Olhe nos meus olhos escrita por Kikyo


Capítulo 18
Como a primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pela formatação, deu problema no meu not, quase perdi esse cap. Estou postando pelo celular.

Como elas vao se separar nesse cap, esse é o últim... CALMA! To brincando, ainda não é o último kkkkkk



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Belle bateu na porta, ninguém atendeu. Girou a maçaneta, destrancado, ficou surpresa pelo furacão Regina que havia passado por ali. Tantas lascas de madeira e estilhaços de coisas que já foram bonitas um dia... Ou cafonas.

Fechou a porta e viu, encostada na parede, sua amiga com a mão sangrando, segurando um porta retratos. Regina parecia tão cansada, tão desanimada.

— Decoração nova, Regina? Normalmente uma mulher nervosa corta e pinta o cabelo, você quebra a casa.

— Não estou com paciência, Belle.

— Nem eu, mas sou sua amiga e você terá que me aguentar. - Passou por um troféu em pedaços. - Ruby tem um troféu de poker exatamente como esse, entendo porque você quebrou ele. Nossas mulheres adoram "cafonar" nossa sala.

Sentou ao lado de Regina no chão, olhando sua mão. - Ta doendo muito?

— Vou sobreviver.

— Não vou falar de Emma, porque sei que você irá ficar nervosa de novo... E Esse porta retrato é lindo demais pra virar caquinho... por que você não jogou ele?

— Ele é meu. Comprei na lua de mel nas ilhas gregas.

— Ah, entendi. Enton... Vou falar de você. Ruby contou que foi você que decidiu trazer a Lara, Emma aceitou de boa?

— Achei que você fosse falar se mim. - sorriu, um sorriso que não encontrou os olhos. Seu cansaço não era apenas físico.

— E estou. Me responda.

— Quando decidi trazer a Lara, Emma não atendeu ao telefone, então...

— Então você decidiu por vocês duas?

— Sim, mas quando Emma chegou eu...

— Convenceu ela. Mas não tinha nada a ser feito sobre isso. Ela teve só que aceitar, a menina já estava aqui mesmo, não é? - deu de ombros.

Regina a olhou de lado, estava começando entender onde a história iria. - Não é a mesma coisa, a mãe dela deu duas opções pra ela e ela decidiu sem me consultar. É uma coisa grande, algo que mudou nossas vidas.

— Vocês estão cuidando de duas crianças sem o cheque de auxílio do estado. Emma comprou um carro com mais lugares, sendo que ela já tinha escolhido um antes de Lara e Nico aparecerem. Vocês compraram praticamente dois enxovais para os dois... o que não deve ter ficado barato. O valor das despesas médicas do Nico foi o valor do meu primeiro carro. Vocês mudaram todos seus horários e estão botando terror na babá. Regina, como não foi uma decisão que mudou suas vidas?

O silêncio pairou no ar, enquanto Regina olhava sua mão machucada. - Ela não me procurou quando sentiu dor no braço, tive que descobrir sozinha. E também não veio a mim quando a mãe dela ligou para ela.

— Quando você se sentiu mal e eu ainda não te conhecia, quem você procurou? - Sua voz estava um pouco triste.

— Eu não procurei... Eu... O Jesus me abraçou e eu me abri com ele. Ele é muito compreensivo.

— Então, você não procurou a Emma? - Se aproximou mais de Regina, afastando algumas lascas de madeira.

— Não queria preocupar ela. Ela já tem problemas demais.

— E você acha que ela não pensou a mesma coisa?

Regina sentiu algumas lágrimas escorrerem por seu rosto, não fez questão de limpar. - Tenho tido muitos pesadelos. E eu sempre estou perdendo Emma neles... isso dói tanto porque sinto que estou perdendo ela na vida real.

— E esse é seu pior pesadelo, perder ela.

— Exato. Quando vi o vídeo dos Tigres de Bengala... Eu... Eu voltei ao passado, foi como ver a Emma pela primeira vez de novo. - sorriu - Falo pra todos que conheci ela na nossa árvore, mas não. Eu tinha visto ela na noite anterior, era como se ela cantasse com a alma. Acho que me apaixonei por ela naquele dia. Então, parei o carro perto dela pra puxar assunto no dia seguinte.

