Daddy, I love you escrita por AllBlueSeeker
Notas iniciais do capítulo
Olá, pessoas!
Bom, sempre me perguntam se eu tenho uma fic de JoJo.
Agora eu tenho. E essa aqui tá sendo feita com base na ideia da TrompeLeMonde-senpai ao criar um MUDAD Dio Brando.
Bom, sem mais, só vamo filhões!
Cidade de Morioh. Ainda o ano de 1999. Um pouco depois da morte de Yoshikage Kira. Uma menininha carregando uma mochila verde andava acompanhada de um senhor idoso e um bebê num carrinho:
[Joseph]-Oh querida, o bisavô fica tão feliz por você ter vindo aqui.
[Jolyne]-A mamãe disse que eu podia ver o papai, e falou com o senhor. E o senhor pediu para os moços legais me trazerem aqui. Olha! -a garotinha exibiu um dos bolsos cheio de doces - Eu amo essa bala! Onde conseguiram tantas?
[Joseph]-Pedi que enviassem só pra você. Sei o quanto você ama essas balinhas.
Amor. Uma palavra que fez Jolyne pensar e perguntar:
[Jolyne]-Biso.
[Joseph]-Sim, Jolynezinha?
[Jolyne]-O senhor já ouviu o papai dizer que ama alguém?
[Joseph]-Se já ouvi o Jotaro dizer que ama alguém? Hmm... Não me lembro. Por que essa pergunta, meu bem?
[Jolyne]-Mas ele fala da Jolyne, né?
[Joseph]-Seu pai quase não fala. Desculpe...
[Jolyne]-Ah... Tá...
O olhar da pobrezinha se perdeu na calçada, até notar dois pares de sapatos parados. Eram grandes e engraçados, totalmente diferentes de suas sandálias amarelas e brancas:
[Okuyasu]-O senhor coleciona crianças, sr. Joestar?
[Josuke]-Okuyasu!
[Okuyasu]-O que? Ele já tem um bebê, você, a mãe do senhor Jotaro e... Ela. Ei, ela parece o senhor Jotaro!
[Joseph]-Porque ela é filha dele. Josuke, Okuyasu, essa é a Jolyne.
O mais claro agachou-se rente aos olhos da menina e esbanjou um sorriso:
[Josuke]-Ooooooooooi!
Mas Jolyne ainda estava pensativa quanto à resposta do bisavô sobre seu pai, então sua reação foi mínima:
[Josuke]-O que há com ela? Você a machucou?
[Joseph]-Eu? Mas claro que não.
[Josuke]-Ei Jolyne, você quer dar rolé com o seu tio avô super legal? Eu te pago um sorvete.
[Jolyne]-Eu não quero...
[Joseph]-Está tudo bem, meu bem. O Josuke é uma pessoa boa.
[Jolyne]-É?
[Joseph]-Sim. É meu filho.
Jolyne analisou Josuke e tentou comparar com sua avó Holly. Ele não parecia emanar amor a cada vez que expirava. Não parecia ser do tipo que a encheria de abraços e daria folhas para desenhar e pintar. Muito menos do tipo que levaria leite e biscoitos para ela, ler uma historinha e colocá-la para dormir. Resumindo: Para ela, um "filho do seu bisavô" não era uma boa justificativa para que Josuke fosse uma boa pessoa só de se olhar pra ele:
[Jolyne]-Biso, o senhor vai ficar bem sozinho?
[Joseph]-Não se preocupe comigo, amor. Eu vou voltar para o hotel. Tem um filme da minha época que eu vi no catálogo de TV e quero muito vê-lo, pois me lembro de um grande amigo. -e sorriu para ela
A garotinha desceu do banco e colocou sua mochilinha nas costas:
[Josuke]-Jolyne, você gosta de velocidade?
[Jolyne]-Hmm?
[Josuke]-Correr, sabe.
[Jolyne]-Mas eu sou pequenininha pra correr com você.
[Josuke]-Não é pra correr comigo, sua boba. Você gosta?
