. Mas o que mais o deixou fora de si foi ter visto Gambit entrar na fila três vezes para abraçar e cumprimentar a noiva. Quando estava lá pela quarta vez, Logan pede licença para quem estava com ele e vai à frente de Ohana, fazendo o cajun dar de cara com ele:

Wolvie: Tu ‘tá pensando que aqui é o que? Hein? Já é a quarta vez que vem abraçar minha mulher, Gambit! ‘Tá querendo levar umas porradas? – pergunta, com cara sisuda e deixando Ohana preocupada! Seu casamento iria por água abaixo se eles resolvessem brigar...

Remy: Remy non sabia que existia uma quota para cumprimentos, ami... – sorri para Ohana, atrás dele, a ruiva somente abaixa a cabeça, sentindo um enorme peso nela, como se fosse uma panela de pressão, prestes a explodir...

Wolvie: ‘Tá querendo briga, Remy? ‘Cê sabe que procurou o cara errado pra isso, né? – pega o rosto dele, fazendo Gambit olhar nos olhos dele, obrigatoriamente.

Este não deixa por menos e dá um tapa na mão de Logan, nada delicado, por sinal:

Remy: Não pode proibir os outros de olharem para a sua petit, Logan! Vai brigar com cada um deles que fizer isso?... – e completa – Vai passar o casamento inteiro fazendo isso, mon ami!

Wolvie: Caraca! Eu ‘tô “poco” me lixando pros outros, Gambit! Eu nunca pensei que um AMIGO meu fosse fazer isso... Sacou? – dando um empurrão nele e chamando a atenção de todos na festa, pelo tom de voz bastante alterado.

Gambit faz sinal para que ele venha com o dedo indicador e, Ohana, nesse momento, segura o braço de Logan, quando este dá um passo à frente:

Ohana: Não aceite as provocações dele, amor... – pede, suplicante.

Wolvie: Não vai demorar nada, Ohana. Daqui a pouco eu fico do teu lado pra gente terminar de cumprimentar os convidados... – com os olhos demonstrando uma indignação patente.

Mas não é permitido a nenhum dos dois começar a briga. Enquanto o canadense estava de costas para Remy, Vampira foi até ele e lhe deu um beijo na boca, ativando seus poderes e fazendo-o desmaiar. Ela sabia que enquanto estivesse acordado, não daria sossego para Ohana, e ficou comovida com o pequeno discurso sobre amizade de Logan, a ponto de dar um basta nisso, ela mesma. Quando se vira para brigar com o cajun, o canadense o vê no colo da mulher, esta sorri para ele e, falando em voz alta, esclarece:

Vampira: Qualé, pessoal! Isso aqui é uma festa, vamos nos animar! – e caminha para dentro da mansão, seguida de Jean e Clarisse.

Jean: Você fez muito bem, Vampira! Eu ia interferir psiquicamente se fosse necessário...

Vampira: Eu sei que ia, Jean. Obrigada pela força... Mas isso aqui vai virar briga de marido e mulher, amanhã, quando ele acordar... – fala, um tanto chateada.

Clarisse: Mamãe, não fala assim! Quem sabe ele acorda sem lembrar de nada. Você podia fazer ele esquecer, né, Jean? Ao menos da parte da briga... – pede, com os olhos esmeralda bem arregalados.

Jean olha para Vampira e esta dá um sorriso malicioso:

Vampira: Vai fundo, Jean! – e virando-se para a filha – Boa ideia, Clarisse! – piscando para ela.

E a ruiva apaga as lembranças de ter entrado na fila mais de uma vez, fazendo-o pensar que passou esse tempo todo ao lado da Vampira, bebendo um pouco e rindo.

Ohana: Graças a Deus Vampira interveio!... Você ia mesmo brigar com ele, Logan? Mesmo eu tendo pedido pra que não fizesse isso?... – faz biquinho.

Wolvie: Esse cara ‘tá muito folgado! Ele é casado com uma mulher muito linda e que o ama! Caramba, será que não se toca que machuca ela?

Ohana: Ou o seu orgulho? Você mesmo disse que são amigos. Amigos não brigam, Logan...

Ele nada responde. Apenas solta um "humpft", voltando para o lado dela e perguntando quem mais queria cumprimentá-los. A fila voltou a se formar, porém, todos passaram a dar "parabéns" bem mais rápido e, ao cabo de alguns minutos, não tinha mais ninguém para parabenizá-los.

Ohana estava muito cansada e Logan também estaria, não fosse seu fator de cura:

Wolvie: Tá cansada, gatinha? Quer que eu te pegue no colo? – sorri, deixando pra lá o desentendimento, ainda mais por se tratar do Gambit.

Ohana: Estou muito cansada, Logan! Imagina se eu tivesse usado um sapato de salto, hein?... Vamos sentar naquela mesinha ali. – apontando para uma um pouco isolada, perto das árvores.

