Heroes of the Cristay escrita por Marceline Octos


Capítulo 1
Crystal City


Notas iniciais do capítulo

Oiiiin povu! Segunda fanfic... me animei!!!



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Atrasada, atrasada, atrasada.....Era tudo o que passava na mente de Lilith. Acabou o feriado e ela já chegaria atrasada? Não mesmo. Por que ela inventou de parar para comprar hotdog se já tinha tomado café? A fome infinita. Sempre a culpada.
A garota se justificava dizendo que tinha 18 anos e estava em fase de crescimento.
A velha Crystal City se encontrava ensolarada e com a gélida brisa de sempre. E era isso que Lilith menos gostava! As coisas nunca mudam. Ela vai da faculdade pra casa, de casa pra faculdade e ás vezes saia com sua melhor amiga misteriosa e incrivelmente boa em socialização em massa. Era uma rotina cansativa. Muito cansativa pra ela. Era como se durante toda sua vida ela sempre esperasse mais. Teria como ela deduzir como seria seus dias só olhando sua agenda da faculdade e de compromissos familiares. Era como se planejar sua vida fosse normal. Ela sabia que não. Sempre esperou que o que seu pai dizia pra ela sobre ter nascido especial feita pra coisas grandiosas fosse verdade. Ela já tentou inúmeros Hobbies esperando ser boa em alguma coisa: desenho, música, matemática, danças, teatro, vôlei, basquete, futebol.....Nada! Ela tinha muitos amigos, mas não sabia o que eles viam nela. Não se achava especial.
 Sua família era do tipo convêncional. Sua mãe é uma perua chic que não sabe nada além sorrir e comprar sapatos. Seu pai sim foi muito dedicado a ela...no tempo em que viveu. Morreu a dois anos em um trágico acidente de avião. A pobre viúva e a boa menina.
Faculdade?  Publicidade por falta de opção.
A única coisa que fazia com que ficasse na expectativa nos dias comuns era ele. Erick.
Ela ficava meio tonta só de pensar nele. Fazia parte de seu grupo de amigos. Falava com ela normalmente, ás vezes ela dava umas gafes perto dele e o sorriso dele sempre dizia que a achava engraçada.
Entrou no prédio da universidade. Subiu e felizmente o professor ainda não havia chegado. Sentou atrás de Erick e ao lado de Poliana.
—Dessa vez você se safou não é amiga?_Disse a garota que tinha seus cabelos pintados de cinza azulado que ela tinha muito cuidado, já que ninguém sabe a verdadeira cor do cabelo dela, Poly pinta até as sobrancelhas.
—Lili oi!_Exclamou Erick virando para trás.
—Oi!_ falou Lilith um pouco envergonhada._Cheguei atrasada por um bom motivo dessa vez._disse pronta pra mentir.
—O bom motivo é com certeza o cheirinho irresistível do hotdog da esquina da rua da padaria._Poliana a cortou. Os amigos riram.
—Erickzinho!! Vem sentar comigo lindo!_ Georgina o ser mais chato da face da terra sempre estragava os momentos com sua paixonite de propósito. Era o exemplo de loira burra. E ela nem queria nada com Erick.
O que se passava pela cabeça de Lilith era uma certa chata sendo derretida por sua visão de calor (que a propósito não possuía).
—Não, obrigado Georgi! Prefiro sentar com a Lili hoje!_o garoto falou inocentemente nem imaginando a falha cardíaca que causara na morena sentada atrás dele.
—Ouviu Li? _ Falou Poliana no ouvido da amiga.
—Me diz que isso não foi sonho Poly!_ Sussurrou pegando forte no braço da amiga que riu dela.
Derrepente as luzes começaram a piscar.
—Blackout a essa hora? E o professor ainda nem chegou!_ralhou Erick.
Os outros alunos também ficaram meio desesperados por causa da prova que teria.
—Mais uma prova. Um dia como qualquer outro._Disse Lilith entediada.
—Todo dia é um dia especial Lili._disse Erick sabendo do lance dela querer ser diferente.
—Estou pensando seriamente em pintar meu cabelo de verde pra ver se alguma coisa muda. Vai que eu começo a atrair coisas estranhas?
