Mercy escrita por Jupiter


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Esse é um dos melhores episódios que eu já escrevi, e espero que vocês também gostem dele porque é bem especial pra historia...



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Aliás, foi melhor? Foi bom? Me diga. Me conte. Roteirize a cena pra mim. Vamos lá, eu quero saber. Entrei no seu jogo e estou dando uma oportunidade para você se gabar. Não desperdice. Pegue. Foi bom? Foi melhor? Espero no mínimo um sim, que tenha valido a pena, porque você pôs a perder algumas coisas que até ontem pareciam importantes. Defenda-se. — Gabito Nunes.

 

20 de fevereiro

Lebanon, Kansas

 

Já fazia mais de quarenta e oito horas que a Nuria permanecia dormindo depois dos problemas com os demônios, Samuel acompanhou de perto cada hora em que ela esteve dormindo e cuidou dos machucados impedindo que o seu irmão olhasse a real situação em que ela estava. O moreno depois de dez horas em que a garota continuou dormindo, ele tomou algumas medidas como colocar ela com medicamento e soro direto na veia e observando os machucados viu que enquanto os outros pareciam melhorar as costelas a cada dia ficavam mais roxas.

Não era cedo quando a morena finalmente começou a acordar, seus olhos foram abrindo aos poucos revelando que ainda estava deitada na cama do Samuel que estava meio que deitado ao seu lado lendo o que parecia ser um livro de feitiços e no criado mudo ao seu lado havia uma xícara que ainda saía fumaça, mas quando a morena olhou para si mesmo se viu presa ao que deveria ser soro, ainda estava com a mesma roupa mas tudo a sua volta para mais arrumado. Sem conseguir falar por conta da boca seca, Nuria levantou a mão pousando na coxa do Sam e dando um leve aperto para chamar a atenção para si.

— Não vou conseguir fingir que não estou feliz por você ter acordado. -Sam falou sorrindo e deixando o livro de lado.

— Não vou conseguir fingir que não estou feliz, por você estar aqui. -Nuria falou com a voz rouca mas também sorrindo.
Sam com cuidado ajudou a morena a se sentar e entrou a ela mais três comprimidos para dor e dessa vez um copo de água, a porta que estava aberta revelou um ser de olhos verdes acompanhado pela sua mãe.

— Ficamos muito felizes em ver que você acordou. -Mary falou entrando no quarto junto com o Dean que tentou se aproximar mas logo desistiu ao ver a morena virando o rosto ao tentar olhar em seus olhos.

— Quanto tempo eu dormi? -ela perguntou enquanto Sam começava a tirar os acessos que estavam em seu braço e olhava os machucados em seu rosto.

— Já faz dois dias, aposto que está até cansada de ficar nessa cama. -Sam falou fazendo ela concordar e estendo a mão para que ela levantasse, naquele momento Dean bufou saindo do quarto com a Mary logo saindo atrás dele.

— Eu preciso de um banho, tipo muito, e de comida, talvez de mais dois remédios e outro copo de whisky. -a morena falou fazendo a única pessoa que agora estava no quarto rir.

Sam levou ela até o banheiro ligando o chuveiro na água morna, logo deixando ela sozinha lá dentro para tomar sozinha o seu banho e saiu encostando a porta; durante o tempo que ficou sentado na sua cama olhando a caixa que o seu irmão havia levado para lá que continha algumas roupas e pertences da morena.

Sozinha no banheiro Nuri tirou a camiseta que vestia revelando o quanto seu corpo estava machucado, o seu rosto estava começando a ficar marcado além do que já tinha sido cuidado pelo Sam, enquanto que os joelhos que tinham poucas marcas já estavam melhorando as costelas, costas e cintura que estavam pior somente pioraram. O banho foi doloroso mas necessário e renovador, ela se sentiu tão melhor após o banho que já estava se sentindo pronta para voltar a viver.

Quando saiu do banheiro enrolada em uma toalha viu uma das suas caixas de roupas no canto do quarto e seu celular em cima da cama junto com a pedra e com o livro do Caladriel, depois de vestir suas roupas íntimas sentiu uma dor mais forte na cintura e ao olhar para a toalha que tinha voltado a enrolar no corpo viu uma mancha de sangue e soube que um dos machucados iria precisar de pontos e parecia sair mais sangue do que devia.

