Os Voos de Madison escrita por Yasmin, Cristabel Fraser, Paulinha


Capítulo 8
Capítulo 8 – Incidente


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galerinha linda... voltamos com mais um capítulo irresistível e apaixonante. Ysa e eu estamos cada vez mais contentes com o retorno de vocês com a Fic, gostaríamos de ser mais exatas com as postagens, mas a Ysa tem a rotina dela e eu a minha que por sinal estava em viagem, mas cá estou e com uma novidade. A Paulinha tem nos dado uma força em tanto com OVDM e acabamos convidando ela para fazer parte deste projeto e, agora ela será coautora também. Espero que gostem desse capítulo tanto quanto eu amei. Os comentários serão respondidos assim que possível. Apertem os cintos e bem-vindos a mais um capítulo eletrizante... boa leitura.



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— Tem andado dispersa. — Annie retorna, e me pega novamente distraída no celular, algo que não fazia muito, mas isso mudou desde que comecei a conversar com meu admirador secreto. Porém, ela não sabe que ele é o motivo e que estou conversando com ele há exatos 8 dias, 17 horas e alguns minutos.

— Impressão sua!! — Guardo o Black Berry no bolso e pego a água de coco que comprou.

Ela e eu tiramos o dia para cuidar do corpo. Aeromoças, precisam estar em forma, assim, aproveitamos a folga para ir ao salão e fazer compras e como ainda tínhamos tempo de sobra repaginamos o visual e depois viemos ao parque com intenção de correr, mas, não resistimos, alugamos duas bicicletas para dar uma voltinha e acabamos nos empolgando. Pedalamos por uns oito quilômetros, paramos apenas quando vimos o céu ficar alaranjado e os pássaros dar início a morada da noite.

— Não é impressão minha — ela se senta na grama. Está vermelha e tão cansada quanto eu. — Não está com aquele ar ranzinza herdado do Haymitch. — Ela sempre diz que minha teima é obra de Haymitch, se fossemos pai e filha de verdade não pareceríamos tanto um com o outro.

— Não deixe ele ouvir isso. — Deito e sinto a grama me pinicar e o celular vibrar novamente. Desbloqueio a tela e vejo mais uma mensagem dele.

— Porque é verdade. — ela me cutuca — Diz aí, qual o motivo do seu sorriso, Katniss Maddox. — Olho para o céu, não quero dizer, se eu falar vai me infernizar para que eu marque um encontro, e não quero isso. Não por agora, se for para nos conhecermos prefiro que seja naturalmente. Sem pressão, nada premeditado, tem também a possibilidade dele ser um sociopata, me estrangular e descartar meus restos mortais em qualquer canto do rio. Já até consigo ver a manchete do noticiário local:

CORPO DE AEROMOÇA DADA COMO DESAPARECIDA DEPOIS DE MARCAR UM ENCONTRO COM DESCONHECIDO, É ENCONTRADO BOIANDO NA REPRESA DA CIDADE.

Trágico, Trágico, ´Trágico!!

— Darius ligou — Uma coisa importante surgiu em minha mente.. — Disse que encontrou um lugar perfeito, o preço é acessível. Perfeito para o nosso orçamento. — Na verdade, conto algo que realmente deveria ter lhe dito mais cedo, mas com a correria acabei me esquecendo.

— Aonde? — ela me fita com rabo de olho. Sempre desconfia do que eu digo.

— Em Allanville!

— Allanvile!!! — ela grita, é um pouco longe, também não me animei muito. Mas, o valor que o proprietário do imóvel pretende é o mais próximo do nosso bolso. — Quanto ele quer? — pergunta preocupada demais. Depois de um tempo, ela também passou a economizar. Não temos muito, nada como a fortuna de Donald Trump, porém mais que o montante que Mark Zuckerberg precisou para fundar o Facebook.

— Tudo o que temos — respondo. — E com o empréstimo do banco podemos iniciar a reforma, comprar os materiais, pagar os operários e com o que sobrar, compramos tudo que for necessário para receber o nosso primeiro hospede, é claro que não vai ser nada de imediato. Quero estar realmente capacitada e ainda faltam dois anos. Mas, podemos comprar a propriedade, Allanville, apesar de longe é uma das cidades mais bonitas do estado, aquelas montanhas, as vinícolas, será perfeito. — Assim que termino, abro os olhos, sempre quando toco no assunto os fecho para imaginar tudo no lugar. Me animo muito toda a vez que falo disso. Ela e Haymitch sempre comentam que meus olhos brilham mais que uma estrela cadente toda vez que dou um passo adiante no projeto, não que eu tenha dado muitos, mas encontrar o local é o maior passo do meu pequeno empreendimento, quero dizer, nosso, já que Annie de tanto me ver sonhar quis sonhar comigo. No início não aceitei. Mas, ela insistiu até que concordei que seria minha sócia, mas agora não parece muito animada, seu olhar é confuso. — O que acha?

