Mercy escrita por Jupiter


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

* Um dos meus personagens favoritos e mais importante da fanfic vai aparecer nesse capítulo, e muitos sentimentos serão revelados.
* Mais segredos em relação a Nuria vão ser mostrados.
* Desculpem qualquer erro.

Espero que gostem ♥



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Virei refém do teu sorriso.
— Fernanda Rebecchi.

 

8 de Fevereiro

Lebanon, Kansas

 

Arrumar a mala para um viagem como essa é uma tarefa fácil quando ela vai acontecer no verão, enquanto que no inverno essa tarefa levava o dobro do tempo, o triplo do cansaço e o quádruplo de coisas.

Desde que Mary e Sam chegaram, uma reunião somente com os membros da família Winchester começou e eles já estavam trancados a quase uma hora dentro de um dos quartos quando Nuria começou a olhar com mais atenção os objetos perdido por toda a biblioteca, e um em especial chamou a sua atenção.

Era uma espada medieval com cabo especial e parecia antiga mas ainda sim era a peça mais linda que ela já tinha visto ali naquela sala e com certeza a primeira que ela iria tirar em caso de alguma coisa desse errado ali dentro, mas no fundo todo aquela curiosa e pensamentos eram somente para dar o tempo de toda aquela conversa que no fundo era por ela, acabasse.

 

No céu Amara andava de um lado pro outro enquanto tentava de todo jeito esperar de forma passiva a reunião que seu irmão estava fazendo com os anjos de grande escalão, aquela era a primeira reunião daquele tipo que acontecia desde que voltaram os dois para lá.

Já fazia mais de horas que eles estavam ali e toda aquela tensão que a Escuridão sentia ela soltava na terra em forma de chuvas, terremotos, tempestades, temperatura e aquela noite não seria uma noite muito diferente.

Amara não era mais a mesma pessoa, para se manter no controle ela precisava que alguém citasse pra ela qual era o controle e aquela posição que uma vez pertenceu ao Jon e depois a sua filha, hoje pertencia a Deus que em todo o seu amor a irmã fazia sem nem ao menos questionar o porquê de tanta falta de controle.

E toda aquela falta de controle era pela saudade que quando batia não deixava que ela pensasse racionalmente e fizesse tudo por impulso. Aquela parte do céu onde tanto ela quanto Chuck ficavam era parecida com um castelo antigo e todos os anjos tinham acesso ali, e até mesmo as reuniões eram feitas naquele lugar; um lugar que foi construído para abrigar todos os anjos em forma de paz.

No entanto um lugar parecido com aquele existia um lugar afastado da vista dos humanos, feito somente para os seres sobrenaturais. E em uma sala como aquela que Deus estava reunido, teria um trono para aquele que fosse digno de se sentar ali e comandar todos os sobrenaturais na terra, tirando os poder que até então pertencia aos Alfas; é como usar uma analogia com lobos, antes cada tipo de ser sobrenatural era uma alcateia isolada mas depois que chegasse a pessoa esperada eles seriam todos uma única alcateia com um único Alfa.

Um barulho de asas que já era tão comum para os ouvidos da Amara avisou que mais um anjo havia chegado naquela área do castelo, mas como não tinha entrado na reunião era por um motivo diferente mas com tamanha urgência para chegar naquele momento.

— Boa tarde Escuridão. -Castiel falou de forma cordial mas Amara sabia que era somente educação por ela ser superior a ele.

— Todos podem me chamar de Amara Castiel, inclusive você. -a voz dela era suave e verdade fazendo Castiel se sentir menos intimidade mas ainda se mantendo em pose de guerreiro.

— Eu vim a mandado de Deus, ele está a muito tempo em reunião? -ele perguntou notando que ela já não andava mais de um lado para o outro e sim encarava uma janela ali perto, como se procurasse algo.

— Você esteve com o Dean hoje, sinto a sua suavidade que só acontece quando você esteve na presença dele. Então agora te pergunto porque depois de estar com ele você vem com urgência falar diretamente como meu irmão? -Castiel se sentiu um pouco confuso, porque naquela manhã ele não esteve com o Dean somente com a Nuria mas jamais iria contra alguém com tanta sabedoria e com posição acima da sua.

— Deus me pediu informações sobre a terra, e eu venho agora com elas. -a resposta foi simples mas o suficiente para deixar ela intrigada.

Castiel não tinha permissão para falar sobre a Nuria com alguém que não fosse o próprio Deus, e mesmo se ele quisesse as memórias sobre a garota só podiam ser desbloqueadas pelo Chuck que mesmo não sabendo sobre o passado exato dela, sabia que os poderes que pertenciam a ela eram de grande força e que talvez em algum momento ela fosse se virar contra o céu travando uma batalha. E manter o céu seguro era o seu dever como líder, nem para isso ele tivesse que matar a garota.