— Estranho é o fato de que ao invés de fugir da confusão você quer ir até ela._O rapaz repreendeu.
—Haha eu lembro daquela vez que que Li quis entrar em uma casa mal assombrada._riu Poliana.
—Vai que eu descubro que sou médium?_Retrucou fazendo-os rirem.
Lilith abriu um pouco a cortina ao seu lado e contemplou o terror.
—Céus o que é aquilo!!?_Falou desesperada. E arrancou a cortina de uma vez. Provocou o pânico geral. Os céus estavam negros e com algumas luzes azuis.
Parecia um daqueles games malucos de invasão alienígena. Todo mundo em pânico indo pras suas casas.
Lilith estava para com os olhos arregalados. Sentiu ser puxada pelos amigos para fora do prédio da universidade e seguiu-os. Em meio a multidão Erick não soltou sua mão em nenhum momento, mas quem disse que a menina estava prestando atenção?
 Assim que chegaram na praça a menina ficou olhando para o céu como se estivesse hipnotizada.
—LILITH!_ Erick e Poliana gritaram segurando em um poste para chegar até a menina.
—Temos que ir Li!!_Poliana falou alto.
A menina continuou parada dessa vez olhando para o chão.
—O que houve?_ Erick perguntou pra garota que apontou para o chão.
—O que?_ disse ao vislumbrar criaturas de pedra gigantes saindo do chão._Temos que sair daqui. Vamos! Agora!
—NÃO! Essas....coisas podem ser pacíficas!_ A morena retrucou dando um passo pra frente.
—Pacíficas!? Vamos correr!_Segurou o braço dela.
—PRA ONDE? Você quer correr pra onde? Não tá vendo aquilo lá no céu?! Não temos como fugir do que quer que seja._Respondeu exaltada indo em direção aos seres de pedra.
Conforme Lilith se aproximava ela começou a raciocinar....pessoas fugindo...seres enormes.....Precisava ser corajosa.
Antes que seus amigos fizessem algo, ela correu.
—Fujam vocês! _gritou olhando pra trás.
—NÃO LILI!
Ela sorriu e continuou correndo batendo de frente com coisas.
— Oh coisas-gigantes-esquisitas-de-pedra! Vocês vão ficar aí parados?_ perguntou provocando. As coisas a olharam_ VÃO TENTAR ME PEGAR OU NÃO, PEDREGULHOS?!!!_Viu um deles estender a mão pra pega-la.
Correu na direção oposta da qual as pessoas correram, com os pedregulhos na cola dela. Lilith só pensava em correr o máximo que podia. Suas pernas se moviam em uma velocidade surreal. Ela estava cumprindo seu objetivo de isca viva de forma eficiente. Os seres de pedra eram grandes, mas eram lentos e afundavam os pés a cada passo.
—Argh droga! _Falou sentido seu rosto arder ao se chocar violentamente com o asfalto. Em um momento de distração ela tropeçou.
Olhou para trás vendo que já foi alcançada.
—Adeus mãe......prima.....tio....Poliana.....Erick...._Sussurrou. Fechou os olhos esperando o tapa que seu corpo levaria de um dos gigantes.
1...
2.......
3...........
—Abre os olhos Lili!_Nunca se sentiu tão feliz ao ouvir a voz do rapaz.
—Erick? Cadê a Poliana?_Perguntou olhando o rapaz nos olhos.
—Segurando aqueles bichos._ disse desviando o olhar.
A menina olhou na mesma direção que e rapaz. Lá estava sua amiga pálida de cabelos coloridos estendo as mãos como dissesse "pare" de frente para os pedregulhos que tentavam inutilmente atravessar uma barreira invisível. Poly fez um movimento como estivesse dando um tapa no ar e os gigantes voaram longe. Ela esticou o braço com a mão retas fazendo cair quase toda a parte de cima de um pequeno prédio em cima deles, em seguida deu um tapa para baixo fazendo afundarem alguns metros do chão.
—Temos que nos abrigar._ falou simplesmente se virando para os amigos com os olhos brilhando um azul escuro muito bonito.
—Tem um prédio residencial virando a esquina._ Erick respondeu apontando.
—Vamos então, mas vou querer explicações quando chegarmos._A morena falou séria.
" Eu vou falar o que você quiser." Ouviu a voz da amiga responder em sua cabeça.

