Olhe nos meus olhos escrita por Kikyo


Capítulo 12
Coisas de casais normais




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O Silêncio é o que tememos.
Há um Resgate na Voz –
Mas Silêncio é Infinidade.
Não tem sequer uma Face - Emily Dickinson

 

 

Emma e Regina andavam pela KAE, novas crianças exigem novas compras.

 

— Oh meu Deus, isso é tão FODA! - Emma olhou admirada.

 

— Isso é para crianças, querida, crianças reais, não crianças de tamanho adulto.

Emma rolou os olhos e soltou o carrinho para examinar a cama beliche de foguetes.
Ela admitiu ser muito original e desejou aquele beliche em sua casa.— Nós devemos levar essa!

 

Regina revirou os olhos. - São duas crianças de sexo diferente. Uma ficará no quarto da Mariana e a outra no Jesus, não da certo esse beliche. E são foguetes Emma, meninas não gostam de foguetes.

Sorriu por cima do ombro, observando Emma subir a pequena escada que ela tem certeza de que não deveria estar escalando.

 

— Meninas podem gostar de qualquer coisa. Olha como é linda! Olha esse travesseiro! Meu Deus! Temos que levar! - Estava empolgada em cima da cama azul.

 

— Não, querida. É melhor sairmos daqui antes que você troque nossa cama de casal por essa.

Regina riu de si mesma e olhou para um organizador de brinquedos, lembrando como Lara jamais precisará daquilo, aquela era realmente organizada. Lembrou de como Nico sempre faz questão de lavar as vasilhas ou varrer a casa, é mais que gratidão, é mania. São o inverso dos gêmeos que sempre bagunçam tudo. Regina lembrou de quantos escorregões nos brinquedos espalhados teve ao longo da infância dos gêmeos. Agora o quarto deles ficarão organizados, finalmente!

Suspirou feliz só de pensar nisso e estendeu a mão cegamente, chamando Emma para descer do beliche.

Segundos depois sentiu a centelha que, mesmo agora, a surpreende quando a pele de Emma toca a dela e elas se olham. Soltaram as mãos aos poucos, ainda receosas pelas atitudes das pessoas ao redor.

— Você vai se chutar mentalmente quando não pudermos mais encontrar aquela cama, Regina Mills. - Emma ameaçou, pegando o carrinho e voltando às prateleiras com roupas de cama e travesseiros.

 

Regina levantou as mãos e soltou frustrada ​​- Tudo bem, querida.

 

— É sério.

 

— Ok, querida.

Regina entende o motivo de Emma querer tanto aquela cama, era exatamente o tipo de cama que a pequena Emma sonhou ter na infância, mas sua mãe nunca deixou.
Não é fácil sonhar ser astronauta, explorador ou samurai quando sua mãe sonha ter uma princesa. E Mary Margaret nunca aceitou menos que uma princesa.

"Meninas podem gostar de qualquer coisa" lembrou mais uma vez a frase de Emma, olhou sua esposa, tanta pressão em cima dela quando criança, depois quando escolheu sua carreira, estaria sofrendo mais pressão agora? E o pior, vindo de Regina?

Olhou seu braço em uma tipoia, ainda não entendeu bem como aquele acidente aconteceu, será que Emma buscava por aventura? Estaria ela presa demais?

 

— Emma, sua amiga sabe sobre seu braço?

Os olhos verdes se iluminaram.

 

— Liga pra ela, quem sabe ela pode passar alguns dias com você... Desde que ela não fique muito perto do Nico e Lara, não quero eles mal influenciados - sorriu, lembrando de sua antiga implicância com a melhor amiga de Emma.

 

— Ela sabe sobre meu braço, mandei foto dele todo torto ainda no hospital.

 

— Aí credo! Vocês ainda são terríveis.

 

Emma beijou o rosto da esposa— Obrigada. Vou amar ter ela alguns dias comigo.

 

— Poucos dias, por favor, quero você pra mim também. - Deu um selinho em Emma, ambas olharam ao redor envergonhadas, ninguém havia reparado. Voltaram a andar pelos corredores.

Emma roubou um selinho e viu o sorriso tímido e apaixonado de Regina, é por ele que ela vive.


****

— Crianças! - Emma gritou da porta, recebendo três olhares de desgosto— Ok, ok, crianças, adolescentes e homem, melhorou?

 

Regina passou por ela, puxando algumas sacolas, sendo socorrida por Blandon e Jesus.

 

— Estou fazendo um pronunciamento aqui, será que podem de dar atenção? - Emma reclamou.