— Menina, você e ela precisam conversar mesmo. - Olhou surpresa para Regina.

— O que você quer dizer?

— Quero dizer que vamos para o seu quarto tomar um banho e dormir, ainda estou bêbada. E temos que tratar dessa mão machucada aí.

— E Emma?

— Ela está no hotel.

— Sozinha? - havia raiva na voz de Regina.

— Não. Há uma linda morena lá com ela. - Os olhos de Regina sinalizaram perigo. - Ciúmes?

— Não tenho ciúmes.

— Regina, essa cara que você está fazendo vai assustar até minha quinta geração. É a Ruby. Você acha mesmo que eu conseguiria viajar de Boston até aqui, na Califórnia sozinha?

— Então você mentiu?

— Não olha assim pra mim. Ruby e eu queríamos ajudar vocês... E agora vocês me devem uma. - analisou as unhas - você sabe, no caso de Ruby resolver me trair...

— Eu disse que na água é mais rápido. E tem um lago aqui perto... Faça uma ligação que resolvemos.


Belle pegou um papel dobrado de forma quase artesanal. - Esse aqui você não rasgou, por que?

Orgulho, era orgulho mestrado com felicidade que brilhava nos olhos de Regina. - É a receita de uma panqueca.

— Oi?

Regina riu com a cara confusa e assustada que Belle fez. - Foi Lara que fez pra mim.

— E o que tem? É só uma receita. Pra que tanto orgulho?

— Não é só uma receita, é a receita da família dela e foi a primeira coisa que ela escreveu.

— Ah, entendi. Orgulho de mãe. Vamos pro banho que esse sangue ta me dando nervoso.

— Foi um corte simples. Que drama.

****


Domingo - manhã

Emma estava sentada em um castelo na praia. Gostava daquela imensidão a sua frente, as ondas indo e vindo.

Persistência.
As ondas que persistem, que jamais cansam de tentar alcançar a areia.
A situação de seu casamento não estava diferente. Em alguns momentos Regina e ela pareciam rivais, cada uma em seu canto do ringue. Em outras as coisas eram mais fáceis. Elas não desistiam, assim como as ondas, os "momentos fáceis" eram uma renovação.

Persistência também é a palavra chave para um relacionamento. Tantos casais que brigam, um arruma uma mala de ego e vai embora, o outro se esconde no orgulho e continua sua vida.
Não há mais uma segunda chance, apenas desistências.
Pedem um tempo e vão viver suas vidas.
Pedem espaço e provam outras bocas, outras essências.

É mais fácil fugir que ficar.

Separação virou vírgula, ninguém quer lutar mais. Mas Emma... nunca foi adepta ao fácil.

Outras bocas não substituirão os beijos de Regina, outros corpos não irão trazer aquele conforto tão familiar. Emma estava disposta a lutar, lutar por Regina, lutar pelo amor que sentia dentro, queimando...

Seria persistente.

Sorriu por um momento, podia sentir seu coração batendo, incrível como só sentia aquele órgão quando estava com medo ou remorso.
Era a lembrança cruel que ela é mortal e passageira, que não tinha tempo a perder com jogo bobo de orgulho ou palavras que não foram ditas.

Fechou os olhos, ouvindo atentamente cada batida de seu coração, um tambor premeditando a guerra. Ela lutaria por sua esposa e por sua felicidade. Aquele dia inteiro separadas apenas cresceu essa certeza.

Ouviu alguém chamar seu nome, deu um pulo de susto, olhos arregalados para a pessoa em pé ao seu lado. - R-Regina?

— Não, sou uma projeção. - Não podia ter deixado sua ironia em casa? Tem um cofre lá.

Emma sentiu suas bochechas corarem quando Regina sentou ao seu lado. - Como você sabia que eu estava aqui? - sorriu fraco.

— Quando você descobriu que estava grávida, você passou a vir aqui. Às vezes passava a tarde toda olhando essas ondas indo e vindo.

— Ruby te contou? - estava confusa, era um segredo que ela jamais compartilhou com ninguém, era seu lugar secreto.

