Evangeline saia de casa se despedindo da família com uma torrada na boca pois estava muito atrasada e não poderia esperar para ir com seu pai. Mas no fundo ela nem queria tanto ir nesse primeiro dia de aula. Apesar de estar iniciando o segundo semestre ela estava muito nervosa para voltar ao colégio. E o motivo? Ela não tinha amigos. Era a garota tímida e desastrada da sala e por ser perseguida pelo casal, (que ela carinhosamente apelidou de "peste e maldição) ninguém nunca quis se aproximar dela. Não os culpava.
—Ahí!_ exclamou após tropeçar em um buraco no asfalto.
Logo que saiu do seu bairro chique não escapou das péssimas condições de Lightningwood. Não entendia o motivo de seu pai e várias outras famílias de classe média alta viverem naquele lugar. Poderiam ir embora daquele lugar quando quisessem, mas todos se sentiam presos à aquele lugar. Era muito estranho.
Pra piorar a situação de Angi ela ainda tropeçou em frente à casa do Corvo Branco, que todos diziam ser mal assombrada.
Ela logo tratou de sair dali e seguir para o colégio. Vinte minutos depois chegou ao seu destino, e como previu teve que entrar pela secretária. Para sua sorte estavam dando às boas vindas no pátio e aula ainda não havia começado.
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(Narração Evangeline)

Ouvi que o diretor falou algo sobre sentarmos em duplas esse semestre.
—Podem ir para seu primeiro dia letivo do semestre! _O diretor falou empolgado.
Queria eu estar empolgada do mesmo jeito.
Fui para minha sala logo para não ter que enfrentar o tumulto de gente quando der o sinal da segunda aula. Sentei no meu lugar de sempre. Para minha surpresa e quase ataque cardíaco eu não fui a única que teve essa ideia.
—O-o-oi!_ Cumprimentei o garoto anjo que caiu do céu sentado ao meu lado._ É-é que e-e-eu sen-sento a-qui._ Falei envergonhada para ele não pensar que sentei ao lado dele de propósito.
—Se você quiser eu posso sair._ Falou com aquela voz grossa maravilhosa, já se preparando para levantar.
—NÃO! _ Falei um pouco alto vendo ele fazer uma careta linda estranhando._ Q-quer diz-zer você pode se sentar aqui si-sim, porque ninguém v-vai querer sentar co-comigo mesmo e pelo que vejo você é no-novo. Sou Evangeline White!_ Falei um pouquinho rápido demais.  Vitória!!! Consegui falar meu nome sem gaguejar.
—Meu nome é Damien Grace. _Falou sem demonstrar muito entusiasmo. Deve ser pelo horário, é bem difícil acordar de bom humor.
Como ele não demonstrou estar muito interessado em iniciar uma conversa eu não quis insistir, vai que ele me acha irritante.
Eu comecei a arrumar meu material em cima da mesa quando um babaca com o casaco do time de futebol americano jogou meu caderno no chão.
—Hey Dark Girl! _Falou o idiota do Edi.
Abaixei minha cabeça. Tinha muita gente entrando na sala.
—Está muito mais estranha que o comum talismã do azar._Disse a Maldição Liv._ É melhor você e seu amiguinho saírem da aí porque eu e o meu Bebê gostamos desse lugar.
Eu já ia me preparando para sair quando a mão do meu colega gatinho me parou.
—Você não é obrigada a fazer o que eles querem._ Disse olhando no fundo de meus olhos com aqueles olhos azuis como uma piscina. _ E se vocês dois acham que mandam em alguma coisa aqui, estão muito enganados. Achem outro lugar, nós chegamos primeiro.
—E eu que achava que você poderia andar com a gente garoto....Estávamos tentando te livrar da Quebra-espelho e é assim que você agradece? Você é bonitinho. Poderia ser venerado como nós! _Bonitinho?! A Liv é retardada... o Damien dá de dez a zero no Edi!
—Venerado? Isso é tudo o que eu menos quero. Andar com os dois patetas. Se enxerga garota vocês não passam de dois carentes querendo chamar atenção o tempo todo. _Falou em tom de deboche.
Quem era esse ser maravilhoso que apareceu na minha vida? Ele era tão alto. Tão bonito. Tão descolado. Tão legal!!!!
—Olha como você fala com a minha namorada cara! _Edi falou vermelho de raiva.
—Acha que eu tenho medo de você seu covarde? Um cara com coragem de afrontar uma garota que tem metade seu tamanho? É mais fácil eu ter medo do Bob Esponja.

