WSU's: Soldado Fantasma: Honra & Monstros escrita por Nemo, WSU


Capítulo 5
A Confissão


Notas iniciais do capítulo

Tenho que agradecer profundamente a Natália pelas revisões, e por ter paciência para ensinar esse avoado aqui. E principalmente a Nay por estar me acompanhando com seus comentários maravilhosos. Espero que gostem.



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Sexta, a noite

 

 

 

  As buscas pelos vampiros haviam se mostrado infrutíferas, mas por outro lado, os ataques tinham cessado. Nesse meio tempo Tales aproveitava para treinar Karen, enquanto tentava ocultar algo.

  Em meio aos socos e chutes de Karen e as defesas do Soldado, este abriu uma falha na guarda, ela aproveitou desferindo um potente cruzado de direita em seu rosto. Tales voou quase encostando no gramado, de repente desaparecendo e ressurgindo atrás de Karen, imediatamente chutando-a.

— Nem tudo é o que parece. — apontou o Soldado.

— Porque fez isso? — disse ela se reerguendo.

— Por puro aprendizado, é claro. — disse ele se aproximando — Umas das melhores estratégias em uma luta, é fazer o oponente pensar que a ideia é dele.

Ele colocou o braço esquerdo sobre o quadril e explicou:

— Você viu uma brecha na minha defesa e decidiu aproveitar, mas a verdade é que eu tinha completa ciência de que você iria ver essa falha e não ia recusar a oportunidade, você foi colocada em uma armadilha.

— E qual é a lição aqui?

— São duas lições. Seja cautelosa em seus movimentos, pense bem antes de agir, avalie o oponente e tome cuidado com suas oportunidades. Nem sempre o nosso jeitinho é a melhor saída.

Ele continuou:

— E a outra lição é fazer uso dessa tática, faça o inimigo acreditar que a tática, "ideia" é dele e o empurre para a armadilha. Eu diria que você ganhou um bônus hoje, agora vá descansar.

Neste momento, Mário chegou perguntando:

— Então, quando vou poder ir embora?

— Quando o Soldado matar os vampiros. — respondeu Karen, irritadiça pelo tom implicante do rapaz.

— E quando vai ser isso? Daqui um ano?

— Você é livre para ir e vir. — disse Tales obscuramente, de forma que causou certo estranhamento em Karen — Só não reclame quando duas presas perfurarem seu pescoço e te drenarem até a morte.

 

 

*****

 

 

 

Tales tinha acabado de trocar de roupa, se deitando na cama começou a refletir. Havia muitas questões a serem resolvidas: Vampiros, sua irmã, se ia ficar ou não, o treinamento de Karen, a festa e como matar seu cunhado sem que sua irmã percebesse:

‘’Vou deixar ela perceber por conta própria, o quão babaca seu namorado é. Acho que Ana está pronta para saber, mas não posso ficar, desde que reassumi essa pessoa, não há caminho de volta ou será que há? Apesar de que... eu sinto saudades das broncas da minha avó, da comida e dela...” Pensou ele sorrido, mas posteriormente ficando triste:

“Karen está avançando muito rápido, acho que vou ficar sozinho em breve... mas é melhor assim...’’

Depois ficou matutando:

“Esses vampiros me incomodam, eles devem ter um motivo forte para se reunirem, mas só posso esperar...

 ... A festa é amanhã, maldito Rodrigo...minha presença ali é obrigatória, ele sabe que ela vai estar lá, sabe o que ela significa para mim... juntamente com aqueles idiotas...”

 

Em um passado nem tão distante

 

  Tales entrou na festa calmo. Naquela época era tudo, menos um soldado. Magro, alto, trajava calças jeans, uma camisa social preta, com uma blusa cinza com dois bolsos frontais e cujo interior era vermelho. Seus cabelos encaracolados e castanhos, balançavam com a suave brisa que corria pela noite enluarada.

Ele chegou para seu grupo habitual, Rodrigo, outro rapaz e duas moças indagando:

— Como vão?

— Você sempre está atrasado. — comentou Rodrigo — Renata já foi.

