The Prince Slayer escrita por AliceFelton


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Por favor, não se assustem com os personagens... eu quero colocar várias referências sobre Harry Potter mas não vão ser completamente relacionadas: por exemplo, o Slughorn não é o professor fofinho que a gente conhece, eu só reutilizei o nome, entendem?



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10 anos depois.

 

Entrei na taverna escura e me dirigi até o balcão. O local estava vazio. As únicas almas vivas que eu via eram o barman e o pianista, que dormia em cima das teclas do piano.

O meu último cliente era o dono de três tavernas em Hogwarts, sendo aquela a principal. Ele tinha bastante orgulho do seu legado. Orgulho que, em demasiado, havia feito com que ele se distanciasse cada vez mais de sua esposa, deixando-a solitária o bastante para que ela se envolvesse com um amante.

Quero dizer, meu penúltimo cliente.

— Bem vinda ao Três Vassouras. - disse o barman

— O Sr. Slughorn está me esperando. - eu disse, rispidamente.

O barman me encarou de cima a baixo e sorriu.

Você é Lily Evans? - ele perguntou com certo deboche.

Me debrucei sobre o balcão.

— Você tem algum problema com isso? - perguntei

Ele deu de ombros.

— Só não esperava que você fosse tão nova. - ele disse, com um sorriso malicioso. - Ou gostosa.

O encarei.

— O chefe está esperando por você lá em cima. - ele disse

Me distanciei do balcão e entrei pela portinhola que levava ao andar de cima. Eu já havia estado lá antes, quando Horace Slughorn havia me contratado para matar Silvanus Kettleburn, o tal amante de sua esposa.

Subi as escadas e entrei no escritório de Slughorn, que brincava com uma ampulheta em sua mesa.

— Srta. Evans. - ele disse sorrindo. - Sente-se!

Neguei com a cabeça.

— Aceita uma bebida? - ele disse - Uma taça de Hidromel?

— Só Cerveja Amanteigada, por favor. - murmurei

Ele foi até sua estante e serviu uma taça para cada um.

— Suponho que você veio cobrar pelo pagamento do trabalho realizado. - ele disse, me entregando a taça.

— Por que mais eu viria? - eu disse sorrindo

— Talvez para me dizer que não conseguiu realizá-lo. - ele sugeriu

Ri.

— Isso é impossível. - retruquei.

Ele deu uma risadinha.

— Quando me disseram que uma garota de vinte e dois anos era a melhor mercenária do reino, eu achei difícil de acreditar. - ele disse

Dei de ombros.

— A maioria dos homens do reino ainda são porcos sexistas, não se sinta sozinho. - eu disse

Ele sorriu.

— Sua língua é tão afiada quanto sua espada. - ele disse

Sorri.

Ele suspirou e me entregou um saco pesado.

— 30 galeões, como combinado? - ele confirmou

Assenti e guardei o saco junto com minhas coisas.

— Nós só temos um problema. - eu disse, sorrindo para ele.

Ele franziu as sobrancelhas.

— Sua mulher tem um ótimo gosto por homens. - eu murmurei - Kettleburn me ofereceu 70 galeões.

Slughorn arfou e um segundo depois, sua cabeça rolava no chão, em direção à lareira. Seu corpo caiu aos meus pés, e eu tirei o sangue das minhas bochechas.

— Ugh. - murmurei - Eu preciso parar de decapitar as pessoas. Muito sangue espirra.

Limpei minha espada nas vestes de Slughorn, virei meu copo de cerveja e deixei o recinto.

O barman estava parado ao lado da porta.

— Ja vai indo? - ele perguntou

Me aproximei dele, que me examinou com olhares sugestivos. Quando senti suas mãos envolta de minha cintura, enfiei minha adaga no seu abdômen.

— Já. - eu disse

Empurrei seu corpo para trás e dei uma olhada para o pianista, que ainda dormia.

— É seu dia de sorte. - murmurei

Dei uma última olhada para o barman, que tossia sangue, e saí.

 

 

Cheguei na pequena cabana que dividia com minha gata, Petúnia, e me lancei na cama. Tirei minhas botas com um pouco de dificuldade e as joguei no chão.

Petúnia veio até mim e se deitou em cima de mim.

— Oi. - eu disse sorrindo.

Fiz um carinho atrás de sua orelha e ela deixou escapar um ronronado.

Ouvi uma leve batida na porta.

— Lils? - escutei - É você.

— Sim, Sev. - murmurei

A porta se abriu e vi meu melhor amigo de infância, Severus Snape, parado em frente a minha cama. Seu cabelos negros estavam caindo em seu rosto, como sempre, mas vi que ele estava sorrindo.

Quando eu havia fugido da casa de meu avô para me tornar uma assassina, Severus havia sido a única pessoa para quem eu contei meu segredo e ele prometeu me ajudar.

