The Prince Slayer escrita por AliceFelton


Capítulo 3
Capítulo 3




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Mais tarde, eu estava deitada no peito nu de Lucius, fazendo carinho em seu cabelo e pensando no que Severus havia dito. Ao mesmo tempo em que eu gostaria de poder sair daquela vida de assassinatos, eu também a achava emocionante, eu não posso negar. Tinha algo de eletrizante em ser temida e respeitada por todos, inclusive outros assassinos.

— Lils… - murmurou Lucius em voz baixa - Eu preciso te contar uma coisa.

Suspirei.

— Você parece preocupado. - observei

Ele assentiu.

— Você já ouviu falar de Voldemort? - ele perguntou

— O ditador de Durmstrang? - perguntei - Todo mundo já ouviu falar dele.

Lucius assentiu.

— Eu tenho trabalhado para ele. - ele disse - Há dois meses.

Me sentei subitamente e o encarei.

— O QUE?! - exclamei

— Eu sabia que você iria reagir dessa forma… - ele suspirou

— Você tem trabalhado para Voldemort?! - eu disse

— Sshhhh - sussurrou - Não grite!

Levantei os braços exasperada.

— Ele é malvado, Lucius. - eu disse - Ele sai por ai matando pessoas!

Lucius riu.

— Disse a assassina mais mortal de Hogwarts. - ele contrapôs

Suspirei.

— Você sabe que não é a mesma coisa. - eu disse, me virando para encarar a porta.

Ele se sentou na cama e beijou meu ombro.

— Eu sei, me desculpe. - ele disse

Assenti.

Ele me puxou para perto de si.

— Lils, ele quer te contratar. - ele disse - Ele precisa da melhor.

O encarei.

— Você é muito habilidoso também, tenho certeza de que você consegue fazer o serviço. - eu disse

— Eu não sirvo. - ele disse com certa amargura - Ele me pediu para falar com você.

— Ele sabe sobre nós?! - perguntei

Lucius assentiu.

— Lucius! - exclamei

— Lily, me desculpe. - ele disse - Mas Voldemort tem sido ótimo para mim. Ele me paga o dobro do que os clientes normais pagam e ele é rei de Durmstrang! Ninguém passa por cima de sua autoridade!

— Ele não é o rei. - murmurei

— Por que você se importa se ele é legítimo ou não? - ele bufou - Os Potters são legítimos reis de Hogwarts e não é como se a nossa vida estivesse muito melhor do que a do povo de Durmstrang.

O encarei.

— Voldemort pode ser um pouco cruel, mas ele está tentando mudar o jeito que as coisas são por aqui. - ele continuou

Suspirei.

— Eu me encontro com ele. - murmurei - Mas só por que é você que está me pedindo! E eu não vou aceitar nenhum acordo!

Lucius sorriu e deu de ombros.

— Tudo bem, tudo bem. - ele disse, tirando uma mecha do meu cabelo do meu rosto e colocando atrás da minha orelha. - Eu vou marcar com ele.

Assenti.

— Você sabe o que ele quer de mim? - perguntei

Lucius negou com a cabeça.

— Eu tentei descobrir, mas ele não me disse. - ele disse - Deve ser importante.

Suspirei.

— Você acha que ele vai fazer alguma coisa comigo, se eu não aceitar? - perguntei

Lucius riu.

— Não. - ele disse - Eu não deixaria.

Sorri e subi em cima dele.

Estava na hora de transar de novo.

 

 

 

Eu havia conhecido Lucius há mais ou menos seis meses.

Nós dois havíamos sido contratados, por pessoas diferentes, para matarmos a mesma pessoa. E, coincidentemente, escolhemos o mesmo dia para realizar o trabalho. Rita Skeeter era uma jornalista que estava relevando segredos da alta sociedade de Hogwarts. Ela sabia de tudo, todos os casos, as traições e esquemas. Ela estava manchando a imagem de cada um deles. Me espanta saber que só duas pessoas haviam resolvido fazer algo a respeito.

Eu havia entrado na casa no meio da noite. Rita era herdeira de uma grande fortuna. Após a morte prematura de seus pais, ela ficou morando sozinha na grande mansão Skeeter. Ela devia ter contratado um segurança no momento em que havia decidido expôr a vida pessoal das pessoas mais poderosas de Hogwarts, depois da realeza, claro.

