Go Rogue! escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 19
Capítulo 19 – Hope begins with them


Notas iniciais do capítulo

Morreram, foi? xD Digam o que estão achando das ones e deixem suas sugestões. Agradeço mais uma vez a todos que sempre comentam e incentivam a história! =D



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Capítulo 19 – Hope begins with them

O choro do menino tomou o quarto quando Hope pode respirar aliviada após horas de esforço.

— Vai ser um garoto forte – ouviu o marido dizer, e por sua voz podia notar que ele sorria.

O menino continuou chorando enquanto as mulheres que ajudavam cortavam o cordão e o limpavam. Minutos depois o bebê foi enrolado num cobertor e colocado nos braços da mãe. A mulher de cabelos negros ondulados e expressivos olhos castanhos sorriu, apesar das lágrimas de felicidade em seu rosto. O marido não estava diferente. Beijou os cabelos da esposa e se pôs a observar o filho, que havia parado de chorar.

— Ele parece com você – Hope falou.

Tassian olhou atentamente o recém nascido. Cabelos castanho escuros e olhos castanhos exatamente como ele. O pequeno o olhou de volta, depois olhou para a mãe que fazia gracinhas para ele, e riu. O sorriso mais lindo e puro que os dois haviam visto, apesar da total falta de dentes. O mesmo olhar doce, que parecia irradiar esperança, como o da mãe.

— Mas o olhar... – o homem falou – É seu.

— Como vamos chamá-lo?

— Qual nome você gosta?

— Eu adoro o seu.

Ele sorriu.

— Vamos mudar um pouco.

Ela pensou por alguns instantes.

— Cassian... – Hope sugeriu.

 - Parece mais doce, como você.

Olharam para o bebê, ainda acordado, mas encantadoramente calmo olhando para os dois. Aos poucos seus olhinhos começaram a se fechar. Hope sussurrou algumas palavras para o pequeno, que acarinhado pela voz suave de sua mãe e pelo afago da mão do pai em sua cabeça, acabou dormindo.

— Cassian então – a mulher falou – Ele é lindo.

— E vamos ensiná-lo a ser tão forte e fazê-lo tão feliz quanto pudermos.

O casal trocou um sorriso e depois um beijo. Quando Hope estava bem e as ajudantes os deixaram sozinhos, Tassian pode ninar o filho adormecido em seus braços. Brincou com a mãozinha pequena de Cassian, riu baixinho. Aqueles dedinhos podiam segurar apenas um dos seus, sim, muito fofo. Uma vida tão bela e frágil nascida num universo em guerra contra o Império... Até onde poderiam ir? Até que ponto poderiam protegê-lo? Lhe doía saber que seriam obrigados a tirar algumas horas de brincadeiras e felicidade do filho enquanto crescia para lhe ensinar a se proteger por si mesmo no caso de algo acontecer. Mas fariam tudo para que entendesse que isso era porque o amavam e o queriam seguro.

— Se algo nos acontecer, ele tem que estar seguro.

— Vamos cuidar disso, querida.

A mulher tomou a mão forte que acariciava sua bochecha e a beijou. Tassian sorriu e afagou os cabelos negros até que ela dormisse.

— Isso não importa agora, meu filho. Durma tranquilo – falou agora acariciando a bochecha do bebê.

Acomodou Cassian ao lado de Hope e beijou a testa da esposa. Permaneceu acordado aproveitando aquele momento de felicidade.

— Obrigado, querida, por nosso mais precioso tesouro – sussurrou com um sorriso nos lábios.

*****

Lyra não conseguia tirar o sorriso dos lábios. Estava deitada, ainda exausta, abraçando a pequena criança com menos de uma hora de vida em seus braços. Às vezes Jyn se mexia e murmurava, mesmo dormindo, aquilo era muito fofo. Galen sentou ao lado das duas, igualmente sorridente.

Jyn era muito parecida com a mãe, apesar das sardas, dos cabelos mais claros e dos olhos verdes, que havia puxado da família do pai. Galen observou a pequena criança adormecida. Aquelas mãozinhas podiam segurar apenas um dos dedos de seus pais, os pés também tão pequenos que Galen poderia facilmente segurar os dois com apenas uma mão. Fios macios de cabelo castanho claro adornando o rostinho delicado. Ela era linda. Tão linda quanto Lyra.