 

P.O.V Nuria Hickman

Já tinha olhado minha mala três vezes tendo a certeza de que não tinha esquecido nada e mais uma vez estava andando de um lado para o outro enquanto brincava com o colar da minha mãe que estava bem preso no meu pescoço, e que me passava uma certa confiança mesmo com tantos problemas acontecendo a minha volta.

Me sentei mais uma vez em cima da mesa de sapatos mesmo, me posicionando quase no centro dela e cruzando as pernas igual índio com os dois livros que eu estava estudando junto com o Dean pela manhã na minha frente, fiquei encarando eles um pouco até que tomei a decisão de pegar o que parecia um diário.

Ele não me trazia a mesma sensação que o outro então soube que não era escrito nem por anjos nem por demônios, quando abri a primeira parte vi uma foto que parecia ser do Dean e do Sam pequenos então voltei a fechar o diário e voltei ele pra cima de mesa; peguei o outro livro abrindo ele na primeira página e enquanto mantinha uma mão em cima do livro e com a outro peguei o colar da minha mãe.

Me concentrei começando a sugar mais um pouco de informação das primeiras páginas tentando entender um pouco mais o porque o tal do Caladriel não saia da minha cabeça, e porque eu tinha a impressão de que já conhecia ele de algum lugar no fundo da minha mente.

— Vamos Nuria, da onde você conhece ele, por favor lembra. -falei pra mim mesmo jogando o livro na mesa no mesmo momento que os três entraram na biblioteca.

— Vou te ensinar a sentar na cadeira pra ver se você para de ficar em cima da mesa. E desde de cedo eu to vendo você com essa bota, sua perna ta melhor?  -Dean falou vindo até mim e me pegando no colo pra sair de cima da mesa.

— Eu penso melhor ali em cima, e sim ela está ótima. -falei me soltando dele que ainda continuava me segurando pela cintura e me sentei em uma cadeira vendo a Mary e o Sam andando de um lado pro outro ali atrás de algo que eu não sabia exatamente o que era.

Desde que eu cheguei Mary sempre havia me tratado bem mas hoje ela parecia querer me matar com o olhar e mesmo que eu quisesse fingir que não sabia o porque, era por causa dessa viagem e algo me dizia que não seria somente eu e o Dean que iríamos. Samuel tirou uma mala de trás de um dos sofás que eu nem sabia que estava ali e começou a guardar o seu notebook e mais livros e quando fechou aquela mala saiu da biblioteca, fazendo tudo em completo silêncio e pressa.

— Vem Núria vamos subir algumas coisas pro carro enquanto o Dean termina de pegar algumas coisas. -Sam falou quando voltou pra biblioteca me entregando a mala de livros e a minha que ele estava carregando em uma das mãos enquanto levava outras duas.

O carro que iriamos usar durante a viagem era o Impala do Dean que já estava parado em frente a porta do Bunker enquanto que o meu foi guardado na garagem, o Sam ia na frente me deixando apenas com a visão das suas costas largas; quando chegamos no lado de fora e o Samuel saiu da minha frente liberando a minha visão, todo o lado de fora estava escuro mesmo que já estivesse quase anoitecendo ainda não deveria estar tão escuro o que significava que uma tempestade estava para acontecer.

— Não está tão tarde assim, porque está tão escuro e com sinais de tempestade sendo que de manhã só estava frio? -perguntei colocando a minha mala no porta malas, e no banco de trás onde eu iria coloquei a minha mochila.

— Alguém no céu não parece estar muito feliz hoje. -Samuel falou olhando pro céu como se conhecesse algo ali em cima mas resolvi nem questionar, ele era um Winchester, conhecia o mundo sobrenatural melhor que ninguém.

 

P.O.V TERCEIRA PESSOA

Já fazia mais de cinco horas que os três haviam saído do Bunker em direção a Regina, Saskatchewan que ficava no Canadá onde iriam iniciar a busca pelo cajado; quando saíram de lá Mary se despediu com emoção e medo do que poderia acontecer aos seus filhos e até mesmo com a Nuria.

O caminho até Regina era de quinze horas então para eles naquele momento faltava praticamente dez horas, dez longas horas naquele silêncio que estava dentro do carro e mesmo a morena sendo ali a única privilegiada por poder estar deitada no banco de trás, a luz do carro que o Samuel estava usando para ler alguns livros, não permitia que ela dormisse mais que meia hora.

