The Prince Slayer escrita por AliceFelton


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)



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Era uma vez um reino encantado chamado Hogwarts.

Esse reino tinha um rei justo e uma rainha bondosa, que se importavam muito com seus súditos. Eles tinham um filho, o príncipe, que talvez fosse um dos jovens mais encantadores que já havia vivido por aquelas terras.

Eles moravam em um lindo castelo, rodeado por um jardim cheio das mais belas flores. Todos que viviam lá estavam sempre contentes, como se a tristeza não conseguisse passar pelo muro.

Por não conseguir passar pelo muro, essa mesma tristeza se acumulava nas pessoas de fora. Fazendo com que esse reino, uma vez encantado, se tornasse cada vez mais um lugar mesquinho e cruel, corrompendo todos nele.

 

 

Minha mãe era um mulher boa. Ela era filha de um artesão e uma cozinheira, os dois muito pobres porém muito amáveis. Eles fizeram com que minha mãe tivesse uma infância mágica, sem que ela se atentasse à miséria em que se encontrava o reino.

Quando minha mãe completou dezessete anos, um mercador rico a viu na feira. Ela o descrevia como o homem mais bonito que já havia visto. Ele já havia visitado todos os onze reinos e trazia histórias magníficas de todos eles. Ter crescido em um mundo onde tudo era fantasia fez com que minha mãe acreditasse no amor que ele dizia ter por ela. Os meus avós tentaram protegê-la dele, mas ela estava muito apaixonada. Ela não os escutou.

Em uma noite de verão, eles transaram em um campo de lírios. Ele jurou seu amor a ela e prometeu que eles se casariam, para partirem em busca de suas próprias histórias em cada um dos reinos. Aquilo era um sonho se realizando para minha mãe. Ela sempre havia sonhado em conhecer lugares distantes e em ter um verdadeiro amor.

Na manhã seguinte, minha mãe acordou sozinha no campo.

Ela esperou o dia todo para que ele voltasse para ela, na esperança de que ele tivesse ido apenas pegar algo para surpreendê-la, como um anel de casamento. Quando ela, finalmente, decidiu que seria melhor voltar para casa, ao passar pela vila ela viu que a carruagem de seu amado tinha desaparecido. Ela nunca o viu novamente.

Envergonhada e de coração partido, ela se escondeu em casa jurando nunca contar para ninguém o que havia acontecido no campo de lírios, mas ela não precisou abrir a boca para que descobrissem. Logo ela começou a ficar com enjôos repentinos, fome demasiada e a engordar.

Nove meses depois, eu nasci. Ela decidiu me chamar de Lily, em homenagem à noite em que ela se sentiu mais feliz em sua vida toda. Todos os dias ela fechava os olhos e pedia que eu fosse igualmente feliz na minha vida, mas ela sabia que eu estava condenada. A filha bastarda de uma família pobre nunca conseguiria felicidade alguma. Mesmo as chances de sobrevivência eram mínimas.

Enquanto eu crescia, eu quase não via minha mãe. Ela saía antes que eu acordasse e voltava quando eu já estava dormindo. Tudo isso porque tinha que trabalhar para sustentar a mim e a meu avô, que cuidava de mim.

 

 

Quando eu fiz doze anos, ela pegou uma virose que estava tomando conta da população. Ela ficou de cama por dias, até que um dia o curandeiro da vila me disse que não havia mais nada a ser feito. Eu deitei do seu lado na cama, e, enquanto ela fazia carinho nos meus cabelos, ruivos como os dela, eu chorava.

— Lily. - ela murmurou com a voz fraca - Eu preciso que você me prometa uma coisa.

— Qualquer coisa. - eu disse, entre soluços.

— Me promete que não vai deixar nada tirar sua mágica. - ela disse - Não importa o quanto a vida fique difícil, minha querida, você precisa ser corajosa. Você precisa ser gentil.

— Eu prometo. - eu disse

Ela me deu um beijo na testa e se deitou. Fechando os olhos e entrando num mundo de sonhos do qual nunca mais sairia.

Eu olhei para meu avô, que chorava ao meu lado.

Ele já era um homem velho. Mal conseguia continuar trabalhando. A morte de minha avó havia feito com que ele se tornasse um homem triste e sozinho.

Fui até ele e limpei suas lágrimas.

— Ficaremos bem. - eu disse, confortando-o

Ele assentiu e me abraçou. Eu me permiti voltar a chorar por algumas horas. Deitei novamente ao lado de minha mãe e a observei bem, tentando gravar todo e qualquer pedacinho dela na minha mente. Queria vê-la daquele jeito, serena e linda, para sempre.

Quando meu avô voltou para sua oficina, mais tarde naquele dia, eu sabia que só havia uma coisa que eu poderia fazer para salvar o resto da família que eu ainda tinha. Eu precisava de um emprego.

Só havia um tipo de emprego para alguém como eu na vila e aceitá-lo implicaria em quebrar a promessa recém feita a minha mãe. 

Eu teria que me tornar uma assassina.


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