— Ela é linda – ele exteriorizou o pensamento.

— Muito – a mulher respondeu emocionada – Me preocupo com ela, Galen.

Galen encarou a esposa, já haviam falado sobre aquilo. O mundo lá fora era o problema. Após se conhecerem nas minas de kyber e se casarem, viviam há anos em Coruscant, onde Galen trabalhava para prover energia a planetas arruinados e quem sabe levar a eles uma nova esperança. Lyra vinha sendo muito desconfiada ultimamente. Ela não gostava de seu amigo Krennic, com quem trabalhava há muito tempo. Sabiam que o Império não era bem visto por todos, o que só servia para deixar Lyra mais desconfiada de como as coisas realmente funcionavam.

— Vai ficar tudo bem – tentou tranquilizá-la – Estamos bem até agora, e se em algum momento não estivermos mais, encontraremos um caminho.

Lyra segurou o cristal kyber purificado e transparente em seu pescoço. Ela o daria a Jyn um dia, e a ensinaria a confiar na força também.

— Se algo acontecer, temos que salvar Jyn, a força estará com ela, como sempre esteve conosco.

— Assim será.

Um murmúrio da menina chamou a atenção dos dois e os olhinhos verdes se abriram.

— Bom dia, meu amor – Lyra falou baixinho sorrindo para a filha e acariciando sua bochecha.

A pequena riu. Galen a tomou nos braços e a encarou. Jyn sorriu para ele.

— Olá, Jyn – lhe disse vendo a mãozinha conseguir agarrar apenas um de seus dedos como ele havia previsto.

O casal riu baixinho.

— Ela é tão pequenininha – Lyra comentou num tom preocupado.

Não por aquilo ser anormal ou ruim, ela não era muito grande também, mas nem sempre era bom ser tão pequena num universo tão grande e hostil.

— Vamos ensiná-la do mesmo jeito. Ela pode ser pequena, mas é feroz, como você, querida. Esse olhar não me engana.

Galen deitou a filha ao lado de Lyra novamente. A mulher encarou os olhos claros da filha. Só um bebê recém nascido, mas com um olhar atento e agitado, como o dela.

— Esqueça isso agora, querida. Jyn acabou de chegar e você precisa dormir.

Beijou os lábios da mulher e deitou ao lado dela e da filha. A bebê nos braços da mãe aos poucos adormeceu outra vez e Galen acariciou os cabelos castanhos da esposa até que ela também fechasse os olhos e sua respiração indicasse que dormia. Sono tranquilo, era tudo que precisavam agora.

******

As leves batidas na porta fizeram Cassian se levantar. K-2 o deteve e foi atender quem quer que fosse. Mon Mothma sorriu para o droid, que permitiu imediatamente a passagem da mulher. Ela olhou para Jyn, adormecida na cama, visivelmente esgotada, depois para Cassian, que segurava um pequeno embrulho agitado nos braços. O bebê murmurava e agitava as mãozinhas e pés. Cassian cumprimentou a senadora com um sorriso e ela se aproximou para observar a criança. Era Jyn, numa versão mais jovem, mas com cabelos escuros, até as mesmas sardas adornavam o rosto.

— É uma menina – Cassian confirmou – Se chama Hope.

— Um belo nome – ela respondeu ao reconhecer o nome da mãe do capitão, e também a palavra que fora a mais importante de sua causa na batalha de Scarif, a palavra que Jyn transformara no símbolo da Rebelião – Jyn a viu? Ela não parecia bem quando saí. Sinto muito ter me ausentado, emergências acontecem.

— Nós entendemos, mas ela ficou feliz por sua presença. E ela a viu. Aguentou por mais algum tempo depois que tudo acabou e a alimentou, antes de perder a consciência. O mesmo droid e o médico estão vindo vê-la de vez em quando, disseram que está bem. Queriam colocá-la no bacta quando ela quase desmaiou depois que Hope nasceu. Disseram que é normal o primeiro parto ser violento e mais exaustivo. Mas como conseguiram estabilizá-la e ela ficou bem depois, e com todos os protestos dela, eles desistiram.

A mulher assentiu com um pequeno sorriso. Resistir a uma internação, típico de Jyn.

— Quer segurá-la? – Cassian perguntou sorridente.

— Se me permitir.

O capitão passou a bebê para os braços de Mon Mothma e a menina murmurou incomodada por se separar de seu pai.