Eles iriam levar usar um caminho alternativo e mais longo para que pudessem fugir dos policiais da fronteira e de todo o problema que eles iriam encontrar por estarem transportando tantas armas. Em um determinado momento a leve chuva que estava acompanhando eles desde o Kansas se transformava em uma tempestade que parecia ficar mais forte e pior a cada momento, eles andavam em uma estrada de terra repletas de buracos e a velocidade já não era mais a mesma do começo da viagem.

— Se continuar assim vai ter um buraco em que não vamos conseguir sair. -Sam falou tirando a sua atenção do livro e focando no tempo lá fora.

E aquele pensamento era o mesmo que passava na cabeça do Dean, e isso era uma grande preocupação e medo para os dois mas para a Nuria era uma tempestade que fazia com que ela se sentisse em casa, todo aquele barulho de raios e trovões fazia com que ela se sentisse ama e mais poderosa.

— Parabéns Samuel, só porque você falou estamos parados dentro de um buraco e possivelmente ele vai começar a encher de água e vamos ficar ainda mais fodidos. -Dean falou socando o volante e xingando o irmão.

— As minhas palavras não são mágicas, eu não tenho culpa de estar toda essa tempestade. -Sam respondeu sem ser grosso ou nada apenas continuando a encarar o tempo do lado de fora.

E desde que toda aquela conversa começou Nuria se manteve em silêncio até aquele momento, não entrando no meio de toda aquela briga entre os dois mas a sua felicidade não permitia mais que ela ficasse dentro do carro com toda aquela tempestade do lado de fora e o tanto poder correndo por suas veias. Nuria sentia a necessidade de sair no meio tempestade e usar os seus poderes.

— Eu preciso sair do carro. -ela falou chamando a atenção para ela surpreendendo o Sam pelos seus olhos estarem com tempestades neles, mas Dean já tinha conhecido o que acontecia com ela naqueles momentos.

Nuria tirou seus sapatos, meias e casaco e até mesmo a blusa ficando somente de calça e top, mesmo com o tempo frio que estava fazendo; o gelado do colar em contato com o calor do corpo fazia ela se arrepiar.

A morena saiu do carro não se importando com a cara de assustado do Samuel e usando os raios como iluminação para caminhar até o campo mas em algum momento seus pés não tocavam mais o chão e mais uma vez ela flutuou, mas dessa vez sem correntes para prender ela ao chão.

Aquele era um momento de libertação, e os raios que caiam não causava medo ou assustava, aquela garota com os olhos tão lindos quanto aquela tempestade.

— O QUE TÁ ACONTECENDO COM ELA? -Samuel perguntou desesperado olhando tudo o que estava acontecendo.

— Ela só está sendo ela. -Dean respondeu tentando mostrar tranquilidade mas por dentro tinha medo de que acontecesse alguma coisa com ela ou com eles.

Os trovões e raios foram direcionados para ela mas diferente do que aconteceria com as outras pessoas, eles não machucavam apenas faziam dela mais forte e possibilita que ela sugasse toda a magia que estava naquela chuva.

E então o céu começou a clarear a nuvens de chuva começaram a sumir dando lugar para o amanhecer que estava começando a acontecer, todas as nuvens de tempestades davam lugar a novas nuvens de sol até mesmo um início de arco-íris foi quando Dean percebeu que era o momento perfeito para sair do carro.

Ele saiu do carro e foi caminhando com cuidado até perto de onde ela estava flutuando com o Sam vindo logo atrás como uma sombra assustada com tudo que via a primeira vez, e era disso que a Nuria tinha tanto medo.

— Por que você não me espera no carro? Eu só vou pegar ela e já vamos. -Dean falou quando a morena começou a voltar para o chão enquanto Sam voltava para o Impala como o seu irmão tinha pedido.

Nuria foi descendo de forma graciosa até o chão, perto de onde Dean esperava por ela e mesmo que ela parecesse bem e forte, ela se sentia prestes a dormir sem se importar da  roupa que estava vestindo ou se ainda estava molhada e o loiro sabia disso então assim que ela colocou os pés nos chão e deu o primeiro indício de que ia cair ele foi mais rápido pegando ela no colo.

— O Sam vai tentar me matar agora que sabe de tudo? -Nuria perguntou quase se deixando levar pelo sono.

— Ele não vai fazer nada com você porque você não fez nada de errado, eu vou cuidar e proteger você.

E essa era a verdade, Dean prometeu naquele momento enquanto carregava o corpo dela sonolento até o carro, que iria cuidar e proteger a Nuria nem que ele tivesse que dar a sua vida para que ela pudesse viver em paz.


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Notas finais do capítulo

roupa Nuria: http://www.polyvore.com/cap5/set?id=217230090

Espero que tenham gostado, e até daqui 15 dias ♥



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