Mercy escrita por Jupiter


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Demorei novamente pra postar mas eu acho que vai valer a pena, esse capítulo vai revelar algumas coisas, e entre elas um grande encontro e mais revelações.
Outra coisa, no inicio da fanfic eu falei que ela iria girar em torno da família mas esses "romances" que vão acontecer no meio dela são somente coisa passageira, não serão o assunto principal.
(Matiel é o David Giuntoli)

Espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/721366/chapter/22

"Você aceitou o meu sol forte que incomodava a sua sombra e pela primeira vez amou se queimar." ~Alguém aí.

 

3 de Março

Lebanon, Kansas

 

O dia amanheceu de um jeito diferente do que todos na cidades imaginavam, a tempestade que surgiu de repente de um lado da cidade e que rapidamente sumiu e a grande tempestade com direito a raios caindo e terremoto que atingiu a entrada da cidade já estava nos noticiários de todo o país, como um grande fenômeno misterioso. E aquele grande fenômeno misterioso chamou a atenção das pessoas que a Nuria mais vinha tendo medo desde que começou a entender o que acontecia com ela, o dia amanheceu claro como um dia de verão e com o chegar do calor mais caçadores do que devia chegaram na cidade.

A morena acordou na cama que agora pertencia a ela, e se surpreendeu porque a última coisa que se lembrava era dormir no carro ao lado do Dean e agora estar acordando sozinha na cama trazia diversas sensações.

No momento em que ela se levantou da cama sentiu seu corpo estranho mas somente seguiu com as coisas que já estava acostumada a fazer pela manhã, o seu banho foi rápido e do mesmo jeito vestiu as primeiras roupas e sapatos de inverno que achou nas caixas porque sabia que tinha coisas para resolver logo pela manhã que eram mais importante que pequenos detalhes.

Tanto o Sam quanto o Dean já estavam de pé e como sempre que não estavam em um caso eles estavam concentrados em cada um deles fazendo uma coisa diferente do outro que no final poderia acabar sendo útil para os dois, enquanto o moreno estava concentrado em fazer o que parecia ser um documento falso o Dean fazia o que pelo cheiro era o café da manhã que em algum tempo seria um pouco mais do que somente café preto; Nuria se sentou na mesa em silêncio do mesmo jeito em que passou pelos corredores e entrou na cozinha mas foi diferente do dia anterior quando do mesmo modo silencioso que chegou ela ficou, no dia de hoje o silêncio veio acompanhado de um rosto que trazia as expressões de alguém que estava em paz com o mundo.
— Você parece ter acordado de bom humor e o Dean ainda não tirou o sorriso da cara ou fez um comentário idiota, o que exatamente aconteceu com vocês ontem depois que eu fui embora com o Antônio? -Sam perguntou tirando o olhar dos papéis e passando a encarar tanto o seu irmão quanto a morena.
— Vamos focar no que é mais importante primeiro, os documentos novos e cartões do Antônio já estão prontos? -a morena falou e ficou claro que ela iria seguir o que havia falado na noite anterior.
— Eu já estou acabando os cartões, e logo vou levar para ele e deixar ele na próxima cidade onde ele pode pegar um ônibus para o lugar que você escolher já que é o desejo dele. -Sam respondeu pegando uma das xícaras que estava na mão do loiro mesmo que ele soubesse que não era pra ele.
— Vamos colocar ele no primeiro ônibus que for pro mais longe que for possível daqui, depois do que aconteceu ontem a cidade deve estar sendo alvos de caçadores. -a morena falou apreensiva por ter que proteger alguém mesmo tendo dificuldade de proteger ela mesmo.
Porque a verdade era que se não fosse pela ajuda do Sam e do Dean a Nuria já estaria morta a algum tempo, não que ela não fosse capaz de se proteger, o que iria acabar causando a morte dela era justamente isso; cada vez que ela usava seus poderes atraía a atenção de mais caçadores para si e agora sem o Bobby que cuidava para que ninguém chegasse perto de onde ela estava, cada dia era mais perigoso.
Samuel levantou da mesa da cozinha indo em direção a sala, deixando tanto a morena quanto o loiro na cozinha sem se importar de olhar para trás; Dean se aproximou na morena entregando uma xícara de café e se sentando ao seu lado no banco mesmo sem falar nada mesmo que os dois soubessem que alguma coisa tinha que ser dita.

