CASTELOBRUXO - O Início de Uma História escrita por JWSC


Capítulo 18
CAPÍTULO 1 - Vila Saúva (LIVRO II - A Floresta dos Sussurros)




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O vento batia forte nos cabelos de Eduardo. Ele se agarrava com força na cintura do bruxo enquanto o chão logo abaixo passava como um borrão de verde e marrom. O sol ainda não havia surgido no horizonte, possibilitando a viagem por meio de vassouras segura, livre de eventuais olhares de pessoas comuns.

Como sua mãe não era bruxa, ele não podia usar outros meios de transporte bruxo acessíveis a famílias inteiramente bruxas. Desse modo, os métodos alternativos de transporte eram sua única opção. Sua mãe havia pago para que um antigo amigo de seu marido levasse o filho em sua vassoura por parte do caminho. Depois, ele teria que comprar uma passagem para a chave de portal, já que a aparatação acompanhada era muito caro.

Logo pousaram próximo a uma casa, no meio da fazenda, fazendo com que galinhas corressem de perto.

— Bem, é aqui que deixo você, Edu — disse o bruxo após tocar o solo firme com os pés.

— Obrigado, João — respondeu o garoto um pouco confuso pela viagem.

— Opa, não vai desabar no chão.

O homem riu e Eduardo corou de vergonha, quase caíra no chão ao tentar descer da vassoura e teve que se apoiar no braço estendido do bruxo maior. João despediu-se e impulsionou com os pés, fazendo a vassoura levantar voo. Eduardo tomou seu rumo em direção a casa no alto de um pequeno morro.

— Qual seu nome e série? — perguntou o homem que estava na porta.

— Eduardo Silva Nunes, aluno do segundo ano.

— Engraçado, pois sua camisa mostra uma vitória-régia. Pelo que sei é o símbolo do primeiro ano.

— Bem, sim. É que... eu vou para o segundo.

— Ah, então ainda não é aluno do segundo ano. Deixe-me ver aqui... — Eduardo tinha certeza que o homem estava demorando de propósito e aguardou impaciente enquanto o homem revirava as páginas com muita calma. — Aqui, Eduardo Silva Nunes. Tome e vá para a mercearia. É a azul com um pássaro desenhado.

Eduardo pegou o bilhete dobrado e saiu para a estrada. A estrada virou para a direita e desceu, revelando na curva uma vila. Ele viu uma padaria, dois bares distantes um do outro e uma mercearia na entrada da vila. Mais para a frente haviam casas e outras lojas de comércio. A mercearia parecia ter sido pintada com pressa e de modo desajeitado em tons de azul, com um pássaro semelhante a um carcará mal pintado por cima.

— Bom dia —  cumprimentou o dono da mercearia, assim que Eduardo aproximou-se do balcão.

Era um pequeno mercado, com produtos variados, desde enlatados até produtos de limpeza em várias prateleiras.

— Bom dia —  respondeu Eduardo e entregou-lhe o papel.

— Chegou bem na hora meu jovem, mais alguns minutos e iria perder a chance. Vá, pode entrar.

O homem mostrou o portal que dava acesso aos fundos da loja, onde pendia cortina velha que servia como porta. Ao atravessar a cortina o garoto sentiu como se um líquido derramasse sobre ele, provocando um pequeno arrepio.

Do outro lado havia um pequeno quintal, com algumas galinhas andando de um lado para o outro e algo fervendo em um pequeno caldeirão, suspenso do fogo por uma armação de metal negro. Uma senhora mexia o que parecia ser uma sopa verde que soltava fumaça vermelha. Dois jovens aguardavam em um banco, um garoto alto e uma jovem que olhava para todos os lados.

Eduardo reconheceu o garoto alto, era aluno da escola, só não se lembrava se era aluno do primeiro ano D ou E. A garota pelo jeito era sua irmã mais nova. Fazia-lhe diversas perguntas em voz baixa, visivelmente nervosa. O irmão tentava acalmá-la, mas sem conseguir muito sucesso.

Ao lado dos dois, lendo um livro, havia uma jovem bonita de longos cabelos louros presos em um rabo de cavalo. Ela foi a única a não levantar os olhos quando Eduardo entrou, mantendo-se fixa no livro que lia e que na capa mostrava um bruxo sobre uma vassoura.

— Chegou bem na hora, menino. Bem, acho que são só os três mresmo. Vamos.

Ela adiantou-se até o galinheiro e puxou um espanador velho que estava preso entre duas tábuas de madeira. Em seguida pegou a poção e colocou cada uma em um copo, entregando para os jovens.

— Vai ajudar no enjoo. Vamos, tomem.

