Neighbors or Lovers? escrita por RafaChase


Capítulo 13
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Obg pelos últimos comentários! Aqui vai mais um capítulo.



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POV Annabeth:

Acordei com uma baita de uma dor de cabeça. Tentei me sentar na cama, mas desisti no mesmo momento, já que a maldita dor voltou mais forte.

Comecei a analisar o cômodo em que me encontrava, e percebi que com certeza aquela não era a minha casa.

Busquei alguma coisa que me desse pistas de onde estava, e achei vários presentes jogados no chão, sapatos e roupas.

Ufa! Pelo menos isso...

Eu estava na casa de Thalia. Ainda bem.

Sinceramente, não estava afim de acordar na casa de alguém desconhecido, principalmente se fosse um garoto.

Mas o problema que eu tinha que me preocupar era bem pior do que isso: eu não me lembrava de boa parte da noite anterior.

Vamos testar a memória: ontem foi aniversário da Thalia, Nico e ela estavam se pegando, e eu estava com quem? Espera! Percy... Mas depois ele estava com... Rachel? Ei, eu lembro disso! Como eu esqueceria que ele estava com aquela garota? Mas, por que o resto está tão confuso?

Nessa hora Thalia entrou no quarto, me dando um susto:

— Você quer me matar?! Não está vendo meu estado, criatura! - exclamei alto, mas me arrependi, levando as mãos a cabeça.

— Ai querida, eu estou te achando tão engraçada de ressaca. Com certeza é sua primeira vez não é? - ela perguntou sorrindo.

— Pelo visto, sim.

— Toma esse remédio, vai melhorar um pouco a sua dor. - ela disse me entregando um copo d'água.

— Thalia, o que diabos aconteceu ontem? - perguntei após engolir o remédio.

— Bom, eu não sei de muita coisa... Eu estava expulsando uma certa ruiva metida da minha festa. Ai, eu vi o Percy indo embora, ele estava P da vida e com alguns machucados no rosto. O Luke também estava machucado e bem, você estava desmaiada na pista de dança. Foi uma noite e tanto! - ela suspirou e sentou do meu lado na cama.

— Acho que eu nunca mais bebo na minha vida! - exclamei afundando a cara no travesseiro.

Mas na minha mente, uma pergunta me deixava inquieta: o que eu realmente havia feito ontem?

[...]

Thalia foi me deixar em casa, depois de comermos alguma coisa. Eu até me assustei quando vi o relógio marcando 5h da tarde.

Quando cheguei e já estava subindo as escadas ouvi alguém falando comigo:

— Aonde você pensa que vai, mocinha?

— Mãe? Pai?

— Aonde você estava, Annabeth? - perguntou meu pai, que estava sentado numa poltrona da sala.

— Eu estava na casa da Thalia. Eu mandei uma mensagem...

— Você mandou uma mensagem sexta. Sabe que dia é hoje? Domingo! - exclamou minha mãe chateada.

Aff, era só o que faltava...

— E desde quando vocês se preocupam comigo e por onde eu ando? - perguntei cruzando os braços.

— Annabeth, nós somos seus pais! É claro que nos preocupamos com você, filha! - Frederick disse se levantando e vindo na minha direção.

— Não é o que parece! Vocês me abandonam nessa casa todo santo dia e quando chegam, só falam boa noite e depois me ignoram. Vocês dizem que se importam, mas nunca estão presentes! Eu cansei de vocês!

— Annabeth, meça suas palavras! - Atena gritou para mim.

— Mas é a mais pura verdade!

— Filha, chega de discutir, falamos disso mais tarde. - papai acariciou meu braço, mas eu me afastei.

— Vocês nem se dão ao luxo de me escutar. O custa largar essa porra de emprego por um minuto e dar atenção para a única filha que vocês tem?! Tudo que eu queria era que vocês parassem para me perguntar como foi meu dia, ou se eu fui bem na escola ou até mesmo como está a minha vida amorosa... - neste momento lágrimas já escorriam dos meus olhos - Mas vocês não estão nem aí! Vocês são os piores pais do mundo!

Atena e Frederick ficaram chocados com as minhas palavras, a ponto de ficarem boquiabertos. Quando se recuperou, minha mãe disse:

— Annabeth, vá para o seu quarto e não saia de lá tão cedo. Você está de castigo.

Começei a rir.

Eu não acredito que ela fez isso...

— O que é tão engraçado? - ela perguntou chateada.

— Você só acabou de comprovar o que eu disse. - respondi e em seguida virei-lhes as costas, indo em direção ao meu quarto.

Argh, como eu odeio a minha vida! Por que tudo tinha que dar errado?

Meus pais estão contra mim, não consigo me entender com o Jackson, tem um menina ridícula que quer infernizar a minha vida...