— Eu não vou poder ficar, depois de mandar o Antonio para longe eu também vou precisar ir embora, é perigoso ficar por perto do Kansas nesse momento. -a morena falou abaixando a cabeça e fingindo que a xícara que estava em sua mão era a coisa mais legal que existia no mundo.

— Você está me dizendo que acordou essa manhã e decidiu que iria embora? Está me dizendo que depois de tudo que você fez ontem vai simplesmente fugir dos caçadores? ESTÁ ME DIZENDO QUE DEPOIS DE ONTEM VOCÊ VAI EMBORA DA MINHA VIDA? -Dean começou falando baixo para que a conversa ficasse somente entre eles mas durou pouco tempo, gritar foi a melhor forma de tirar o que ele estava sentindo dentro dele.

— EU TENHO MEDO! EU NÃO SEI MAIS O QUE FAZER, EU NÃO SEI MAIS O QUE FAZER! -Nuria gritou de volta soltando a xícara na mesa mas ainda sem olhar pro caçador.

— MEDO DO QUE? -ele gritou de volta se levantando da cadeira.

— MEDO DE COLOCAR VOCÊ E O SAM EM PERIGO! OU VOCÊS ACHAM QUE O MUNDO VAI ENCARAR BEM DOIS CAÇADORES AJUDANDO A FILHA DA ESCURIDÃO? Eu já vi essa história Dean, meu pai foi cassado toda a sua vida por ter uma filha especial e eles nem sabiam quem a minha era imagina o que vai acontecer agora? -a morena se levantou apontando o dedo na cara do Dean gritando com ele mas depois desistiu se encostando na mesa e passando a falar baixo deixando algumas lagrimas caírem.

— Você já viu essa história? Alguém ajudando a filha da Escuridão? Você deveria se preocupar com outras coisas além de só querer nos manter em segurança. -o loiro falou no mesmo tom que ela, mas diferente dela que se preocupava com o que ia acontecer no futuro ele estava concentrado na mágoa que estava acontecendo naquele momento.
Dean saiu de perto da Nuria sem olhar pra ela mais uma vez porque ele sabia que seu coração não conseguia ver ela chorando principalmente se esse motivo for ele, pra ele era como levar uma facada em seu coração; o motivo da briga dos dois era algo que mesmo que fosse sério não tinha o porquê de ter havido toda aquela briga mas ainda sim nenhum dos dois estava disposto a resolver.

 

Sam saiu do bunker levando a mala que ele estava preparando desde que deixou o Antônio em um motel afastado da área onde aconteceu toda a confusão com os vampiros, na mala ele tinha colocado muito além de documentos e algumas roupas, tinha algum dinheiro que a própria Nuria havia separado para ele.

A morena não tinha o plano de ir com o Samuel atrás do vampiro que eles estavam ajudando mas depois de ter brigado com o Dean por causa de algo que era importante por ela, mas que pra ele parecia não ser a coisa mais importante do mundo, tudo que ela queria fazer era ficar longe dele para que não volte correndo para os braços do loiro e esqueça do que tem que ser feito.

O motel não era muito longe do bunker por motivos de segurança então rapidamente os dois chegaram lá e ao entrar no quarto a morena se surpreendeu por entrar e ela não ser a única a ser recebida tão bem pelo Antônio, ele ainda insistia em querer chamar ela de Majestade e salvadora.

— Não entendo o porque você me chama assim, eu nunca fiz algum coisa para salvar alguém. -a morena falou depois de passar todo o tempo que passaram viajando até a cidade vizinha em silêncio.

— Você me salvou ontem, e está me dando a chance de começar novamente, está acreditando em mim Majestade. -foi a única coisa que ele respondeu sorrindo antes de entrar no ônibus que iria levar ele para longe dela e dos problemas que eles tinham arrumado naquela cidade.