— Shhh... – a mulher ruiva disse baixinho acariciando a cabecinha da recém nascida.

Os olhinhos verdes se acalmaram e a fitaram com curiosidade. Era definitivamente uma pequena cópia de Jyn. Até o jeito que ela contorceu o rosto quando Cassian a entregou para ela se parecia com a expressão zangada de Jyn.

— É igualzinha a ela.

— Até K-2 achou isso – Cassian disse satisfeito.

— Só espero que não tenha o mesmo gênio.

Mon Mothma riu baixinho e Cassian olhou feio para o droid.

— Jyn é adorável, e Hope também será – Cassian disse ao droid.

— Ela já é – Mon Mothma falou.

— Cassian – ouviram Jyn chamar baixinho e os três se viraram na direção da cama.

— Você quer que eu chame um droid médico? – K-2 perguntou.

— Não, eu estou bem.

Mon Mothma sorriu ao ver o gesto de preocupação do droid. Ele mesmo não percebia, mas também se preocupava com Jyn.

— Oi – ela murmurou para a mais velha com um pequeno sorriso.

— Olá, Jyn.

A mulher se sentou ao seu lado.

— Uma linda criança. É igualzinha a você. Deve estar cansada de ouvir de isso – ela riu baixinho, no que Jyn a acompanhou.

Mon Mothma colocou a pequena nos braços da mãe e a bebê abriu um sorriso. Jyn sorriu também, um dos sorrisos mais lindos já vistos em seu rosto e um brilho intenso de felicidade nos olhos.

— Eu vou deixar vocês. Se precisarem de algo não hesitem em me chamar.

Quando ela saiu K-2 também se dirigiu à porta.

— Eu vou concluir as tarefas inacabadas de manutenção da nave. Me chamem no transmissor se precisarem de mim.

— Tudo bem – Cassian respondeu.

Sentou-se ao lado da esposa e da filha e acariciou os cabelos de Jyn, ganhando um sorriso dela.

— Me desculpe deixar você sozinho, quanto tempo eu apaguei?

— Duas horas, e nem pense que vou deixar que faça qualquer coisa sozinha pelas próximas semanas. Dois meses de recuperação, lembra?

— Não está com medo?

— Você está?

— Foi assustador quando eu soube que estava grávida, e quando ela nasceu. Eu nunca tive nenhum direcionamento pra ser mãe em momento algum da minha vida. Nunca pensei muito nisso também, nem achei que eu viveria o suficiente pra ver acontecer. Mas quando trouxeram ela pra mim e ela parou de chorar na mesma hora... Eu não sabia mais do que eu estava com medo, só quero cuidar dela, e estar com você, Cass.

Cassian sorriu.

— Também fiquei assustado, ainda mais depois de ver você sofrendo tanto por horas. Mas qualquer um que conheça você, ainda que nunca tenha se preparado pra isso, sabe que você vai ser uma boa mãe, Jyn. E eu vou fazer o impossível pra cuidar de vocês duas.

Jyn levou a mão até a dele, repousada sobre a perna, e entrelaçou seus dedos.

— Nem pense em se colocar sozinho nesse papel. Estamos juntos em tudo até o fim.

O capitão tomou a pequena mão entrelaçada na sua e a levou aos lábios, beijando-a com carinho. Depois se abaixou para alcançar os lábios de Jyn, tocando-os com os seus. Deitou ao lado das duas e pegou Hope, deitando-a em cima dele enquanto Jyn repousava a cabeça em seu peito. Cassian beijou os cabelos da filha enquanto a abraçava, com a mão livre afagava os cabelos de Jyn.

— Eu te amo – ela disse baixinho já de olhos fechados outra vez.

— Também te amo, Estrelinha.

Ela sorriu ao sentir um beijo suave em sua testa. Cassian observou aos poucos as duas fecharem os olhos e dormirem novamente. Ele ficaria acordado, cuidando de seus tesouros mais importantes, apesar de também estar cansado e ter dormido pouco.

— A Força está conosco – ela falou para si mesmo no silêncio que agora tomava o quarto – E nós temos esperança.


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Notas finais do capítulo

Sempre que escrevo sobre Hope me lembro dessas fotos de Diego com a filha, muito fofo! ♥ Digam se vocês não pensam em Cassian brincando com Hope assim... *----* ♥



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