Mercy escrita por Jupiter


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei mas tive os meus motivos, a partir de hoje eu vou tentar voltar com os capítulos todos sábados ou pelo menos a cada quinze dias.
* É um capítulo pequeno e simples.
* Não diz muito sobre o que vai acontecer na historia ainda.

Espero que gostem ♥



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"Bem-vindo, pode entrar
só não repara a bagunça do meu coração.
Passou alguém aqui e depois me deu preguiça de amar de novo…" 

5 de fevereiro
Lebanon, Kansas

 

P.O.V TERCEIRA PESSOA

Ainda era bem cedo quando o mais velho dos Winchester virou pela milésima vez no colchão que estava jogado na sala desde que Núria chegou no Bunker e precisou de um quarto pra ficar; ele dizia para todos que aquilo era só por ela estar ferida mas no fundo todos sabiam principalmente Mary, que tudo aquilo era pelo fato da pequena morena ser sua protegida.

E Sam sabia melhor que ninguém que Dean protegia as pessoas com a sua vida, e por um momento naquele dias em que seu irmão ficou preso ao lado da Núria, ele sentiu ciúmes.

Confiar alguém ao Dean era a ruína dele, ele dava literalmente a vida por aquela pessoa mas Castiel achava que dessa vez, talvez ele ganhasse uma vida.

Dean desistiu de tentar dormir e foi fazer o que a tanto tempo ele estava se controlando para fazer, já devia fazer três horas que cada átomo do seu corpo dizia para que ele fosse até o seu corpo ver a morena mas o seu cérebro dizia para ele continuar ali. Os lindos olhos verdes passaram lentamente por cada livro de uma estante que estava ali por perto tentando achar um jeito de se distrair se uma coisa que já estava prevista.

— Também não consegue dormir mais? -uma voz falou perto da porta e Dean não precisava virar pra saber que era o Castiel.

— Não sabia que agora você dorme. -o loiro falou se levantando e nem se importando em recolher as coisas que estavam jogadas ali.

— Não estou falando de mim, e nem da Núria mas sim alguém que pode te ajudar com isso aqui. -o anjo falou se aproximando e entregando um papel e só então fazendo o Dean perceber algumas caixas empilhadas atrás dele.

— Tenho certeza que aquelas caixas não são pra mim, então de quem é?

E do mesmo jeito que o Castiel surgiu, ele sumiu deixando caixas e o que parecia ser um caso para ser estudado e então resolvido como vários outros; aquele caso era perfeito pra ficar um tempo longe da Núria.

 

[...]

 

Aquele era um caso simples de fantasma vingativo o único problema é que era longe e sem poder ir avião por diversos motivos, de carro seriam muitas mais horas, antes o Winchester mais velho não iria reclamar de fazer essa caçada sozinho mas dessa vez Dean não queria ir sozinho; e mesmo depois de muito insistir Samuel continuava se recusando a ir caçar.

Vendo então depois de um tempo Mary ir no seu lugar, ao lado do irmão que era só seu;

Sam esperou eles partirem e só quando não conseguiu mais ver o impala 67 na estrada e entrou de volta na caverna que eles chamavam de lar, Samuel sentia falta do sol mas era bom ter um lugar para chamar de lar; a bagunça que o Dean tinha feito no canto da sala ainda estava lá e as caixas que Castiel deixou.

Núria continuou deitada na cama mesmo depois de ter acordado à um tempo, e dessa vez quando acordou não tinha ninguém ao seu lado a Mary não estava lendo um livro e nem Dean dormindo ao seu lado como tinha sido a última coisa que ela tinha visto antes de dormir; mas a realidade é bem diferente do que esperamos, ela se sentou na cama tentando entender o que faria a seguir.

A pequena morena se levantou da cama sentindo o seu corpo ser contra aqueles gestos mas o seu coração agradecer por ela começar a fazer alguma coisa com a sua vida, Núria não decidir para que lado do corredor deveria seguir então decidiu seguir o cheiro que parecia ser bacon.

O cheiro de Bacon que fazia a sua barriga tremer de fome fez ela passar pela porta de dois quartos vazios e um parecia ter sido esvaziado com pressa enquanto que o outro parecia meio vazio mas organizado de forma perfeita até demais; então ela soube que aquele pertencia ao Samuel.

O caminho que Núria seguiu a levou até o que parecia ser uma cozinha industrial abandona a pelo menos sessenta anos; diferente de como Núria costumava cozinhar quando estava em casa, Samuel cozinhava em silêncio e totalmente concentrado no que fazia apesar de que sua mente não parecia estar realmente ali.

— Bom dia. -Núria falou de maneira tímida porém educada mas do que ela lembrava ter sido na primeira vez que viu os Winchester's.

— Se procura o Dean, ele não está. -Sam falou seco demonstrando seu ciúmes sem nem pensar em como poderia ser perigoso pra ele, ir contra alguém com tantos poderes.

— Eu não estava procurando ele, estava procurando a cozinha e eu já achei ela, e muito gentil da sua parte me responder o meu “bom dia”. -Núria falou ríspida e pronta para sair da cozinha e voltar para o quarto do Dean quando uma coisa chamou sua atenção, eram caixas próximas a porta que lembravam as caixas que ela tinha no canto do seu quarto.