Sam que apenas observou a Nuria se despedindo daquele que havia jurado estar sempre pronto para ajudar ela, ela somente precisava chamar por ele, e o moreno viu na conversa entre eles uma verdade que ele via na conversa que a mesma tinha com o seu irmão; a verdade de que os dois homens estavam dispostos a morrer por ela mais de uma vez se fosse preciso, e olhando para ele mesmo ele também via que algo dentro dele também dizia que algo dentro dele iria fazer ele entrar na frente de uma bala por ela.

Porque mesmo sem saber exatamente o motivo de ter esses pensamentos que invadiam a mente deles, era uma realidade dos três, a morena tinha algo que mesmo em silêncio e sendo mais poderosa que eles, ela era alguém que merecia ser protegida de todas as formas que fossem possíveis, ser protegida do mundo, das pessoas e dos seres sobrenaturais.

Eles queriam ficar ao redor dela e observar ela continuar a crescer até que possa dominar o mundo, eles querem ficar por perto e sentir a bondade dela com aqueles que precisam, eles querem ficar por perto para ver a forma como ela iria lidar com os inimigos mas principalmente com a família.

— Eu acho que essa foi a primeira vez que alguém me tratou como uma pessoa poderosa e não como um monstro. -a morena falou pensativa olhando o ônibus se afastar concentrada somente nisso mesmo sabendo que o moreno estava encarando ela.

— Pra ele você é muito mais do que só uma pessoa poderosa, ele te trata como uma pessoa da realeza, ele mesmo te chamou de Majestade. -Sam falou começando a andar de volta para onde o carro estava parado mas foi surpreendido por encontrar a Amara encostada nele como se estivesse esperando por eles.

Ela estava bela como sempre, como se acordar e vestir aquele tipo de roupa que fazia ela parecer ainda mais poderosa do que já era e o sorriso que agora vivia em seu rosto dizia que finalmente estava tendo o seu momento de paz; Nuria se sentiu diferente no momento em que viu sua mãe, aquela era a primeira vez que via ela depois de ter saido do coma.

— Ele vê você bem mais do que só como alguém poderosa minha filha. -Amara falou no momento em que a morena se aproximou do carro e depois continuou somente para ela ouvir - Estou feliz em te ver saudável.

— O que você faz aqui? -a morena perguntou baixo sem entrar em mais detalhes sobre o que tinha escutado em sua mente, observando que sua mãe tinha uma mala aos pés.

— Precisamos conversar mas essa conversa vai levar mais tempo e vai ser mais difícil do que eu queria, e você com certeza não vai gostar porem preciso da sua ajuda. -a escuridão falou pegando a mala e entregando para a sua filha que ainda sem entender nada somente seguiu fazendo o que foi pedido talvez pela primeira vez em sua vida.

— Quais são os seus planos? -Sam perguntou mantendo ainda uma certa distância da Escuridão mesmo que naquele momento não fosse mais importante depois do que eles passaram enquanto a Nuria estava no hospital.

— Nos meus planos eu manteria a minha filha o mais longe possível de mim e dos meus problemas, ela teria uma boa vida normal como bailarina e no momento certo ela iria conhecer alguém que fosse amar ela do mesmo jeito que eu e o pai dela amamos e eles juntos iriam começar uma família mas pelo que parece a minha opinião sobre o mundo não é importante agora. -Amara falou sincera sobre o seu maior desejo desde que encontrou a sua filha novamente, mesmo que tenha escondido a parte de para onde elas iriam e quem iriam encontrar.

— O desejo é sincero e por isso e pelo falo fato de você ainda não respondeu sobre para onde vão e eu vou entender isso como o óbvio de que você não vai falar então só espero que você proteja ela não só fisicamente. -o moreno que não tinha muito contato com ela estava se sentindo à vontade para falar o que queria sem medo de esconder a sua sinceridade.