Wolvie: Boa pedida, ruiva! – e não dá tempo a ela de pensar, a pega no colo e a leva para lá.

Claro! Ela se deixa pegar e aproveita para abraçá-lo bem forte! Sentir aquele pescoço musculoso, aqueles cabelos sedosos:

Wolvie: Não disse que eles iam durar pouco... Já cresceu todo, né?

Ohana: *rindo* Cresceu mesmo, amor! Só aquela parte bem comprida da frente que ainda não cresceu.

Os dois riem, estavam chegando à mesinha. O canadense a coloca no chão, aproveitando pra dar uma "passada geral", era um tecido maravilhoso de sentir, mas o "recheio" era muito mais interessante... Depois de percorrer os glúteos, as costas, as mãos fortes e decididas dele rumam para o ombro e terminam nas mãos dela. Ohana nada faz, fecha os olhos e sente cada um daqueles carinhos, sorrindo em alguns momentos; as mãozinhas dela eram como pequenas peças de porcelana entre as dele, tão robustas. Se usasse um pouco de sua força, seria capaz de machucá-la, e muito. Esse era um cuidado que ele sempre tomava. Não queria machucá-la nunca!

Ela começa a arrumar a gravata cinza escura do fraque, brincando com o tecido, enquanto sorria maliciosamente, olhando para ele com uma das sobrancelhas levantadas. Ele retorna o olhar do mesmo modo, sorrindo um pouco mais e puxando-a mais para si, dá um beijo bastante caloroso nela, recebendo um da mesma forma:

Wolvie: A gente ainda tem mais um dia na mansão, antes de ir pro Japão, ruiva... Acho que eu tenho uma boa ideia de como a gente pode passar ele... – pegando-a no colo novamente e passando pelo meio da multidão ele chega até a frente da mansão e anuncia:

Wolvie: Eu agradeço muito pela presença de todos aqui. Foi muito bom rever vocês e conhecer outros tantos, mas vocês devem entender, a gente está muito cansado e, por isso, vamos dormir, falou?

August: Dormir?! – ele grita – É assim que chamam agora?!

E todos caem na gargalhada, fazendo com que outros tomem coragem e lancem outras frases brincalhonas. Ohana fica um pimentão no colo de Logan e, assim que percebe como ela está, pois estava tentando ver quem eram os engraçadinhos de quem não conhecia a voz, ele simplesmente lança um olhar de reprovação e entra, subindo as escadas e entrando com o pé direito em seu quarto, pousando-a suavemente ao lado dele...

Wolvie: Você já é linda, ruiva. E conseguiu ficar mais ainda! - passa a mão por toda a extensão das luvas, parando no cotovelo e fazendo uma massagem circular nele - Está cansada demais? Quer que eu te faça uma massagem relaxante? - sorri.

Ohana: Obrigada... A Ororo e a Jean sabem fazer milagres! – ri baixinho – Só se for parecida com aquela das Rochosas! – seu semblante se fecha e ela solta: Eu não sei quase nada do idioma japonês! Tô com medo...

Wolvie: Não se preocupa, amanhã você vai saber japonês fluente...

Ohana: Como assim? – impressionada.

Wolvie: O Charlie consegue ensinar pra gente tudo o que ele sabe, através da telepatia. Ou, tudo o que ele também consegue aprender através dela. Ou seja, eu pedi pra ele aprender japonês e passar pra ti amanhã! - sorri, convencido.

Ohana: Quer dizer que eu não vou passar o maior mico no Japão?! Vou saber falar?! - toda feliz.

Wolvie: E vai saber um pouco dos costumes também, pra não dar nenhuma gafe, né? - o canadense a abraça - Se bem que eu nem ia ligar se você desse alguma... Pra mim tudo o que ‘cê faz é perfeito...

Ela se aninha no abraço dele, ficando assim por alguns minutos. Logan fecha a porta e sorri, começando a massagear o pescoço dela, indo até os ombros. Era a melhor massagem que já tinha sentido, ou por estar totalmente cansada, ou por ele estar se preocupando tanto em fazê-la relaxar. O caso é que depois de alguns minutos com os olhos fechados, Ohana sentiu a mão dele retirando uma das luvas:

Ohana: Ei! Isso faz parte do pacote de massagem? - e sorri, movendo o corpo para mais perto dele.

Wolvie: Claro que não, ruiva! Isso é uma improvisação... ‘Cê sabe, né? O melhor aluno é aquele que vai além do ensinamento do mestre... - ele cheira o pescoço dela, sentindo o cheiro das mini rosas, mesclado ao tão conhecido. Era embriagante...