Núria foi andando devagar até as caixas esquecendo completamente do Samuel e com cuidado se encostou atrás de uma parede para se esconder de tudo de todos, ela pegou a primeira caixa da pilha mais próxima colocando ela no chão e se sentou ali tomando cuidado com a perna machucada.

Assim que abriu a primeira caixa seu coração se apertou dentro do seu peito, aquela sensação de faltar o ar e o coração doer, vinha sendo muito frequente pra ela tanto quanto as lágrimas que dor psicológica; dentro da caixa em cima de tudo tinha um bilhete escrito à mão.

“Lembranças são importantes. Castiel.”

 

A pequena morena colocou o bilhete de lado e tirou a primeira coisa que seus dedos conseguiram alcançar, era a manta em que seu pai em todo o seu aniversário embrulhava ela ali mesmo que depois de tantos anos; era a manta que ela estava embrulhada quando sua mãe foi embora. E Castiel estava certo, lembranças eram boas mas Núria ainda não sabia o que fazer com aqueles sentimentos.

Se você procura sentimentos no dicionário, você pode encontrar diversas formas de descrever mas a que você mais vai encontrar e a que mais se encaixa na vida da Núria é essa: “Ação de sentir, de perceber através dos sentidos, de ser sensível.Capacidade de se deixar impressionar, de se comover; emoção. Expressão de afeição, de amizade, de amor, de carinho, de admiração.”

 

[...]

 

Dean no outro lado do mundo tentava se concentrar em caçar aquele fantasma mas os seus pensamentos eram sempre puxados para aquela pequena parte do Kansas, o trabalho era fácil mas o tempo de viagem fez com que tanto ele quanto a Mary se sentissem cansados demais para pensar em começar uma caçada naquela noite.

— Eu voltei faz pouco tempo, mas sei que não é o seu normal deixar uma mulher possuir os seus pensamentos igual ela estava fazendo. -Mary começou a falar indo direto ao ponto que Dean não queria tocar.

— Mãe, por favor, não vamos falar sobre isso porque eu não sei o que está acontecendo; ela só chegou com aquela arma apontada para mim se mostrando insegura em estar armada mas então nos mostrou os seus poderes que fazem com que ela mesmo que não goste pareça mais confiante. E tudo aquilo no porão foi tão rápido mas fez com que eu me ligasse a ela então quando ela caiu em meus braços e eu cuidei dela inconsciente por dias foi como um botão que tivesse ligado dentro de mim, e agora eu não consigo mais tirar ela daqui de dentro. -Dean falou baixo como um segredo e no final apontou para o seu peito bem perto de onde estava o seu coração e o colar que seu irmãos anos atrás tinha dado pra ele.

Mary era mãe, mesmo que tenha ficado fora por um tempo ainda sim era mãe e ela sabia que não tinha nada que ela pudesse fazer para ajudar somente estar ao seu lado.

— Eu acho que o amor é assim Dean, ele chega em algum momento e destrói a barreira que a gente cria em volta do nosso coração e a gente não sabe o que fazer depois e é exatamente quando você não sabe o que fazer que tudo vai começar a dar certo.

 

7 de fevereiro

Kansas, EUA

 

Já fazia três dias que Dean estava fora de casa e hoje ele finalmente voltaria depois de terminar a caçada que acabou levando mais tempo do que eles esperavam, e então no final quando acabou tudo eles só queriam voltar para casa; só faltava menos de 14 do caminho, coisas de poucas horas para chegar em casa quando o loiro foi surpreendido por uma ligação que de certa forma ele esperava desde o primeiro dia.

— Onde você tá? Eu preciso de você em casa. -Sam falou tudo rápido mau dando tempo do Dean levar o celular até o ouvido.

— Você está com problemas Sammy? -Dean falou preocupado fazendo a sua mãe no mesmo momento encarar ele.

— Eu estou bem por enquanto mas quando você chegar aqui acho que não vou estar mais. -Sam falou se sentindo culpado e deixando isso transparecer em sua voz.

— O que aconteceu Samuel? -Dean falou usando a sua voz de irmão mais velho, que sempre funcionava com o Sammy, mas no seu coração a única explicação para isso era que Núria estava em perigo.

— É a Nuria Dean, no dia que você saiu para caçar eu tratei ela mal e no mesmo momento ela recebeu algumas coisas do Castiel; ela não saiu mais do seu quarto e hoje não consigo mais falar com ela. -o moreno soltou tudo de uma vez, com medo do que o irmão iria falar.

Samuel estava com ciúmes, e em sua cabeça tratar a morena mal era o único jeito de voltar a ter o seu irmão só para si; mas com o passar do dia ele conseguiu perceber que isso só faria com que o Dean se afastasse mais dele, que se dar bem com a Nuria era o melhor para todos até mesmo pra ele.

— Prepara o kit de primeiros socorros, eu chego em vinte minutos, não faz nada com ela; logo eu estou aí e tudo vai ficar bem.

Era uma certeza que o Dean não tinha naquele momento mas ele não se importava com isso realmente, falar pra uma pessoa que tudo vai ficar bem é o jeito mais simples de dizer que você está com ela, as coisas dando certas ou não; e era só isso que o Sam queria ouvir naquele momento, porque ele só não queria se sentir sozinho.


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