A conversa não foi mais longe que aquelas frases trocadas mas foi boa o bastante para que cada um dos dois ali ao mesmo tempo que se sentissem à vontade na presença do outro se sentem tensos por não saberem exatamente o que iria acontecer a seguir; Amara sabia que tinha que levar sua filha para longe e Sam sabia que tinha que deixar a Nuria seguir a sua vida, mas nenhum dos dois estava realmente disposto a postar suas vidas no que era certo a fazer, eles preferiam ser chamados de egoísta mas pelo menos teriam ela ao seu lado.

A morena voltou para perto do carro, ela estava vestindo as roupas que sua mãe havia pedido que usasse com exceção da capa que ela carregava na mão ela parecia muito com a Amara e talvez até mesmo por ela ter notado isso que tinha vestido a sua blusa e por ainda ter o desejo de tentar viver entre o humanos.

— Por que tudo isso? O seu silêncio me deixa apreensiva. -Nuria falou se aproximando mais da onde os dois estavam e levantando a sua blusa de frio e revelando que era possível ver alguns curativos pelo espaço entre a saia e a blusa que vestia - Tudo bem se ficar a mostra?

A última pergunta da Nuria foi tão simples e sincera e mesmo que fosse uma coisa que não fosse realmente importante, o fato dela estar se importando com isso fez com que no mesmo momento o coração da Amara se apertasse em seu peito de forma tão dura que seus olhos encheram de lágrimas e o tempo começou a mudar.

— Não importa, tudo bem pra você que fique a mostra? -a Escuridão perguntou com a voz calma de quem tentava fazer o certo acima de qualquer coisa pelo menos para uma pessoa em toda sua vida.

Sam olhou para o céu tentando compreender melhor o que iria acontecer em seguida, ele podia ver com clareza que enquanto um lado estava ficando negro como o medo o outro parecia que estava ficando tão claro como uma tarde tranquila de verão; ao mesmo tempo que era lindo de ver tudo que acontecia de uma unico vez assustava o moreno pensar no que as duas eram capazes de fazer juntas.

A morena concordou com a cabeça como quem diz que tudo bem, e soltando os seus cabelos que estavam em um rabo de cavalo ela pode revelar ali que era mais parecida com a sua mãe do que sabia; Sam ajudou ela a tirar a blusa que usava e a vestir a capa que estava em suas mãos e verificar que o colar estava bem fechado em seu pescoço.

— Quando você vai voltar? -Sam perguntou de frente pra Nuria mesmo que a pergunta fosse para a Amara, ele se aproximou mais dela rodeando sua cintura com os braços em um abraço que mesmo sendo estranho para a morena ela retribuiu fazendo com que ela sentisse algo estranho, seu coração batia mais rápido.

“Somente diga o que seu coração acha que tem que ser dito” -Escuridão falou somente para a sua filha escutar depois de receber um olho perdido, um olhar de desespero por não saber a resposta correta.

— Não importa quando, o que importa é que eu tenho a certeza de que vou voltar Sammy. -ela respondeu baixo só pra ele ouvir, mas ainda sim em um lugar distante dali Dean sentiu seu coração se apertando como se algo estivesse acontecendo.

Nuria se separou do Samuel deixando ele para trás e parando em frente a sua mãe, Amara esperava com o coração na mão o momento em que sua filha iria chamar ela de mãe mas até que esse momento não chegasse ela somente estaria por perto cuidando; a mais velha colocou o capuz na cabeça da morena assim escondendo o rosto dela e ao pegar em sua mão levou ela para longe dali.

 

O céu não era um lugar tão lindo quanto todos imaginam, ele parecia mais com uma prisão de almas que fingiam estar felizes mas que na verdade preferiam estar na terra vivendo mesmo que fosse difícil lá porque ainda sim era viver e não só passar a eternidade. Era como um grande caminho onde em cada porta era o céu particular de onde o dono dele nunca deveria sair, as duas morenas andavam lado a lado e mesmo próximas não era possível nem mesmo ouvir a respiração uma da outra.

— Onde estamos? -Nuria perguntou baixo como se estivesse com medo, mesmo que só tivesse as duas ali algo deixava ela tensa.