— Q-que... — ela gagueja e desvia o olhar. — Precisamos conhecer o local. Para quando Darius agendou nossa visita?

— O quanto antes, vou esperar nossa planilha de voo ser anunciada e em nosso dia de folga podemos ir. — ela assente, não tão animada quanto eu, mas, imagino que o desanimo é pelo cansaço, as pedaladas foram intensas, por isso encerro o assunto e chamo para irmos de vez.

         Demoramos um pouco para chegar em casa, Finnick já estava na sua espera e como não quero ficar mais uma vez segurando vela deixo o apartamento vazio para os dois. Tomei meu banho, vesti uma roupa leve e vim para igreja.

         — Effie! — grito seu nome, faz algum tempo que não a vejo, seu horário sempre incompatível com o meu.

         — Katniss, está linda — atravessa os bancos da igreja caminhando na minha direção e me cumprimenta de seu jeito habitual, com dois beijinhos no rosto e um abraço apertado.

— Como vai?

         — Estou bem, ganhando alguns cabelos brancos com o governo e aquelas crianças — Ela sempre reclama que a vida de uma assistente social não é fácil, salários baixos, pouco investimento e principalmente a vida pessoal é quase nula, já que é muito difícil não deixar se envolver. Apegar e querer levar todas as crianças para dentro da própria casa. — Mas, é gratificante, olha só como eles estão lindos! — Aponta para o grupo de meninos, atentos ao musicista da igreja, provavelmente ensaiando para o coral de domingo. Quando mais nova também fiz parte disso, eu era péssima, mas com o tempo Haymitch e todos aqui da igreja se emprenharam para me ensinar a cantar a canção “Let it Be” a mesma que os meninos ensaiam agora.

— Lembrou que existo — Haymitch surge após um tempo, Effie quando o vê abaixa o olhar e cora no mesmo instante, inventou que precisava urgentemente fazer uma ligação, mas sei que não é isso, ela também sente algo por ele, só não sei por que se esquiva toda vez que ele se aproxima.

         — Já se declarou? — Sussurro curiosa, essa história dura desde que completei minha maioridade e já faz um par de anos.

— Não começa, garota, esquece isso.

         — Esquecer, por quê? — Se meus olhos brilham quando falo do hotel o dele faísca toda vez que a senhorita Trinket está por perto. Ele fica até mais bonito, sem os vincos da feição ranzinza que ele usa para parecer zangado.  — Você é um pastor luterano, se apaixonar, casar está no script da igreja, Haymitch, fale com ela. — insisto.

         — Xiuuu — ele fecha a cara e me puxa até sua sala.

         — Por que insiste nisso? — está visivelmente irritado.

         — Porque o tempo está passando e todo mundo nessa igreja sabe que gostam um do outro, por que, não se arrisca, Haymitch?

         — Por que ela não é como eu?

         — Puro? — tiro minha bolsa do ombro e me jogo na poltrona, é sempre o mesmo assunto, Haymitch se converteu desde muito jovem, nunca se relacionou com ninguém. 

Mas, quando eu era menina ele dizia que eu não podia viver apenas de orações, precisava de histórias, então de um jeito atrapalhado sempre me contava a mesma história de dois jovens, um amor proibido entre uma judia e um cristão. Idealizo que seja a história dele, mas nunca confirmou. Era algo parecido com a história da Cinderela, no entanto sem um final feliz.

Mas, a questão não é essa, e sim que a vida está lhe dando uma nova chance de ser feliz, mas está desperdiçando.

— Precisa conhecê-la, Hay! — me aproximo, tocando seu ombro.

         — E você quando vai esquecer aquele garoto? — Toda vez que não quer admitir que está sendo um covarde, desconversa e joga na cara minha obsessão pelo Peeta. O que ele não sabe, é que, o garoto por quem eu esperei rever em todos esses anos está mais perto de mim do que imagina e como vim aqui para atualizar sobre os últimos acontecimentos da minha vida, não hesito em dizer:

— Ele voltou!

Sua feição, antes zangada, se transforma em curiosa.

— Voltou? — ele liga a cafeteira antiga, coloca o pó do café.