Todos pararam seus movimentos e a olharam.

— Mesmo diante desses olhares ferozes e, me sentindo muito tentada a me enfiar debaixo de uma mesa, vou fazer o grande pronunciamento, cof cof - fingiu tossir— Então queridos crianças, adolescentes e homem, cof c...

 

— Fala logo mãe - Mariana irritou.

 

— A melhor amiga da Emma ta vindo aí - Regina resmungou, indo buscar mais sacolas.

 

— Tia Ruby?????? - Mariana, Jesus e Blandon falaram juntos.

 

— Estraga prazer - Emma resmungou quando Regina passou por ela, Nico acompanhou a morena— Sim, a própria. Está vindo aí para fazer nossos dias melhores.

 

— E os meus piores! - Regina gritou do lado de fora da porta, fazendo todos rirem, incluindo Emma.

 

— Ruby é ruim? - Nicholas perguntou a Regina que tirava algumas sacolas do carro, podo-as no chão.

 

— Não querido, ela é um amor, muito educada e divertida, é só que... - Olhou para a expectativa de uma história nos olhos azuis.— Vou te contar a história toda. - Sentou na beirada do porta malas, sendo acompanhada por Nico.

 

— Há alguns anos eu ainda estava na faculdade, Emma era só uma garota boba e chata que implicava com o lugar que eu colocava meu carro, ela dizia que era o "lugar de música dela" - Olhou para a feição confusa de Nico— Eu fazia essa mesma cara, até que um dia perguntei o que era isso - sorriu— É que eu parava meu carro próximo a uma calçada, onde tinha um flamboyand linda, enorme, fazia muita sombra e... - ampliou o sorriso - Era exatamente nessa sombra que Emma gostava de sentar ouvindo seus fones. Eu sempre parava meu carro lá, só pra implicar com ela, afinal, havia tantas árvore naquele Campus, ela poderia escolher outra se quisesse, aquela era minha.

 

— Por que você não estacionava no estacionamento?

 

— Estacionei no Campus uma vez e Emma reclamou por ser o lugar dela, então, quis sempre fazer isso, não era contra as regras, eu não estava sobre a grama, estava na rua ainda, mesmo que era destinada aos pedestres. Então, só estacionava no estacionamento quando Emma não estava debaixo daquela árvore.

 

— E Emma sempre ficava lá?

Contrariando o impossível, Regina sorriu mais.— Sim. Só não ficava às quartas, que era meus dias de aulas práticas, eu tinha um horário diferente. Descobri isso através da melhor amiga dela, que também estudava no Campus.

 

— A Ruby?

 

— Exato. Emma sempre ia pra lá esperar a amiga. Ruby saía um pouco depois que eu entrava. E foi ela que me falou que Emma estava noiva.

 

— Emma chegava mais cedo pra te ver?

 

— Sim. - Suspirou— Durante quatro anos foi assim. Ela me chamava de preguicinha, porque eu não queria andar do estacionamento até a entrada. E eu chamava ela de srta Swan, mesmo depois que ela trocou o anel por uma aliança de ouro e ainda ter me contado que casou. Era minha forma de provocar ela. Eu sempre usava um tom bravo e falava "srta Swan."

 

— Vocês ficavam implicando uma com a outra?

 

— Na verdade eu implicava. Implicava com a amiga dela, às vezes ficava parada, encostada no meu carro até a Ruby chegar e poder implicar com aquela "abusada", que era a forma que eu costumava chamar ela.

 

— E Emma ficava com você esperando?

 

— Ficava. No segundo ano ela sempre levava um café e lanche a mais, destinado a mim e eu... - Sorriu novamente, olhando o nada, relembrando sonhadora - Eu estava me aventurando na cozinha, então, fazia pratos novos toda semana, Emma era minha cobaia.

 

— E você já fazia esses pratos pensando na sua cobaia?

 

Regina olhou admirada o garoto esperto ao seu lado. Ele COM CERTEZA teria que fazer psicologia e ela faria o possível para conseguir colocar ele na Universidade desse curso, independente de onde eleem estive, com qual família estivesse e, aquele pensamento a entristeceu um pouco.

— Naquele tempo eu pensava ser apenas uma oportunidade de ter alguém bobo e ao mesmo tempo honesto para falar da minha comida, agora vejo que eu fazia aquilo apenas para ter mais tempo com Emma e ouvir seus elogios. - Seu semblante passou para triste.

 

— Você não gostava dela casada?

