We Go Back And We Go Foward escrita por Araimi


Capítulo 12
Capítulo 12




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            Honey não tinha muita ideia de como iria se sentir quando estivesse realmente grávida. Ela pararia de menstrurar? Vomitaria? Ficaria enjoada com tudo? Também não sabia quanto tempo mais iria demorar.

            Eles tinham uma vida sexual bastante ativa, graças a Honey, claro. Era ela quem tomava a iniciativa, mas Emmett nunca a parava. Ele, algumas vezes, olhava para as marcas em seu corpo de uma maneira tristonha e passava as mãos geladas por cima das manchas roxas. Certa vez, ele beijou uma das marcas e Honey nunca teve um companheiro de cama que fosse mais delicado.

            Ela sabia que ele não queria machucá-la, mas Emmett era um homem antes de tudo e tinha suas necessidades.

            Eles conversavam quando estavam na escola, trocavam beijinhos e pequenas carícias, mas, quando estavam sozinhos, tudo o que conseguiam fazer era sexo simples e puro.

            Os dois já estavam daquela maneira por duas semanas e meia e, naquele dia em especial, Emmett a convidou para sentar com os outros Cullen na mesa habitual deles. Ela pegou sua comida e dirigiu-se para lá, onde o grandão já a esperava com suas covinhas a mostra.

            Ela abriu a boca para cumprimentá-los, mas uma súbita tontura a preencheu. A bandeja caiu fortemente contra a mesa, espalhando comida por todo lado. As mãos de Honey foram para a base da mesa enquanto tudo ao redor dela escurecia, mas elas não foram capazes de aguentar seu peso quando seu corpo caiu com um baque surdo no chão. A última coisa que Honey escutou foi a voz preocupada de Emmett chamando seu nome.

—--*---*---

            Honey estava na enfermaria, ela havia desmaiado no meio do refeitório. A mente de Rosalie trabalhava nessa informação como um disco arranhado e tudo o que ela podia pensar era que ainda não poderia ser a hora da sua menina.

            Sua filha já havia vomitado antes na escola, tinha passado mal e ido para casa, as vezes da escola ia direto para o hospital, mas aquela era a primeira vez que perdia a consciência. O carro estava em alta velocidade e cantou pneu quando Rosalie o estacionou precariamente no estacionamento da escola.

            Em um salto estava no chão, em uma caminhada que era meio uma corrida pelos corredores da escola até a enfermaria. Era horário de aula e os corredores estavam vazios, o que era um alívio pois assim ela não perderia tempo empurrando adolescentes para fora de seu caminho.

            Honey estava sentada na maca da escola, parecendo tão bem quanto qualquer outra pessoa saudável. Seus olhos avelã viraram-se para Rose e ela sorriu tristemente.

            - Oi, mãe.

            Rosalie correu para frente da filha, capturando seu rosto entre suas mãos e olhando bem no fundo de seus olhos.

            - Por Deus, Honey, o que aconteceu?

            Honey sorriu.

            - Eu desmaiei como uma garotinha, mas agora está tudo bem.

            Rosalie assentiu, levando suas mãos para os braços da menina. Ela virou-se para trás e lançou um olhar a enfermeira, que parecia preocupada.

            - Nós vamos ao hospital. - Ela declarou, puxando Honey consigo.

            Ela não protestou, apenas olhou para outro canto da enfermaria e disse:

            - Emmett, pode guardar minhas coisas?

            Rosalie se assustou, principalmente por não ter notado a presença do vampiro a alguns metros de si, recostado contra a parede. Ele assentiu e logo seus olhos dourados estavam grudados em Rose. Ela sorriu para ele, fazia tantos anos que os dois não se viam. Seu peito se encheu de saudade pelo amigo perdido. A parte de Rose que seria eternamente a vampira adolescente queria ficar e perguntar a Emmett como havia sido sua vida sem ela, mas a mãe falou mais alto.

            Com um aceno de cabeça, ela pegou Honey pelo braço e a escoltou para fora da escola. Quando estavam quase alcançando o veículo, Honey se pronunciou:

            - Mãe, não precisa me levar ao hospital. Já estou me sentindo melhor.