  O rapaz olhou desapontado consigo mesmo para o chão. Mais uma decepção, mais uma falha com alguém. Demorou tanto tempo e tinha perdido a oportunidade. Até que sentiu um peteleco na nuca.

— Você está atrasado. — disse ela irritada.

— Desculpe Nat, não vai rolar de novo. — falou ele sem jeito.

— Bom afinal nós conseguimos. — disse Rodrigo. — Terminamos essa etapa, mas não sem um preço. Cada um para seu canto.

— Para de ser chato Rod. — criticou Renata. — Você parece que está em um funeral.  Vamos nos ver de novo e duvido que vão para muito longe. Com exceção do futuro professor de história aqui.

 

 

                                                    *****                            

 

 

 

 

Após alguns minutos, a dança começou, era algo opcional, cada um seguia se quisesse, seja com um colega ou com um namorado. Todos os colegas  entraram na dança. Renata tinha sumido, Tales se encontrava sentado em um banco cabisbaixo, será que ia ser isso novamente? Ficar sozinho? Foi então que ela colocou a mão sobre seu ombro amavelmente.

— Vamos nessa. — Ele se levantou indagando:

— Será que vai ser um ritmo lento?

— Não se preocupe seu mané, eu te guio, mas se pisar no meu pé, vou tirar seu couro e te pendurar em um varal.

— Quanta crueldade. — disse ele sorrindo, enquanto os dois tentavam se ajustar como par, mas ele estava um tanto quanto envergonhado. Percebendo isso Renata buscou acalmá-lo:

— Anda logo, não se preocupe, se tentar me assediar pode ter certeza que vai levar um tapa na cara.

— Eu não ousaria.

— Eu sei, é por isso que você é meu par.

  De repente uma nova música substitui o costumeiro sertanejo, muito provavelmente uma que Rodrigo selecionou para essa ocasião. Ele sabia que seu colega era desastrado, e sabia também que se fossem dançar, deveria ser algo que expressasse o que um sentia pelo outro.  Eles se envolveram em uma dança leve. Ao som da Unchained Melody:

 

Oh my love, my darling.

I've hungered for your touch

 

A garota desliza gentilmente a mão sobre as costas do rapaz.

 

A long lonely time

Time goes by so slowly

 

— Cuidado, tenha calma. — disse ela orientando-o, mas de forma divertida.

— Obrigado. — agradeceu ele.

 

And time can do so much

Are you still mine?

 

— Pelo que? — indagou ela.

— Pelo seu sorriso. — gracejou ele — Por fazer parte dos melhores momentos da minha vida, e mesmo nos piores, continuar acreditando.

 

Need your love

I need your love

God speed your love to me

 

— Você fez o mesmo por mim e talvez tenha feito mais do que eu merecia...

 

Lonely rivers flow to the sea

To the sea

To the open arms of the sea

 

— Você se lembra? Não éramos tão grudados como hoje... eu não gostava de você, te achava estranho e sem noção. Na verdade, você é um pouco assim.

— Um pouco? — riu ele — Eu sou exatamente assim.

 

Lonely rivers sigh "Wait for me"

Wait for me

I'll be coming home

Wait for me

 

— Mas também aprendi com você. — falou ele — De nada vale ser inteligente se não nos dedicamos como poderíamos. Não desistir é uma coisa, mas se esforçar e ser persistente foi algo que aprendi com você.

— Você podia não entender o assunto. — disse Tales — Mas você se dedicava e estudava, não para ser metida ou para provar que era a melhor, mas simplesmente para se tornar uma pessoa melhor. Foi algo que você fazia por você. Você se dedicava muito mais que eu.

 

Oh my love, my darling

I've hungered,

Hungered for your touch

A long lonely time

 

A cada passo e a cada movimento os dois se fitavam e se tocavam com afetuosidade ao som daquela música, relembrando sua antiga e estreita relação, e impressionados cada qual com seu par. Eles tinham amadurecido, embora Tales tivesse um gênio mais zoeiro, atrapalhado e de traquinagens.  Renata, estava mais prestativa, menos fechada, tinha iniciativa, era independente e se acreditava em algo lutava até o fim. Ela aprendeu a considerá-lo e a gostar dele, e ele já admirava a um tempo considerável. Mas havia um empecilho nessa dança. O futuro.

