Neighbors or Lovers? escrita por RafaChase


Capítulo 18
Central Park


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora!



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POV Annabeth:

Depois que meus pais saíram, tomei um banho rápido e vesti a primeira roupia que vi na minha frente. Enquanto conversava com Thalia no telefone, fiz um coque frouxo e fui explicando as complicações do dia anterior. Logo ouvi a campainha tocando. Fui atender e sorri ao ver quem estava do lado de fora da casa.

— Thalia, eu tenho que desligar, depois a gente conversa.

— O Percy chegou não é?

— Aham... - falei sorrindo.

— Ok. Juízo viu?

— Thalia! Ta até parecendo meu pai! - ri de suas palavras - Mas é sério, tenho que desligar.

— Ta bom, tchau.

—Tchau.

Quando encerrei a ligação, percebi que Percy me encarava de cima para baixo.

— O que foi? - perguntei curiosa.

— Amei o gatinho. - ele comentou com um sorriso brincalhão.

Então olhei para minha roupa e percebi do que ele estava falando. Eu nem havia notado, mas estava usando um moleton cinza e uma blusa rosa de um gatinho sorrindo.

— Ops! - falei e em seguida fechei a porta na cara dele.

— Hey! Vai me deixar plantado aqui? - ele perguntou do outro lado da porta.

— Pode entrar se quiser! - falei correndo e subindo as escadas.

Troquei de roupa rapidamente e voltei para a sala.

Percy estava deitado preguiçosamente no sofá com os braços atrás da cabeça.

Quando me viu, ele se sentou e sorriu.

— Desculpa por aquilo! - ri e me sentei ao seu lado.

— Sem problemas, no fim das contas, você fica linda de qualquer jeito. - ele sussurrou se aproximando.

Ele segurou levemente meu pescoço e me puxou pela nuca. Estávamos tão perto que senti meu nariz roçar no dele. Um momento de silêncio se instalou e durou apenas alguns segundos, pois sua boca finalmente encontrou a minha.

Era um beijo calmo e terno, mas aquela sensação de calor sempre preenchia o meu corpo.

Ele mordeu meu lábio inferior, o que me fez soltar um pequeno gemido.

O beijo continuou e quando percebi estava em seu colo. Nem sei quando fui parar lá. Ele me deitou delicadamente no sofá e começou a beijar meu pescoço.

Eu sinceramente já estava perdendo a noção do que estava acontecendo.

De repente, ouvi um barulho.

A campainha.

Pulamos de susto. Ele se levantou assustado e eu também.

— Você acha que são seus pais? - ele perguntou preocupado.

— Eu realmente espero que não, mas acho melhor você ir pra cozinha - o alertei, empurrando-o até o cômodo.

Comecei a arrumar minhas roupas que estavam um pouco amassadas. Em seguida, fui correndo atender a porta.

Por favor, diga que não é alguém conhecido... Por favor...

Olhei no olho mágico e para a minha decepção e surpresa era nossa vizinha fofoqueira. Abri a porta relutante:

— Bom dia! - ela exclamou toda feliz.

— Bom dia! - respondi recuperando o fôlego.

— Nossa como você cresceu, Annabeth!

— Pois é, o tempo voa! - falei ainda ofegante.

— Sua mãe disse que você poderia me emprestar um pouco de açúcar. Se não te incomodar eu mesma posso pegar na cozinha. - ela afirmou dando um passo para a frente.

— Você quer entrar? - perguntei segurando a porta com mais força.

Se ela entrasse ela veria Percy e com certeza falaria para minha mãe!

— Não, quê isso, eu pego! - avisei e fechei a porta.

Corri até a cozinha e vi que Percy me encarava confuso. Quando ele ia falar alguma coisa calei-o com a minha mão:

— Shiiu! Se a vizinha te escutar vai contar pra minha mãe que tem gente aqui! - sussurrei.

Ele concordou com a cabeça e eu fui pegar o açúcar. Voltando a porta o entreguei a mulher:

— Ai está! Agora se me dá licença, eu tenho umas coisas para resolver!

— Mas eu ainda...

Dessa vez nem deixei que ela terminasse de falar, só fechei a porta na sua cara.

— Foi por pouco! - declarei, sentando encostada na porta.

Percy veio até mim e quando nos encaramos começamos a rir.

Ele sentou ao meu lado no chão e falou:

— Eu vim aqui porque quero sair com você, para passarmos o dia juntos.

— Sair? Mas essa casa é tão confortável. - exclamei, encostando minha cabeça no seu ombro.

— Vamos Annabeth, vai ser divertido! - ele disse levantando e fazendo beicinho.

— Tá, eu vou. Mas antes você fala aonde estamos indo!

Percy deu um sorriso de lado e cruzou os braços.

— Sério? Você não vai me falar? - soltei irritada.

Ele me deu um sorriso satisfatório.

— Eu não vou te dizer. É uma surpresa.

— Por que você tem que ser tão irritante? - perguntei cruzando os braços,

— Faz parte do meu charme, Annie. - Percy piscou para mim e em seguida me ajudou a levantar.

[...]

O percurso foi bem tranquilo e divertido. Ficamos ouvindo música alta e cantando juntos, e sempre que Percy errava alguma parte, caíamos na gargalhada.

Ao chegarmos ao nosso destino, que descobri ser o Central Park, Percy estacionou o carro. Quando eu já ia descer, ele agarrou o meu ombro.

— Pra onde a senhorita pensa que vai?

— Pro parque, oras.

— Não antes de botar isso. - falou retirando uma venda vermelha do porta-luvas.

— Ah, não. De novo? - ri fraco.

— De novo. A culpa não é minha se você tem um gato como eu que gosta de te surpreender. - ele deu um sorriso de tirar o fôlego, o que me fez suspirar.