Tem como estar pior?!

Deitei na cama e tentei relaxar, queria esquecer todas aqueles problemas. Estava tudo tranquilo, até que ouvi uma batida na porta.

Sem pensar duas vezes, gritei:

— Vai embora, eu quero ficar sozinha.

— Annabeth, eu sinto muito. Por favor, eu quero conversar com você.

Meu pai? Ele realmente estava na minha porta?

Mordi os lábios e segurei o travesseiro com força.

Abro ou não?

A que se dane, ele pelo menos veio atrás de mim, ao contrário da minha mãe.

Levantei e abri a porta, me deparando com meu pai com uma expressão abalada.

— Entra.

Sentei de novo na minha cama e ele sentou em uma cadeira que estava próximo a ela. Ele suspirou e quando tomou coragem, disse:

— Como você mesmo disse, você é a nossa única filha. Eu não sei o que seria da minha vida sem você, Annabeth. Como pai, eu te amo incondicionalmente, nunca duvide disso. Toda família tem seus altos e baixos, mas exatamente porque são uma familia isso acontece. Perdão por não lhe dar a atenção que você merece, eu sinto muito. Mas, nós aprendemos com os nossos erros, então não se preocupe minha querida, isso não mais vai acontecer.

Quando percebi, minha roupa estava molhada com as lágrimas que não paravam de escorrer por meu rosto. Emocionada com a situação, lhe abraçei:

— Desculpa pelo que eu disse. Você é um ótimo pai e eu também te amo muito.

Naquela noite, ficamos abraçados até eu pegar no sono. Papai me embrulhou e com um beijo de boa noite saiu do quarto.

— Boa noite, princesinha.

[...]

Acordei muito sonolenta. Segunda-feira era o pior dia da semana. E claro, ainda mais quando se está de castigo.

Pelo menos eram 3 dias, mas neles estavam inclusos a perda do meu carro (minha mãe ainda insistiu em me castigar, já que ela era uma orgulhosa e sempre queria ter razão), ou seja, não podia sair pra lugar nenhum.

Mas, como meu pai era uma pessoa muito caridosa, disse que poderia me levar para escola.

Mas claro que eu neguei, né!

Helloo, eu tenho 17 anos, não preciso do meu pai pra ir pra escola. Eu gosto de ser independente!

Mas isso significava que eu teria que ir a pé.

Droga de vida!

Coloquei um vestido florido e saí de casa um pouco cedo, porque não queria chegar atrasada.

O céu estava cinzento, o que não era um bom sinal, então apressei o passo. A cada passada eu me sentia mais cansada, parecia que eu nunca ia chegar. Mas eu persistia, afinal, faltava só alguns quarteirões.

De repente, um conversível azul passou em alta velocidade por mim. Levei um susto por conta do barulho do motor, mas fiquei ainda mais surpresa quando o carro parou e começou a vir de ré em minha direção.

Meu Deus. Será que era alguém querendo me sequestrar?

O vidro se abaixou e eu fiquei aliviada quando vi quem estava dentro do carro.

— Annabeth, o que você está fazendo? - Percy perguntou, me analisando.

— Por um acaso você é cego? Não vê que eu estava andando até a escola? - respondi com certa grosseria.

— E desde quando você anda até a escola? - Percy questionou, rindo de mim.

— Desde hoje. Agora com licença, eu preciso continuar minha caminhada. - respondi com um sorriso falso.

— Espera! Você aceita uma carona? Eu sei que não estamos muito bem, mas eu não posso te deixar assim na rua. - ele falou com uma expressão sincera.

— Não, obrigada. Prefiro ir andando.

Andei alguns passos sem olhar para trás, mas estava de certa forma com raiva de mim mesma.

Por quê eu tinha que ser tão orgulhosa?

Como castigo ao meu orgulho, começou a chover.

— Ahh, qual é?!

Percy avançou com o carro até me alcançar:

— Certeza que você não vai aceitar? Última chance...

Sai bufando e andei apressada até o carro, para evitar me molhar mais do que já estava. Ele adquiriu um sorriso vitorioso, mas depois o silêncio se estabeleceu. Olhei para o seu rosto pelo canto do olho e pude ver que ele estava com alguns hematomas.

Comecei a lembrar da noite da festa, e a curiosidade me consumiu. Eu precisava descobrir como ele havia se machucado e o que realmente havia acontecido no sábado.

— Percy, o que aconteceu na festa da Thalia, depois que eu saí de perto de você? - perguntei, quebrando o silêncio.

Ele adquiriu uma expressão surpresa:

— Vai me dizer que não lembra. Ah, espera, você estava super bêbada!