[Jolyne]-Hmm... Aham!
Josuke a içou nos ombros, alertou para que segurasse firme, segurou suas pernas e disparou a correr. Pouco depois foi alcançado por um Okuyasu nervoso por não ter sido avisado. Jolyne ria e mantinha os braços erguidos para sentir o vento a atingir. Quando pararam na esquina de uma casa velha, Okuyasu e Josuke pararam pra descansar:
[Okuyasu]-Josuke... Maldito... Argh.... Por que não... avisou?
[Josuke]-Porque eu... venci você. Haha!
[Okuyasu]-Você só venceu porque eu deixei. Se o Koichi estivesse aqui, ele concordaria comigo.
[Josuke]-Se o Rohan deixasse o Koichi estar aqui, ele diria que eu claramente venci. Sem essa, Okuyasu tartaruga!
[Okuyasu]-Sorte sua... Que eu tenho que fazer a janta em casa. Senão tiraríamos a prova final agora mesmo.
O moreno se despediu do amigo e da garotinha e entrou em casa:
[Josuke]-Quer ir pra minha casa jogar videogame?
[Jolyne]-O papai vai estar lá?
[Josuke]-Acho que o senhor Jotaro está no píer com um barco da Fundação Speedwagon. Ele queria observar alguma criatura marinha.
[Jolyne]-E onde ele dorme?
[Josuke]-No mesmo hotel que o senhor J-digo, meu pai.
[Jolyne]-Aaaaah, eu também tô lá! A gente pode fazer uma surpresa pro papai?
[Josuke]-Surpresa? Eu tô quebrado...
[Jolyne]-Vamos achar o biso. Minha mamãe disse que deixaria dinheiro com ele.
Josuke preferiu não desiludir a menina quanto ao dinheiro. Apenas sorriu e fizeram o caminho de volta para acharem um senhor dormindo no banco:
[Jolyne]-Biso!
[Joseph]-Que? Hã? Por que?
[Josuke]-Eu não acredito que o senhor estava dormindo com um bebê no carrinho...
[Joseph]-Não se preocupe. Meu stand está bem amarrado.
[Jolyne]-O que é um stand? -a curiosa levantou seu dedinho
[Josuke]-Não consegue ver?
Ela balançava a cabecinha freneticamente:
[Joseph]-Bom... Você vai descobrir isso um dia. Um dia. Mas agora, o que fez vocês voltarem?
[Josuke]-A Jolynezinha quer dinheiro.
[Joseph]-E o que você vai fazer com esse dinheiro?
Ela riu e cochichou no ouvido do bisavô, que não fez mais perguntas e deu uma bolsinha com cédulas e moedas. A garota agradeceu e beijou a bochecha do velho:
[Josuke]-Ei, por que eu não posso saber?
[Jolyne]-Você vai.
[Joseph]-Josuke, nem um pio se ver o Jotaro. Tente escondê-la também, pois também é uma surpresa que ela esteja aqui em Morioh.
[Josuke]-Deixa comigo!
Os olhinhos da garota examinavam cada venda da cidade. E ela não achava o que queria em nenhuma delas. Até que achou uma relojoaria no final da rua:
[Josuke]-Você vai comprar um relógio? Mas isso é muito caro.
Assim que a senhora pôs o que Jolyne pediu sobre o balcão, ela sacou as notas rapidamente pois era muito boa em matemática. A senhora fez graça com a habilidade da menina e deu um pirulito de brinde. Antes de saírem:
[Josuke]-Ei, quanto é aquele da vitrine?
A mulher disse o preço, e o rapaz desanimou. De repente, ele sentiu puxadinhas na perna direita de sua calça:
[Josuke]-O que foi?
[Jolyne]-Você quer imitar a Jolyne, né?
Ele ruborizou-se por alguns segundos:
[Josuke]-Tsh...
[Jolyne]-Moça, eu também quero aquele.
[Senhora]-Ora, uma jovem com espírito caridoso pelo seu amigo.
