Aconchego escrita por Deusa Nariko


Capítulo 1
Capítulo Único: Aconchego


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá e olá :D
Cá estou aqui novamente porque não resisto a HakYona. Então, essa é uma one-shot bem amorzinho, mas beeeeeem amorzinho mesmo porque a escrevi todinha com um sorriso bem bobo na cara Hahahaha

Espero que gostem e boa leitura!



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Aconchego

Por Deusa Nariko

 

Yona despertou de um sono pesado — pela primeira vez em semanas — devido à intensa claridade que varava a janela do imenso aposento. Surpreendentemente, descobriu-se mais descansada e leve do que achou que estaria levando-se em conta as atividades da noite anterior.

Ela sentiu as bochechas arderem de vergonha quando lembrou onde estava exatamente e com quem estava. Abriu os olhos num rompante, ignorando até mesmo o fato de que a luz da manhã os fizera lacrimejar, e vasculhou o cômodo freneticamente.

Então se deu conta, enfim, do par de braços fortes que envolvia seu corpo. Ah, e também havia uma respiração suave e ritmada na pele do seu pescoço. E, oh céus, suas pernas estavam entrelaçadas a outras duas pernas longas e fortes. E, que os deuses a ajudassem, o único pedaço de tecido a envolvê-los era a manta fina com a qual se cobriam.

Suas costas nuas estavam apoiadas nos músculos de um peitoral muito, muito forte. Pele contra pele. O calor que provinha do corpo imenso dele a atingia de todas as formas e em todos os lugares possíveis.

Hak. Era Hak. O homem ao qual se entregou na noite passada; seu corpo, seu coração e sua alma, ele podia ter tudo dela. E ele teve.

Com o coração martelando o peito e a respiração engatada na garganta, relembrou alguns dos momentos doces que viveram. Do ponto onde ela disse que seria ser dele, enquanto roçava os lábios nos dele, até o exato instante em que conseguiu convencê-lo de que estava segura de que queria isso (e não foi fácil convencê-lo).

Hak vinha repetindo nos últimos meses que eles precisavam ser discretos por um tempo. Yona estava no trono havia pouco tempo e ele tinha dito que seria melhor não atrair atenção desnecessária para o envolvimento da Rainha de Kouka com o seu leal general.

O problema é que ambos pareciam detestar a ideia de ser discretos, afinal, isso implicava encontrarem-se apenas quando fosse oportuno, e tolerar a distância e toda a afetação da corte não parecia algo para o qual estivessem prontos. Por isso, na noite anterior, quando Hak se esgueirou para o seu aposento, Yona tratou de deixar claro que estava farta de ser discreta e, enquanto se perdiam nos braços um do outro, acabaram fazendo amor pela primeira vez.

Yona recordou com um sorriso o momento em que Hak confessou a ela que também era virgem. A pontada de contentamento que sentiu no seu peito não pôde ser escondida, tampouco o sorriso presunçoso que se abriu nos seus lábios. Quando indagado como e por que, ele apenas admitiu que nunca conseguiu olhar para outras mulheres.

Depois disso, bem, tudo o que ela conseguia lembrar era de como Hak era lindo e de como ele a fez se sentir, subjugando sua timidez e despertando a sua libido pouco a pouco, toque a toque. Os olhos dele haviam sido ardentes e as mãos dele sobre o seu corpo pareciam carregar o próprio fogo de tão quentes.

Ah, todas as perversões que ela experimentou sob os dedos calejados e a boca atrevida dele! Yona voltou a enrubescer quando, ao descer os olhos pelo seu colo, encontrou todas as marcas que ele havia deixado na sua pele. Ela sabia que, sob a coberta, havia mais delas espalhadas pelo seu ventre e pelas suas coxas. Oh, céus, agora o seu rosto todo estava em chamas.

Inquieta, dobrou as pernas, desenlaçando-as das de Hak, só para ser recompensada com um leve desconforto íntimo que a remeteu para o momento mais doce da noite anterior: quando se tornou uma só com ele. A ternura e o amor no olhar dele ainda conseguiam fazer derreter os seus ossos, assim como o beijo casto que ele depositou no topo da sua cabeça. Não houve provocações ali, apenas os sentimentos dele ansiando alcançá-la. E alcançaram.

Yona suspirou. Estava tão apaixonada por aquele homem que não conseguia acreditar que conviveu tantos anos ao lado dele sem notá-lo, sem enxergá-lo verdadeiramente. Virou o rosto para olhá-lo e estendeu uma mão para tocá-lo. Adorava ver Hak dormir, a vulnerabilidade na expressão dele quando o fazia, despida de toda preocupação e sarcasmo, a fascinava. Era uma expressão de menino.

Assim que seus dedos afagaram uma das faces, as pálpebras dele tremeram de leve antes de abrirem-se e revelar o azul intenso dos seus olhos. O olhar calmo dele encontrou o dela, ainda envolto numa doce névoa de sonhos. E o sorriso preguiçoso que ele abriu em seguida conseguiu deixá-la sem fôlego. Hak apertou os braços ao redor da sua cintura e a trouxe para mais perto.