 

Mais uma vez Regina olhou surpresa, estava pensando na dor de ver, dia após dia a mudança de Emma, o quanto mudou após o casamento, depois sua gravidez ficando cada vez mais evidente.

— Eu odiava o marido dela. Nunca havia visto ele, ela mal falava dele, mas eu o odiava com todas minhas forças. Quando ela me contou que eles brigaram e, que talvez ela não o merecesse, minha resposta imediata foi: "é ele que não te merece"

 

— E naquele momento você viu que estava apaixonada?

 

— Acho que sabia disso no primeiro momento que vi ela, lá sentada, batucando seus dedos na perna enquanto ouvia música. Ela parecia tão livre, tão feliz, tão...

 

— Emma?

 

riram— Exato. Ela parecia tão Emma. Eu não era muito de sorrir, mas quando conversávamos durante aqueles poucos momentos no carro, eu chegava na sala de aula com as bochechas doendo.

Olhou para Nico, percebeu que ele queria dizer algo, ela não sabia se queria ouvir aquela pergunta, por que possivelmente era a pergunta que ela fez durante 4 anos.— Fale.

 

— P-por que você não falou pra ela que gostava dela? - perguntou, ansioso pela resposta.

 

— Eu tinha medo. Naquele momento percebi que era uma pessoa muito medrosa, bem diferente do que imaginei de mim. - os olhos azuis refletiam admiração— Me permitia ser uma pessoa, Emma apareceu e mudou tudo em mim. Então, me contentei em apenas ver ela naqueles poucos momentos, me bastava. Eu tinha medo que ela não sentisse o mesmo, medo de me machucar, as pessoas já faziam isso muito bem, me machucar, não precisava eu fazer também.

 

— Ei! Ainda pretendo jantar hoje. - Emma se aproximou.

 

— Então faça você a janta. - Regina levantou, dando um selinho na esposa, dessa vez sem preocupação com as pessoas ao redor, afinal, estavam protegidas no quintal da sua casa.


***

 

— Jesus, falta a sua parte! - Regina chamou da cozinha— O jogo estará aí quando você voltar. Vem.

 

— Só mais cinco minutos, mãe.

 

— Vem logo. Anda, cozinha.

 

Jesus se aproximou— Ta, vou te ajudar.

 

— Por que? Você não mora aqui, não?

 

— Mas mãe, as mães dos meu amigos todas fazem comida e cuidam da casa sozinhas.

 

— E a mãe deles trabalham fora? Por que se você quiser eu fico em casa só fazendo comida, lavando e passando. Só isso. Nada mais de cartão, skates, roupas novas..

 

— Ta, tendi. Eu cuido do arroz.

 

— Bom mesmo. Vivemos numa cultura ainda androcentrista, ainda focada no homem. Não vou criar filho nenhum pra daqui alguns anos casar e deixar a mulher fazer tudo, sendo que ela também irá trabalhar, afinal, está cada vez mais difícil ter uma profissional em casa pra realmente AJUDAR.

 

— Entendi, mãe.

 

— Se realmente tivesse entendido não estaria com essa cara fechada. - colocou as mãos na cintura— Não estou fazendo isso por mim, Jesus. Estou fazendo por você que daqui alguns anos não sentirá raiva de sua esposa ou namorada por ficar te chamando o tempo todo, exigindo coisas ou pedindo favores demais. O problema não será ela, será você por estar acostumado com uma mãe que faz tudo. O problema, na maioria das vezes, não está no outro, está em nós. Nós que julgamos os outros através de nossas experiências. Por que uma pessoa crítica é tão difícil conviver? Porque ela julga os outros demais de acordo com o olhar dela. Julga, fala sobre o erro que vê na outra pessoa como se pensasse "eu não faria assim", isso quer dizer que ela já tem uma resposta ou solução pra aquele erro... Sendo que isso é impossível, principalmente pra alguém que não muda com os próprios erros, alguém que é o dono da razão!

 

Jesus a olhava, surpreso.

 

— Desculpa, filho. - Encostou na bancada, respirando fundo para acalmar os nervos.

 

— Você não estava falando de mim, não é?

 

— Não. - Recebeu um abraço carinhoso, se acolhendo dentro daqueles braços amorosos. - Não deveria descontar nada em você.

 

— Era da vovó? Estava falando dela?

 

Regina respirou fundo e soltou o ar devagar— Exatamente. Sua avó virá no aniversário do Blandon, me mandou uma mensagem hoje na hora que a Emma estava trocando o gesso.

 

— Achei que não ia ter festa.

 

— E não irá ter. Mas ela vem mesmo assim, apenas pela data.

