Neighbors or Lovers? escrita por RafaChase


Capítulo 32
Perdas


Notas iniciais do capítulo

Hoje é meu aniversário! Mas quero postar esse capítulo pq gosto mt de vcs. Embora ele esteja mt triste kkk.
Beijos amores!



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POV Annabeth:

Acordei com os raios de sol entrando por uma pequena fissura da barraca. Olhei para o lado e vi que Percy ainda dormia. Avistei no chão meu relógio e levei um susto quando vi as horas. Procurei minhas roupas que estavam espalhadas por todo lado e me vesti rapidamente.

Dali a alguns minutos, minha mãe bateria em minha porta pedindo que eu arrumasse minhas coisas. Eu tinha que voltar para casa imediatamente.

Na verdade, eu tinha planos de voltar ontem. Porém, com tudo o que aconteceu, acabei perdendo a noção do tempo...

Mas, sinceramente, isso não era algo do qual eu me arrependia. Todos os momentos que passei do lado de Percy foram especiais.

E pensar em me despedir era algo que me trazia muita tristeza.

O que eu deveria fazer? Não podia demorar muito ali, mas também não poderia simplesmente sair sem falar com Percy.

— Por que isso tem ser tão difícil? - exclamei, mas rapidamente tampei a boca. Não queria acordá-lo.

Estava em uma encruzilhada naquele momento. Aquela era uma situação tão dolorosa! Eu não poderia acordá-lo só para dizer adeus. Logo essa palavra que define tudo: não ter mais volta.

Mas se eu fosse sem me despedir... ele acharia que não me importo? Que a noite anterior não passou de uma busca por conforto?

E quanto mais eu pensava, mais o tempo ia se desvanecendo. Segundos virariam minutos, minutos virariam horas, horas virariam dias, dias virariam meses, e meses virariam anos...

Anos que eu viveria de amargura e decepções. Anos que ele viveria de tristeza e solidão...

E meu olhos já se enchiam de lágrimas. Eu já tinha tomado uma decisão. Peguei a mochila de Percy que estava fora da barraca e arranquei uma folha de caderno. Com uma caneta em mãos, comecei a escrever tudo o que estava sentindo.

Era impressionante como as palavras se ajustavam no papel. Mas eu sabia que elas eram muito mais do que palavras para mim: eram confissões.

Terminada a carta, coloquei-a ao seu lado e aproveitando que estava tão perto, me inclinei sobre ele para beija-lo.

Precisava ter essa lembrança viva em minha mente, como uma chama que nunca se apagaria.

Então, quando nossos lábios se separaram, me permiti partir.

Havia chegado o momento de sair dali para sempre. Sem saber se voltaria, se o veria mais uma vez.

Tudo que eu desejava era que ele pudesse encontrar a felicidade, mesmo que não fosse ao meu lado.

POV Percy:

Minha mão estendida sobre o colchão estava vazia. Nenhum dedo retornou a pressão dos meus próprios. Levantei rapidamente com o peito apertado. Annabeth não estava lá.

Quando levantei de vez do colchão, achei um pedaço de papel sobre ele. Abri o bilhete e o fui devorando com os olhos:

Percy,

Se está lendo essas palavras, já sabe que tive que partir...

Não o culpo se me odiar agora, eu gostaria que me odiasse. Seria mais fácil para lidar com tudo isso que estamos passando.

Eu preferiria esquecer todos os problemas, ficar com você. Mas isso não é possível.

Por conta disso, tive que sair sem falar com você, como uma covarde. Tudo porque sei que se tivesse que dizer isso na sua cara, não conseguiria fazer-me ir.

Não sei se o destino vai permitir que nos encontremos novamente. Se isso acontecesse eu não exitaria em te abraçar e relembrar dos velhos tempos. Mas se não acontecer, espero que um dia você possa seguir em frente.

Eu te amo. Nunca duvide disso. Sempre vou guardar cada pedacinho como parte das minhas melhores lembranças.

E posso te garantir uma coisa: ninguém conseguirá arrancar isso de mim.