[Jolyne]-Ele é o meu tio avô. E é legal comigo. Posso levar? -ela estendeu mais notas
A senhora pegou algumas:
[Jolyne]-Ei, a senhora fez a continha errada. Tá faltando mais 40. Aqui tem 40, não tem?
[Senhora]-Eu fiz a conta certa, meu bem. Guarde esses 40 para outra coisa. -e sorriu - Você fez o dia de uma senhora ser muito feliz.
Jolyne pegou o pacotinho e estendeu para Josuke, sorrindo. Um sorriso que acertou seu coração em cheio e fez lágrimas surgirem em seus olhos:
[Josuke]-Obrigado, Jolynezinha. Eu amo você.
Ela ouviu. Não de quem estava esperando, mas ouviu. Suas palavras preferidas! Ela sorriu de volta e incitou para que continuassem caminhando. Mais a frente, ela parou em uma venda para comprar uma pelúcia:
[Josuke]-Ei, isso não é grande demais?
[Jolyne]-Não, é o que eu tinha pensado. Você pode abaixar um pouquinho?
Ele atendeu ao pedido. Jolyne posicionou sobre o cabelo do garoto e analisou. Reposicionou e analisou. Por fim, mediu pelo rosto e pagou pelo bichinho. Mais a frente, parou no destino final e comprou o que o bisavô havia indicado:
[Josuke]-Espera, o que vai fazer com isso?
[Jolyne]-Você pode me ajudar com mais alguma coisa, tio Josuke?
[Josuke]-Tio não, isso me faz parecer um velho. Só Josuke mesmo. E posso, mas... Eu não sei se vai ficar bom.
[Jolyne]-Eu sei que vai. E confio em mim.
Para a garotinha, foi mágica. Mas aos olhos de Josuke, ele usou seu Crazy Diamond para destruir e reparar o que a garota pediu para fazer. E, de fato, ficou bem feito:
[Josuke]-É isso? Acho que o senhor Jotaro não usaria...
[Jolyne]-Meu coração disse que usaria. -ela sorriu - Ele ama. E fui eu quem fiz, com a ajuda do Josuke.
[Josuke]-Por falar nele, já está ficando tarde. Você precisa voltar pro hotel.
[Jolyne]-Bom, pelo menos a gente conseguiu fazer o que eu tinha pensado. Obrigada, Josuke! -a garota o abraçou - Quando eu crescer, quero ter um namorado como você!
Ele só sorriu, mesmo sem graça, pois sabia que demoraria muito tempo para ela crescer e com certeza teria o esquecido. Ou seja, ele se safaria da possível ira do Star Platinum. Caminharam de volta ao hotel e se despediram. Mas antes de ir, ela pediu para que entregasse o que comprou na relojoaria ao destinatário certo.
Jolyne passou pelas moças da recepção e pelo tio bigodudo da limpeza, chegando rápido ao quarto de um velho comendo pipocas:
[Jolyne]-Biso?
[Joseph]-Oh, Jolynezinha! Você chegou bem na hora.
[Jolyne]-O biso tava chorando?
[Joseph]-Eu, é... Não, eu só bocejei. Só isso. O que tem aí?
[Jolyne]-Esses são do papai, mas ainda falta fazer umas coisinhas. E este é pro senhor. O Josuke pediu pra entregar.
O velho achou curioso ter ganhado um presente. Desembrulhou com cuidado e viu-se diante de um genuíno e raro relógio de bolso da época de seu avô Jonathan. Ele mesmo já tinha visto o dito cujo na relojoaria e sempre esquecia de comprar. Seu relógio americano foi reposto pelo de ouro branco recém-ganho:
[Joseph]-Eu sempre quis esse. Obrigado, querida.
[Jolyne]-Mas não fui eu, foi o Josuke. Ele que pensou e quis comprar por conta própria. Eu só ajudei a pagar.
[Joseph]-O que tem aí pro seu pai? -ele desviou totalmente do assunto - Parece ser legal.
[Jolyne]-Onde o senhor pôs minhas canetinhas?
[Joseph]-Você vai assinar?