— SAM! -Nuria gritou se encostando na parede que estava próxima quando sentiu uma tontura mais forte do que todas que já tinha sentido.

O moreno de olhos claros entrou correndo no quarto e mesmo tendo mais de uma pessoa atrás dele somente a Mary viu o que acontecia dentro do quarto antes de fechar a porta, Sam foi até a morena levando ela até a cama fazendo a mesma pressionar com firmeza onde estava sangrando enquanto ele pegava novamente a caixa de primeiro socorros.

— O que aconteceu? -ele perguntou tirando a toalha e vendo o que estava causando tanto transtorno.

— Eu não tenho certeza, só faz parar. -ela respondeu vendo que ele já estava pronto para iniciar os pontos e foi quando mais uma vez a morena foi até aquele lago onde tudo acontecia de maneira mais calma.

 

Não faltava muito para o pôr do sol, Nuria estava cansada de ficar dentro do quarto do Samuel ou se escondendo do Dean pelos corredores a cada vez que ia para a cozinha ou para a biblioteca; o seu corpo já não estava mais o mesmo de quando acordou e ela sabia que se continuasse daquele jeito talvez a sua vida fosse mais curta.

Sem saber mais o que fazer ela se levantou da cama aproveitando que o Sam estava ocupado arrumando algumas coisas que tinham que ser feitas para as próximas caçadas, vestiu um vestido leve e calçou uma bota que estava dentro da caixa que estava no quarto e pegou uma jaqueta que também estava ali.

Ela não podia se dar ao luxo de sair dali a pé, e para isso era preciso entrar justamente no quarto de quem estava tentando evitar de todos os jeitos possíveis mas agora seria necessário. A morena entrou devagar no quarto vendo que o mesmo parecia vazio e foi até o criado mudo encontrando a chave do seu carro ali, ao escutar um barulho do lado de fora do quarto saiu correndo em direção a sala mas antes que pudesse chegar a escada seu corpo foi arremessado contra a parede e prensada na mesma por um corpo maior.

— Onde pensa que vai? E por que não está falando comigo? -Dean perguntou forçando para que a morena não conseguisse escapar.

— Eu não tenho que falar com você, e não tenho que dizer pra onde eu vou a cada momento do meu dia. -a morena respondeu tentando se soltar mas somente fez com que ele usasse mais força.

— Eu sou seu protetor, você tem que me contar tudo. -Dean falou alto e a morena sabia que se ele continuasse assim logo Sam e Mary iriam aparecer ali.

— Você é meu protetor, tem que me proteger não temos que ser amigos. -Nuria falou criando a bolha de proteção em sua volta e afastando o loiro, dando tempo suficiente para que ela conseguisse fugir.

Nuria não esperava que correr escada acima fosse tão ruim mas quando entrou no carro se viu novamente com dor mas não daria o prazer ao loiro de voltar e pedir por ajuda, saiu com o carro em direção ao único lugar naquela cidade em que se sentia livre sem ser usando os seus poderes.

Ela dirigiu rápido até aquela mesma sala de ballet que havia encontrado Amara pela primeira vez, a morena sentia a necessidade de dançar mas ainda tinha a consciência de que depois do encontro com o Dean ela estava ainda pior. Quando se sentou naquele chão frio no meio daquela sala repleta de espelhos e barras estava em paz, mesmo com o seu corpo implorando que ela fizesse exatamente o contrário e seguisse para um hospital.

Mas ao mesmo tempo não fazer nada e ficar apenas ali deitada esperando pela sua morte mesmo que fosse com dor, na sua cabeça era um bom jeito de sair dessa vida complicada em que estava metida a mais tempo do que gostaria mas que ao mesmo tempo ela não sabia nada sobre; e a única pessoa que poderia dar essas respostas para ela possivelmente era a mesma que não deixaria ela seguir em frente.

— Eu preciso conversar com você, agora mais do que nunca, mas tem que ser nas minhas condições. -Nuria falou pensando na Amara e no que passavam até aquele momento.

A morena não tinha certeza se ia ou não funcionar, ela somente havia escutado histórias sobre como somente de pensar na Escuridão o Dean conseguia ser levado para um lugar onde poderia encontrar ela, e se funcionava com o loiro que tinha a marca de Caim em sua mente também deveria funcionar com ela.

— Você está certa, funcionava com o Dean também tem que funcionar com você. -Amara falou aparecendo perto de onde estava a cabeça da morena que continuava deitada.