— Annabeth.

Quando finalmente terminei de ler o conteúdo da carta, fiquei olhando para baixo. Tudo o que me restava era observar o papel flutuando, enquanto a mão que segurava a carta, tremia.

Annabeth se foi.

[...]

1 semana depois...

Estava estirado no sofá da sala, refletindo sobre tudo o que já havia acontecido em minha vida. De repente, a porta se abriu e Poseidon entrou.

— Percy? Você está bem? - ele perguntou se aproximando da sala.

O tempo estava sendo duro comigo. Era tedioso e os dias levavam uma eternidade para passar.

— O que você acha? - indaguei sério.

— O que você quer, filho? - ele questionou sentando ao meu lado.

— Ela. Não sei porque você não entende isso.

— Talvez eu só não queira entender. - ele suspirou. - Olha, eu realmente não sei pelo que você está passando, mas achei que isso seria temporário. Que iria esquecê-la!

— Eu não consigo e não quero! - bufei com raiva.

— Eu entendo a sua revolta, mas não iremos resolver isso se brigarmos! - ele aumentou o tom de voz.

— E de que maneira você quer resolver?

— Vou ligar para uma amiga minha. O que você precisa é de alguém para conversar.

Não entendi aonde ele queria chegar, mas acabei não me opondo à ideia.

Desde aquele fatídico dia, não me sentia muito estimulado a fazer nada. Olhava pela janela da sala só para encontrar um casa vazia e silenciosa do outro lado da rua.

Depois de duas horas, meu pai me passou um endereço. Estava um pouco receoso, mas resolvi ir.

Estacionei o carro em uma das vagas do prédio e segui as direções recomendadas.

Logo, estava em uma sala branca e uma mulher morena me aguardava.

Que lugar era aquele?

Ela sentou e pediu que eu sentasse também.

— Bom, é um prazer conhece-lo. Sou Héstia.

— Percy Jackson. Hum... você é psicóloga?

— Sim. - ela respondeu sorrindo docemente.

— Olha, eu não acho que isso é necessário... - respondi nervoso, passando a mão por meu cabelo.

— Não precisa ficar com vergonha. Eu estou aqui para ajuda-lo. Você pode confiar em mim. - ela respondeu acariciando minha mão.

— Hum... tudo bem.

— Então senhor jackson, o que o traz aqui?

— Bom, meu pai queria que eu conversasse com alguém.

— Eu conheço seu pai há muito tempo e ele nunca havia feito esse pedido, então...

— Acho que ele quer que eu me sinta melhor. Que eu siga em frente...

— E você acha que não consegue? - ela perguntou preocupada.

— Eu acho que eu não deveria. Talvez algumas pessoas encontrem quem devem passar o resto de sua vida logo quando suas vidas estão começando... E se Annabeth fosse a pessoa certa e eu a deixei escapar? Eu vou me arrepender disso pelo resto da minha vida!

— Annabeth era sua namorada?

— Sim. - respondi meio cabisbaixo.

— E vocês terminaram...

— Na verdade, não foi escolha nossa. Ela teve que... se mudar. - respondi relembrando tudo.

— Esse é um dos piores casos... Vocês estão tentando um relacionamento a distância?

— Não. Desde que ela foi embora, não nos falamos mais. E também não acho que seria possível.

— Por que? - ela perguntou curiosa.

— Bom, meu pai não aprova e nem a mãe dela.

— Percy, já vi muitos casos como esse. E meu conselho é o mesmo: o tempo aje por si só. É lento e doloroso, mas funciona. Conversar ajuda. Sair com outras pessoas, ver os amigos. Ela será como um livro que você leu a muito tempo.

— Você acha que isso é possível? - perguntei ainda com dúvidas.

— Se acreditar que estão destinados a ficar juntos, se encontrarão novamente. E se não estiverem, vai acordar um dia e perceber que não pensa mais nela. E então, você estará livre.  


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam desse final?
Estou aceitando comentários como presente kkk.
Beijão!



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