[Jolyne]-Aham! E também vou escrever um bilhete.
[Joseph]-Use isso. Essa é permanente.
[Jolyne]-Mas eu quero fazer um desenho.
[Joseph]-Essa é pra escrever aí. O desenho você pode usar as suas, vou buscar suas coisas.
A garotinha destampou a caneta do bisavô e, com suas própria letra de 7 anos, escreveu o nome do pai onde queria. e fez um coração com seu próprio nome. Logo Joseph trouxe o caderno e o estojo dela.
Desenho pronto, tudo devidamente em seu lugar. Como gran finale, ela pôs tudo em uma caixa com lacinho que fez com a ajuda do velho e escreveu: "Para o sr. Jotaro Kujo, importante. Jolyne Kujo" e foi para a recepção pedir para entregarem ao pai quando chegasse. Assim que retornou ao quarto, comeu batatas chips e bebeu refrigerante, tomou banho e foi dormir.
Horas mais tarde, ela já estava apagada. A porta do quarto foi tocada três vezes e Joseph a abriu:
[Joseph]-Você chegou tarde, ela já dormiu.
[Jotaro]-Não faz mal. Eu vou entrar.
[Joseph]-Ei, o que há com você?
A mão de Jotaro balançou a garotinha, que abriu os olhos um pouco e disse: "Surpresa, papai" e sentou-se na cama:
[Jotaro]-Star Platinum: The World!
O tempo parou e, pela primeira vez, o homem frio deixou seu coração falar mais alto do que a própria voz:
[Jotaro]-Jolyne... Você é doida. -ele a abraçou - Não acredito que você fez esse chapéu de pelúcia e me deu esse relógio com golfinhos. Não sei o que falar, e não quero que você me veja chorar assim. Só... Obrigado por isso, minha filha. Obrigado mesmo...
Antes que ele percebesse, o tempo voltou a correr:
[Jotaro]-E seu pai ama muito você. Você me orgulhou.
Ela largou seu ursinho e abraçou Jotaro com chapéu de golfinho:
[Jolyne]-Eu sempre sempre sempre quis ouvir isso. Eu também amo você muito muito muito, papai! Você gostou?
[Jotaro]-Sim. E vou usar amanhã mesmo na minha expedição pela maldita espécime que eu venho observando.
[Jolyne]-E o relógio e o desenho?
Ele exibiu o relógio no braço:
[Jotaro]-Confesso que ri um pouco no começo. Me lembrou de algo que ocorreu há pouco tempo com o tal Kira, mas eu também gostei muito. Você teve sorte em achar um relógio com golfinhos. Quanto ao desenho... Vou guardá-lo e pendurar lá no meu quarto. Obrigado de verdade. E velho... Você não me viu chorar.
O velho já tinha deitado e dormindo há algum tempo:
[Jotaro]-Bom, está tarde Jolyne. Vá dormir.
[Jolyne]-Eu não ganho um beijo de boa noite?
[Jotaro]-Tsh... Yare yare...
Talvez aquela fosse a primeira vez que Jotaro estava agindo como um pai, e que Jolyne sentia o amor de seu pai e o beijo de proteção. Ele deu uma última olhada na filha, apagou a luz do quarto e saiu.
No dia seguinte, no barco da Fundação Speedwagon:
[Funcionário 1]-Sr. Jotaro, que chapéu... diferente.
[Funcionário 2]-É, parece até que foi feito por uma criança. -e disparou a rir
O furioso Jotaro o encarou:
[Jotaro]-Há algo errado com o meu chapéu?
[Funcionário 2]-N-não, se-senhor... É que...
[Jotaro]-Sabe, eu acho que preciso de alguém pra observar os tubarões mais de perto. Você, pra jaula.
[Funcionário 2]-Ma-mas eu...
[Jotaro]-Jaula. -continuou com seu olhar ameaçador
O funcionário acatou e foi subemergido:
[Jotaro]-Yare yare daze... Foi feito por uma criança sim. E isso não me fará deixar de usá-lo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenha ficado aceitável. :)