The Prince Slayer escrita por AliceFelton


Capítulo 8
Capítulo 8




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Quando o jantar foi servido, tentei esconder o quanto eu havia ficado boquiaberta. James sorriu para mim, do outro lado da mesa, ao ver o brilho em meus olhos.

— Está com fome, princesa? - perguntou Sirius

— Sim! Eu não vejo tanta comida assim desde que… - percebi que estava prestes a falar uma besteira - Desde que saí de casa.

Ele assentiu.

— Eu te levarei até as cozinhas, em outra hora, para que você possa comer fora dos horários das refeições. - disse James - Mas você também pode tocar o sino do seu quarto e pedir para os criados levarem algo.

Neguei com a cabeça.

— Eu adoraria conhecer as cozinhas. - eu disse

James sorriu e assentiu.

Euphemia pigarreou.

— Você tem lindos olhos, Lily. - ela sorriu - Espero que seus filhos o herdem.

Mãe. - bufou James

Sorri, me lembrando da conversa que havia tido com James, no corredor, sobre possíveis comentários de teor casamenteiro de sua mãe.

Ela apenas sorriu e deu de ombros.

Encarei James e sorri, tentando dizê-lo para que não se preocupasse ou se envergonhasse. Eu não era nem mesmo a princesa, afinal.

— Sua mãe e eu éramos grandes amigas, na juventude. - disse Euphemia. - Quando me casei com Fleamont, ela veio para Hogwarts e passou dois meses aqui, para me ajudar a lidar com a pressão de ser rainha. Serei eternamente grata a ela.

Sorri.

— Minha mãe sempre foi muito gentil. - murmurei

Ela assentiu.

Severus, que estava ao meu lado, apertou minha mão por baixo da mesa. Sorri para ele.

— Quando a ameaça de Durmstrang foi detida, temos que combinar para que seus pais venham para cá. - disse Fleamont, sorrindo. - Podemos dar um grande baile.

Outro baile? - perguntou Sirius

— Vocês têm muitos bailes? - perguntei, escondendo a pitada de raiva que queria sair no meu tom de voz.

— Praticamente todos os dias. - bufou Sirius

— Não seja bobo, Sirius. - Euphemia riu - Temos bailes apenas em ocasiões especiais, querida. E, falando nisso, o seu é daqui a uma semana.

— O meu baile? - perguntei

— É claro! - ela exclamou - Você realmente acreditou que iríamos recebê-la sem uma grande festa?

Sorri.

— Vocês não precisam se preocupar com isso…

— Deixe de besteira. - ela sorriu - Está tudo pronto! Mandei fazer alguns vestidos para você, caso você queira usar algo novo.

Assenti.

— Obrigada.

James me observava. O encarei por alguns segundos, até que ele sorriu e abaixou o olhar.

— James está ansioso para a festa. - disse Euphemia

James riu e franziu as sobrancelhas.

— Com certeza, mãe. - disse ele em tom sarcástico - Mal posso esperar para mais uma festa de proporções escandalosas. Não é como se os reinos estivessem em crise, não é mesmo?

O encarei. James sabia da situação do povo, afinal. Me perguntei se ele estaria tentando mudá-la.

— Guarde uma dança para mim. - sorri

James deu uma risadinha.

— Quantas você quiser. - ele assentiu.

— Vocês querem ficar sozinhos? - perguntou Sirius, rindo

Sirius. - bufou Remus

James riu.

— Ele está com ciúmes, Moony. - ele murmurou

— Moony? - perguntei

— Vocês voltaram a usar esses apelidos? - perguntou Fleamont, um pouco irritado.

— Só em ocasiões especiais. - sorriu James.

— Vocês têm apelidos? - perguntei

— Quando eles eram crianças, eles gostavam de brincar que eram animais. - disse Euphemia - Eles tinham um clube…

— Não era um clube! - disse James

Euphemia suspirou.

— Eles se autodenominavam “Os Marotos” e ficavam pregando peças em todos. - continuou ela

Sirius riu.

— Nós éramos inofensivos.

Fleamont revirou os olhos.

— Quais animais vocês eram? - perguntei

— James era um veado, Sirius era um cachorro, Peter, um rato e Remus, um lobo. - disse Euphemia

— Um lobisomem. - disseram os quatro em uníssono.

— Remus não podia ser um animal normal, ele tinha que ser uma criatura mirabolante. - bufou Sirius

— Lobisomens são criaturas interessantíssimas, Sirius. - Remus protestou - Eu li…

— Leu sobre eles em um livro, eu sei. - Sirius revirou os olhos, sorrindo para Remus.

— Vocês devem ter se divertido bastante na infância. - eu sorri

James sorriu e assentiu.

— O que você costumava fazer? - ele perguntou - Do que gostava de brincar?