 

— Boa sorte, mãe. - Deu um beijo na cabeça de Regina— Eu gosto muito da minha avó, mas ela é implicante demais, sem ofensas - Riram.

Nico estava parado na batente da porta, admirando triste a interação dos dois, desejando que Regina gritasse assim com ele, que deixasse ele abraça-la depois e dizer que ficaria tudo bem. Por um instante sentiu raiva de Jesus, mas decidiu deixar isso de lado, ele não tinha nem o direito de estar ali, para começo de conversa. Ainda mais exigir algo assim.

 

— Ei! - Emma passou por ele.— Não é só pra ficar olhando não, Nico. Pode tratar de me ajudar na sobremesa ou ficaremos sem hoje, a patroa é brava. - piscou para ele.

O garoto se animou, gostava tanto de Emma, na verdade, a amava.

 

— Ei Kid, eu comprei comida pro seu passarinho.

Nico parou na metade do caminho, seus pés congelaram. Como ela soube do passarinho que ele encontrou próximo a árvore? O passarinho que Blandon falou estar abandonado.

— Comprei uma casinha pra ele também, na verdade é uma gaiola pequena, mas como ele é pequeno... — A frase foi interrompida pelo abraço apertado do garoto.

 

— Obrigado. Te amo tanto. - a voz abafada e emocionada.

Emma olhou perdida para Regina, que assistia a cena em silêncio. Não sabiam como reagir.

Rodou dentro do abraço do garoto e o abraçou com o braço não engessado. - De nada, Kid. - beijou sua cabeça.
E Nicholas escondeu o rosto na blusa de Emma, para que ninguém visse suas lágrimas. Era contraditório o que ele sentia, apenas aquelas duas mulheres, Emma e Regina, conseguiam fazer ele se sentir assim: dolorido e aquecido ao mesmo tempo.


***

Regina estava deitada na cama, não conseguia se concentrar no livro, a futura presença de sua mãe já trazia grande ansiedade. Emma saiu do banheiro, ainda enrolada na toalha, tirando a proteção do seu gesso.

— Se quiser pode dormir assim. - Regina falou, olhar malicioso para esposa— Só que sem a toalha.

 

— Opa! Pode deixar. - Tirou a toalha, pendurando para secar. Deitou na cama, apenas de calcinha e top, puxando o lençol até a cintura.— Quantas horas?

 

Regina olhou o celular - São 10:06.

 

— Oooh! Se nos apressarmos, provavelmente podemos pegar Once Upon A Time antes que a trama comece a engrossar. E por isso, quero dizer antes que os heróis dêem dois passos para a frente e depois doze passos para trás.

 

— Ok, soa muito bem. - falou sem vontade, fechando seu livro e colocando na mesinha ao seu lado

 

— O que foi, quer fazer o que então?

 

— Pode ser o programa que você quer, apesar que isso não é o que casais comuns fazem.

 

— Estou com medo de perguntar o que casais comuns fazem. - Pegou o controle na mesinha da esposa, mas antes que pudesse se afastar, Regina se aproximou, Emma pensou que fosse receber um beijo, mas ficou chocada quando recebeu uma lambida no queixo.

Se afastou rápido, esquecendo do controle, enojada enquanto enxugava o queixo molhado.

 

— O que foi isso?! - Ela gritou, mas estava rindo junto com Regina. Às vezes era surpreendida pelas brincadeiras da esposa que em 90% do tempo era tão séria.

 

— Vamos lá, casais normais fazem isso o tempo todo!

 

— Hum, definitivamente não fazem, não. - Emma riu.

 

— Bem, agora fazem! Estou instituindo oficialmente como uma coisa de relacionamento. - brincou


Emma olhou maliciosa para Regina que se sentou e levantou as mãos.

 

— Agora Emma, vamos ser racionais sobre isso ...

 

— Hey amoooorr - cantou

Regina reconheceu aquele tom como brincalhão e soube que nada bom poderia vir disto. Começou a se afastar de Emma saindo da cama.

 

— Sabe o que mais fazem os casais normais? - Emma saiu da cama e caminhou em direção a Regina que se afastou— Eles têm lutas de cócegas! E eu acho que estamos muito atrasadas!

Antes que Regina pudesse dizer qualquer coisa, Emma a agarrou pela cintura, não permitindo que escapasse. Jogando-a sobre a cama e gentilmente se jogando sobre ela para mantê-la no lugar. Regina não lutou, com medo de machucar o braço engessado de Emma.
Que, sorrindo, passou os dedos nas costelas de Regina, a fazendo rir como maníaca.