Depois que todos tomaram a mulher verificou a hora e em seguida chamou os jovens:

— Está quase na hora. Bem, vamos lá. Toquem em uma das penas e não soltem por nada. Sugiro que você segure sua irmã, seria horrível se ela soltasse a pena um segundo que fosse, meu jovem. Não tirem as mãos da chave até sentirem pisar no solo, está bem? Bem, estão prontos? Um, dois... três!

Eduardo sentiu o puxão pelo umbigo, jogando-o no vazio. Ao redor, tudo era um turbilhão de formas e cores indistinguíveis.

Sentiu a cabeça ficar leve e segundos depois os pés bateram em solo firme. Seu estômago ficou incomodado com a viagem. Ao redor percebeu que o outro aluno ajudava sua irmã a levantar-se. A garota loura estava de olhos fechados, como se meditasse. A senhora sorria.

— Bem, sejam bem-vindos a Vila Saúva. Deixo vocês aqui, tchauzinho.

Com um estalo a mulher sumiu e os jovens ficaram ali sozinhos.

A primeira a esse recuperar foi a jovem loura, que pegou sua mochila e saiu por uma porta. Eduardo percebia agora que estavam em uma espécie de armazém velho e sujo. O garoto do primeiro ano sorriu para ele e ajudou a irmã a sair do local.

Do lado de fora a vila estava agitada. Vários alunos conversavam pelas ruas da vila e caminhavam. Seus brasões bordados nas camisas exibiam os animais que representavam os anos escolares. Haviam graminions verdes, gralhas azuis e teiniaguás amarelo caminhando de um lado para outro.

Eduardo verificou o relógio principal. Ficava em uma pequena casinha, protegido da chuva e de vento, com o espaço aberto apenas para que apenas vissem as horas. Constatou que havia ainda duas horas para que entrassem na escola e decidiu procurar os amigos, para que fossem juntos para a escola.

O Bar dos Bandeirantes estava lotado como sempre. Ele entrou e caminhou pelas mesas, sem encontrar uma que vazia ou que os ocupantes parecessem levantar-se. Os funcionários caminhavam entre as mesas, entregando bebidas e retirando copos e pratos vazios. Uma jovem de cabelos ruivos bagunçados, dois homens baixos e uma mulher bonita, de olhos púrpuras e cabelos sujos, formavam o quadro de funcionários do bar, além do dono do bar, um homem corpulento e sorridente que movia a varinha em várias direções, movendo os copos, as taças e misturando bebidas com habilidade admirável.

— Edu! Aqui!

Teve que procurar entre os caminhantes, mas encontrou o rosto sorridente de Hugo o chamando. Ao aproximar-se reparou que Maria e Miguel estavam sentados na pequena mesa de seis lugares. Três copos estavam dispostos na mesa e uma jarra de uma bebida gelada estava pousada na mesa, com pedaços de frutas boiando e afundando. Assim que se sentou, um dos funcionários veio trazer-lhe um copo e um folheto onde se lia no topo “Menu - Estudantes”.

— Pois é, não nos deixam beber nada muito forte — disse Hugo com um meio sorriso.

— Fico satisfeita com essa frutose — falou Maria e tomou um gole longo da bebida esbranquiçada de seu copo.

— Seria interessante beber uma daquelas ali — apontou Miguel para o balcão, onde um homem entornava uma bebida que parecia groselha fumegante. — Parece bem desafiadora.

Os garotos riram e Maria falou:

— Como eu estava dizendo, eu fui em um Magizoo nas férias.

— Sério? — surpreendeu-se Edu. — Como é? Acredito que não se compara a nosso Mini-magizoo.

— Não. Na realidade é bem maior. Muito maior. E nós não andamos em sacadas como na escola. Tem caminhos que vão por dentro dos habitats e podemos ficar bem próximo das criaturas.

— Elas não veem vocês? — questionou Hugo.

— Não. Lançam algum feitiço nesses caminhos. As criaturas nem sabem que estamos ali. Elas passam por nós como se não fôssemos nada. Não nos ouvem também.

— Demais! — exclamou Hugo, visivelmente animado.

— É melhor do que ficar sentindo olhos observadores em você como na escola. Lá eles são livres para andar por todo o habitat — concluiu Maria.

— A divisão é como na escola? Por cores e por perigo? — Miguel perguntou.

— Não. Lá é tudo divido primeiro por habitat — explicou Maria. — Tem o de neve, deserto, floresta, savana, pântano. Nestes habitats tem a subdivisões entre mais perigoso até o menos.

— Então é parecido — concluiu Eduardo. — Só não tem as áreas como na escola. Por exemplo, não tem a área de pesquisa ou a verme...

Ele parou. Hugo e Maria se olharam. Lembrou-se do que os amigos passaram no ano anterior, dentro do Mini-magizoo. Ele abaixou os olhos para o próprio copo. Por alguns instantes ficaram todos em silêncio, até que Miguel quebrou o silêncio.