Desde então, Severus levava a maior parte do meu dinheiro para meu avô, que acreditava que eu estava trabalhando no reino de Ilvermorny, como uma das criadas da rainha.

Peguei minha bolsa e atirei os dois sacos de dinheiro em Sev, que os segurou com atrapalhação.

— De onde surgiu todo esse dinheiro? - ele perguntou, espiando dentro dos sacos. - Eu achei que Slughorn havia te oferecido 30 galeões!

— Ele ofereceu. - eu disse

— E o resto? - ele continuou.

— Kettleburn me ofereceu 70 galeões. - eu disse

— Para matar Slughorn?! - Sev exclamou - Você matou o homem e ainda assim pegou seu dinheiro!

— Ele estava morto, Severus. - eu retruquei, com impaciência - Ele não iria usá-lo, de qualquer forma. Meu avô vai.

Sev suspirou e assentiu.

— Você lucrou 100 galeões matando um homem. - ele disse - Impressionante.

— Tecnicamente eu matei dois. - eu disse - Mas o outro foi apenas uma inconveniência.

— Quem? - ele perguntou

— O barman do Três Vassouras. - eu disse

— Sturgis Podmore?! - Sev exclamou - Ele fazia o melhor drink de Whisky de Fogo!

O encarei.

— Ele sabia meu nome, Sev. Ele podia facilmente me delatar para os aurores! - eu disse - E ele me chamou de gostosa!

Snape franziu as sobrancelhas.

— Isso não é um elogio?

— Não do jeito que ele disse. - dei de ombros - Ele podia ter falado “Uau, Lily, você é muito habilidosa na luta” ou “Uau, adorei a cor do seu cabelo!”

Snape riu.

— Se você está dizendo.

Ri e joguei meu travesseiro nele.

Ele o segurou e sentou ao meu lado.

— Seu avô sente sua falta, você sabe. - ele disse - Você poderia voltar a morar com ele e arranjar outro emprego.

— Ele não ficaria a salvo morando comigo. Eu já tenho muitos inimigos. - eu disse - Além do mais, Sev, essa é a única coisa em que eu sou boa! Você consegue me imaginar sendo uma garçonete ou uma criada?

Sev suspirou e negou.

— As coisas estão indo bem do jeito que são. - eu disse

— Eu só quero que você fiquei feliz. - ele suspirou

— Eu sou. - menti

Severus assentiu.

— Agora, vá. - sorri - Diga para meu avô que eu sinto muito a sua falta e que a rainha de Ilvermorny me elogiou!

Sev deixou escapar uma risada.

— Você sabe que essas histórias do palácio o deixam contente. - eu disse - Vá, vá!

Ele me encarou, com uma sobrancelha erguida.

— Você está me expulsando? - ele perguntou

— Não. - respondi rapidamente.

Ele suspirou.

— O Lucius está vindo? - ele perguntou

Suspirei e assenti.

Ele bufou.

— Eu não sei como você consegue namorar esse cara.

Revirei os olhos.

— Ele não é meu namorado. - eu disse

— Eu não sei como você consegue foder esse cara. - ele corrigiu. O encarei.

— Você nunca falou com ele! - eu protestei

— Nem você, pelo visto. - ele retrucou - Vocês só ficam…

— Severus! - interrompi

— Lily, eu entendo que você precisa ser assassina. - ele disse - Mas você não precisa se relacionar com outros! Malfoy é rico, ele não precisa sustentar ninguém! Ele é um assassino porque gosta de matar ou algo do tipo.

— Severus, nós não vamos ter essa conversa novamente! - eu exclamei - Lucius está vindo para cá e nós dois vamos ter uma noite agradável.

Ele bufou e se levantou.

— Tá. - ele murmurou

— Por que você se incomoda tanto? - perguntei

— Porque sim! - ele disse

— Porque sim não é resposta! - retruquei

Ele abriu a boca para responder mas foi interrompido por uma batida na porta, que o fez bufar novamente.

Me levantei e corri para atender Lucius, que sorriu ao me ver.

Ele tinha um corte novo, na bochecha e parecia ter vindo direito de uma luta. Seu cabelo loiro, na altura dos ombros, estava cheio de folhas.

— Tchau, Lily. - disse Severus saindo rapidamente.

— Tchau. - murmurei

Fechei a porta atrás de Lucius e sorri.

— Estava lutando? - perguntei

— A última vítima reagiu com um pouco mais de intensidade do que eu estava esperando.

— Gideon Prewett? - me espantei

— Não, Gideon me contratou para matar Fabian. - ele disse

— Certo, sempre confundo os dois. - eu disse

— Agora não vai mais. - ele acrescentou

Concordei.

— Passei no Três Vassouras no caminho para cá. - ele continuou - Aparentemente alguém matou Slughorn e Podmore.

Fingi estar espantada, o que fez Lucius rir.

— Você é inacreditável. - ele disse

Dei de ombros.

— Eu sei.


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Notas finais do capítulo

Reviews? :)



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