— Acredita que quando eu acordei eu nem percebi isso? Pelo amor de Deus Percy, me diga algo que eu não sei! - falei com sarcasmo.

— Qual o seu problema? Eu te ajudo e é assim que você me retribui? - ele perguntou inconformado.

— Para começo de conversa eu não pedi a sua ajuda! - declarei chateada.

— Já que você quer tanto saber, ontem você bebeu ao ponto de cometer loucuras e certas pessoas se aproveitaram disso!

— Quem? Você? - perguntei com um sorriso sínico nos lábios.

— Não Annabeth, o Luke! Ele... ele te beijou. - Percy cuspiu as últimas palavras e ficou bem evidente que estava ciúmes.

Não acreditei no que ele disse.

Como assim Luke e eu nos beijamos?

Quando recuperei a voz, expliquei:

— Como você mesmo disse, eu estava bêbada. Eu não tinha consciência do que estava fazendo. Não teve importância para mim.

— Mas ele não pensa assim. - ele sussurrou, mas foi alto o suficiente para eu escutar.

— E se ele realmente gostar de mim? Qual diferença vai fazer? Nós não somos nada além de vizinhos, Percy! Obrigada pela carona, mas agora eu tenho que ir.

Naquele momento, chegamos na escola. Sai apressada do carro e avistei Thals na entrada. Fui correndo falar com ela:

— Oi, desculpa a demora. Imprevistos...

— O que aconteceu? - ela perguntou.

Contei a história toda, desde o castigo até a carona. Ela escutava atentamente minhas palavras e quando eu terminei, ela comentou:

— Sua vida está uma porcaria mesmo!

— Sério que você percebeu isso? - perguntei com um sorriso irônico.

— Então, quer dizer que eles brigaram porque o Percy te viu beijando o Luke? - ela questionou enquanto andávamos pelo corredor.

— É o que tudo indica. - falei pensativa - Mas, o melhor agora é deixar isso de lado, eu já tenho confusão demais na minha vida.

— Mas você não acha que deve, sei lá, esclarecer as coisas com Luke?

— Acho que sim, não quero dar falsas esperanças pra ele, nem pra ninguém...

De onde estávamos, consegui avistá-lo no seu armário.

— Me espera lá na sala que eu vou resolver isso logo - falei apontando para ele.

— Ok, boa sorte! - ela gritou enquanto eu me afastava.

É, eu iria precisar...

— Oi, Luke. - disse quando cheguei ao seu lado.

— Oi, Annie! - ele disse me abraçando.

— Então, eu queria falar com você sobre...

— Você vai fazer alguma coisa amanhã? - ele perguntou sorrindo pra mim.

— Não, mas eu estou com alguns problemas em casa e...

— Que horas eu posso te pegar?

— Luke! Posso terminar de falar primeiro?

— Ok, desculpa. O que era mesmo?

— Sábado, na festa, eu queria que você soubesse que eu estava bêbada e que eu nem lembrava o que tinha acontecido. Mas me disseram que a gente se beijou e...

— Você veio dizer que não significou nada. Eu sei, eu entendo.

— Sério? Então, está tudo bem entre a gente?

— Claro - ele falou fechando o armário - Porém, isso não quer dizer que não significou nada para mim.

— Hum... eu... - comecei mas ele me interrompeu.

— Não precisa dizer nada, tudo que eu peço é uma chance Annie. Eu realmente gosto de você, então antes de responder eu quero que você pense bem... Se você aceitar nós poderíamos tentar sair juntos , pode até ser hoje, mas se você não quiser nada eu vou respeitar sua decisão.

Eu fiquei muda por um tempo pensando naquela proposta. Luke era um garoto muito legal, bonito, e nós já nos conhecíamos a muito tempo, já que éramos amigos de infância. Além do mais essa era uma ótima oportunidade de esquecer de vez Percy.

Por que não tentar?

— Tudo bem, eu aceito.

— Ótimo! Pois eu te busco na sua casa às 9h.

— Certo. Agora eu tenho que ir pra aula.

— Ok, até mais tarde. - ele sorriu e acenou enquanto eu me afastava.

Então, eu tinha acabado de marcar um encontro e não fazia ideia de como iria!

Mas eu encontraria um jeito...

POV Luke:

Depois que Annabeth saiu, terminei de guardar meus livros. Finalmente ela estava cedendo, eu iria conseguir que ela fiquasse comigo e esquecesse aquele ridículo do Jackson.

Sinceramente, o que as meninas viam nele? Eu era com certeza sou melhor!

Nessa hora o meu celular tocou e era exatamente a pessoa eu queria falar:

— Tudo está indo conforme o plano. - sorri imaginando o que teria que fazer.


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Notas finais do capítulo

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