— Você está na minha cabeça? -a morena perguntou tentando evitar sorrir vendo que realmente tinha funcionado.

— Durante o tempo que você pensa em mim, tentando se conectar, acontece que podemos trocar pensamentos você só não aprendeu isso ainda mas logo vai e então também vai conseguir entender minha mente. -Amara respondeu se sentando ali do lado de sua filha e percebendo que a mesma não estava bem.

— Não tenho tempo para aprender, preciso que você me faça entender outra coisa, não tenho tempo e não quero morrer com ódio sem saber o porquê de você. -Nuria falou fazendo uma lagrima escorrer pelo seu olho mesmo que não parecesse triste.

— Que história é essa de morrer Nuria? -Amara falou seria se virando pra morena mais nova, e naquele momento elas estavam como mãe e filha.

— Como você conheceu meu pai? -Nuria falou fugindo do assunto, e mesmo conhecendo pouco a sua filha, Escuridão sabia que ela não iria falar mais sem receber primeiro o que queria.

— Seu pai nunca falou pra você? Durante o tempo em que fiquei presa eu conseguia reunir poderes durante décadas para passar um dia aqui na terra aproveitando a liberdade que me era roubada, mesmo que depois da minha aventura aqui eu ficasse tão fraca que demorava mais décadas para conseguir tentar novamente, em uma dessas vezes eu encontrei algo diferente era um colar que tinha um poder que me lembrava o meu. -Amara falou se deitando também e então se deu conta de que era a primeira vez que falava sobre isso para alguém, estava feliz por essa pessoa ser a sua filha.
— Em uma determinada vez que eu consegui fugir, eu acabei indo parar em uma pequena ilha que pertence ou pertencia à Espanha; pelo que conheço seu pai e essa vida de caçador acho que ele nunca deve ter te contado que era espanhol, especificamente de El Gomera. -Escuridão falou e a sua voz parecia em paz como se fosse feliz falar sobre isso.
— Ele nunca me falou nem onde eu nasci. -Nuria falou virando o seu rosto de encontro com a Amara.
— Todas as vezes que eu saia da prisão procurava ficar todo o tempo que podia perto do mar, e foi onde eu conheci o seu pai; naquele dia não tinha sol mas eu estava tão disposta a aproveitar que não me importei com o tempo, e quando estava lá sentada olhando para o mar um homem muito bonito se aproximou de mim alegando que era da guarda costeira e que eu estava em local de risco. -a morena mais velha continuou rindo levemente.
E naquele momento em que a Escuridão riu, foi como se em todos os lugares em que estava escuro ou com problemas de chuva e tempestade parasse, aquele simples risada era mais profunda do que qualquer pessoa jamais tinha visto até aquele momento; a risada fez com que tudo parasse e no lugar dos problemas surgisse o mais lindo céu estrelado que já foi visto por todos.
— Ele dizia que estava para começar uma tempestade justo pra mim que conheço melhor que ninguém tempestades, mas até aquele ponto eu ainda não tinha visto o rosto dele, então quando me virei para mandá-lo embora porque eu não queria companhia, me surpreendi com a forma como ele sorria e desisti naquele sem nem pensar duas vezes de sair de perto dele. Sabe Nuria, ver ele a primeira vez foi como sentir toda a liberdade que já imaginei em uma única pessoa, eu me apaixonei perdidamente e imediatamente por ele e foi como se meu coração não conseguisse bater longe dele.
— Se você amava ele tanto assim, por que foi embora e deixou a gente? -Nuria finalmente perguntou o que vinha guardando dentro de si a tanto tempo que já tinha diversas teorias mas por mais que que tentasse acreditar em que foi por algo maior, no fundo sempre acreditou secretamente que fosse por falta de amor.
— Eu vou chegar nessa parte, tenha calma menina, depois de apenas nos olharmos Jon se sentou ao meu lado e foi como estar no céu, naquele dia juramos o nosso amor, eu engravidei, e horas depois você nasceu. Não foi fácil, e não sei se tem outros relatos de gravidez parecida com a minha mas no momento em que eu peguei você no colo, foi o momento mais feliz do meu mundo. -Amara falou tirando do seu bolso o colar que tinha pegado da Nuria, mas ainda mantendo com ela e sem olhar a sua filha.
Nuria passou a sentir mais dor do que antes e mesmo que seus olhos estivessem enchendo de lágrimas, ela não queria parar de ouvir essa história que talvez fosse a última coisa que iria escutar, era importante saber de onde veio para ter certeza de para onde iria.
— Você nasceu tão pequena, linda e inocente Nuria, naquele momento quando te olhei e você abriu esses lindos e castanhos olhos pra mim eu fui aos céus novamente, eu te amei mais do que qualquer pessoa pode achar possível amar alguém; a pessoa mais poderosa da terra estava naquele dia com medo, depois de tanto tempo sozinha eu me vi tendo tudo que só pude imaginar nos meus sonhos mais loucos, eu estava feliz por ter pessoas que podia amar e que me amavam. -nesse momento da história até mesmo a Amara  derramou mais lágrimas do que achou que conseguia produzir.