            Legalmente, Rosalie não poderia obrigar Honey a ir a um médico se ela não quisesse, afinal, era emancipada medicamente. Rose ainda poderia colocá-la de castigo e estipular horários, mas não podia dizer muito quando o assunto era sua saúde.

            Honey sorriu, mas logo seu sorriso transformou-se em uma carranca. Uma de suas mãos foi para o estômago e ela curvou-se e vomitou uma gosma amarelada no asfalto do estacionamento.

            Rose deu um pulo para trás e depois correu para trás da filha, dando-a suporte e empurrando-a mais uma vez em direção ao carro.

            - Hospital. - Ela disse. - Agora.

            A única coisa que Honey respondeu foi:

            - Lá se foi minha bananada.

—--*---*---

            Seu dedo cutucava a agulha em seu outro braço levemente, sem causar dor extrema. Honey estava internada, grande coisa, ela já havia ficado internada mais vezes do que poderia contar nos dedos das mãos. Sua mãe estava sentada na cadeira ao seu lado, batendo o pé no chão metodicamente.

            O médico apareceu na porta e as duas loiras olharam para ele imediatamente.

            - Então. – Perguntou Rose. Sua mãe parecia apreensiva com a resposta que poderia ter.

            O médico sorriu rapidamente para ela, não um sorriso feliz.

            - Bem, o quadro clínico do tumor continua o estável, o que é um verdadeiro milagre, se ainda não repeti isso vezes o suficiente. – Dessa vez, ele lançou um sorriso para Honey. Ela riu de volta, por que ela bem sabia que ele o tinha.

            - Mas. – Disse Rose, incitando-o a continuar seja lá o que queria dizer.

            - Mas houve uma mudança. – Ele parou, olhando para as duas que continuaram caladas. – Honey está grávida.

            O mundo parou naquele instante. Honey soltou um suspiro longo, quase um riso, seus olhos baixando-se para as mãos enquanto uma esperança abrasadora tomava conta de si. Rosalie tinha os olhos azuis violetas grudados no médico, ela nem respirava.

            - O que disse? – Ela perguntou.

            - Sua filha está grávida. O que não é um bom sinal. – O médico arrumou seus óculos no lugar. – Honestamente, não sei se Honey irá viver até o final da gestação e, mesmo que ela consiga, é uma situação perigosa demais. Foi uma tremenda falta de responsabilidade.

            Honey assobiou baixinho. Falta de responsabilidade. É uma responsabilidade tremenda, ele nem fazia ideia do que ela queria. Ele não fazia ideia do quanto teve que trabalhar para conseguir ficar grávida.

            Rose virou seu rosto quase que maniacamente em direção a menina, seus olhos cheios de terror e raiva.

            O médico continuou seu discurso enquanto as duas não falavam nada.

            - O estranho é que, aparentemente, ela está com umas 14 ou 15 semanas, o que dá três meses e algumas semanas. Mas ela deu entrada no hospital nesse tempo e nada desse tipo foi notado.

            Não, porque o bebê crescia muito rápido. Honey lembrava-se de sua mãe falando isso, que Renesmee nasceu depois de um mês ou dois de gestação.

            Rose levantou-se, caminhando para longe da filha e virando-se para ela.

            - O que você fez, Honey?

            Ela não deveria falar com a sua mãe daquele jeito naquele momento, mas Honey estava tão contente que acabou dizendo:

            - Ora, você sabe como bebês são feitos.

            Ela não levou um tapa na cara. Honey desconfiava que sua mãe mantinha aquela distância porque não confiava em não mata-la caso chegasse perto o suficiente.

            - Quem é o pai?

            Aquela pergunta sim era realmente importante e deixaria sua mão louca da vida, com certeza, mas precisava ser respondida com nada a menos do que a verdade nua e crua.

            - Emmett Cullen. – Ela disse, simples assim.

            O olhar no rosto de Rosalie McConnery era assassino, se ela iria matar Honey, Emmett ou um estranho qualquer, a adolescente não seria capaz de dizer. Mas agora ela tinha uma chance de viver. Bem, tinha uma grande chance de morrer terrivelmente, mas, pelo menos agora, ela também poderia ter fé nos 50% de porcentagem de viver.


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