Abri a boca para responder mas nenhuma palavra saiu por entre meus lábios. Tirei meu olhar do do príncipe e suspirei.

— Nada de especial. - eu disse - Eu não era tão criativa.

Severus me encarou, preocupado.

— Ela gostava de brincar de boneca. - ele disse, sorrindo - Coisas normais de menina.

O encarei, irritada, mas ele deu de ombros.

James sorriu.

— Tenho certeza de que você foi uma criança adorável. - ele disse

Sorri.

Fleamont sorriu e se levantou.

— Peço licença a todos, eu e minha querida vamos para nossos aposentos. - ele disse - Boa noite.

Euphemia se levantou e segurou a mão de Fleamont.

— Boa noite, queridos. - ela disse

— Boa noite. - dissemos todos nós

Os dois saíram do salão e nós seis nos entreolhamos.

— Boa noite, pessoal. - disse Peter se levantando

— Já, Wormtail? - perguntou James, sorrindo.

— Está tarde. - Peter deu de ombros - Tenho muito trabalho para fazer amanhã.

James assentiu.

Peter saiu do salão em silêncio.

— Ele não está bem. - murmurou Remus

— Ele não tem estado bem desde a morte de seu pai. - suspirou James - Eu não sei mais o que fazer, ele não se abre comigo.

— Ele vai ficar bem. - disse Sirius, colocando a mão no ombro - Ele só precisa de mais tempo.

James assentiu.

Severus se levantou.

— Com licença. - ele disse - Boa noite.

— Boa noite, Sev. - sorri

Ele sorriu para mim.

— Te vejo amanhã. - ele disse

Com um aceno de cabeça para os meninos, ele se ausentou do salão.

— Vocês se conhecem a quanto tempo? - perguntou James

— Desde sempre. - sorri - A sua mãe era muito amiga da minha mãe.

O que era verdade.

— Achei que você tinha dito que ele era filho do braço direito do seu pai. - comentou Sirius, um pouco confuso.

Sorri.

— Isso também. - eu disse rapidamente. - Eles moram no palácio então todos são muito amigos.

Sirius sorriu.

— Quase que nem a gente. - ele disse

— Seus pais moram aqui também? - perguntei

— Meu pai morava. Agora ele está na academia da Ordem, para treinar os famosos guerreiros. - ele sorriu.

Sorri.

— E sua mãe?

Ele suspirou.

— Ela morreu quando eu tinha uns doze anos. - ele disse - Ela pegou aquela virose que se espalhou pela população na época. Não sei se foi forte em Beauxbatons, você conhece alguém que teve a doença?

Neguei com a cabeça.

— Eu sinto muito pela sua perda. - eu murmurei - Não consigo imaginar como deve ter sido ruim.

Ele assentiu.

— Obrigado. - ele sorriu - Foi bem ruim.

James apertou a mão do amigo e sorriu.

— Bom, eu e Remus estamos de saída. - Sirius disse se levantando abruptamente. - Boa noite.

Remus ficou confuso por um tempo, mas se levantou com a mesma rapidez e seguiu Sirius para fora do salão.

James riu e chacoalhou a cabeça.

— Sinto muito por isso. - ele murmurou - Eu achei que só meus pais conseguiriam ser inconvenientes desse jeito.

— Não se preocupe. - ri

Ele sorriu.

— Eu sinto muito pela mãe de Sirius. - murmurei

— Ela era maravilhosa. - ele sorriu - Foi horrível quando ela ficou doente. A virose matava com muita rapidez. Um dia ela estava bem, uma semana depois ela estava morta.

Assenti. Eu conhecia muito bem a doença.

— Seus pais nunca pensaram em ter outros filhos? - perguntei

James franziu as sobrancelhas.

— Eu não tenho certeza. - ele disse - Acho que não, eles dizem que eu sou baderneiro o bastante.

Sorri.

— Mas me conte sobre você! - ele exclamou - Eu odeio ficar falando sobre mim, eu me sinto muito arrogante.

Ri.

— Você não pode estar falando sério…

— Eu estou! - ele riu

— Eu sempre pensei que membros da realeza fossem arrogantes de nascença.

Ele deu de ombros.

— Mas você não é. - eu sorri, dizendo a verdade.

James me encarou por algum momento. Eu senti o peso daquele par de olhos castanhos sobre mim, ao mesmo tempo firmes e suaves.

— Nem você. - ele murmurou

Sorri suavemente para ele.

— Vamos. - ele disse, se levantando lentamente. - Eu te acompanho até seus aposentos, se você quiser.

— Eu adoraria. - respondi

Ele sorriu.

— Caminho longo ou curto? - ele perguntou

Sorri.

— Longo.


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Notas finais do capítulo

Demorei 30 anos, desculpa mesmo...



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