— Você contou a ela? - se olharam por alguns segundos, tantas coisas não ditas. Se amaram muito antes de saber o que o amor significava. - Eu sempre soube desse lugar, sempre soube que você vinha aqui, era seu momento e eu sempre te dei espaço porque sabia que você sempre voltaria pra mim. - passou a mão pelo cabelo, estava ansiosa. - Emma, eu preciso que você me perdoe. Te julguei por coisas que eu também fiz e, fiz uma cena ridícula no bar, eu... eu só queria fazer você sentir ciúmes, você sabe que não sou imatura assim.

A policial olhou sua esposa, os cabelos castanhos curtos sendo embaraçados pelo vento; os olhos forçando ficar aberto, devido a luz forte do sol que refletia na água; o lábio sendo mordido em expectativa ou receio; estava linda, sem maquiagem ou armaduras. Se apaixonou por sua esposa como se fosse a primeira vez. Se apaixonou por Regina Mills mais uma vez.

— Eu também te devo desculpas. Tenho omitido coisas de você, tenho estado ausente, não dei o meu melhor. - olhou o mar. - Estou disposta a lutar por nós, fazer isso dar certo.

— Também quero lutar por nós, pelo que temos, por nossa felicidade. - Se aproximou mais de Emma. - Temos que começar do zero. Não iremos mais omitir nada, mas precisamos esvaziar nossas malas.

— Desconhecia esse seu lado metafórico. - sorriram. - Ok, eu começo. - pensou alguns instantes. - A primeira vez que eu te vi não foi na faculdade, na minha árvore... Foi em um bar na noite anterior. - mordeu o lábio. - Eu fiz uma apresentação musical pra conseguir dinheiro pra uma viagem dos Tigres de Bengala. E eu não conseguia parar de olhar pra sua mesa.

Regina a olhou surpresa, entendendo o que Belle quis dizer. - Eu estava naquela bar porque... aquele dia eu terminei com a Maleficent, ela foi embora e eu só fiquei pra ver você. Acho que me apaixonei por você naquele dia.

— Agora entendo porque aquela doida cismou que eu tinha te roubado e porquê você parou bem na minha árvore. - sorriu e ficou tensa, a próxima revelação seria difícil. - Eu já fui casada... antes do Killian.

— QUE??!?!?!

— Calma. Foi quando eu tinha 18 anos. Fui pra Vegas com alguns amigos e perdemos feio no jogo. Casando eu ganhei um quarto e dois jantares. Era mais barato casar que alugar um quarto.

— Quem era ele? - Havia raiva na voz de Regina.

— Eu não tive nada com ele... Mas a irmã dele foi minha primeira mulher. Psss, sem brigar. - levantou as mãos pedindo calma.

Regina respirou fundo. - Acho que isso não foi uma boa ideia. - Olharam o mar por alguns minutos.

— Você realmente nunca ficou com homens?

— Isso te incomoda? - Emma não respondeu e Regina continuou. - Eu fui beijada por um homem na adolescência, não gostei. Aquela barba argh! Horrível. Eu não menti pra você, Emma. Eu sou lonely Star.

— Acho que é apenas minha insegurança voltando. - pegou a mão de Regina.


— Eu estou tendo pesadelos... Eu estou te perdendo nesses pesadelos.

Emma a abraçou. - Os pesadelos começaram quando Lara veio para casa, não é? Nossos sentimentos ficaram mais conflitantes nessa época, também.

— O que você quer dizer, Emma?

— Você prometeu não omitir mais nada. - Emma ainda olhava o mar. - Não sou formada nas mesmas coisas que você, mas minha intuição é muito boa.

— Eu... eu quero aumentar nossa família. - foi quase um sussurro. - Quero ter o que você tem, um filho biológico. Acho que por isso eu fiquei tão nervosa com você, porque queria ter o que você tem. E os sonhos... os sonhos ainda não entendo.

— Quando uma mulher fica grávida, o maior medo dela é ficar sozinha. Criar uma criança sozinha e, bem... já temos três ne.

— Então, você não quer ter mais? - Regina aconchegou melhor no abraço da esposa.

— Não foi isso que quis dizer. Logo nossos filhos irão para faculdade... ficaremos um bom tempo sozinhas. - entrelaçaram os dedos. - Acho que seria bom ter mais alguém na casa.

Durante alguns minutos compartilharam silêncio, pensamento passeando pelo futuro.