— Você vai tentar veterinária? — indagou Tales.

— Sim, futuro professor de história. — disse ela sorrindo, mas triste por dentro, para fazer essa faculdade ele teria que ir para longe, mas era o sonho dele, e ela não iria impedir isso. Ele estava praticamente na mesma situação, sabia o quão era importante para ela, além disso acreditava que ela nunca escolheria alguém como ele, durante a faculdade provavelmente encontraria alguém melhor. Um queria o bem do outro, mais do que o seu próprio.

— Acho que... — falou o rapaz um pouco tímido — vou sentir a sua falta Nat, eu aprendi a gostar de você. — Essas últimas palavras saíram trêmulas.

Quando a dança acabou e os convidados se sentaram para conversar, Renata estendeu a Tales um objeto curioso, uma bússola fechada.

— Abra. — sugeriu ela. Ele o fez, encontrou uma foto dela dentro.

— Isso é para que nunca se perca em seus caminhos. Sei que é avoado, mas não desista do que quer, continue na luta e se possível, volte para mim. 

                                                   

 

 

*****

 

 

 

 

Lembranças alegres de uma noite alegre, uma pena que alguns dias depois uma tragédia marcaria a vida de Rodrigo, depois um desaparecimento iria afetar todas aquelas pessoas. Seu desaparecimento e o surgimento do Soldado Fantasma.

  Tales fechou a bússola e a colocou na estante, ao lado de uma fotografia dele com uma criança, uma garotinha, que ele lembrava muito bem. Aquela que ele não pôde salvar, sentando-se em sua cama, começou a meditar. Ele vivia duas vidas agora, mas será que devia omitir a antiga? Será que conseguiria esquecer? Será que seu futuro estava em um caixão? Ou numa vida cheia de arrependimento e remorso? Será que não poderia viver ambas as vidas?

  Conforme o tempo foi passando, decidiu ir para fora e tentar relaxar. Rodrigo não ia conseguir esconder por mais tempo o porquê de ele estar ali. Suas ações por mais bem-intencionadas que fossem geraram consequências...  Ele pegou o celular e pensou: Será que devo ligar para o Marcos? Quem sabe ele pudesse... não, deixa para lá... não posso ficar enchendo a cabeça dele com os meus problemas idiotas...

  De repente seu corpo se entorpeceu, uma tontura e uma implacável dor de cabeça tomaram conta dele. Ele se apoiou em uma das árvores do vasto jardim para não cair. Seus ossos doíam e caiu no chão aos poucos se sentando e desmaiado.

  Sequela da luta dos vampiros? Talvez; embora Rodrigo tivesse cuidado dos ferimentos. Havia algo acontecendo com ele nas últimas semanas, desde que enfrentou Dagon, algo que o deixava com dor, fraco e incapaz de dormir à noite, fora seus habituais pesadelos é claro. 

  Será que é assim que um drogado se sente? Indagou Tales si mesmo, então se dando conta de algo que Karen disse na noite anterior, as ações, as palavras não pareciam dele.

— Mas o que diabos está rolando comigo? — perguntou ele, encarando as mãos trêmulas e ensanguentadas com seu sangue, o mesmo tempo que agora vertia de sua boca.

 

*****

 

 

 

 

Enquanto isso Karen estava com Ana, passeado pela propriedade, Ana falava do seu irmão:

— Nós não crescemos juntos, ele foi criado com nossos avós, enquanto eu com a nossa mãe biológica, apesar de tudo, ele era amoroso, se preocupava comigo e me apoiava... bem como ao nosso irmão mais novo, eles eram muito ligados.

Bem isso explica por que ele decidiu dar uma olhada em vocês. Pensou Karen.

— Ele nunca desistiu de mim, mesmo quando eu fiquei pior... Karen, você disse que meu irmão está vivo, onde ele está?