 

— Isso esta normal o suficiente para você Regina?!" Heim? Heim?

 

 Regina se contorceu gritando "sim, sim" 

 

— Quem manda aqui? Heim? - Continuava as cócegas. - Fala, quem manda aqui?

Regina histérica, seu ponto fraco de cócegas sendo atingido em cheio.

— Fala preguiçinha, quem manda aqui?

 

— V-você.

 

— Quem? Quem manda aqui? Não ouvi o nome.

 

— E-emma Swan. Swan manda!

 

— Então estamos bem. - Emma deitou do seu lado, ofegante.

 

Regina se acolheu àquele corpo, também estava ofegante. Ficaram alguns segundos assim, apenas recuperando o fôlego. - Eu não te respondi uma coisa hoje, querida.

Emma a olhou em expectativa.

 

— Eu não falei sobre você ser passivinha. - sorriu de lado.

 

— Eu não sou passivinha - resmungou, ciente de estar fazendo biquinho.

 

— Aquele dia você foi, em anos, mas foi. - selou os lábios da esposa. - Foi minha passivinha.

 

Emma revirou os olhos.

 

Regina se virou um pouco e desligou a luz do seu lado da cama, voltando para o corpo de Emma. - Eu gostei de poder ter você de um modo diferente, mas hoje eu não quero isso. - passou as unhas pelo abdômen e coxa.

 

— Não?

Regina balançou a cabeça, mordendo o lábio, estava excitada. - Hoje eu quero ser sua, srta Swan. - mordeu leve o lóbulo da orelha da esposa, estava em brasas.

 

— Isso parece bem tentador. - deitou de lado, passando os dedos ao redor da cintura de Regina, a trazendo para mais perto.

 

— Apenas tentador? - sussurrou no ouvido de Emma, sentido o arrepio daquele corpo que tanto desejava. Tantos anos e nada mudou, sempre queria mais e mais daquele corpo cheiroso e tão seu.

 

— Aqui na cama é difícil pra mim. - Emma resmungou.

 

— Eu sei querida. - Sentou e retirou a blusa do pijama - Mas, sempre podemos dar um jeito.

 

— Adoro quando você da um jeito. - sorriu

 

Sentou sobre Emma, uma perna de cada lado.— Estou por cima, mas você ainda está no comando. - O que Regina mais gostava daquela posição eram os olhos ávidos da esposa, explorando cada detalhe e causando arrepios sem ao menos tocar. Mas, ela queria ser tocada. Puxou a mão livre e a trouxe ao seu seio, sentindo prazer em cada apertada, o quadril já pedindo por atrito.

 

Emma sentou com um pouco de dificuldade, porém, qualquer trabalho valia a recompensa de sentir o macio em sua boca, os gemidos quase inaudíveis devido aos outros quartos tão próximos.
como desejava sua esposa e sabia que era recíproco.

 

— Você está com roupa demais. - Emma reclamou. Em segundos a
morena estava completamente nua, sentando novamente onde estava anteriormente.

 

— Melhor agora? - Furtivamente pegou a mão da esposa, chupando dois dedos e direcionando a outro local.. - Sei que preliminares são importantes, mas não aguento mais, preciso urgente relaxar.— Sentou devagar, gemendo aos poucos com o movimento em seu interior.

 

— Tudo bem, da pra perceber sua urgência. - Emma riu, recebendo um leve tapa no ombro.

 

— A culpa é sua que fica desfilando na minha frente com esse corpo maravilhoso.

 

— Todo seu, meu amor. - Rebolou um pouco embaixo da morena, auxiliando o movimento de sua mão, fazendo Regina gemer contido.— Deita. - ordenou.

 

Obediente Regina deitou sobre o corpo de Emma, deixando que a esposa dominasse os movimentos por completo. Tudo que ela poderia fazer agora era apenas sentir prazer. E estava fazendo isso muito bem.

 

— Espera, você vestida esta me incomodando. - Reclamou com Emma, descendo de seu colo e ajudando tirar aquelas peças pequenas.

 

Regina retornou a posição inicial, surpresa por uma adição. - Três?

— É uma reclamação? - Emma sussurrou, intensificando os movimentos com ajuda do próprio quadril e aproveitando para espalhar mordidas no pescoço tão próximo.

 

— Jamais, querida.

Aquela noite séria longa e de forma torturante... teria que ser também silenciosa. Durante aquele tempo todos os problemas seriam esquecidos. Eram momentos só delas, pela manhã iriam resolver as pontas soltas.


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