— Em um lugar que é o sonho dos humanos mas para nós é mais parecido com o inferno, estamos no céu. -Amara respondeu parando em frente ao que parecia ser um castelo antigo mas diferente de todo o resto do caminho aquela parte era mais movimentada.

Aquele era o castelo onde acontecia a maior parte das reuniões entre os anjos, ele era grande e o salão principal estava cheio de anjos que pareciam estar vestidos com roupas sociais o que fazia com que a Amara se destacasse entre eles como alguém superior por somente usar vestidos que pareciam da nobreza; Nuria seguiu sua mãe até duas escadas que levavam para o segundo andar onde a quantidade de seres andando por ali era bem menor mas em determinada parte do corredor que tinha ali todos os anjos sumiram deixando novamente mãe e filha sozinhas.
— Não tenha medo, eu prometi que sempre estaria com você. -Amara falou calma parando em frente a duas grandes portas de madeira antiga e somente depois um tempo em silêncio ela empurrou as duas revelando uma grande mesa de reuniões.

Aquela era a sala especial onde aconteciam as grandes reuniões entre Deus e os grandes Anjos e a Escuridão, poucos circulavam por aquela área, mas o que mais chamou a atenção da Nuria no momento em que a porta foi aberto foi o fato de que Deus e Castiel estavam sentados à mesa como se esperassem por ela. Chuck se levantou da ponta da mesa onde estava sentado e se aproximou da morena estendendo a mão para tocar ela foi impedido pela Amara que se colocou entre eles impedindo um contato ainda maior do que era necessário.

— É um prazer finalmente conhecer você Nuria, ouvi muito pouco sobre você pela sua mãe mas sei sobre muito. -Chuck falou se afastando e voltando a se sentar em seu lugar de início.

— Se o que você tem para falar com a minha filha são queixas sobre mim, podemos encerrar essa conversa agora mesmo. -Amara falou tomando a frente antes que algo pior acontecesse no meio daquela conversa que nem havia começado mas já estava perturbando a sua cabeça.

Ela sabia exatamente que aquele não era o melhor momento para ter uma conversa sobre assuntos de fora, a melhor coisa que ela podia fazer era deixar que a conversa fosse direto ao ponto para que logo ela tivesse um fim e ela pudesse levar sua filha para longe daquele lugar. Aquela reunião já havia sido marcada há muito tempo, quando o mundo e as criaturas estavam sendo criadas, mesmo que ninguém ali soubesse que os dois seres poderosos que estavam naquela sala iriam comandar grandes criaturas um dia mesmo que ele estivesse distante ou talvez até próximo.

— Não há muita conversa fiada que me interessa, siga de uma vez para o porque você me fez vir até aqui mesmo sendo contra minha vontade estar aqui; principalmente como conseguiu fazer com que minha mãe me trouxesse. -a morena se pronunciou pela primeira vez desde que tinha entrado na sala ainda sem tirar o capuz deixando o seu rosto impossível de ser visto para aqueles que não conheciam ele.

— O seu temperamento mostra exatamente de quem você é filha. -Castiel falou pela primeira vez se levantando e seguindo até uma parte escondida da sala onde levava até ficavam as celas com prisioneiros que ainda tinham que passar por interrogatório com o próprio Deus.

Todos seguiram o Anjo do Senhor até a última cela onde ainda estava preso o Anjo que a Nuria havia resgatado na casa da fazendo na noite em que saiu escondido com o Castiel mesmo sem a sua vontade, justamente na noite onde todos os seus problemas de saúde começaram a piorar.

— Esse é o Anjo Matiel, você deve se lembrar dele Nuria, ele era um grande líder do exército do Senhor mas como eu ele se rebelou quando o apocalipse aconteceu mas diferente de mim que voltei para o céu ele se manteve na terra e foi quando ele foi sequestrado por demônios. -Castiel falou e a voz do anjo pareceu acordar o Matiel que até aquele momento estava encolhido no canto olhar para todos ali mas ainda sem ver o rosto da morena ele se manteve quieto como havia sido desde que ele chegou ali.