 — Está trabalhando comigo. — Me levanto, assim que a cafeteira avisa que o café está pronto, pego duas xícaras, adiciono adoçante para mim e três cubos de açúcar para ele.

— Trabalhando?

— É trabalhando. — Bebe um gole do café exasperado e depois recita um dos versículos da bíblia.

— E vocês já conversaram?

— Já — ele sorri — Mas, não do jeito que está pensando. — Me apresso a dizer quando um sorriso toma conta do seu rosto — Ele não se lembra de mim, impossível, mudei muito.

— Sonhou com esse reencontro a vida toda e agora...

— Ele não é o mesmo, Haymitch. Não é mais aquele garoto benevolente, bondoso, educado engraçado. Ele é um...

— Você também não é mais aquela garota. — Agora é a vez dele de interromper-me.

Seus lábios se curvam. Do jeito zangado. Então, ele começa o sermão.

####

Minha correspondência com Picasso está durando mais do que gostaria. Desde aquele dia no qual ele me presenteara com a garrafa de vinho, não paramos de trocar mensagens. Sempre acordo com seu “Bom dia” ou alguma frase engraçada.

Gostei de saber que é bem humorado, aos poucos tem conseguido minha simpatia.

                Ele é uma boa distração. Conversar com ele tem sido a válvula de escape do meu mundinho solitário. E até mesmo, graças a ele, não tenho mais meus pensamentos voltado ao passado. No abandono dos meus pais. Ou no cretino do Mellark, que anda bastante incomodado com meu silêncio, já que não tenho revidado as suas tentativas de me provocar.

 Semana, passada passamos a noite fora, quero dizer, não ele & eu, digo nós; toda tripulação. Passamos a noite em Atlanta, no meu hotel favorito e brigamos mais uma vez. O mesmo de sempre. Ele me assustou com uma aranha de borracha. Idiota e infantil, isso sim que ele é.

           Saio do banho com pressa para pegar meu celular e bastante curiosa para ver se Picasso havia deixado alguma mensagem. Havia uma, mas não era dele e sim da minha melhor amiga, lembrando do jantar que Finnick estava preparando.

Annie: Não se atrase.

Eu: OK.

Assim que termino de responder para minha amiga meu celular torna a apitar.

Picasso: Boa noite.

Era ele, e ultimamente estávamos em um jogo de palavras chaves, ou aleatórias.

Eu: Hey... O que mais?

Mais cedo ele tinha me enviado uma palavra-chave e que demorei um pouquinho, mas acabei desvendando.

Picasso: Estou esperando que responda minha pergunta.

Ele perguntou mais de uma vez, sobre o que faço no dia a dia.

Eu: Me responda você!!!

Digitei e fui até o guarda roupa, procurando uma roupa para o jantar de logo mais.

Picasso: Piloto.

Eu: Piloto, sério? Foi um prazer ....

É claro que não quero mais nada com ele, odeio essa raça (pilotos)

Picasso: De caças, sou da Força Aérea. Qual o seu problema com a categoria?

(...) penso no Mellark e dizer que são; com exceção de Boogs uns cretinos.

Eu: Nadinha!

Picasso: Por ora vou fingir que acredito, mas agora é sua vez, por favor, não saia pela tangente.

Suspiro, apesar de nos falarmos tanto, ainda não me sinto à vontade de falar sobre mim e mentir, fingir quem não sou sem dúvidas não vou conseguir fazer.

Eu: Também faço acrobacias no salto alto.

Picasso: Stripper?

 Sua pergunta veio com uma carinha de safado. Eu rio.

Eu: Não tenho talento para isso.

Picasso: Eu duvido, mas se não é stripper por que se equilibra em salto alto?

Eu: Aeromoça!

Picasso: Gosta de voar...Então se lhe convidasse pra um passeio de caças, aceitaria?

Eu: De maneira alguma, não te saio com estranhos.

Picasso: Podemos resolver isso.

 Eu: É mesmo?

Picasso: É, sim dona irônica...

Eu: Quando?

Perguntei corajosa demais para meu gosto.

Picasso: A qualquer hora, a qualquer momento.

Eu: Vou pensar!

Respondo tentando não pirar com a vontade de conhece-lo e ao mesmo tempo medo ao fazê-lo.

 Eu: Preciso ir, boa noite!

Picasso: Boa noite!

Demoraram mais alguns minutos ele enviou: 

Picasso: Adorando conhece- lá, melhor.