— Souberam algo do Roberto?

Todos negaram.

— Mandei duas cartas para ele, mas ele não me respondeu — informou Hugo.

— Mandei uma também — falou Miguel. — Sem resposta.

— Ninguém sabe se ele viajou? — perguntou Hugo, tentando não pensar que o amigo tivesse sido expulso da escola.

— Não. Eduardo foi o último a falar com ele, antes das férias — comentou Miguel e em seguida fitando o amigo perguntou: — Ele não te disse nada?

Eduardo lembrava-se da conversa que tivera com o amigo. Roberto pareceu extremamente arrependido de ter arriscado a vida dos colegas e cogitada não voltar a estudar. Tinha colocado toda a culpa, de absolutamente tudo, em cima de si. Havia deixado claro que iria “se redimir”. Eduardo havia contado para os amigos, pelo menos de forma resumida sobre a conversa que teve.

— Não. Ele só me disse o que eu contei. O que acham que ele poderia fazer?

— Não sei — comentou Miguel.

— Bem, podemos considerar que ele roubou uma luva dos Guardiões e queria invadir o Mini-magizoo.. — começou Hugo.

— Hugo! — exclamou Maria.

— O que foi? — defendeu-se o garoto. — Só estou dizendo que ele é meio impulsivo e pode fazer alguma burrice. Sabemos como ele é, não? Planejou tudo em silêncio. Nem com o Eduardo ele confidenciou o plano de invadir o Mini-magizoo. Só estou dizendo que devíamos ter mantido mais contato.

— Como? — Perguntou Miguel.

— Não sei — respondeu Hugo. — Mas acho que devíamos achar um jeito.

Permaneceram no silêncio por alguns instantes, até que Miguel lembrou-se do Pula-Susto que ganhou de um dos primos e mostrou para os amigos. Era um homenzinho que parecia ser feito de sabão. Quando alguém lhe dava um susto o homenzinho saltava, gritava e solta sons de peido, o que fez com que todos gargalhassem.

Saíram do bar faltando cerca de meia-hora para entrarem na escola. Um grupo de alunos do primeiro ano se reunia em torno de Marcus, um dos Guardiões da escola, responsável por manter o controle e a ordem nas terras da escola. Ele chamava os alunos e amarrava um cinto de couro longo em torno da cintura deles.

Eduardo lembrava-se de fazer o mesmo que os alunos no ano anterior. O cinto era uma chave de portal adaptada. Todos os que estavam amarrados seriam levados ao mesmo tempo para o Grande Portão, sem que precisassem segurar em algo. Assim, evitavam que os alunos soltassem a chave. Ele passou a bebida anti-enjoo para os alunos e logo mandou que fechassem os olhos. Com um estalo forte todos sumiram. Alguns segundos depois Marcus voltou, apenas com o cinto e os aros onde antes haviam os alunos.

Marcus sorriu e acenou para os jovens, principalmente para Hugo, com quem havia compartilhado diversas histórias de suas aventuras no ano anterior. O garoto retribuiu o aceno e juntos continuaram, em direção a pousada Pé Firme. As orientações que receberam diziam que a partir das seis horas da manhã ficaria disponível para todos os alunos do segundo ano em diante o transporte de chave de portal por meio das pousadas Pé Firme ou Pena Verdejante. O intervalo de tempo entre um transporte e outro seria de meia-hora, sendo que o último se daria às sete e meia, ou seja, meia-hora antes da primeira aula do dia.

— Ei! — chamou Hugo antes de entrarem na pousada. — Por que não vamos pelos caminhos?

Todos se olharam, buscando alguma manifestação contraria, que obviamente veio de Maria.

— Seria mais perigoso do que a chave de portal. Só alunos do quinto ano em diante se sentem seguros de ir daquele modo. Sem contar que demora muito.

— São sete horas da manhã. Temos uma hora até a primeira aula — justificou Eduardo. Ficando animado com a expectativa de ir por um caminho perigoso. — O que me dizem?

Miguel deu de ombros e saiu do caminho de entrada da pousada. Hugo sorriu e olhou para Maria. A garota parecia pronta para protestar, mas Miguel acenou com a cabeça e ela decidiu acompanha-los de má vontade.

— Se alguma coisa saltar em cima da gente, espero que estejam prontos para morrer me protegendo ou eu mato vocês depois — disse a garota.

Todos riram e recomeçaram a contar histórias das férias, enquanto caminhavam por uma das saídas da vila, em direção a escola.

 

A porta do quarto abriu-se levemente. O homem retirou o capuz da cabeça após entrar no quarto e fechar a porta. Era mal iluminado, já que a única janela estava coberta por tábuas. Pode ver duas figuras no quarto, uma grande, como um urso, logo abaixo da janela e outro em um canto, talvez dormindo.