— Ele era tão bom ou até melhor que o Castiel, mas depois que eu voltei para governar o Céu ele não quis voltar e acabou sendo usado pelos demônios para conseguir informações e foi quando usamos a sua filha para resgatar ele e para testar as sua habilidades. -Chuck falou para a Amara mas no momento em que o anjo preso escutou a eles contando a história, soube que a garota que estava de capa com o rosto coberto pelo capuz era a mesma que tinha entrado na casa aquela noite.

Ele no mesmo momento se aproximou das barras que separava ele das pessoas do lado de fora, e se manteve de joelho concentrada em tentar ver o rosto daquela que era a sua salvadora e agora líder.

— Você finalmente veio, me diga quem você é para que eu possa te seguir minha Senhora. -Matiel falou sincero não se importando de quem estava à sua volta ou o que poderia acontecer com ele depois que ela fosse embora - Eu sou seu servo, não me importo com outros Deuses somente quero seguir você.

— Você ao menos sabe quem ela é, como pode se dizer ser servo dela e se ajoelhar dessa maneira. -Castiel falou irritado como se a presença da morena como alguém mais poderoso que ele fosse um insulto para ele.

— Eu sou Nuria, única filha da grande Escuridão e dona de grandes poderes e obrigações. -Nuria que manteve a cabeça baixa até aquele momento não permitindo que ninguém que já não conhecia visse seu rosto, ela levantou a cabeça tirando o capuz e revelando seu rosto e seus lindos olhos castanhos.

 

No bunker, Dean foi surpreendido por ver somente o seu irmão caçula descendo as escadas e naquele momento o seu coração teve o seu momento de desespero por achar que talvez a Nuria realmente nunca mais fosse voltar e não pode deixar de pensar que a última conversa que ele teve com a morena foram gritos de quase ódio entre eles.

— Não continue me encarando, somente pergunte tudo o que você quer saber de uma vez e me deixe mergulhar sozinho em meus pensamentos. -o mais novo dos Winchester falou se sentando em uma das mesas que ficavam na biblioteca quase que de frente para o seu irmão.

Sam sabia o porque seu irmão ainda não havia dito nenhuma palavra sobre a Nuria não ter voltado para o bunker, ele tinha escutado a discussão dos dois pela manhã na cozinha e mesmo que ele concordasse com o seu irmão ele também podia entender o lado da morena; e principalmente, que no mais profundo do seu coração ele via a briga entre os dois uma chance para se aproximar ainda mais dela.

— Você sabe muito bem o que eu quero saber, onde está a Nuria? -o loiro perguntou com a voz mais alta que o normal mesmo que ele soubesse que gritar não ia ajudar.

— A Nuria está com a única pessoa que ama ela mais do que nós dois. -Sam falou calma se concentrando no livro que estava a sua frente mas contando os seus sentimentos mesmo que não esperasse uma resposta definitiva.

 

No céu, Amara sorriu deixando bem claro que estava feliz e orgulhosa como a forma que a sua filha mostrou o quão poderosa e importante ela era; aquele era o sonho de toda mãe, mas para uma mãe que achou que por mais de vinte anos que sua filha estava morta aquele era um momento que ela iria guardar para sempre.

E o mesmo servia para Chuck e Castiel, aquele momento onde a Nuria declarou claramente quem ela era revelando o seu rosto não seria esquecido por eles; porque foi o momento onde uma mestiça fez com que Deus se sentisse inferior no lugar onde ele mesmo governava e havia convidado ela para entrar.

— Me diga onde tu governas que eu irei ser seu servo, irei proteger você da mesma forma que durante milhares de anos eu lutei pelo que acreditei ser o certo. -Matiel falou estendendo a mão tentando tocar na morena mas foi impedido pelo Castiel que colocou uma espada angelical entre os dois.

— Você queria ela aqui, e aqui está ela, agora cumpra a sua parte do acordo e nos diga o porque os demônios estavam atrás de você. -Chuck falou tentando não dar atenção pelo jeito que a sua sobrinha fazia ele se sentir.

