Neighbors or Lovers? escrita por RafaChase


Capítulo 24
A Casa do Lago


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por todos os comentários que tive nessa última semana! E sejam bem vindos, leitores novos!



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POV Annabeth:

Pousamos no aeroporto de Logan, em Boston, às 19:00. Como no dia seguinte, quarta-feira, iria começar um feriado longo em todo os Estados Unidos o lugar encontrava-se um pouco cheio, então demorou um pouco para pegarmos nossas bagagens.

Quando conseguimos, chamamos um táxi e seguimos até a casa do lago.

O trajeto durou 45 minutos e pude avistar muitas áreas arborizadas ao longo do caminho. A própria casa se encontrava bem escondida entre as árvores. Sem dúvidas um bom lugar para relaxar.

Além disso, que casa! Vou te contar que Zeus não economizava em nada!

Pagamos o taxista e nem tive tempo de pegar minha mala, porque Percy se encarregou disso.

Então, minha função foi abrir a grande porta e ficar impressionada com a imensidão daquele ambiente.

Boa parte dela era revestida de madeira e tanto as portas quanto as janelas eram de vidro. O primeiro cômodo que adentramos foi a sala de jantar, que possuía uma grande mesa de madeira no centro e um belo lustre de cristal. Em seguida passamos para a sala de estar, onde estava um grande sofá cinzento, algumas poltronas e uma lareira revestida de pedra. Daquele cômodo era possível avistar o lago e o pier. Em seguida demos uma passadinha na cozinha, uma das maiores que já vi, com mesa, bancadas e tudo que uma cozinha costuma ter.

— Percy, é linda! - falei empolgada.

— É, o Jason só não disse que era tão grande. - ele comentou analisando cada móvel e cada cômodo a medida que andávamos.

— Era de se esperar. Mas, uma coisa ainda me deixa apreensiva. Você não acha que essa casa é muito exposta? Por ser quase toda de vidro?

— Não se preocupe, só tem a gente por aqui. E ninguém está nos procurando! - exclamou sorrindo - Além do mais, estamos no meio da floresta. Quem vai encontrar a gente aqui?

— Não sei, mas eu realmente não queira que nem pensar nesse possibilidade... Você sabe, se isso chegar a acontecer, minha mãe vai me arrastar para San Francisco sem dó nem piedade e...

— Calma. - ele falou colocando um dedo na minha boca, para me calar - Ela não sabe onde estamos, e não deixamos pistas para nos acharem. Vai ficar tudo bem. Estamos juntos nessa. - ele sorriu tentando me passar tranquilidade- E não se preocupe, eu não vou deixar ninguém te separar de mim. Agora, vamos guardar nossas coisas e aproveitar esse feriado, ouviu?

Sorri para ele e concordei.

Então, continuamos andando até chegamos na área dos quartos, onde cada um escolheu o seu.

Eu não ficaria no mesmo quarto que ele, né gente! Eu sei que estávamos namorando, mas privacidade era algo necessário.

Guardei minhas coisas no guarda roupa e deixei tudo arrumado para tomar banho. Mas, acabei ouvindo um barulho na casa e decidi ir ver o que estava acontecendo. Descobri que vinha da cozinha e quando cheguei lá, vi Percy preparando alguma coisa.

— O que você está fazendo? - perguntei rindo.

— Eu estou preparando o jantar. - ele respondeu dando de ombros.

— E desde quando você cozinha? - perguntei sentando em cima da bancada.

— Faz um tempinho. Você sabe, se quer sobreviver em casa tem que aprender a cozinhar. Além disso, sempre vejo minha mãe preparando muitas coisas, então acho que aprendi. - ele respondeu sorrindo.

— Que bom chefe, porque eu não estava a fim de cozinhar hoje. - falei sarcástica.

— Muito engraçada. - ele disse colocando seus braços ao redor da bancada, me deixando presa - Se não ajudar, não come. - ele sorriu vitorioso.

Comecei a gargalhar. Percy ainda me prendia com seus braços e me encarava fixamente.

— Então vai ser assim? - falei me aproximando, de forma que nossos lábios estavam quase se tocando.

Ele estava prestes a me beijar, mas avistei que uma fumaça começou a subir de uma das panelas.

— Percy, a comida está queimando. - avisei rindo.

Quando percebeu, ele arregalou os olhos e foi correndo desligar o fogo. Fiquei me controlando para não rir quando ele voltou a olhar pra mim.

— Quase. E ia ser culpa sua. - Percy me repreendeu e cruzou os braços.

— Minha culpa? Você que estava vidrado na minha beleza! - exclamei descendo da bancada e indo até ele.

— Quem começou a me provocar aqui foi você. Eu sou um homem Annabeth, você achava mesmo que eu ira resistir? - ele sorriu malicioso.

— Pelo visto não. - sorri e também cruzei os braços.

— Então cuidado da próxima vez. - ele falou se aproximando e me agarrou pela cintura - Não podemos colocar fogo na casa... Você sabe... Jason iria me matar. — Percy sussurou em meu ouvido enquanto distribuia beijos pelo meu pescoço, o que me causou arrepios.

— Hum... ele iria... - falei me contorcendo levemente em seus braços. Sons suaves saiam da minha garganta e senti meu coração acelerar quando ele finalmente beijou meus lábios.

Eu tinha que me controlar quando estava sozinha com o Percy. Às vezes ele me fazia perder a cabeça!

— Que tal a gente ir logo... jantar? - perguntei me separando de repente do beijo. - Estou com uma fome!

