Mercy escrita por Jupiter


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hey, como prometido mais um capitulo

*Ele tem uma troca de dias nele.
*Conta um pouco mais sobre a vida da Núria, mas ainda não sobre tudo que ela passou.
*Vamos começar a ver o relacionamento do Dean com a Núria mas isso ainda vai causar muitos problemas.

Acho que é só isso, espero que gostem ♥



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Mesmo depois da chuva o arco-íris não aparecia. Todos meus dias eram nublados.
— Carol Alves, promisse.

30 de janeiro de 2015
Lebanon, Kansas

P.O.V Núria Hickman
Desci do carro deixando as minhas malas e a bolsa lá dentro, me certifiquei que o colar da mamãe estava no meu pescoço; e coloquei a minha arma na cintura na parte de trás assim deixando as mãos livres caso precisasse usar os meus poderes.
Fui mancando até a porta vendo que ela estava fechada mas não trancada, entrei ali encostando a porta novamente, fui andando através de um corredor até chegar no que parecia ser uma varanda que dava vista para uma ante sala que levava até o que parecia ser uma biblioteca; tão grande e linda que me distraiu por um minuto.
Desci as escadas com cuidado e quando cheguei lá embaixo, nos primeiros passos que dei para dentro da sala dei de frente com um loiro com olhos verdes que arregalaram assim que me viram dentro do Bunker.
— O que você tá fazendo aqui dentro? -ele perguntou se virando pra mim e tentando dar um passou em minha direção, e chamando atenção de mais duas pessoas.
— Fica longe de mim, não chega perto. -falei dando um passo pra trás quase caindo por estar mancando, mas me mantive em pé e puxei minha arma da cintura apontando pra ele.
Pela primeira vez o homem e a mulher que apareceram na sala se movimentaram, dando um passo para trás; pude olhar para eles vendo que todos eram uma família. Família, aquela coisa que eu não tinha mais; o que me fazia querer perder o controle.
Tentei me manter concentrada no que acontecia agora e não nos meus pensamentos e nas minhas dores, encarando aquele loiro e seus lindos olhos que eu sabia que já tinha ouvido falar em algum lugar mas onde, não era importante.
— O que você faz aqui? -ele perguntou tentando manter a calma, mesmo que a arma apontada para ele não parecesse ser um problema; olhei de relance para o segundo homem que parecia mais alto e com olhos não tão intensos.
— Vocês são os Winchester. -falei demonstrando a minha surpresa para o que deveria ser o Dean que aproveitou para me desarmar.
Porém ele cometeu um erro, como um mecanismo de defesa assim que ele tirou a minha arma das minhas mãos, usei meus poderes para afastar todos de mim quase como uma bola em minha volta. Eu conhecia a reputação deles e sabia que poderiam me matar por não ser totalmente humana.