Ela sente cócegas quando ele a cheira e ri baixinho, abaixando ainda mais a cabeça e prendendo o rosto dele entre o rosto dela, não demora muito para que seus olhares se cruzem e a ruiva aproxime mais seus lábios dos dele. Segurando-a pelo cangote, Logan apoia as costas dela na coxa dele e lhe dá um daqueles beijos cinematográficos. Assim que se sente deitar, a ruiva dá um gritinho de emoção e fecha os olhos. Confiava piamente nele, assim como esperava que ele confiasse nela, mesmo não sendo mais portadora dos genes X.

Quando terminam de se beijar, Ohana está boquiaberta pela intensidade do beijo, pela forma como a mão dele passeava por cada curva... Ela não merecia uma pessoa assim, mesmo depois de tudo o que fez, ele ainda a amava. E se dizia insensível, egoísta, entre outras coisas. Imagine o que ela poderia dizer de si mesma, então!

Levantando-a com apenas uma mão e deixando-a de pé, retira a outra luva e faz o corpo inteiro de Ohana tremer, sua barriga gelar. Ele tinha esse "dom" de sempre fazê-la sentir como se fosse a primeira vez. Sempre se sentia uma adolescente, nos braços do homem que iria transformá-la em mulher... Ela suspira, olhando para o canadense como quem não vê a hora de mais, fazendo-o sorrir. E novamente investir num beijo, mais rápido, um tanto nervoso, até. A ruiva ouve uma das garras ser ejetada *snikt* e sente o frio do metal em suas costas irradiar-se para todo o corpo, causando uma onda de tremor, como um choque. Sente a garra passar por debaixo do silicone que prendia as costas do vestido e, num segundo, cortá-lo! Guardando a garra logo depois. *snakt*

O vestido não tinha mais onde se sustentar e cai, deixando à mostra uma estonteante lingerie, comprada especialmente para esse momento. Levantando uma sobrancelha, sorri de lado, daquele jeito tão raro e que Ohana amava! Tira a gravata, desabotoa o fraque, mas Ohana não o deixa continuar sozinho, aproxima-se dele, coloca as duas mãos dele em sua cintura e, em seguida, desabotoa a camisa branca. Como a ruiva adorava passar a mão no peito dele, sentindo cada músculo tão bem trabalhado por anos; sentindo seus pelos; ouvindo seus suspiros. Ela beija o tórax dele, aproveitando para jogar a camisa no chão, logo atrás de ambos. Ah! Como queria estar com seus poderes!... Sem eles, era tudo mais lento e complicado. Mas, quem disse não haver diversão nisso?

Logan tira o sapato com a ajuda do outro pé e dá alguns passos à frente, aproximando-se mais da cama. Tira o cinto e Ohana se encarrega de abrir o zíper, a força da gravidade, cuida do resto, deixando Logan somente de samba canção:

Wolvie: Permissão pra continuar a massagem, sra. Logan? - faz com a mão para que ela se vire e deite-se.

Ohana: Oh! Esse nome soa tão bem! – virando de costas e se deitando na cama. - Só espero que não queira fazer qualquer massagem parecida com a que eu te fiz, senão eu vou parar no Labmed, Logan...

Ele ri diante da lembrança dela:

Wolvie: Poxa... Assim não dá... Você tem alguma coisa de telepata mesmo! Não canso de dizer... - e sorri para ela - Deita de costas e relaxa. Se sentir que eu estou te machucando, me avisa, tá? É pra você relaxar, não sofrer. Não vou abrir uma clínica de tortura!

Os dois riem e ela sente quando ele se senta bem no início da costela. Para sua surpresa, não sentiu dor, somente o peso dele, mas nada que doesse. Logan parecia estar sabendo de todos os segredos da massagem e, para começar, tirou o sutiã tomara que caia dela, pedindo para que apoiasse a cabeça nas mãos.

Aquilo não era uma simples massagem! Tinha o intuito de deixá-la relaxada, mas ao mesmo tempo, desejosa por mais e o grand finale seria a consumação da noite de núpcias. Cada ponto, cada lugar por onde as mãos do canadense percorriam, era um ponto com finalidade sexual, por isso, logo nos primeiros dez minutos de massagem, a ruiva tinha tentado se virar, beijá-lo, mas Logan não deixava. Insistia que não tinha terminado ainda e aproveitava para sentir cada músculo da parceira, cada parte dela. Sentia seu odor e, somente quando se passaram vinte e cinco minutos, ele se permitiu deitar sobre ela para lhe dar um beijo na nuca.

A partir desse ponto, a massagem acabou e iniciou-se o que mais Ohana queria e o que Logan estava desejando mais do que tudo. A espera tinha valido a pena! Com a libido nas nuvens, os dois aproveitam cada segundo, prolongando-o ao máximo. Até mesmo Ohana, não sendo capaz de sentir os cheiros dos hormônios como Logan, estava sentindo-se diferente, etérea.

A noite acabou rápido para os convidados do casamento, mas se prolongou por horas para o casal de recém-casados que descobriam novidades e reinventavam o usual.


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