— Vamos nadar? - Emma levantou, ficando em frente a Regina.

— Não estamos com a roupa apropriada. Aí meu Deus! Veste essa blusa, alguém vai te ver!

Emma fez uma dancinha esquisita, que fez a esposa rir. - Se quiser que eu vista essa blusa, terá que me pegar. - Saiu correndo em direção ao mar. Regina levantou, catando a blusa ao longo do caminho, gritando para Emma voltar. Gritou mais alto quando Emma entrou na água.

— Louca. Você não vai entrar em casa cheia de areia, não!

Emma saiu da água, correndo em direção a Regina que correu para a direção contrária, fugindo da esposa. - Sai pra lá, Emma! Você ta encharcada!

Emma foi mais rápida e agarrou Regina, que pulou e gritou em protesto. Mesmo com grande resistência, a morena foi carregada nos braços e levada ao mar.

— Se você me soltar nessa água eu te mato, Swan!

— Tudo bem, não vou soltar. - Emma pulou com Regina nos braços, perfurando uma onda.

— EU VOU TE MAT...!!! - gritou antes de ser atingida por outra onda. Emma não conseguia parar de gargalhar, era com certeza um dos dias mais felizes da sua vida.

Se aproximou da esposa, puxando-a para um abraço e roubando um selinho. - Estou perdoada por te jogar na água? -perguntou, não percebendo o sorriso perigoso no rosto de Regina e ela se afastar um pouco. Emma estava de costas quando sentiu uma nova onda que a fez rodar como uma bola dentro da água.

Quando retornou a superficie ouviu Regina gargalhar. - Agora está perdoada, querida.

— Perdoada e com a calcinha cheia de areia. - aproximou de Regina, ameaçando agarra-la mais uma vez, mais uma onda estava se formando.

— NEM VEM! SAI DE PERTO!

— Vamos furar essa?

Juntas entraram na onda, submergido com sorrisos nos rostos. Quando voltaram a superfície, Regina se aproximou, água até a cintura, beijou a esposa. Foi como beijar Emma pela primeira vez. Como se fosse possível, se apaixonou mais uma vez por Emma Swan.

— Vamos pra nossa casa. Sério, estou com a calçola cheia de areia.

— Pelo tamanho da calcinha que eu vi quando a onda te pegou, é calçola mesmo. - gargalhou, seu riso estava fácil.

— É cuequinha. Cuequinha femini... - Mais uma onda derrubou Emma, Regina fugiu a tempo.

— Nem um pouco sensual! - gritou quando Emma levantou cuspindo água salgada.

— Posso ser "seduzente" com cuequinha também, viu? E até levando caixote aqui. Vamos pra casa. Vou servir Emma à milanesa no almoço.

Regina se aproximou sorridente. - Com a quantidade de água que você bebeu aqui, melhor fazer comida sem sal. - gargalhou.

****


Regina reclamou enquanto lavava a mão na pia, a água do mar estava fazendo seu pequeno corte arder.

— Se tivesse me falado que sua mão estava machucada, eu não teria te jogado na água. - riu ao receber um olhar mortal de Regina. - Mentira, te jogaria do mesmo jeito. E não deixei de notar algumas coisas faltando na sala.

— Sabia que você ia sentir falta daquele troféu estúpido. - Regina reclamou secando as mãos.

— Não é estúpido, Ruby e eu suamos pra vencer aquele jogo de poker. - abraçou Regina por trás. - Desculpa não ter estado aqui na hora de sua raiva, ou quando você limpou ontem.

— Belle me ajudou. Precisávamos desse separadas para refletir. Há anos eu não quebro coisas assim. Isso era comum quando eu vivia com minha mãe e ela me prendia daquele jeito horrível que já te contei.

Emma beijou o pescoço da esposa. - Queria muito voltar no tempo e cuidar daquela menininha que sofreu tanto. Ninguém mais iria mexer com ela.

— Você já cuida, meu amor. - Virou no abraço, beijando Emma. - Você já cuida de mim todo dia. - Beijou novamente, o beijo ficando necessitado. - Vamos pra cima, estamos molhando a cozinha toda. - sorriram, trocando beijos enquanto subiam as escadas.

Entraram no box, não queriam parar o beijo, mas precisavam tirar a roupa.
— Lembra o que fizemos aqui?