Todos na naquela sala apontaram armas para mim inclusive uma faca contra demônios; eu sabia o que eles estavam sentindo, eu também tive medo quando usei os meus poderes pela primeira vez.
Uma luz forte e brilhante apareceu entre a gente e dentro dela tinha o mesmo homem que me entregou o endereço para chegar aqui, a presença dele me fez relaxar e desfazer a bolha de proteção e os Winchester's abaixarem as armas.
— Por que vocês estão apontando essas armas para a Núria? -ele perguntou inclinando a cabeça um pouco para o lado como uma criança.
— Você conhece ela? -o moreno falou se aproximando mas me mantive atrás do anjo, como se ele fosse muralha de proteção.
— Eu preciso que vocês protejam ela, ela agora é sua protegida Dean, de tudo que ela precisar. -ele falou se virando pro loiro e depois virou pra mim. - Confie nele a sua vida.
Encarei ele já sabendo do que ele dizia então passei a encarar o moreno que sorriu e estendeu a mão pra mim, sorri de volta pra ele de maneira sincera mas quando ia pegar em sua mão vi as primas correntes elétricas passarem pela minha mão. O moreno de sobretudo sumiu novamente me deixando sozinha ali prestes a começar tudo de novo.
— Preciso que vocês façam algumas coisas pra mim. -falei recolhendo a minha mão e pegando a chave do carro no bolso da calça, e jogando pro moreno.
— Vocês escutou o Castiel, a gente faz o que você quiser. -o loiro falou meio irônico se aproximando de mim junto com a mulher que parecia sorrir verdadeiramente.
— No meu carro tem duas malas pretas, dentro delas tem correntes que eu vou precisar. -eu falei rápido vendo eles saírem escadas acima de me deixando sozinho com a mulher.
— Meu nome é Mary Winchester, e você já conhece parece já conhecer os meus filhos Dean e Samuel. -ela falou chegando mais perto e me surpreendendo com um abraço.
— É um prazer conhecer você, e se você puder fazer um favor pra mim eu gostaria de saber se vocês tem um prisão ou sala com símbolos. -falei sentindo o meu corpo já começar a formigar, no mesmo em que os dois chegaram com as minhas malas.
Mary assentiu pra mim me puxando em direção a um corredor lateral de e depois de andar alguns minutos com os meninos logo atrás, entramos no que parecia ser um depósito mas que se mostrou sendo exatamente o que eu havia pedido talvez até melhor porque já tinham as argolas para as correntes.
— E agora? -Samuel perguntou colocando as malas no chão.
— Prendam as correntes nas argolas, duas no chão e duas no teto -falei me encostando na parede começando a respirar fundo.
Tirei as botas sentindo meus pés finalmente relaxarem depois de tanto tempo, também tirei as meias que estavam sujas pelos machucados do ballet então tirei a calça e logo em seguida a blusa ficando somente de calcinha e top. Entrei no pentagrama prendendo meu cabelo e certificando que o colar estava firme, e logo prendendo um pé em cada corrente então dando um braço por vez pro Dean prender nas correntes do teto.
— Você vai ficar bem? -ele perguntou me olhando nos olhos terminando de certificar que as correntes estavam bem presas, apenas confirmei com a cabeça me afastando dele.
— É melhor vocês saírem. -falei vendo eles trocarem olhares e então Samuel e Mary saindo, ficando somente o Dean que fechou as portas e se sentou no canto da sala me olhando. - Por que você ficou?
— Agora você é a minha missão. -ele falou me encarando, e eu parecia ter visto um leve sorriso ali.
Levantei minha cabeça quando comecei a escutar os trovões e a chuva caindo e então sem saber o porquê eu sorri pra mim mesmo.

P.O.V TERCEIRA PESSOA
As correntes brilhavam por causa dos feitiços e símbolos gravados nela, os olhos da Nuria ficaram cinzas como as tempestades que ela tanto gostava e sempre que podia parava para assistir.
O Winchester mais velho não sabia o que fazer, o seu cérebro dizia pra pegar a arma da Núria que estava presa em sua cintura e meter um tiro na cabeça da mesma; mas o seu coração que a muito tempo não falava, dizia para ele permanecer ali ao lado dela mesmo que no fundo ele estivesse com medo do que ela era capaz.
Em algum momento, Dean não soube dizer quando ao certo, uma tempestade começou a se formar dentro do pentagrama e então a Núria com seus olhos cinzas e suas nuvens escuras a sua volta, flutuou ali dentro como se fosse uma águia graciosa que tinha o poder do mundo em suas mãos.

[...] 4 de Fevereiro

Núria acordou em uma cama confortável e ao olhar em volta viu que não era a dela ou qualquer outra que ela conhecia; fazendo ela lembrar de que não tinha casa então iria demorar para ter um colchão daquela maneira.
No canto do quarto tinha uma cadeira onde uma mulher que parecia estar muito concentrada no livro antigo que estava lendo que nem notou que ela acordou; próximo da Núria do outro lado do quarto tinha uma porta que parecia dar em um corredor. Dali entrou um homem loiro somente de calças com uma toalha nos ombros e sem chinelo sendo acompanhado por mais dois homens morenos.

