Go Rogue! escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 33
Capítulo 33 – Eu tenho uma promessa




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Capítulo 33 – Eu tenho uma promessa

                - Me conte a verdade, por favor – Rey pediu de novo.

                - Alguém chegou aqui antes de você – Luke respondeu.

                - Então tivemos companhia nas últimas semanas e você não me disse nada?

                - Há motivos pra tudo, Rey. O alívio de sua dúvida pode gerar outras piores. Não deve desviar sua mente do treinamento e da batalha que devemos concluir. Se você quiser e tiver uma resposta, terá que ter força pra frear seu coração e desligá-lo de questões fortes até concluir o objetivo.

                - Já estou fazendo isso. Deixei Jakku me jogando à própria sorte e quebrando minha promessa, nos encontramos com o próprio Han Solo no meio do nada e descobrimos que estávamos a bordo da lendária Millenium Falcon, tive visões estranhas e descobri do nada que o sabre de luz de Luke Skywalker chamava por mim, fui sequestrada por um sith maluco, descobri que consigo usar a força, lutei com ele numa floresta cheia de neve, e depois acabamos com um super projeto de destruição imperial, deixei meu melhor amigo inconsciente na base sem saber se um dia ele vai abrir os olhos de novo, então me tornei a nova capitã da Falcon e me confiaram a missão de encontrar você. Pra o vazio que foi a miha vida até hoje, isso já foi bastante pra tão pouco tempo. Tenho me concentrado por todo o caminho até aqui.

                Luke ficou em silêncio e fitou o horizonte, depois a extensão do belo planeta arborizado, como se lembrasse de coisas passadas há muito tempo.

— Por que não me acompanha até o templo?

                Rey assentiu e os dois caminharam em silêncio.

                - Onde conseguiu o cristal de minha mãe? – Rey perguntou de novo enquanto caminhavam.

                Luke ficou em silêncio, parecia buscar as palavras certas em sua mente. Com alguns minutos de caminhada atingiram as ruínas do antigo templo. Bem gasto, mas ainda de pé e ainda capaz de impressionar qualquer um. Mas o que fez Rey se surpreender não foi a imponência do primeiro templo jedi e sim as duas figuras de costas para eles, olhando para longe como Luke fizera minutos atrás. Eram humanos! E o coração de Rey acelerou ainda mais ao ouvir os ruídos do BB8, o que estaria fazendo ali?! O droid pequeno e gentil apareceu rolando ao lado do casal, ainda alheio à presença dos dois, mas não era vermelho alaranjado como o de Poe, era azul! Pelas marcas em seu metal ele aparentava ter a mesma idade, ou próxima, do BB8 de Poe. O droid emitiu uma exclamação de surpresa e saltou um pouco para trás ao vê-los, imediatamente alertando os dois humanos, que viraram ligeiramente a cabeça para olhar o droid. O garoto tinha cabelos curtos e a garota cabelos castanhos que iam até um pouco abaixo dos ombros e esvoaçavam com o vento.

                - Conhecendo seus pais como conheço, ainda é surpreendente que não peguem seus blasters no mesmo instante em que alguém chega pelas costas – Luke falou com um sorriso.

                - Você é o único aqui – a garota falou.

                Rey pareceu se esquecer como falar, aquela voz... Como sentira falta daquela voz! Havia algo diferente, mas... A conhecia. Então o casal a olhou, e o coração da jovem piloto quase saltou do peito, podia jurar estar olhando para seus pais se não fossem algumas diferenças. A garota parecia quase uma perfeita cópia de sua mãe, olhos verdes, sardas, mas cabelo castanho escuro como o de seu pai. O garoto tinha cabelo castanho claro como sua mãe, algumas sardas adornavam seu rosto também, e os olhos castanhos pareciam ser tão doces quantos os verdes eram ferozes, embora também gentis. Exatamente como Rey se lembrava!

— Rey...? – A menina falou com um sorriso triste.

— Você é mesmo muito parecida com ela – o menino falou.

E como a voz dele era parecida com a de seu pai! Rey não precisava de explicações, ela tinha entendido tudo, por mais impossível que lhe parecesse!

— Comecem a falar – ela pediu gentilmente, tentando controlar a sensação de ansiedade desesperada que a tomava por dentro.

— Não houve um único dia que não sofressem pelo que foram abrigados a fazer com você – a garota falou.

— Tivemos que deixá-los também, os seguidores de Vader e sucessores dos imperiais estavam perto demais. Mas dessa vez ela deixou o cristal com Hope.

— Tínhamos quatro anos. Nossa vida era fugir de planeta em planeta, até que em um deles mamãe, papai e Kay desapareceram. Galen encontrou uma rota de fuga e passamos junto com o BB8 despercebidos aos Imperiais. Quando deixaram você, mamãe estava grávida de nós dois, ela não sabia disso ainda, e muitos planetas já tinham passado quando ela descobriu. O mínimo que podíamos fazer quando soubemos de tudo que aconteceu nos últimos meses era procurar você.

— Como sabiam sobre esse lugar?!

— Não chegamos muito antes de você, alguém da resistência nos disse. Rey – Galen chamou – Sabemos que é muito mais do que você pode processar agora, mas sabemos onde estão. Descobrimos que estão vivos no final das contas. Teríamos ido atrás dos três, mas esse cristal tinha que chegar nas suas mãos. Mamãe sempre nos disse pra confiar na força, você pode mudar as coisas.

— Onde?! Onde estão?! – Rey questionou, não estavam mortos afinal!

— Isso precisa acabar primeiro – Hope lhe disse – Ainda há caçadores de recompensa querendo caçar quem destruiu a primeira estrela da morte. Quando isso acabar, estaremos todos com você.

— Me disseram que estavam mortos.

— É o que dizem por aí de quem desaparece. Eles estão bem. Do que sabemos passaram anos nas mãos no Império com outras identidades e depois fugindo deles. Não temos ideia de como escaparam ou em que estado. Mas informantes nos disseram que conseguiram se estabelecer em um planeta neutro e consideravelmente longe daqui. Nós cuidamos disso enquanto você continua seu caminho.

O droid se aproximou dela e emitiu alguns ruídos. E Rey nunca imaginaria que sua mãe um dia ouvira quase aquelas mesmas palavras de seu pai, quando estavam de mãos dadas em uma praia, num planeta chamado Scarif. Ela sorriu para o BB8 e se abaixou para ficar no nível do droid, lhe dando um beijo na cabeça mecânica. O pequeno emitiu o mesmo ruído amável de alegria que o BB8 que ela já conhecia e Rey se levantou novamente, encanrando os irmãos. Os três se olharam longamente, tentando absrover a ideia da existência e da ligação uns dos outros.

— Eu não posso desistir, eu vou lutar – Rey falou – Mas se eu nunca voltar... Digam a eles o quanto eu os amo. E que não houve um único dia que eu não pensasse nos três.

O casal não disse nada, se aproximaram com cautela e a abraçaram. Aquilo foi totalmente inesperado, mas a aprendiz de jedi fechou os olhso e se deixou levar pelo mesmo conforto que os gêmeos procuravam nela.

— Que a força esteja conosco – ela falou, repetindo as palavras que sua mãe costumava dizer.


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