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—Que inesperado, Mei'koh!_ exclamou a voz de um estranho "homem azul" que via tudo o que acontecia no planeta._Esse pobre planeta não deveria ter guerreiros tão bravos! Eles deveriam ser um monte de parasitas vivendo em Cristay.
—Eles acham que Cristay se chama Terra. E não sabem nem da metade dos segredos de seu próprio mundo._Respondeu uma "mulher" branca com tentáculos no lugar da orelhas._Que bom que o senhor resolveu revelar isso a eles antes de destruir este mundo primitivo.
O homem riu.
—Este mundo primitivo, como você chama, tem mais coragem em um milionésimo de terráqueos do que em galáxias inteiras que já visitamos. Eles precisam se adaptar ao mundo novo.
—Quer dizer que não vai mais destruir este mundo?
—Não. E para evitar que muitos deles morram no processo de readaptação vou selecionar alguns......Protetores.
Em um tipo de telão apareceram vários nomes. Entre eles: Lilith Marie Rains.

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Logo na porta do prédio residencial o trio foi recebido por uma chuva de enormes pedras de gelo.
—Os portões estão abertos. Venham rápido._Uma mulher avisou.
Eles entraram e viram várias pessoas se abrigando lá dentro.
Poliana caiu desmaiada logo que pisou na portaria.
—Poly!!!_Exclamou Erick.
—Ela deve estar cansada depois do esforço que fez hoje._A morena falou.
—Tem um médico que mora no 105. Venha comigo rapaz._A mesma mulher que os recebeu falou.
Erick pegou a menina(que não era muito pesada) no colo.
—Quando ela acordar me avisa, por favor?_Lilith perguntou.
—Onde você vai?
—Pensar...
O rapaz meio contrariado foi subindo as escadas com a mulher.
A morena saiu da portaria e foi andando pelas laterais do prédio que tinha uma parte coberta protegendo-a dos cubos de gelo que ainda caiam do céu.
Estava sendo um dia e tanto. Pensou.
Então teve um ataque de risos. Ela ria tão descontroladamente que até engasgou sozinha.
Tudo o que ela queria era alguma coisa que agitasse sua rotina. E esse dia agitou a sua vida e de todos os habitantes do planeta.
—Mamãe!!! Cadê você!?_Ouviu um choro de criança.
Lilith viu uma menina em baixo de um dos carros estacionados em frente ao prédio sendo esmagado pelas pedras de gelo. Se abaixou para que a menina pudesse vê-la.
—Olá_falou sendo simpática com a menina que virou a cara._ Sou a Lilith. Como você está?_ Falou tentando forçar um sorriso.
—Eu ralei meu joelho! EU QUERO A MINHA MÃE. Eu estava segurando a mão dela, mas um monte de gente passou e me arrastou e eu soltei._falou chorosa.
—Eu posso ajudar você a achar sua mãe. Mas primeiro precisamos te tirar daí._Ela disse respirando. Raciocinou.....As pedras de gelo já não estavam tão grandes.....tinha um capacete em cima de uma moto ao seu lado......ia ser dolorido, mas não fatal.
Colocou o capacete e começou a correr em direção ao carro vermelho com os vidros todos estraçalhados.
—Argg...._Gemeu de dor quando uma das pedras atingiu seu ombro esquerdo.
Voltou a correr em direção a garotinha e reparou que as pedras estavam ficando maiores.
—Vem. Segure a minha mão. E vou proteger você._Falou encolhida com as mãos estendidas.
—Tá bem._falou e saiu de seu esconderijo com sua boneca.
Lilith ficou abraçada a menina, com seu corpo servindo proteção para a menor, logo correu com ela para a proteção do prédio.
Faltando pouco para que ela chegasse a parte coberta, a maior olhou para cima vendo um bloco de gelo bem grande cair sobre elas. Lilith não teve tempo de desviar, então usou seu corpo como escudo protegendo a menor. Ela sentiu uma dor tão grande nas costas que só teve tempo de sorrir para a menina em baixo de si. E tudo ficou escuro.