 

###

A casa de Finnick ficava no centro da cidade. Precisei passar por três estações, o que foi bem cansativo para mim que resolvi colocar uma sandália de salto e precisei caminhar por mais três quadras para enfim encontra-la dentro do residencial privativo que ela situava.

 Limpei as gotas do suor que formavam em minha testa e suspirei para controlar o ronco do meu estômago que foi acordado ao sentir o aroma de manjericão que vinha de dentro da casa.

 Toco campainha animada para noite. Na mensagem, Annie dizia que Finnick prepararia uma massa e por ser meu prato favorito não fez outra coisa senão pensar em mim. Segundo ela, esta seria apenas uma noite para a melhor amiga conhecer o namorado que roubou o coração da outra melhor amiga, coisas de Annie Cresta.

Aperto a campainha novamente e um segundo depois sou atendida, fico surpresa, na verdade irritada ao ver por quem estou sendo recebida.Com um sorriso maroto no canto dos lábios, Peeta abre aporta e abre os braços para me abraçar, faz isso, ele é forte, mas ainda assim consigo me afastar e digo:

— Quem te convidou?

Parece não entendido minha pergunta.

— Bem-vinda à minha casa, senhorita zangada!

Sua casa? Me espanto com essa novidade, em momento algum Annie informou sobre isso, então, faço uma anotação mental de assim que encontra-la, matá-la. Penso em inventar uma desculpa e ir voltar para casa, mas coloco na balança todo o trajeto que precisei percorrer para chegar aqui, bem como, o fato de que preciso aprender ignora-lo, evitando nossos desentendimentos que tem ocorrido frequentemente. Então decido agir de forma madura.

— Obrigada! — Forço um sorriso e passo a alça da bolsa pelo pescoço, retirando-a. — Cadê a Annie? — pergunto sentindo o aroma delicioso de agora pouco ser substituído por um cheiro forte de queimado.

Antes que ele possa responder alguma coisa, sussurra “droga” e sai em disparado pelo corredor da casa, fico parada no meio da sala, olho para a escada branca, moderna e depois para o lustre incrivelmente lindo acima da minha cabeça.

— Annie! — Grito assim que coloco os pés no primeiro degrau da escada, penso em subir, mas uma fumaça escura toma conta da sala, começo a tossir e me preocupar com o Peeta, sigo a origem da fumaça e o barulho de panelas e me deparo com ele tentando de forma desastrada, abafar a nuvem de fumaça com um pano de prato.

— O que aconteceu aqui? — pergunto em meio a tosse.

— Me ajuda!!! — pede em tom desesperado. — Se essa fumaça alcançar o sistema de incêndio. Isso aqui vai virar um rio. — Avisou entrando na dispensa, saindo de lá um segundo com um ventilador portátil nas mãos. — Se bem que não me importo de ver seu vestido ficar transparente, assim poderei ver suas curvas — Eu usava um vestido leve, branco e se molhasse não seria nada legal, olhei com ódio para ele que riu mesmo estando no meio desse arranjo todo.

— Tem de ter um botão para desliga-lo!

— Já tentei, está quebrado e não encontrei a escada, então, preciso da sua ajuda, se o sistema anti-incêndio engolir essa fumaça por dois minutos, tudo ficará alagado. Suba em meu ombro e direcione o ventilador naquele bulbo vermelho. — olhei para cima e vi a luzinha do dispositivo piscando. — Suspenda o braço, assim conseguirá altura.

— Eu não vou subir em você.

— Então prefere que eu veja suas curvas?

Os dois minutos estavam acabando, não tinha muito o que fazer e mesmo sendo estranho, não pensei duas vezes em ajuda-lo. Ele se abaixou e me orientou. Fiz o que ele disse, passei uma perna e depois a outra por cima do seu ombro e fiquei por cinco minutos sentada sobre ele, segurando o ventilador portátil que levava o vento na direção do bulbo do dispositivo anti-incêndio, nós dois em silencio.

— O que está fazendo aí em cima? — Finnick pergunta com um sorriso no rosto, deixado sacolas de compras e as chaves do carro em cima do balcão.

— Queimei o jantar! — Peeta, respondeu comigo ainda em cima dos seus ombros.

— Queimou? — Finnick tinha um sorriso desconfiando. — E esqueceu que precisava apenas desativar o sistema? — Ele caminhou para próximo da pia e apertou o botão vermelho dentre outros de muitas cores. O sistema desligou!

— Eu não acredito! — Explodi, ao ver que era apenas mais uma brincadeira do Mellark, minha vontade era de descer e voar na jugular dele, não me controlei, tentei, embora ele fosse mais forte que eu, consegui ao menos esmurrar seu braço.