Ele tinha mais do que razão. Percy era um deus grego.

— Me dá logo isso. Não estou mais me aguentando de ansiedade.

— Não se preocupe baby, vai valer a pena.

Vesti a venda e me deixei guiar por Percy pelo parque. A brisa quente de verão batia em meu rosto, passando-me uma boa sensação.

Finalmente, Percy parou de andar e disse:

— Pode tirar a venda agora.

Quando o fiz, fiquei boquiaberta.

Na minha frente estava a cena mais romântica que eu já tinha visto: uma grande toalha quadriculada, vermelha e branca, estendida na grama com várias almofadas; várias pétalas de rosa espalhadas pelo chão, uma cesta com frutas, bolos, sucos e sanduíches que pareciam estar deliciosos!

— Eu não acredito que você organizou um piquenique! - falei abraçando-o.

— É, mas eu não fiz tudo sozinho, eu tive uma ajudinha.

— De quem?

— Suas amigas são muito boas nessas coisas. - ele disse sorrindo e me puxando para sentar.

Ficamos saboreando aquelas comidas maravilhosas, algumas vezes eu dava uvas na boca dele e ele me dava morangos que pareciam dos deuses.

Depois ficamos deitados, relaxando. Como Percy não podia me deixar quieta por um instante, começou a fazer cócegas em mim. Ele já sabia meu ponto fraco. Comecei a gargalhar e fiz de tudo para sair correndo, mas como de costume ele conseguiu me alcançar. O cabeça de alga me pegou e me jogou nos seus ombros:

— Me solta! - falei me debatendo e esmurrando de leve as suas costas.

— Eu estou te poupando de andar e é assim que você me agradece? - ele perguntou fingindo indignação.

— Eu não sou um bebê, Percy! - exclamei com um pequeno sorriso de lado.

— Mas eu vou cuidar de você como se fosse - ele disse me colocando no chão. - Quer tentar o pedalinho no lago?

Concordei e entramos.

Foi muito divertido, ficamos conversando e vendo o por do sol.

Essa foi uma das melhores tardes da minha vida. Me lembrou muito o nosso lugar especial, o dia que passamos juntos quando ainda não tínhamos brigado.

Por fim, participamos de jogos de algumas barraquinhas do parque. Foi tão legal que Percy até ganhou um ursinho de pelúcia e me deu. Era uma corujinha muito fofa.

— Aposto que você sabe que as corujas são o símbolo da inteligência. - ele comentou quando sentamos num banco.

— Sim. - declarei abraçando a pelúcia. - E então, agora já vamos para casa?

— Não, falta ainda uma última coisa. - Percy sorriu maliciosamente.

— E o que seria desta vez? - perguntei curiosa.

— Eu considero a melhor parte - ele disse me puxando e me levou para o meio do parque.

— O que vai ter aqui? - perguntei avistando um palco montado e alguns instrumentos musicais.

— Uma apresentação especial. - ele afirmou olhando para os lados e pude perceber que várias pessoas já se aproximavam para observar tudo.

— Sério? E quem vai tocar? - perguntei curiosa.

Foi só eu falar que avistei Jason, Leo e Frank no palco. Depois, as meninas chegaram correndo para me abraçar.

— Gente! O que vocês estão fazendo aqui? - exclamei e as abracei de volta. - Afinal, o que está acontecendo?

— Percy você sabe de alguma... - falei me virando para encara-lo, mas quando percebi ele não estava mais lá.

— Cadê ele? - indaguei confusa.

E foi aí que o vi no palco junto com os meninos. Todos se posicionaram nos devidos lugares: Jason tinha um trombone, Frank estava na bateria, Leo segurava pratos e Percy ficou com o microfone.

O que ele estava fazendo?

— Essa música é dedicada para o amor da minha vida: Annabeth Chase. - ele anunciou e eu pude sentir meus olhos marejarem.

Todos bateram palmas e ele começou a cantar:

[I Love You, Baby]

You're just too good to be true,

Can't take my eyes off of you.

You'd be like heaven to touch

I wanna hold you so much,

At long last love has arrived,

And I thank God I'm alive.

You're just too good to be true,

Can't take my eyes off of you.

Pardon the way that I stare,

There'snothing else to compare,

The sight of you leaves me weak

There are no words left to speak.

But if you feel like I feel,

Please let me know that it's real.

You're just too good to be true,

Can't take my eyes off of you.

I love you baby, and if it's quite all right,

I need you, baby, to warm the lonely night.

I love you, baby, trust in me when I say:

Oh pretty, baby don't bring me down I pray,

Oh pretty baby, now that I've found you,

Stay and let me love you, baby, let me love you.

You're just too good to be true,

Can't take my eyes off of you.

You'd be like heaven to touch

I wanna hold you so much,

At long last love has arrived,

And I thank God I'm alive.

You're just too good to be true,

Can't take my eyes off of you.

Eu estava tão feliz, que nem acreditava no que estava ouvindo, todos cantavam a música junto com ele e eu sorria como uma boba.

Quando ele terminou, os aplausos invadiram o parque, inclusive o meu.

Ele olhou para mim e me chamou para o palco.

Subi as escadas sentindo que meu coração iria sair pela boca.

Ele veio até mim e eu o abracei. Então Percy sussurrou em meu ouvido:

— Annie, você aceita ser a minha namorada?

— Espera, você fez tudo isso só pra me pedir em namoro? - perguntei sorrindo.

— Vamos dizer que eu gosto de fazer as coisas com estilo - ele disse piscando de novo para mim. - E então? O que me diz?

— Claro que aceito, seu bobo. - falei o beijando e ouvi mais palmas se espalharem pelo local.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Bjs



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