—Falou com um sorriso de lado que me fez derreter.
Não bába! Evangeline não é hora de ficar secando seu colega.
—E o que o diretor diria se soubesse que você ameaçou o namorado da filha dele? Expulsão na certa._ Vagaba! Não posso perder esse garoto logo no primeiro dia em que ele entra na minha vida!
— Eu ameacei seu namorado? Que piada. Mas boa sorte pro seu pai conseguir expulsar o filho do Sr. Grace o dono do colégio._Falou sorrindo. Ain eu quero ele pra mim!!!!
A loira oxigenada saiu pisando duro arrastando o namorado pra fora da sala.
Respira fundo Angi! Sem gaguejar.
—O-obrigada por ter me defendido. Foi muito legal da sua parte....
—Não me agradeça. Aprenda a se defender sozinha._O moreno disse desviando o olhar. Ele está tentando fazer de mim uma pessoa forte. Que fofo!
De repente escutamos um barulho muito alto e uns gritos fora da escola e corremos para o pátio.
—Que MERDA é essa?! _Falou o Damien assustado ao meu lado.
—Aí meu Kami._falei baixinho.

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(Narração Damien)


Eu tomava café tranquilamente com o meu pai na nossa nova mansão em Lightningwood (porcaria de cidade).
—Por que nos mudamos para esse lugar mesmo? _Perguntei ao velho.
—Porque você tem que superar a morte do John de uma vez e esquecer o que a aquela garota fez com você. Sem contar que é uma cidade com praias, atrai muitos turistas, é perfeita para abrir hotéis e pousadas.
—Claro claro.... recomeçar e essas coisas. _Essa mania de querer me ajudar. Eu apenas abri meus olhos para as crueldades do mundo, não tenho nenhum problema.
—Filho eu comprei uma escola aqui. E é nela que você vai estudar hoje. Eu quero ter certeza de que você está mantendo contato com GAROTAS da sua idade e não fugindo delas.
—Eu não fujo. Só não gosto muito delas.
—Já conversamos sobre isso.
Olhei em meu relógio de pulso.
—Já deu minha hora. _Falei saindo de casa com o motorista.
 Em dez minutos chegamos no prédio da tal escola. Até que não era tão ruim pra uma cidade dessas.
Logo que entrei recebi alguns olhares de grupinhos de meninas fúteis, ignorei todos.
Logo o diretor subiu no palco para bajular os herdeiros dos figurões da cidade.
Estava louco para ir para a sala. E pra variar teria que sentar em duplas. Essa ideia deve ter sido sugestão do meu pai.
—Podem ir para o seu primeiro dia letivo do semestre! _ Ele falou de um jeito tão falso que me de nojo.
Logo entrei na minha sala do primeiro ano D e me sentei em um dos lugares na frente.
Quando uma garota de cabelos pretos entrou pela porta e apressada sentou ao meu lado sem perceber minha presença.
—O-o-oi!_ Me cumprentou gaguejando. Estranha._ É-é que e-e-eu sen-sento a-qui._ Ela falou desconfortável.
—Se você quiser eu posso sair._ Já ia me levantando da cadeira.
—NÃO! _Qual é o problema dela?_Q-quer diz-zer você pode se sentar aqui si-sim, porque ninguém v-vai querer sentar co-comigo mesmo e pelo que vejo você é no-novo. Sou Evangeline White! _ Belo nome. Ela não parecia gaga de nascença, estava era nervosa. Seria por minha causa?
— Meu nome é Damien Grace._ Falei sem demonstrar muito intusiasmo porque vai que ela se apaixona por mim como as outras? Não que eu ligue para ela especificamente, mas não gosto de iludir ninguém.
Pelo menos ela tem inteligência suficiente para saber quando alguém não quer conversar. Ela arrumava seu material na mesa quando um idiota do time de futebol americano jogou seu caderno no chão. Minha colega tentava se esconder atrás próprio cabelo.
—Hey Dark Girl._ O mané falou.
— Está muito mais estranha que o comum talismã do azar._Disse uma garota loira com olhar de superior._ É melhor você e seu amiguinho saírem da aí porque eu e o meu Bebê gostamos desse lugar.
Essa Evangeline tem um sério problema. Conclui isso tão rápido por que ao invés de responder a altura ela abaixou a cabeça e se preparou para sair do lugar.
Antes que ela se levantasse eu coloquei a mão no caminho.
—_Você não é obrigada a fazer o que eles querem._ Disse olhando no fundo de seus olhos âmbar.