Passei pelos corredores cheios de porta-retratos com recortes das manchetes que Rita havia escrito, quando Lucius e eu trombamos. No segundo seguinte, nossas espadas já estavam cruzadas em nossas gargantas.

— Quem é você? - perguntei

Lucius sorriu.

— Te pergunto o mesmo. - ele disse

— Mas eu perguntei primeiro. - retruquei

Ele riu.

— Você é o segurança da Srta. Skeeter? - perguntei

Lucius relaxou o braço que apontava a espada para mim.

— Não, eu achei que você fosse. - ele disse

Relaxei meu braço e apontei a espada para o chão.

— Você, por acaso, é Lily Evans.

Assenti.

Ele sorriu.

— Sou Lucius Malfoy. - ele disse guardando a espada e estendendo a mão para mim. - Seu maior fã.

Ri.

— Você está mentindo. - eu disse

— Não estou! - ele riu - Todos já ouviram histórias sobre você.

Suspirei e apertei sua mão.

Eu não podia negar, aquele homem era lindo. Ele tinha cabelos dourados que permeavam a altura de seus ombros. Seus olhos eram penetrantes e cinzentos. Ele parecia ser alguns anos mais velho que eu, mas não muitos.

Ele mordeu seus lábios e, enfim, segurou minha mão.

— Bom, já que não fomos contratados pela mesma pessoa, nós podemos contar que matamos Rita Skeeter sozinhos e cada um pega sua recompensa. - ele disse

— Perfeito. - murmurei

Ele sorriu e gesticulou para que eu o seguisse para o andar de cima. Assim que pisei no ultimo degrau da escada, vi que havia uma luz acesa atrás da última porta do corredor.

Lucius e eu nos entreolhamos.

Fomos até lá em silêncio e paramos em frente a ela.

— Qual é seu plano? - sussurrou Lucius em meu ouvido, me fazendo estremecer.

Sorri.

— Entrar. Matá-la. Sair. - eu disse

Ele sorriu.

— Soa bem. - ele disse

Dei uma risada.

Ele gesticulou para a porta.

— Podemos?

Assenti.

Ele abriu a porta e entramos, nos deparando com uma mulher loira sentada em uma escrivaninha, numa biblioteca.

— Olá, Srta. Skeeter. - disse Lucius

— Quem são vocês? - ela interrompeu Lucius, se levantando

— Eu sou Lucius Malfoy. - ele disse

Rita Skeeter deu de ombros.

— E essa é Lily Evans. - ele continuou

A feição de Rita Skeeter se tornou aterrorizada.

Lucius bufou.

— Foi mal. - ri

Ele deu de ombros.

Fui até Rita e sorri.

— Srta. Skeeter… contrataram duas pessoas para te matar. - eu disse - Isso é impressionante, você causou um grande impacto.

Rita assentiu.

Tirei minha espada rapidamente e a transpassei com ela.

Rita caiu de joelhos no chão e seu sangue escorreu manchando o tapete.

Lucius me olhava abismado.

Nos encaramos por um segundo e começamos a nos beijar.

— Já fez sexo no quarto de uma das suas vítimas? - ele sussurrou

— Não. - respondi

Ele deu uma risadinha.

— Você gostaria?

Sorri.

— Por favor. - murmurei

Lucius olhou para Rita, que ainda demonstrava poucos sinais de vida.

— Você não se importa, não é?

E então fomos até o quarto mais próximo.

Desde aquele dia, eu e Lucius nos encontrávamos com certa frequência. E essa frequência não indicava que éramos uma coisa séria. Severus achava que sim, mas eu não. Só estávamos nos divertindo. Eu não tinha sentimentos por Lucius. Não sentimentos de amor, pelo menos.

Eu não me achava capaz de ter sentimentos fortes por ninguém. Minha vida havia me feito uma pessoa dura. Eu não podia ter aqueles tipos de sentimento por alguém sem colocar a pessoa em risco. Eu me permitia ser amiga de Severus e me permitia amar meu avô de longe, mas eu nunca me apaixonaria por ninguém.


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