— Eu não fiz de propósito! — ele correu para o outro lado da bancada, — Acha mesmo que eu ia querer carregar tanto peso assim à toa! — Ainda por cima está me chamando de gorda. Fiquei furiosa e ele nostálgico ao ver que tinha conseguido me tirar do sério.

          — Vocês dois parecem crianças!!! — Annie disse bem familiarizada com a casa, guardando as compras no armário e tudo mais.

— E você, uma traíra por não ter avisado que ele estaria aqui.

— Se eu tivesse dito, não teria vindo e esse jantar é para que se conheçam — me olha firme — E parem com tantas brigas! — Finnick segura um riso e Peeta diz:

— Ela não consegue ficar um minuto perto de mim sem que fique nervosa.

— O nome disso é raiva. — Gesticulo indignada com sua acusação.

— Ou amor!! — ele cantarola, deixando embasbacada com seu preciosismo.

— Vai sonhando! — Rebato, já que meu plano inicial de agir de forma madura perto dele caiu por terra, mesmo. — Idiota! — Pego o pano de prato e jogo nele, mas ele o agarra, avisa que irá tomar um banho e caminha na direção do corredor, mas antes de sumir, virou o rosto e olhou para mim mais uma vez.

Voltei minha atenção para Finnick e Annie, eles me olhavam como se quisessem perguntar alguma coisa. Esperei que fizessem, mas apenas se olharam e disseram que pediriam uma pizza ou deveríamos preparar algo rápido que combinasse com o vinho que eles tinham trago. Decidimos por uma tabua de frios, Annie e eu cuidamos disso, a decoramos com azeitonas, queijo e salame norueguês, enquanto isso, Finnick cuidou da bagunça que Peeta havia feito.

A casa era bonita, sofisticada e arquitetura moderna. Era um bom lugar para dois jovens ricos e solteiros morar. Nunca morei em um lugar assim a última casa que morei era bastante sombria, não gosto muito de lembrar.

 Do lado de fora havia uma piscina e um jardim magnifico, eles já haviam decorado uma mesa redonda de jardim. Tinha pratos e talheres e numa cadeira ao lado alguns jogos. Sentamos e já servidos de um bom vinho iniciamos uma conversa, depois uma partida de pôquer, paramos quando Peeta se juntou a nós.

— Eu não fiz de propósito, você me distraiu... — Falou assim que Annie e Finnick se levantaram para abrir uma nova garrafa de vinho. — Desculpa. — sussurrou com uma postura diferente, eu não consegui decifrar.

Sua taça ainda estava cheia, ele bebeu e seus lábios ficaram vermelhos.

— Não fale comigo! — Levantei, precisava usar o banheiro e checar o celular, com a confusão toda, esqueci completamente de verificar se Picasso havia enviado alguma mensagem.

No celular não havia nenhuma mensagem e quando voltei para área externa da casa, vi uma garota rodeando o pescoço do Mellark e não era a mesma mulher do aeroporto. Era uma garota notoriamente mais jovem que ele. Uma criança, eu não duvido. Em quê Peeta se transformou?

— Quem é ela? — Perguntou para eles, como se eu não fosse capaz de responder.

— É a Katniss, amiga da Annie, Prim! — A garota olhou para os três e depois para mim novamente.

— Não, mas eu a conheço de algum lugar — Ela me olha de um jeito especulativo.

— Eu duvido, deixei de frequentar berçários há muito tempo.  

Annie e Finnick seguram o riso e Peeta diz:

— Viu, não sou o único que ainda a vê como uma criança. — A garota rosnou para ele e se levantou, caminhou e parou na minha frente.

— Ele te irritou, não foi? Ele tem o dom de fazer isso com todas as mulheres que não aceitam ir para cama dele. Prazer, sou Prim, irmã do garanhão metido a Merevick.

Um sorriso se apossou do meu rosto, como eu não havia notado? Os mesmos olhos, tom de pele e cabelo, a garota que conheci antes mesmo de vir ao mundo, estava na minha frente. Ela havia se tornando tão linda quanto senhorita Trace gostaria que fosse.


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Notas finais do capítulo

É só eu ou tem alguém mais aí caidinha por esse Picasso kkkkkk, quem aí é a favor da Kat conhecer esse cara da Força Aérea? Uh... rss, nos digam o que acharam e obrigada por voarem pela Everlines, agradecemos sua preferência. Beijinhos e até o próximo voo.



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