 _ E se vocês dois acham que mandam em alguma coisa aqui, estão muito enganados. Achem outro lugar, nós chegamos primeiro. _Falei na cara daqueles dois imbecis.
—E eu que achava que você poderia andar com a gente garoto....Estávamos tentando te livrar da Quebra-espelho e é assim que você agradece? Você é bonitinho. Poderia ser venerado como nós! _Garota burra. Acha que pode me comprar com tão pouco. Como se eu quisesse andar com os sem cérebro que "veneram" eles.
—Venerado? Isso é tudo o que eu menos quero. Andar com os dois patetas. Se enxerga garota vocês não passam de dois carentes querendo chamar atenção o tempo todo. _ Falei com o meu olhar mais intimidador.
—Olha como você fala com a minha namorada cara! _ O frouxo defendeu a loira.
—Acha que eu tenho medo de você seu covarde? Um cara com coragem de afrontar uma garota que tem metade seu tamanho? É mais fácil eu ter medo do Bob Esponja._ Se ele gosta de ser o centro das atenções.....todos na sala olhavam para ele com escárnio. Se esses bobocas não aprovavam a atitude dele que fizessem alguma coisa! Mas nem um desses merdinhas se propôs a defender essa garota.
— E o que o diretor diria se soubesse que você ameaçou o namorado da filha dele? Expulsão na certa._ A loira defendeu o namorado. Então era ela o homem da relação.
Então agora sei porque ninguem defendeu a tal Evangeline. Bando de puxa sacos.
 _Eu ameacei seu namorado? Que piada. Mas boa sorte pro seu pai conseguir expulsar o filho do Sr. Grace o dono do colégio._ Falei sorrindo.
A loira saiu espumando de raiva com o namorado. Sorri satisfeito.
—O-obrigada por ter me defendido. Foi muito legal da sua parte...._Minha colega falou com as bochechas um pouco vermelhas e um leve sorriso.
—Não me agradeça. Aprenda a se defender sozinha._ Fui curto e grosso na resposta. Mas quem disse que isso tirou o sorriso dela? Desviei o olhar para não ficar sem jeito na frente dela.
Escutamos um barulho vindo da rua e uma gritaria horrorosa.
Alguns alunos da nossa sala, incluindo a Evangeline, desceram até o pátio. Eu fiquei na cola da minha colega.
—Que MERDA é essa?!_ Exclamei.
—Aí meu Kami._ Evangeline falou ao meu lado.

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( Narração terceira pessoa)
 