— Bom dia, minha Rainha. — A rouquidão sensual na voz dele deixou-a desconcertada por um momento.

— B-bom dia — conseguiu articular ainda um pouco tímida.

— Como dormiu? — perguntou enquanto espalhava beijos sobre a face, cabelo e pescoço dela, distraindo-a da pergunta que fizera.

Yona sentia arrepios gostosos a cada beijo úmido que ele deixava sobre a pele do seu pescoço. Céus, algum dia se acostumaria a acordar ao lado e nos braços desse homem? Duvidava que sim. Hak era tão intenso. Ela se sentia a lebre tola presa no agarre irresistível do seu predador.

Nesse momento, Hak afundou o rosto de vez no ponto onde seu pescoço se conectava ao seu ombro desnudo e, ah, lá estava a língua atrevida dele atiçando-a mais uma vez, provando a sua pele. Os dedos dele haviam se enrolado de forma distraída num cacho do seu cabelo. Quando a mão livre escorregou de leve por cima de um dos seus seios seguindo para apertar sua cintura, Yona definitivamente perdeu o fio da meada.

— Hmm, o que... O que você perguntou mesmo? — balbuciou um tanto esbaforida e escutou a risada gostosa dele contra a sua pele.

Hak levantou o rosto com um sorriso pervertido que só serviu para acentuar o rubor nas faces dela:

— Como você dormiu?

Yona usou as duas mãos para tapar o rosto e esconder dele a vergonha que estava sentindo. Ela descobriu que ainda não estava pronta para lidar com as provocações de Hak, especialmente se ele estivesse nu e testando-a daquela maneira.

— É difícil me concentrar com você me distraindo assim! — acusou-o num timbre trêmulo, estava tão envergonhada e Hak parecia se deliciar com isso.

Ele tornou a rir e Yona só permitiu que ele tirasse suas mãos do rosto porque precisava vê-lo sorrindo daquela forma. Não havia nada mais lindo ou mais cristalino do que o som daquele riso genuíno. O calor que encheu o seu peito — por saber que era a razão de ele estar rindo daquela forma — também trouxe lágrimas de contentamento aos seus olhos.

— Como estão os meus métodos de distração então? — ele perguntou provocador.

— Absolutamente eficientes — admitiu num rompante, o rosto quase tão vermelho quanto seus cabelos.

— É bom ouvir isso — murmurou com satisfação e voltou a se aconchegar contra ela, afirmando os braços ao redor da cintura esbelta.

Mas então ele resmungou contra a pele dela quando pareceu se lembrar de algo desagradável:

— Quanto tempo temos até que as suas damas da corte apareçam por aqui?

— Não muito — admitiu num tom queixoso que ele ecoou ao deixar escapar um muxoxo no seu pescoço.

— Acha que elas ficariam muito escandalizadas se flagrassem um general nu no leito da rainha?!

Yona assentiu com um aceno de cabeça, mas também deixou escapar um risinho.

— Acho que elas ficariam traumatizadas com a cena num primeiro momento.

Hak, entretanto, não fez menção de se afastar tampouco parecia disposto a se despedir dela. Yona tentou ignorar o rubor nas suas bochechas para murmurar as próximas palavras.

— Acredito que elas não possam fazer algo contra o futuro rei de Kouka, entretanto.

Ele arfou contra o pescoço dela e levantou o rosto para fitá-la, apoiando-se num cotovelo. O outro braço permanecia sobre a cintura dela, os dedos longos afagavam seu ventre por cima da coberta fina.

— Ora, devo considerar que está pedindo a minha mão, Heika?

— E se eu estiver? — Yona olhou para qualquer ponto do cômodo, menos para a expressão divertida de Hak.

— Qualquer coisa pela minha Rainha — ele respondeu simplesmente e tornou a se deitar ao lado dela. Pousou os lábios sobre a orelha e sussurrou as palavras que ela mais adorava ouvir bem ao pé do seu ouvido: — Eu te amo.

— Yona — ela murmurou em resposta, encabulada, e com o coração lhe socando as costelas. — Diga meu nome, Hak.

Incapaz de negar o que quer que fosse a ela, ele repetiu, usando um tom baixo e rouco que a deixou arrepiada de desejo.

— Eu te amo, Yona.

Yona tornou a derreter nos braços dele. De novo, de novo e de novo.

— Também te amo, Hak — sussurrou e engoliu um gemido quando ele a beijou profundamente em resposta.

Se dependesse dela, passaria toda a eternidade nos braços dele, no aconchego que apenas eles conseguiam lhe dar.

Suas obrigações com o reino podiam esperar mais um pouquinho, não?


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Notas finais do capítulo

Misericórdia, como eu amo esses dois! O Hak principalmente!

Mas, vem cá, quem vocês acham que seja o "Rei", a "Espada" e o "Escudo" da profecia do Ik-su??? Eu fico matutando isso e apesar de ter quase certeza de que a Yona é o Rei, vai que a Kusanagi-sensei decide nos surpreender, né? XD
Sobre a Espada e o Escudo, tenho algumas teorias, hmmm...

Comentem! ;)