— Você ta cheia de areia, Emma. Vamos tomar banho prim... - Foi interrompida por um beijo sedento.

Terminaram o banho rápido, enroladas na toalha deitaram na cama. Emma virou, ficando por cima com um sorriso. - Eu não vou ser a passivinha hoje, tenho que honrar minha jaqueta vermelha.

— Ruby te zuou. - atacou o pescoço de Emma.

— Eu não sou louca de contar para ela. - abriu a toalha de Regina. - Tantos anos e você não mudou nada, continua tão gostosa. - beijou a esposa. - Tão minha.

— Espero que não esteja me chamando de velha com esse "tantos anos". - arrancou a toalha de Emma, admirando o cabelo loiro molhado, gostas pingando pelo ombro e rosto. Como não amar aquela mulher?

— Sou apenas um ano mais nova, não posso me dar a esse deleite. - sorriram. Emma havia esquecido como era prazeroso olhar o castanho ficando escuro de desejo, queria admirar por mais tempo, mas sentia seu centro latejando, Regina deveria sentir o mesmo.

Desceu sua boca pelo corpo moreno, sentindo cada parte.

— Não! - Regina interrompeu.

— Que foi?

Acariciou o rosto que tanto amava. - Quero fazer junto com você. - trouxe Emma para cima novamente, enlaçando-a com as pernas. - Quero sentir você assim.

Emma beijou a esposa enquanto movia seus quadris, ditando o ritmo. Sentia seu corpo arder pelo sol que pegou na praia, mas não queria parar, o prazer era muito maior. Tremeu um pouco ao ouvir Regina gemer baixo, havia achado o ponto certo. Para sua surpresa, a morena também começou movimentar os quadris e, ela também achou o ponto certo.

O quarto, por algum motivo, ficou quente demais e Emma não suportava mais o calor em seu corpo, a pressão em seu ventre, sentia que não aguentaria muito tempo.

— Relaxa, Emma.

— Não posso, estou quase.

— OMG! Eu também, não aguento mais segurar!

Enquanto sentiam o prazer tomar seu corpo, se olharam através da neblina de satisfação, tremendo juntas. Segundos depois gargalharam. - Temos que falar tudo mesmo, eu já estava quase desmaiando aqui. Não aguentava mais segurar. - Regina riu.

— Céus, eu também. Falar tudo uma pra outra? Tudo mesmo?

— Só vamos prometer não esconder nada, ok. Acho que há coisas que devemos guardar só pra gente.

Se beijaram. - Tudo bem. Vamos tomar outro banho?

— Vamos. - Regina riu. - Vou passar gel nas suas costas.

— Você sabia? - Emma estava surpresa.

— Claro. Conheço minha branquela. Por que você acha que não te arranhei?

— Graças a Deus que não. Vamos comer pizza?

***


— Ok, 12 anos e eu ainda não entendo uma coisa sobre você: Pizza simples? É sério? - Regina perguntou enquanto devoravam uma pizza, sentadas na escadaria da casa. Já era tarde, após o banho, a diversão continuou um pouco mais.

— Sou purista.

— Ah! Você que vive assistindo Master Chef e não gosta de uma pizza com cobertura! isso é simplesmente indecente. - Regina pegou outro pedaço.

— Assim que você coloca peixe, carne, abacaxi sobre uma pizza, deixa de ser uma pizza. É uma "frankeistepizza". Não é natural. Na verdade é um insulto para a pizza.

— Agora estou insultando a pizza?

— Estou surpresa que ela ainda está conversando com você.

Regina parou de mastigar e olhou a esposa - Você precisa de ajuda.

— Ei! Uma das suas anchovas está invadindo o espaço territorial da minha pizza simples.

O celular de Regina tocou, ela atendeu, ficando calada e preocupada.

— O que foi, Regina?

— Levaram Lara pro hospital, parece que ela está mal. - Regina podia sentir suas mãos tremendo.


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Notas finais do capítulo

As pessoas mais atentas vão perceber o que aconteceu com Lara com uma dica que dei nesse cap.
Emma e Regina estão recomeçando, falta muita coisa ainda. Infelizmente nem tudo é em um passe de mágica... Ainda bem ne, mágica sempre vem com um preço.



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