Momentos da Vida (Wolverine e Ohana) escrita por lslauri


Capítulo 17
O plano de resgate




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texto em itálico são pensamentos

palavras em negrito são enfáticas na entonação

os nomes de quem fala estão antes de cada fala, em negrito apenas para que saibamos quem são

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O PLANO DE RESGATE...

Depois de muito confabular e testar vários planos, todos chegam à conclusão de que o melhor seria um ataque mental. Algo que fosse forte o suficiente para fazer o corpo dele parar de agir, mesmo que o animal interior não parasse de causar danos ao seu cérebro. Isso poderia ser contornado com o auxílio do Professor e de Jean. Todos concordaram que um confronto corpo-a-corpo seria inútil, tanto para quem atacasse como para ele. O plano estava traçado, agora seria somente necessário esperar Wolverine chegar à mansão.

Em seu quarto, Ohana permanece dormindo. Jean havia dado um calmante para ela e deixado o pequeno James ao seu lado. Ambos dormiam e a telecinética somente acordou quando ouviu o chamado calmo do Professor em sua mente. Ela despertou tranquilamente e se espantou ao acordar e dar de cara com um James ainda maior do que antes, com o corpo de um garotinho de 7 anos, totalmente apertado pelas roupas pequenas.

O pedido do Professor foi de que ela acordasse e permanecesse no quarto, pois Logan estava a caminho e, provavelmente tentaria entrar em contato com ela, ou o bebê.

Ohana: Bebê? Professor... Creio que ele já não é mais um bebê! – Ela pensa muito preocupada com o futuro de seu filho se isso continuar; mas um certo barulho na janela a faz parar de pensar e ficar em prontidão.

A ruiva senta-se na cama e, olhando para a janela, dá de cara com Logan. Nem conseguiria explicar como ele entrou, de tão silencioso. O importante é que estava lá. Seu corpo provava que tinha encontrado com alguns animais pelo caminho – pobrezinhos! – e seu olhar deixava claro que diante dela não estava Logan e sim, a fera interior!

Wolvie: GGrrrr! ‘Cê tirou ele de mim! Agora eu vou tirar ele de tu! – babava e arqueava o corpo, sem ser capaz de manter-se em posição ereta.

A fera grunhia, deixando perceber entre um rosnado e outro, suas intenções. Seu olhar era fixo no garotinho que dormia ao lado de Ohana e, começando a andar em direção a cama é barrado por uma "parede" invisível.

Ohana: Se pensa que vai chegar perto do NOSSO filho, você está muito enganado – levantou uma sobrancelha e arrematou: e não me conhece...

Ela adverte, tomando posição de "mão defensora". O garoto acorda com todo o barulho e, vendo o pai naquela situação, fica com o olhar apavorado.

Wolvie: Que foi garoto? ‘Cê não quer mais vir com o "papai"?

Essa última palavra foi dita com todo o desdém possível, mostrando os dentes, num sorriso sarcástico.

James: Você não é meu pai! Meu pai é bom e não... Ele nunca... Eu nunca o vi matar!

A risada de Logan pode ser ouvida no corredor!

Wolvie: NUNCA MATOU? AHAHAHAHAHAHA ‘Cê só pode ‘tá brincando, muleque! O sangue que ‘cê ‘tá vendo não é nada, perto de tudo que já fiz... ‘Cê não pode mesmo ser meu filho! ‘Tá muito pentelho e burrinho! Além do que, o dia que eu gostar de alguém como tua mãe, ‘cê pode me internar porque eu pirei...

Mesmo sabendo que aquelas palavras não eram ditas pelo Logan, Ohana sentiu, sentiu fundo... Seu corpo inteiro arrepiou-se, já que, de alguma forma, aquele "ser" fazia parte dele, e era isso que esta parte sentia por ela. E por seu filho.

Depois de ouvir aquilo James calou-se; abraçou a mãe pela cintura e não tirou mais os olhos dela. Naquele segundo em que o lado selvagem de Logan proferiu aquelas palavras ácidas, Ohana não percebeu, mas baixou a guarda no escudo telecinético e, não mais se sentindo impedido Logan deu um grande salto e SNIKT! Ejetou suas garras e correu na direção do pescoço de Ohana. O garotinho dá um grito e fecha os olhos, Ohana volta à realidade a tempo de presenciar um estranho acontecimento.

Em seus olhos era possível ver toda sua fúria. Mas ele não se mexia mais. Tinha ficado como uma espécie de estátua, com as garras ejetadas a alguns centímetros da garganta.

Ele tinha sido impedido bem a tempo pelo Professor que o segurou telepaticamente.

A cena que Jean pôde deslumbrar ao entrar no quarto foi surpreendente. Se o Professor não tivesse agido com cautela e determinação, ele a teria matado, sem pestanejar.

Colocando a mão na direção da cabeça dele, tudo que Jean podia ouvir era que ele era o verdadeiro EU e tinha sido suprimido pelo IDIOTA apaixonado! Ele era o dono do corpo e ninguém mais! Os grunhidos e ameaçadores barulhos Jean já conhecia. O que ela nunca tinha sentido era toda aquela determinação.

Jean maneia a cabeça, convencida de que isso daria mais trabalho do que imaginaram. Ela olha para Ohana e vê lágrimas escorrerem do rosto da amiga. Assusta-se com o tamanho de James e, abraçando ambos, comenta:

Jean: Não se preocupem; o pior já passou! Agora, poderemos cuidar dele...

*Professor, pode trazê-los, está tudo sob controle. Ao menos, aparentemente...*

Scott, Fera e Jubileu entram no quarto, trazendo uma maca e com um trabalho em conjunto, colocam o canadense confortavelmente sobre ela. Levando-o para o Labmed.

Ohana vê os três levarem seu "marido" e suspira! De alívio! Olha para James e comenta, enquanto chora copiosamente:

Ohana: Aquele não era mesmo seu pai, James! Ele jamais tentaria algo contra nós. Ele nos ama e nós também o ama*... – mas não conseguiu terminar a frase, tendo a voz embargada pelo choro.

O pequeno James também chora; em parte, por ver sua mãe chorar, e por saber que seu pai não era aquilo! Ele sabia! Assim como sabia de muita coisa mais, dentro de si...


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