— Você nos amava e precisou ir embora, pelo menos ajudou a escolher o meu nome? -a morena falou baixo colocando a mão em suas costelas gemendo de dor, o que fez com que a Escuridão se sentasse olhando para a sua filha.
Nuria já estava se encolhendo, a dor estava começando a ficar insuportável ao ponto dela não estar mais conseguindo se conter em silêncio; ela estava sentindo que tinha que se despedir.
— O que tá acontecendo com você? Por que está sentindo tanta dor? -Amara perguntou se aproximando mais e colocando a mão junto com o colar em cima do coração de sua filha.
— Papai nunca me falou quem escolheu meu nome ou o porque eu sou tão especial, em nenhum momento eu achei que fosse por você; quando eu era menor ele dizia que eu nasci especial então precisou de ajuda, só quando eu comecei a entender melhor os meus poderes que eu vi que eu não nasci com algum problema e alguém me fez ficar ficar, é que eu só era especial. -a voz estava fraca e ela chorava tanto que o seu desespero estava sendo sentido pela Amara que trouxe ela para mais perto, deixando que se acomodasse em seu colo.
— Eu escolhi seu nome, Nuria, significa aquela que tem luz que é inocente porque você nasceu para ser a minha inocência filha, você nasceu para salvar a Escuridão. -Amara falou chorando mais ao ver a morena tossir sangue e se contorcer de dor, e foi quando ao tirar a mão na cintura onde a horas atrás tinha levado pontos agora estava voltando a sangrar e deveria ser graças ao encontro que teve com o Dean perto da escada.
— Acho que acabamos uma salvando a outra, e agora eu posso morrer e encontrar a paz. -Nuria falou tossindo mais sangue e a Escuridão mesmo sem conhecer muito os humanos sabia que não era bom.
— Você não vai morrer Nuria, não comece com isso. -Amara falou disposta a ajudar ela mas a morena segurou sua mão.
Nuria não queria ser salva, ela estava disposta a acabar com a sua vida e acabar com os problemas que estava tendo mesmo que também estivesse com medo de para onde iria ou o que iria ver, a conversa com a Amara deixava tudo em equilíbrio a paz e o medo.
— Eu estou bem com isso, não me traga e nem deixei que ninguém me traga de volta à vida, eu já vi essa história no mundo sobrenatural e eu não quero pra mim, não quero sobreviver hoje para daqui a uma semana ser morta por um calcador; você tem que me prometer que não vai usar nada sobrenatural comigo, por favor, prometa! -a morena falou tão baixo que a Escuridão teve que se abaixar para escutar com atenção o que ela dizia em meio aos gemidos e choro.
— Eu prometo Nuria. -a morena mais velha respondeu sem saber o que mais poderia fazer então somente prendeu o colar que sempre pertenceu a sua filha nela, e foi quando Samuel entrou correndo na sala sozinha e se deparou com a cena.
Amara segurava a morena com a cabeça apoiada no seu colo e estava inclinada para mais perto do rosto dela, enquanto fazia carinho no cabelo da Nuria que quando saiu tinha um vestido rosa mas agora já estava com uma mancha de sangue grande na cintura e no decote, o que fez com que o caçador se aproximasse ajoelhando do lado da Escuridão que chorava como ele nunca tinha vista outra pessoa chorar.
— Eu esperei muito por isso mamãe, e tá tudo bem, eu vou morrer sabendo que você me amou.  -Nuria sussurrou fechando os olhos aos poucos.
— Eu também, e te amo muito, com toda a minha vida minha filha e vou continuar te amando depois. -Amara falou sentindo o corpo da sua filha começando a ficar mais fraco.
— Você não pode deixar ela morrer, tem que salvar ela! -Samuel gritou vendo que a Escuridão somente estava ali chorando sem fazer nada.
— Ela me fez prometer que não iria ajudar ou deixar alguém ajudar ela de forma sobrenatural, não sei mais o que fazer. -ela respondeu vendo que a morena ainda respirava mesmo que fraco e já estando desacordada.
— Vamos levar pro hospital, depois vemos o que fazer. -Sam falou pegando a Nuria com cuidado no colo e ficando em pé ao lado da Amara.