— Bom dia, Giuliano — disse o homem logo abaixo da janela. Era grande e com o cabelo bagunçado. A barba não havia sido aparada por semanas e passava facilmente o aspecto de um mendigo.

A outra pessoa saiu de seu canto e aproximou-se da mesa no centro do quarto. Apenas alguns raios de luz atravessavam as aberturas deixadas pelas tábuas da janela. Os dedos longos seguravam um pedaço de papel onde imagens moviam-se, mostrando uma mãe que chorava descontroladamente e pessoas tentando auxiliá-la.

— Bom dia — respondeu Giuliano e sentou-se de frente para os dois. — Que prazer em vê-la, Carla. Como foi de viagem?

— Muito bem — respondeu a mulher em seu sotaque alemão.

— Já leu as notícias? — questionou o homem.

A mulher entregou o papel para Giuliano. Era um jornal popular entre os bruxos. No alto estava escrito em letras garrafais “A Voz da Comunidade Bruxa”. Ao lado do texto havia o símbolo do jornal, uma boca que se movia como se chamasse alguém. Abaixo haviam as imagens e o corpo da reportagem.

 

DESAPARECIMENTO DE JOVEM PREOCUPA HABITANTES DA REGIÃO RIBEIRINHA!

 

Famílias estão aterrorizadas desde que uma jovem, de nome Angella, sumiu enquanto caminhava pela floresta, em busca de seu noreleu. A mãe, uma bruxa da região, acusa o Governo de não lhe prestar o devido suporte quanto ao caso. A mesma reportou sua insatisfação quanto ao ocorrido a esta jornalista que passa a reproduzir as palavras dessa mãe aflita:

— Eu disse mais de mil vezes que ela estava amaldiçoada (soluços). Há dias que não comia direito e não falava com ninguém. Ficava na beira do rio, conversando com ninguém (enxugou as lágrimas). Com certeza estava enfeitiçada, mas eles não me deram ouvidos! Agora minha filhinha sumiu e ninguém se importa! (mais lágrimas e soluços)

É com pesar que temos que informar que este não é o primeiro caso do tipo. Em meados de dezembro do ano passado, um garoto sumiu misteriosamente na mesma região, apresentando as mesmas circunstâncias da jovem Angella, o que nos faz perguntar: O que o Governo tem feito até o momento para não abrir uma investigação séria sobre tais sumiços? A vida de jovens bruxos não é importante? Onde está a segurança das populações ribeirinhas, a mercê de diversas criaturas mágicas perigosas?

Vejam relato de especialistas em magizoologia e artes das trevas quanto ao caso na página 11 e seguintes, além da investigação feita pela repórter.

— Bem, todos sabemos que A Voz Bruxa existe única e exclusivamente para semear caos e confusão na comunidade — disse calmamente Giuliano. — Não vejo porque se preocupar.

— Sim — concordou o homem. — Mas eles foram os primeiros a noticiar esse ocorrido. Logo terão outros e você sabe como isso funciona. A garota não foi a primeira e não será a última. Assim, toda a comunidade ficará assustada em menos de quatro meses e você sabe que não queremos isso. Uma investigação do Governo e a presença de patrulheiros somente nos atrapalhariam. Não podemos perder esta oportunidade como na outra vez.

— E como exatamente eu entro nesse seu plano? — questionou Giuliano.

— Bem... — disse o homem e levantou-se. — Você é professor em Castelobruxo e, sendo assim, nos fará o favor de descobrir o máximo possível quanto ao ocorrido. Converse com os outros professores, funcionários e, se for o caso, alunos. Nos mantenha informados do que acontece e colha nos livros o que precisarmos.

— O que querem saber?

— Tudo, se possível — disse a mulher, nitidamente animada com a conversa. — Se está acontecendo o que achamos que está acontecendo? se podemos capturar? como? Onde? E quando? Coisas assim.

A mulher parou e repensou no que ia dizer, sorrindo de modo malicioso em seguida. Giuliano olhou para o homem e tocou o lábio com o dedo.

— Entendo. A menina não estava amaldiçoada, não é? — Giuliano concluiu.

— Você é esperto, Giuliano, mas não quebre a cabeça com essas coisas. Deixe o trabalho pesado para nós. — O homem sentou-se na pequena cama que rangeu com seu peso. Parecia um urso descabelado e perigoso. — Depois do ocorrido envolvendo o boitatá não quero que o Governo chegue primeiro. Creio que me entenda, não?

Giuliano concordou.

— Espero estarmos quites depois de fazer isso.

— Depende da qualidade da informação que me trouxer. Conversaremos novamente antes das férias de meio do ano. Caso haja alguma urgência, me avise. Passar bem, professor.


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