Meu violeta. escrita por Martins


Capítulo 1
Minha cor favorita.




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Quando ele chega, é quando a sala se enche de graça e cor.

Teddy Lupin, com suas calças juntas e rasgadas, jaquetas de couro com fundo de outra cor, camiseta de bandas trouxas antigas que ninguém além de tio Harry conhece, e os cabelos tão rebeldes quanto o nosso querido herói. Sempre multicolorido. As cores que iluminam meus olhos e toda minha vida sempre que ele se aproxima, com seu andar desajeitado, as orelhas coradas e ombros já encolhidos por natureza.

Eu costumava pensar que minha fixação por Teddy não se passava de admiração pelo meu primo mais velho. O seu jeito ‘Teddy’ de ser: que consegue animar qualquer pessoa, sempre sorrindo, os olhos se fechando, adoráveis, e aquela risada... Ah, aquela risada que faz qualquer um se perder, querendo ouvi-la para o resto da vida.

Mas Teddy Lupin não é só divertido e bonito, ele é confiável e um ótimo ouvinte, sendo o único em toda a família que consegue entender meus longos comentários sobre política, amor, música ou movimentos importantes do mundo trouxa. Ele sempre te encara com suas apaixonantes orbes castanhas, querendo memorizar cada cantinho de seu rosto, ergue o canto dos lábios se concordar com suas palavras com apenas para de te analisar quando percebe que você falou uma baita besteira.

Deveria ser apenas uma admiração, uma compaixão de jovem. Mas, o jeito que eu me enchia de alegria ao vê-lo, ou, como minha alegria murchava como um balão sempre que ele ia embora. Ah. Meu mundo ficava cinza sem as cores de Teddy Lupin para me animar, como na vez, durante a festa de aniversário de Albus, que eu estava sentado no meu canto, observando-o – com as madeixas vermelhas como sangue na época – dançando lentamente com Victoire, e, ele erguera seu rosto muito bonito, antes de abrir um sorriso e me puxar, quase violentamente, para a pista de dança, me forçando a dançar, enquanto mudava seus fios para um violeta sensacional que me fizera amolecer.

Era a minha cor favorita. E ele sabia. Teddy Lupin era meu violeta.

Aprendi com o tempo que o sentimento que eu tinha pelo garoto colorido era mais do que uma admiração, e, percebi que, meu amor por suas cores vibrantes me deixava cada vez mais leve. Era como se eu morresse e renascesse sempre que seu cabelo mudava para uma cor ainda mais berrante, meu estômago esfriando quando ele se aproximava para me cumprimentar.

Porém, esses sentimentos tão óbvios e tolos tiveram que morrer assim que ele e minha prima mais velha Victoire começaram a namorar, como todo o resto da família tanto dissera e eu rezara para não acontecer.

Os dois eram insuportavelmente fofos e, o que me deixava ainda mais com raiva era como Teddy a encarava. Do mesmo jeito que eu o encarava.

Agora, no fim do meu aniversário de dezoito anos, bebi como um condenado e contei tudo o que eu sentia para Dominique, irmã de Victoire, que me abraçou fortemente, acariciando minhas madeixas negras, dizendo ao pé do meu ouvido que tudo ficaria bem, que, com o tempo, eu me esqueceria de Teddy Lupin.

— Bom dia família! — diz ele animado mais uma vez, abrindo a porta da cozinha, de mãos dadas a Victoire, com os cabelos em um tom de verde menta que lhe caiu muito bem, combinando com sua pele pálida.

Meu coração dá salto e eu sorrio envergonhado, abaixando-me para meu cereal, forçando-me a comer, sem sentir que eu mastigava meias sujas vendo como seus dedos longos ficavam perfeitamente seguros ao redor da delicada e pequena mão de Victoire.

Lily me censura com o olhar – sempre desconfiei que ela já sabia sobre minha ‘situação’ – e me endireito, cumprimentando Victoire com a cabeça, meu coração quase saltando pela boca quando Teddy, ao me ver, muda seus cabelos para o meu violeta tão querido.

Dominique pode ficar decepcionada comigo, mas, aquela era a verdade, eu, James Sirius Potter, só deixaria de amar Teddy Lupin, meu violeta e meu primo mais velho, quando ele parasse de ser tão colorido.


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Notas finais do capítulo

Adorei escrever esse James tolo e apaixonado, até porque, Teddy Lupin, como não se apaixonar por ele.
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