O céu estava negro por que um objeto gigante que poderia cobrir metade de um continente sobrevoava a atmosfera da Terra.
—AHHAHAHAHAHA_Todos os estudantes olharam assustados para a dona da risada (psicótica na opinião de Angi). Ela usava um vestido rosa estilo barroco todo rasgado, seus cabelos lilases eram lisos e estavam desgrenhados, sua pele era tão branca que chegava a ter um fundo acinzentado, sua face carregava um sorriso horrível com um desenho de coração rosa nos lábios e seus olhos negros passavam um expressão de estar fazendo algo prazeroso. Pegou um dos professores pelo pescoço e o levantou.
—Humanos estúpidos! Eu terei minha vingança enfim!_ Falou eu jogou homen que bateu as costas em um poste._ Vocês pagarão pelo que seus ancestrais me fizeram.
—Vem! Não fica aí parada igual a uma tonta!_ O moreno falou chamando sua colega para entrar em uma das salas da secretaria. Ela rapidamente entrou pela janela.
—O que está acontecendo?_  A menina perguntel em um fio de voz.
—E eu que sei?_ Respondeu.
Evangeline estava transtornada. Suas mãos tremiam e ela segurava as lágrimas.
Damien só a observava sem saber o dizer. Ele nunca teve jeito para lidar garotas e seus chiliques. Não sabia nem porque estava protegendo aquela.
— Oi! Podemos nos esconder aqui também?_ Perguntou um ruiva entrando na sala com um garoto loiro.
—Á vontade..._ Damien respondeu olhando pela janela a maluca indo embora deixando um rastro de destruição.
A ruiva olhou para a menina encolhida em um dos cantos da sala.
—Você esta bem?_perguntou.
—E-ela.......matou ele_ A morena azulada falou baixinho.
—Eu também tô tentando entender essa coisa até agora. _ A ruiva falou tentando acalmá-la.
—M-mas você está reagindo bem melhor que eu. Eu estou com medo. Muito medo._  A morena tinha lágrimas nos olhos.
"Como na minha visão." Pensou a ruiva.
—Mas você é forte. Lembre-se de seu passado que você ira entender._ Falou um pouco do que sabia sobre a  garota. Tudo precisava ocorrer conforme ela previu._ Qual é o seu nome?_ A ruiva deu um sorriso acolhedor ao perguntar o que já sabia.
—Evangeline White. _Respondeu enxugando suas lágrimas.
— Eu sou Safira Moonchester. _ A ruiva se apresentou.
Damien só observava a cena estranhando as palavras da ruiva. Ele tinha a impressão que ela sabia de alguma coisa. Estava muito segura de si para alguém que estava metida nessa estranheza toda.
—Ela vai ser uma boa psicóloga._ Comentou o loiro ao seu lado._ A propósito eu sou o Calvin Solace._ Falou estendendo a mão direita.
—Damien Grace._ Falou simplesmente e ignorou a mão do colega.
O moreno viu que estava tudo correndo bem. Estranhamente bem.
—Isso está estranho._ comentou desconfiado.
—Ah você acha?_ O loiro rebateu irônico.
—Não me parece muito viável ficarmos aqui._ Evangeline concluiu.
—Também acho._ Concordou Safira.
—E pra onde você pretende ir? Não sei se vocês repararam, mas essa coisa gigante em cima de nós cobre metade se não o país todo._ Falou o moreno.
—Mas tem como nos protegermos daquela garota de cabelos lílases, se formos embora da cidade._ Retrucou a garota que nem se quer notou que tinha falado com o garoto de cabelos chocolate sem gaguejar.
—Tá, mas precisamos achar nossas famílias. Eu não saio daqui sem minha mãe._ O loiro falou.
—Eu também preciso tirar meus pais e minhas irmãs daqui._ Evangeline falou convicta.
—Meu pai não está na cidade agora. Vamos atrás das famílias de vocês._ O moreno apoiou.
—E você Safira, precisa buscar alguém?_Angi perguntou preucupada.
— Minha família sabe se defender.
Todos estranharam essa resposta, mas não questionaram.
Damien já ia se preparando, quebrou a perna de uma da mesas.
— Pra que isso?_ Calvin questiona.
—Para defesa._ Evangeline respondeu por ele. E pegou as pernas de outra mesa._ Devia pegar alguma coisa também.
—Tudo que usarmos contra a psicopata lilás vai ser inútil, então eu vou me garantir só com o meu Kung Fu._ Respondeu.
—Também tenho meus próprios meios de proteção._ A ruiva falou.
Logo saíram do local com muita cautela. Caminhavam pelas ruas desertas em meio ao silêncio mórbido.
Quando algo chama a atenção deles. Esse algo era uma pessoa. Aparentemente era a silhueta de um homem e parecia um pouco manco.
—Com licença, senhor. O senhor está bem?_ A morena pergunta abaixando a perna da cadeira.
O homem foi chegando mais perto.
— Por Luna..._ O homem disse chegando perto. Ele estava com os olhos vermelhos brilhantes.
Ele pegou no braço de Evangeline que não teve tempo de desviar. A jogou no chão de forma brusca.
—Me solta!_ Ela falou.
—Minha mestra quer todos. Todos dominados por ela. _Falou com voz robótica a prensando.
 Ele ia levando as mãos ao pescoço da garota, mas foi impedido por uma pancada nas costas e desmaiou.
— Você está bem?_ Damien perguntou depois de tê-la salvo. Estendeu as mãos para ajudá-la a levantar.
—Estou. Obrigada._ Falou aceitando a ajuda.
— Pra onde?_ A ruiva a questionou.
— Centro. Minha mãe foi as compras com minhas irmãs._ Respondeu.
Todo cuidado era pouco. Tendo isso em mente Damien se dirigiu até um carro estacionado na próxima esquina.
Quebrou o vidro e mexeu em alguns fios.
—O que você esta fazendo? Ficou louco?_ O loiro perguntou.
—Estou fazendo ligação direta._ Respondeu simplesmente.
— Mas isso é errado. É roubo._ Evangeline protestou.
—Depois que isso tudo acabar, eu peço para o meu pai dar outro pro dono. São tempos desesperados._ Falou em tom debochado. Ele não gostava de moralismo o tempo todo. Permitiu que seu lado rebelde voltasse à tona.
—Ele está certo. Vai ser mais rápido e mais seguro._ Safira concordou.
—Okay, mas quem vai dirigir?_A Morena perguntou olhando para os três adolescentes de quinze anos.
—Eu sempre dirigi quando ia a fazenda com meu irmão_ Damien respondeu travesso com um sorriso torto.