No rosto do Anjo que estava preso estava claro que ele sabia de muita coisa sobre os dois lados mas também estava claro que nem tudo que acontecia ali ou o que aconteceu com ele, ele iria contar para o mundo; porém como havia prometido ele estava disposto a esquecer muitas coisas e contar o que estava deixando Deus tão interessado nele.

— Soltem ele, ele vai dizer e depois será livre para voltar para a terra junto comigo e nunca mais será incomodado por um dos seus Anjos. -Nuria falou tomando a frente do Matiel fazendo até mesmo sua mãe se surpreender mais uma vez.

— Isso não vai acontecer. -Castiel falou mas antes que pudesse impedir a morena ela arremessou ele na parede e se aproximou mais das grades usando seus poderes para abri las.

— Como você quiser, mas assuma as suas responsabilidades depois. -Chuck falou surpreso pelos movimentos rápidos da sua sobrinha.

— Eu vou assumir a responsabilidade pelos atos da minha filha. -Amara falou tomando novamente as rédeas da situação e lançando um olhar para a sua filha como se dissesse para ela se acalmar que logo iria acabar.

— Os demônios procuram algo grande, eles estão atrás do grande Caladriel e de seu livro mágico mesmo que eles não saibam o que está escrito nele e justamente por isso que estão atrás de Anjos que tiveram grande posição no exército do Senhor para saberem mais como achar Caladriel e como conseguir os segredos que ele guarda. -as palavras do Matiel foram como alavancas para a mente da morena.

A mesma que estava segurando o anjo para que ele se mantivesse em pé, congelou em seu lugar viajando para dentro da sua mente para a última vez que ouviu a voz em sua mente e viu os mapas que havia desenhado mesmo sem saber desenhar ou saber para onde eles iriam levar; sua mente levou ela para uma colina bem verde onde havia uma árvore grande, cheia de frutos diversos na mesma raiz e ali perto dela tinha uma casinha onde uma mulher com roupas antigas estava parada e parecia olhar diretamente para a Nuria.

Amara tocou na sua filha vendo que seus olhos estavam em tempestades fazendo a mesma voltar para o seu corpo com os olhos arregalados mas somente se manteve em silêncio, guardando tudo para si. Deus olhou para o mais profundo dos seus olhos tentando entender o que tinha acontecido ali mas tudo que viu foi um muro que ela construiu dentro de si para impedir que ele entrasse.

— Você não confia em mim nesse ponto? -ele perguntou sincero querendo entender o motivo real para aquela proteção.

— Você nunca me deu um motivo para confiar, da mesma forma como faz com todos os humanos na terra. -a morena falou da mesma forma que ele, com sinceridade mas antes que aquela conversa fosse mais longe ela saiu dali levando o Matiel com ela - Se eu souber que esse Anjo foi incomodado por um dos seus subordinados, eu mesmo vou fazer com que você saiba como foi o apocalipse, eu vou dar para você a sua própria versão de apocalipse no céu onde muitos vão morrer.

Eram palavras duras que deixavam claro que se Chuck pretendia criar um relacionamento com a filha da sua irmã ele estava atrasado muitos anos para isso, e para conseguir agora ele iria precisar muito mais do que só palavras sinceras; ele no momento em que conheceu  a morena não se lembrou de uma profecia que sempre que foi criada no momento em que ele fez os seres sobrenaturais, mas com o tempo ele ia ter a certeza de que muitas coisas deveriam ter sido diferente.

Nuria não era uma pessoa fácil de lidar, e bem diferente do que aparentou ali onde ela falou pouco e escutou o que os outro falavam ela ainda iria se rebelar para o mundo. Porque ela é poderosa e o destino sabe muito bem sobre isso, a sua história já havia sido escrita a muito tempo, e agora ela mesmo estava disposta a achar o seu caminho até o seu trono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

roupas Nuria: https://www.polyvore.com/cap21/set?id=156537434
https://www.polyvore.com/cap21/set?id=134194207

Espero que tenham gostado ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mercy" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.