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—Esta tudo bem...._sussurrou a morena acordando. Ela logo percebeu que estava deitada em uma cama e não a mercê de uma tempestade de gelo._Como eu vim parar aqui?_perguntou vendo a sua amiga azulada trazer um copo de alguma coisa pra ela.
—Erick encontrou você lá fora._Disse entregando o copo._É chocolate quente. Para a menina mais corajosa que eu já conheci.
Lilith se sentou sentindo uma dor alucinante na coluna, pegou o copo e bebeu um gole da bebida quente.
—Isso esta muito bom. Mas eu ainda quero respostas senhorita telepata telecinética._ falou arrancando risadas da amiga.
—Eu estou aqui, pode perguntar.
—Chame o Erick primeiro. Deve respostas a ele também._falou séria.
—Ele já sabe tudo o que precisa saber.
—Okay..._Respirou fundo encarando a pessoa que ela achou que conhecesse tão bem, que esteve ao seu lado no funeral de seu pai, que sempre a apoiou em todas as atividades que inventava...._Quem é você e qual é a sua história?
—Há vinte anos atrás meu avô foi traído por um amigo...que o acusou de tentar envenenar o nosso imperador....em outros tempos o imperador o teria defendido com unhas e dentes e mandaria prender quem quer que tenha acusado o seu melhor inventor de trair seu povo, mas...nosso planeta estava em guerra entre os reinos dos hemisférios Norte e Sul. Todos eram suspeitos. Implantaram provas falsas contra ele. Ele e toda a família foi condenada à morte, sem chance de serem julgados........então eles fugiram. Viveram anos sendo caçados como animais se enfiando em qualquer buraco que encontravam. Mesmo em meio ao caos meu jovem pai se apaixonou.....minha mãe sempre fala sobre o tal garoto misterioso que conheceu quando seu veículo quebrou no deserto, sempre fala o quanto ele foi inteligente e prestativo._deu um leve riso._ Sendo órfã ela não se importou em fugir com eles. E no meio de tudo isso eu nasci. Meu pai e avô não queriam que uma garotinha linda e frágil crescesse em um mundo como esse...
—Uh a garotinha frágil que acabou com gigantes de pedra de seis metros sem nem sair do lugar._interrompeu sarcástica.
—Pois é.....continuando: meu pai e avô sendo gênios e com a tecnologia do meu planeta foi fácil adaptar uma nave de comércio interplanetário pra uma nave de viagens intergalática. Decidiram que o melhor planeta seria o seu. Viemos pra cá quando eu tinha onze anos._respirou fundo e finalizou_ Eu sou Polin Mozks tenho 18 anos e não sou de Cristay, mas amo este planeta como se fosse meu.
—Então você não é Poliana Martin?_Perguntou a outra jovem.
—Sou. Eu faço parte deste mundo também. E fique sabendo que nunca te contei nada porque minha família jurou guardar segredo.
—Bom..... Sendo Polin ou Poliana, o que importa é você é minha amiga._as amigas trocaram sorrisos._Agora me explica uma coisa: Cristay é a Terra?
—Sim, observadora._As duas riram_ Ta ouvindo isso?
—Não.
—Exatamente. A chuva de ice Bergs passou.
Os celulares de ambas ligam sozinhos em seus bolsos e um rádio que estava no quarto começa a fazer barulho.
"Caros habitantes de Cristay vocês com certeza notaram minha nave no sobrevoando a atmosfera de seu planeta e também notaram coisas incomuns acontecendo(mas isso eram só a fúria dos Cristalianos que viveram escondidos por anos). Peço que não se alarmem, eu venho em paz. Queria destruir esse planeta, mas a coragem de alguns de vocês  me fez reconsiderar. Então vou deixar que resolvam seus problemas sozinhos, mas vou fazer com que alguns humanos tenham o poder de serem os intercessores entre os Cristalianos e Terráqueos. Esses serão os seus protetores. E que a coragem nunca abandone seu coração." A mensagem foi transmitida por todos os veículos de comunicação existentes. 
—Nossa isso foi esclarecedor._comentou a azulada.
De repente a  morena começou a sentir  uma dor leve dor de cabeça.
"Lilith suas ações no dia de hoje foram admiraveis. Você foi a principal causa da salvação do seu mundo. E por isso eu faço de você uma guardiã, porque heroína você já é. A partir de hoje você terá habilidades inimagináveis e será seu dever proteger os inocentes.
Lilith Rains que a coragem nunca abandone seu coração."
Era isso que a mensagem telepática dizia. Era isso o que o seu pai dizia. Era isso o que o seu coração dizia. Lilith era especial. Muito especial. Em quanto continuasse dando tudo de si para proteger os outros ela seria mais especial do que qualquer outro já foi.
Olhou para a amiga que estava a encarando.
—Polin, me ajudaria a ser uma super heroína? Mas tem que guardar segredo.
A azulada sorriu em resposta.
Ela seguiria os valores de seu pai fielmente e nunca, nunca deixaria de dar o seu melhor em nada.




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Notas finais do capítulo

Curtiram? Quero reviews!!!!! Beijinhus povu.



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