— Claro. - Percy sorriu e me soltou.

Voltei para a sala de jantar e coloquei a mesa. No final, acabei o ajudando a terminar o prato do dia: espaguete com almôndegas.

Nos servimos e repetimos, porque estava muito bom.

— Está de parabéns, cabeça de alga. - disse brincalhona.

— É, são os anos de prática... - ele respondeu convencido.

Em seguida, fomos para a sala, onde decidimos assistir um filme. Lá fora, começou a chover, trazendo um pouco de frio para o interior da casa, então, ligamos a lareira.

— Qual gênero você quer assistir? - perguntei analisando as opções de filmes da TV.

— Esse clima está perfeito para um filme de terror. - ele sussurou no meu ouvido.

— Terror? - perguntei preocupada.

— É, ou você está com medo? - Percy perguntou sorrindo.

— Não. - mas eu estava - É que... tem tantas outras opções...

— Se estiver com medo, eu entendo...

— Não! - o interrompi - Vamos assistir o de terror. - falei decidida.

Eu não era fraca! Assistiria até o fim!

Dentre os filmes, escolhemos Invocação do Mal e logo começamos a assistir.

Que filme doido! E o pior ainda era que era baseado em fatos reais.

— Esse filme é fichinha. - ele comentou sorrindo.

— Aham, sei.

No começo até que estava tudo bem. Não estava com tanto medo, mas quando um bicho pulou do armário, eu acabei gritando e me escondi atrás de Percy. Ele soltou uma risada, mas me abraçou mesmo assim.

Eu consegui suportar por um bom tempo e depois até que me acostumei com a história. A chuva ainda caia forte lá fora.

De repente um trovão ressoou tão alto que até Percy se assustou e me apertou:

— Que foi? - perguntei sorrindo - Levou um susto?

— Claro que não. - ele falou tentando disfarçar.

— Sério? Juro que senti você me abraçar, ou foi... um fantasma? - sussurei brincando com ele.

— Não, fui eu mesmo. - ele confessou rindo.

Quando finalmente o filme acabou, fiquei aliviada, mas não deixei transparecer.

— Então, vamos pra cama? - Percy perguntou levantando.

— O quê? - indaguei arregalando os olhos.

— Não, não é isso que eu quis dizer! - ele exclamou rindo. - Perguntei se já vai dormir.

— Ah. - falei ficando corada - Sim, já está tarde.

— Vamos, eu te acompanho.

Andamos até os quartos e quando chegamos lá nos despedimos, mas eu ainda estava muito sem graça.

Que situação! Eu entendendo tudo errado!

Assim que entrei no quarto, tomei um banho e coloquei meu pijama, em seguida, deitei na cama. Fiquei pensando nos meus pais, e no que nossos amigos estariam fazendo naquele momento.

Bateu uma saudade de repente...

Então, comecei a me sentir muito solitária naquela casa tão grande.

Será que...?

Nem finalizei meu pensamento. Levantei da cama e coloquei meu robe. Atravessei o corredor escuro e avistei a porta do quarto.

Ainda relutante, bati. Imediatamente ele abriu. Estava sem camisa e com a calça do pijama.

— Annabeth o que...?

Não deixei ele terminar de falar e o beijei.

A medida que o beijo se aprofundava ia me sentindo completa novamente. Eu precisava ficar perto dele.

— Percy, - falei abraçando-o - será que posso dormir aqui com você?

— Foi o filme? - ele perguntou sorrindo.

— Não, é que eu não gosto de ficar sozinha nessa casa de noite - sussurei rindo.

— Pode dormir aqui sempre que quiser - disse acariciando meus cabelos.

Beijei-o mais uma vez e ele fechou a porta.

POV Atena:

Cheguei em casa exausta. Mais um dia trabalhoso, que pelo menos teve bons resultados.

Muitos projetos foram acelerados e vendidos, algo a menos para me preocupar, já que a viagem estava próxima.

— Frederick? - chamei-o enquanto adentrava a casa.

— Oi, querida. - ele falou descendo a escada.

Pelo visto, chegou mais cedo que o habitual.

— Será que você poderia preparar meu banho?

— Claro. - ele sorriu carinhoso.

Antes que ele voltasse a subir resolvi perguntar:

— E Annabeth onde está?

— Se não me engano, ela deixou uma mensagem dizendo que ia passar o feriado na casa daquela amiga dela, Thalia.

— Sem a minha permissão? - perguntei incrédula.

— Ah, Atena, ela já vai fazer 18 anos. Sabe se virar sozinha.

— Não. Eu vou agora atrás dela. - afirmei pegando minha bolsa e as chaves do carro.

— Hey, dê uma chance a ela. Quase nunca deixamos a garota fazer nada, é o mínino que devíamos fazer. - Frederick falou me impedindo de continuar - Vamos, deixe ela na casa da amiga dela por esse período de 3 dias e depois vai buscá-la .

— Eu não posso Frederick.

— Sim, você pode Atena. - ele declarou me puxando para subir a escada - Eu sei que ela é a nossa única filha, mas você não vai perdê-la se ela ficar longe por alguns dias.

— Você me promete? - perguntei preocupada.

— Sim. Agora vamos, eu vou preparar seu banho.

Mas eu não parava de pensar em Annabeth. Eu seria boa com ela. Se ela queria três dias de folga, eu daria.

Porém, assim que amanhecesse o sábado, eu estaria lá. Eu precisava trazê-la de volta para a minha segurança.


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Notas finais do capítulo

E esse final? O que vocês acham que vai acontecer?