Foi então que uma mão pousou sobre o ombro das duas, de forma cuidadosa e gentil.

— O que faz aqui? — perguntou Karen.

— Às vezes eu gosto de andar por aí sozinho, dizem que faz bem ao espírito.

— Você? — questionou Ana, surpresa por um momento — Pode me dizer onde está meu irmão?

Tales sorriu de forma amargurada e, em seguida, se colocou de joelhos, apoiou as duas mãos contra o solo, abaixando a cabeça, e disse com a voz no inicio séria, mas terminou chorosa:

— Me perdoe Ana, eu falhei com você e com nosso irmãozinho.

  Ana olhou o homem a sua frente sem entender o significado daquele ato ou palavras, mas ao fitá-lo novamente e ao compreender suas palavras, ela viu seu irmão. Lágrimas verteram dos olhos de ambos, era muita informação para ela, mas isso não a impediu de se abaixar e abraçar o irmão ajoelhado. Chorando com toda a força que poderia ter. Enquanto indagava a repetidas vezes:

— Porque você se foi? Porque você se foi? Porque você se foi?

 

******

 

 

 

 

— ... eu queria estar com vocês, você sabe disso, mas eu não merecia ter vocês, não depois das vidas que eu destruí, mas também porque temia que pudesse me descontrolar e ferir vocês... e acredite eu poderia.

Ela coloca a mão sobre seu irmão, de forma carinhosa dizendo:

— Não duvido de você.

Karen ficou de boca aberta.

— Para você fazer tudo isso... — disse ela, em seguida parando, porque sabia o que ia dizer, conhecia o irmão que tinha, sabia que ele não era capaz de fazer tal coisa. Mas depois de ouvir aquela história e por conhecê-lo, aquilo era uma possibilidade tão palpável quanto seu rosto. Até porque, ela viu isso em seus olhos naquela noite, viu a sede de sangue incutida em seu ser.

— E ele não envelhece. — acrescentou Karen — Foi manipulado para durar... ele não queria ver vocês partindo um a um... na verdade ele não quer...

Ana desferiu um tapa em Tales

— Seu idiota, será que não percebe? Nós vamos de qualquer jeito, você nos vendo ou não, e quando nós formos você vai sentir a mesma coisa que sentiu quando ela se foi. Eu sei que o fato de você estar aqui é um risco para mim, mas não me importo, porque você é o meu irmão e sempre que pode, apesar de tudo esteve ao meu lado. Mesmo quando eu estava na pior, você me deu a mão e me ajudou a seguir...

— Não importa o que você pense, você não é um monstro e se tiver algum dentro de você... você vai superá-lo porque você é meu irmão e eu acredito no impossível, que é você.

— Mesmo tendo matado mais de seis homens desde que cheguei aqui?

— Não, isso foi burrada. — Dando outro peteleco — Mas apesar de tudo, você agiu pelo bem de outras pessoas, não foi o monstro, foram as suas ações que visavam o bem-estar de pessoas que você considerava boas. Não vá para o outro lado novamente, é muito difícil de voltar, mas acho que você já sabe.

— O que andou lendo enquanto eu estava fora? — indagou ele surpreso.

— Lendo aqueles quadrinhos que você me indicou, sua falsa morte não foi um desperdício total, mas quero saber, você vai contar a nossa mãe? A nossa família? Para o Hugo? Você é o ídolo dele...

— Vou resolver o assunto dos vampiros primeiro.  — disse ele de costas — Quando eu finalizar minha missão, vou refletir sobre e vou dar a resposta, mas independente dela. Vou continuar sendo o que sou, o Soldado Fantasma, pode trazer alguma sorte em meio a tantas desgraças que causou, talvez esse seja meu propósito.

Rodrigo desceu as escadas perplexo em seguida indagando:

— Ela sabe?

— Sim. — respondeu Karen.

— Ana, eu queria ter lhe contado. Na verdade, eu ia...

— Mas queria que ele tivesse a iniciativa, entendo.

— Nossa... eu não esperava por essa... você mudou bastante.