— Você vai salvar ela Samuel? - Escuridão falou colocando a mão no ombro dele.

 

Com as instruções do Samuel, Amara levou os dois até a porta de um hospital onde rapidamente enfermeiros e médicos foram até eles, tirando a morena dos braços do Sam e levando para dentro em uma maca rodeada de pessoas. Mas antes que Sam pudesse seguir a maca que levava a Nuria, a morena mais velha segurou o braço do moreno impedindo que ele continuasse.

— Eles vão conseguir ajudar ela? -ela perguntou seguindo lado a lado rápido, até onde eles estavam levando a morena que ainda permanecia desacordada e pelo que mostrava os monitores os seus batimentos pareciam diminuir ainda mais.

Um dos enfermeiros se aproximou entregando a jaqueta e o colar que a morena estava usando enquanto que médicos conectaram ela em diversas máquinas e cortavam o vestido para poderem ver os ferimentos que não eram poucos; por mais que a cada movimento que os médicos fizessem dentro da sala fazia as pessoas que esperavam do lado de fora da sala pararem de respirar por poucos segundos o que já era muito na situação deles, Sam sabia que não tinha muito tempo sozinho com a Amara então soube que aquele era o melhor momento para perguntar diversas coisas, mesmo sendo ao mesmo tempo o pior momento.
— Como você encontrou ela hoje? -o moreno começou perguntando baixo vendo que iniciar uma conversa era o melhor jeito de manter a mente ocupada.
— Ela me chamou, parecia chateada com alguma coisa ou com alguém e por você ter procurado ela e não o Dean, me diz que eles estão com problemas. Ela só queria alguém para conversar. -Amara respondeu baixo vendo que já estava dando o seu tempo de ficar na terra e se mantendo no controle.
— Ela queria saber a verdade, porque já tinha a intenção de morrer. -Sam falou se sentando em um dos bancos vendo a morena se aproximando, e parando em sua frente entregando o casaco e o colar porque sabia que estava na hora de ir embora.
— E ela soube, pelo menos uma parte. -Amara falou olhando uma última vez para dentro da sala em que sua filha estava e no mesmo momento Dean entrou correndo no corredor parando perto dos demais com Mary vindo logo atrás.
Porém antes que o loiro pudesse conversar com ela, Amara sumiu do hospital voltando para o céu e mesmo com o coração apertado ela podia sentir que sua mente estava em uma paz que a muito tempo não sentia; Dean parou em frente ao irmão fazendo aquela cara como quem está sentado em frente a um juiz esperando que ele assine a sua sentença de morte, era a mesma cara que Sam via quando era melhor e se machucava, e mesmo que não fosse culpa do seu irmão mais velho significava que ele ainda sim sentia culpa.
— O que aconteceu com ela? -ele perguntou querendo entrar na sala mas foi impedido pela sua mãe.
— Ela tem diversos ferimentos, alguns antigos e alguns recentes que parece terem piorado drasticamente; o que levou ela para muito perto da morte, ela está em estado de risco. -Sam falou e no mesmo momento um barulho dentro da fez com que todos se levantassem e tentassem entrar na sala mesmo sabendo que iriam ser impedidos pelos enfermeiros.
As máquinas que a pouco tempo faziam um barulho que mesmo devagar constante que mostrava os batimentos do coração, não mostrava mais nada, era somente uma linha sem fim e sem sinal de que talvez fosse voltar mas dentro de cada coração ali a espera de um sinal, tinha a esperança de que tudo fosse acabar bem.


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Notas finais do capítulo

roupa Nuria: https://www.polyvore.com/cap16/set?id=224119367
Espero que tenham gostado e que continuem aqui comigo ♥



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