P.O.V Nuria Hickman
Forcei bem a minha mente tentando entender quem eram aquelas pessoas e onde eu estava, minha mente parecia estar mais lenta que o normal; mas em algum momento ele foi rápido demais me fazendo sentar em um pulo na cama me lembrando de tudo que aconteceu.
— Achei que você fosse demorar mais para acordar. -Dean falou pra mim atraindo a atenção de todos pra mim, enquanto se aproximava.
Por algum motivo todos aqueles olhares pra cima de mim me deixaram nervosa fazendo eu olhar pra baixo e ver que eu vestia um conjunto de tops que eu sempre tinha na mala de academia, e uma camisa xadrez com mangas na cor azul.
Fiquei em silêncio, equilibrando os olhares entre os três homens agora em pé lado a lado perto da cama; eles só ficaram me olhando em silêncio como se quisessem que eu identificasse o que cada um estava pensando; Mary se juntou a eles levam Samuel o Anjo pra fora do quarto me deixando sozinha com o Dean.
— Quanto tempo eu fiquei desacordada? -perguntei firmando meus pés no chão mas continuando sentada, ao sentir minha perna doendo pela queimadura e meu corpo pelo esforço.
— Três dias desacordada e dois dias presa às correntes, e se você quer saber foram os cinco dias mais estranhos da minha vida. -ele respondeu rindo fraco e me entregando um copo com água e duas aspirinas como se já imaginasse que eu estava com dor.
— Que roupa é essa? E quem colocou ela em mim? -perguntei colocando minhas pernas de volta em cima da cama, e me encostando nos travesseiros tentando relaxar.
— Minha mãe colocou em você, e a camisa é minha. -ele falou pegando uma caixa debaixo da cama.
— Se você quiser eu devolvo, aí você pode colocar. -falei tentando não mostrar o quanto me incomodava ele estar ali.
— Eu tenho outras, só não quero usar elas e não preciso porque estou no meu quarto; agora me conta como conseguiu essa queimadura e o porque não me falou dela antes. -falou piscando pra mim e se sentando bem perto, passou a minha perna por cima da sua e então começando a fazer um curativo.
— Dois demônios invadiram o apartamento que eu dividia com o meu pai em Ohio procurando alguma coisa e quando não encontraram, atiraram nele e quando eu cheguei em casa, para me proteger ele colocou fogo na casa com ele dentro mas antes que eu pudesse chegar na janela um dos demônios jogou uma labareda em cima de mim.
— Sinto muito pelo seu pai. -Dean falou verdadeiro mas contar aquilo pra ele só me fez lembrar de que tudo isso era verdade e que agora eu estava sozinha.
— Por que você fez eu lembrar disso? Por que você fez eu lembrar que agora eu estava sozinha? Agora eu sou uma garota sem pais, com os sonhos destruídos e que tudo que eu pego se destrói; você só queria me lembrar que eu vou acabar morrendo sozinha com medo dos meus poderes? De que eu sou um monstro que ninguém quer amar? Que eu só sei machucar as pessoas que eu amo e se importam comigo? -falei tudo de uma só vez chorando, recolhendo minhas pernas, abracei elas escondendo meu rosto nelas.
Era o mundo caindo em cima de mim, e eu nem queria sobreviver a isso.
— Sinto realmente muito de ter perguntado, e isso ter magoado você. Você não tá sozinha, família não é só de sangue e agora você tem a gente.
Dean me escondeu em seus braços como se faz com uma criança quando ela chora em desespero querendo a mãe, e era exatamente assim que eu me sentia; e em seus braços mesmo faltando uma parte minha estar ao lado dele mesmo que não me fizesse sentir completa, me trazia segurança e forças para ser o meu melhor.
Senti o colar gelado entrando em contato com a minha pele me lembrando do que estava gravado nele, "Misericórdia" em uma rosa dos ventos; eu iria fazer o que minha mãe queria.


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Notas finais do capítulo

roupas Núria: http://www.polyvore.com/cap1/set?id=208950072
http://www.polyvore.com/cap2/set?id=212725541

Espero que tenham gostado, até o próximo sábado ♥



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