— A perda faz isso conosco, precisamos ser mais fortes, talvez eu tenha me tornado, mais forte que um certo alguém.

— Nem a pau, sua ranhenta. — disse Tales em desafio de forma divertida.

 

Sábado, 20:37

 

 

 

 

 

— Onde está o Tales? — indagou Sirehen preocupada, adentrando na cozinha.

— Bom — respondeu Karen que veio do seu quarto, trajando um vestido azul escuro —, ele foi atrás dos vampiros, acho que ele está mais decidido do que nunca.

— Karen... eles podem até ter saído da cidade, pode até ser que eles nunca mais voltem.

— Pode ser... mas ele acha que não, nós vimos seus rostos, nós somos um risco e o que imortais fariam se seus rostos fossem denunciados? Estariam ferrados... eles não podem fugir, muito menos do Soldado cabeça dura.

— Eu ouvi isso. — disse Tales entrando pelos fundos. — Amanhã você vai pagar dez flexões a mais...

Karen o encarou.

— Ok, provavelmente vou esquecer mesmo.

— Conseguiu alguma coisa? — indagou Ana.

— Nada. — disse ele indo para seu quarto. — Mas acho que vou ter sorte, eles devem estar se reagrupando e organizando uma estratégia para nos localizar... É o que eu faria.

 

 

*****

 

 

 

 

Enquanto seguia de moto para a festa, Tales travava uma de suas reflexões, sua confissão, o apoio que tinha recebido da irmã, a possibilidade de poder ver sua família e conviver com ela... deixaram seu coração ainda mais tempestuoso, por mais que ele soubesse dos riscos, ele ainda era humano.

  Queria sentir o toque da avó, o olhar dos primos, as palavras de seu tio e do avô, queria poder passear com seu irmãozinho nas costas como antigamente. Experimentar aquela comida que cresceu amando. Acho que... devo aproveitar o tempo que tenho com eles... acho que posso voltar para casa não permanentemente... sim eu posso conciliar isso. Eu acho que tenho uma segunda chance. Obrigado Ana, desta vez... foi você quem me salvou.

 

 

9:47

 

 

 

 

A festa foi realizada no mesmo local da formatura de Tales, e ali se encontravam, velhos amigos e pais desses alunos, bem como uma viatura policial para evitar problemas desagradáveis e alguns seguranças. Tales apesar de todas as insistências de Rodrigo, optara por algo simples e pouco sofisticado, afinal não desejava chamar a atenção e não iria dançar com ninguém mesmo:

  Uma jaqueta jeans, uma calça preta e uma camisa social branca (que ele odiava ter que pegar, pois o branco não é furtivo e suja fácil, um pingo de Coca-Cola ali e Rodrigo ia espancá-lo.

  A festa seguia um ritmo calmo, havia muitos conhecidos e poucos deles haviam passado na faculdade ou realizado seus sonhos, mas haviam duas garotas ali que Tales se orgulhava, suas colegas de formatura, uma havia passado em agronomia a outra em direito, o que deixava ele feliz, mas que evitava fitá-las por muito tempo.

  Karen, estava junto de Sirehen, Rodrigo, Ana e Mario do outro lado do salão, mas podia ver Tales em um ou outro nuance.

  Ele por sua vez decidiu dar um tempo para a multidão e se virou contra a parede, ignorando as conversas e música. Retirou a sua inseparável bússola e a abriu. O ponteiro indicava para norte e para a garota da foto. Até que começou a tocar a música solidão, e Tales só conseguia lembrar do Batman cantando: Solidão.

— Rodrigo seu filho da mãe... — murmurou Tales, em seguida lhe dirigindo um olhar de ódio, que por sua vez foi retribuindo com um sorriso. Ele examinou a bússola e quando ia guardá-la, o ponteiro que indicava para o norte passou a indicar para o sul. Mais que diabos? Pensou ele, em seguida se virando e percebendo que as suas costas, uma garota o fitava curiosa.

Me danei.  Foi tudo o que ele pôde pensar.


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Notas finais do capítulo

Vejo vocês na semana que vem ♥ Por favor não me matem kkk



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