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Aí Kami!! Era o que a menina pensava no banco do carona ao lado do moreno lindo que dirigia feito um louco com um sorriso estranho.
Ele parecia amar aquela sensação.
—Por alí._ Falou apontando. Evangeline estava responsável por guiar o garoto até o shopping que ficava no centro da cidade.
Maravilha. Uma psicopata aparece com um úfus lá no céu e junto com um bando de zumbis hipnotizados e a sua mãe e irmãs estão no shopping. Shopping!!! Pensou Angi.
—Chegamos. Aparentemente não tem nenhum hipnotizado na entrada._ O moreno ao seu lado observou, a tirando de seus devaneios.
—Vamos nessa._ Falou o loiro no banco de trás.
O grupo recém formado andava a passos lentos até a entrada.
—Parece desértico. _ a morena falou observando todas as lojas ao redor.
—Mas não está. Ouvi gritos._ A ruiva falou se colocando em posição defesa dando uns passos à  frente.
—Eu não ouvi nada._ falou Calvin.
—Eu também não._ Evangeline concordou olhando estranho para a ruiva._Damien?
O moreno acenou um não com a cabeça.
—Foi só você Safira._ Calvin concluiu._ Vamos procurar sua família Evangeline.
Safira bufou por ter seu aviso ignorado por todos. A Moonchester odiava não poder se revelar ainda.
Eles subiram pela escada rolante até o andar de cima.
Ouviram um grito desesperado seguido de uma risada maléfica.
— A praça de alimentação!_ A ruiva falou aos demais que correram desesperados para o local de origem do som.
Pararam a uma distância segura para ver o que estava acontecendo de dentro de uma das lojas.
—Não toque nas minhas filhas!_ Uma mulher falou na cara da garota lilás que flutuava dando seu riso histérico.
Evangeline tremeu em seu lugar.
—O que foi Angi?_ O Solace perguntou preocupado.
—Mi-minha mãe..._Ela sussurrou.
Ela se voltou para a imagem mais aterrorizante de sua vida.
A bruxa fez sua mãe flutuar e a jogou com força até o primeiro andar.
—NÃO MÃE!!_ Ela gritou com os olhos cheios de lágrimas saindo de seu esconderijo.
—Não se preocupe benzinho. Ela esta viva por enquanto._A bruxa lilás sorriu de um modo tão acolhedor que se não fossem seus olhos cheios de maldade para entregá-la, poderia manipular qualquer um.
Evangeline estava com cabeça erguida. Mostrando a todos suas lágrimas. Ela sentiu raiva, nojo, tristeza, desespero, mas ficou parada. Ficou paralisada tremendo um pouco.
—Hum, parece que tem uma boneca me dando trabalho._ Ela disse com um bico supostamente inocente se voltando para uma loira que os estudantes reconheceram ser Liv com os olhos vermelhos._ Então aí está!
A loira se contorceu até seus olhos voltarem a cor verde.
—Olha vo-você não pre-ci-cisa fa-fazer nada co-comigo. Me-meu pai te-tem di-dinheiro. Vo-voc......
—Você é tão burrinha. Uma péssima boneca, que além de não brincar como eu quero ainda me chama de chantagista._ A bruxa respondeu falsamente indignada.
A essa altura Evangeline observava atentamente tudo a sua volta. Ela sempre observava antes de agir. Ela não tinha ideia do que aconteceria. Apenas sabia que tinha que agir.
Safira não se encontrava muito diferente. Ela sabia tudo o que ia acontecer e estava bem atenta. Pegou do bolso interno do blaizer um pequeno frasco com um líquido púrpura dentro. Aquelas poucas gotas, resultado de dias de trabalho, seriam o suficiente.
—Sabe....sua alma pode me fazer mais forte....._A bruxa falava de forma pensativa_ Você não é tão inútil!!_ Ela abriu um sorriso largo.
Após isso o mundo ficou mais lento na visão de Evangeline. A lilás levantou as mãos e uma espécie de raio vermelho saiu de suas mãos em direção a loira. Ela nem lembrava como seus pés se moveram tão rápido. Foi como uma piscada. Quando abriu os olhos já tinha se jogado na frente a loira e sentindo uma dor latejante nas costas.
—Você.....tem mais.....sorte do que.....................eu._ Falou em um fio de voz para sua odiada Maldição que lhe encarou de olhos arregalados.
A bruxa apenas absorvia sua força vital degustando cada momento.
—DAMIEN!_ Safira deu um grito que despertou o garoto.
Damien pegou um dos facões que tinha na loja em que se escondiam e com uma força que nem sabia que tinha, jogou em direção ao rosto da bruxa.
— Arg...quem foi...._Rosnou raivosa parando de "lanchar". Sua bochecha tinha um leve corte.

Encarou o moreno com raiva.
—Você....._Rosnou.
Levitou-o lentamente.
A hora é essa. Pensou Safira.
—Saeptum._ Sussurrou apertando fortemente o pequeno frasco.
Aproveitando a distração da bruxa lançou o frasco com a tampa aberta. Ao atingir seu alvo, o frasco explodiu e a bruxa desapareceu fazendo o moreno cair no chão.
—Depois você vai me explicar direitinho como aprendeu a fazer esse feitiço._ O loiro sussurrou em seu ouvido.
—Depois. Vá dar um jeito na mãe da Evangeline e ver se Damien se machucou._ disse andando até a morena azulada.
Deu tapinhas no seu rosto pálido a despertando.
—Por.....que eu fiz aquilo?...._Evangeline questionou com a voz embargada.
—Eu não sei._ Respondeu lhe dando um pouco de uma água batizada com uma de suas poções.
 
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—Quer dizer que não vai mais destruir este mundo?_ Perguntou uma mulher branca.
—Não. E para evitar que muitos deles morram no processo de readaptação vou selecionar alguns......Protetores.
Em um tipo de telão apareceram vários nomes. Entre eles: Evangeline Dinah White e Damien John Grace.

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Com as coisas mais tranquilas por hora, uma ambulância atendia os feridos do shopping em quanto outra levava a mãe e as irmãs de Evangeline.
—Somos muito sortudos._ A morena falou.
—Claro. _Safira e Calvin falaram sarcásticos.
Os celulares e todos os meios de comunicação começaram a fazer barulho.
"Caros habitantes de Cristay, vocês com certeza notaram minha nave no sobrevoando a atmosfera de seu planeta e também notaram coisas incomuns acontecendo(mas isso eram só a fúria dos Cristalianos que viveram escondidos por anos). Peço que não se alarmem, eu venho em paz. Queria destruir esse planeta, mas a coragem de alguns de vocês me fez reconsiderar. Então vou deixar que resolvam seus problemas sozinhos, mas vou fazer com que alguns humanos tenham o poder de serem os intercessores entre os Cristalianos e Terráqueos. Esses serão os seus protetores. E que a coragem nunca abandone seu coração."
—É isso então?_Calvin falou quebrando o silencio.
Evangeline sentiu uma leve pontada na cabeça.
"Cara Evangeline, hoje você se mostrou muito corajosa e bondosa. Você foi chave para a salvação de todos. Você é uma heroína.
A partir deste dia você é uma guardiã, mas não se sinta insegura quanto a toda essa responsabilidade. Eu confio a você poderes incríveis.
Que a coragem nunca abandone seu coração."
Ela piscou confusa com as  informações que ela recebeu como um baque, mas algo lhes dizia que era verdade.
—Eu te disse. Você é forte._ Safira disse sorrindo.

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—É isso então?_ Calvin quebrou o silêncio.
Damien sentiu uma pequena dor de cabeça.
"Damien, apesar de todos os seus traumas, hoje você foi um herói. Você foi uma dos responsáveis pela salvação de Cristay.
No fundo, você é uma boa pessoa.
Eu sinceramente acredito que no final você fará a escolha certa com os poderes que lhe darei. Faça o melhor. Seja o melhor. Eu faço de você um guardião que protegera todos os fracos.
Que a coragem nunca abandone seu coração."
—O que foi isso?_Perguntou intrigado.
—Isso o que?_Calvin quis saber.
—Nada.
Uma mudança aconteceria em sua vida. Ele não sabia se aguentaria sozinho.